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Decklists de Pauper Standard e breve ensaio sobre o torneio da ST4CK

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Kaji fala sobre sua percepção do torneio Pauper Standard da ST4CK, gratuito e com premiação de alto nível, além de trazer análise de cartas e decklists interessantes para o evento

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revised by Tabata Marques

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Fala, família realminho, tudo belezura?!

Aqui quem fala é o marido da Supertabs, mais conhecido como Kaji! Para quem não sabe, sou desenhista profissional e cuido de alguns assuntos de design aqui no site, mas também amo Magic: the Gathering, principalmente formatos que me permitem exercer minha criatividade, que por sinal é ativa até demais, visto que fiquei até 2 horas da manhã ontem pensando em decks para este formato que fará parte dos nossos próximos dias: o Pauper Standard.

Não tá entendendo nada? Deixa que eu te explico um pouco por cima e depois vamos para a diversão!

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O Pauper Standard é uma modalidade de Magic onde são válidas apenas cartas comuns das edições vigentes no formato Standard, ou como dinossauros do Magic diriam, o famigerado T2!

Como o formato não é oficialmente jogado e muitas vezes ele fica apenas em pequenos eventos no Magic: the Gathering Arena, principal jogo online de Magic atualmente, há muitas dúvidas de como seria um metagame do formato. Isso não era tão relevante até poucos dias atrás, mas tudo mudou com o anúncio da St4ck.applink outside website: Teremos um torneio com mais de 500 jogadores, com direito a computador gamer para o primeiro colocado, streamers de relevância na comunidade comentando os jogos e, como não poderia faltar, muitas listas novas e um campo fértil para jogadores corajosos.

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Eu, particularmente, fiquei super animado, e logo que recebi a notícia, comecei minhas pesquisas de cartas interessantes para o formato. Vi também que tais sentimentos não foram só meus, acordei hoje e já vi diversas listas novas de produtores de conteúdo. Eu não poderia ficar de fora!

Bem, primeira coisa que precisamos falar é que esse não é um texto explicando como se cadastra no torneio, e sim sobre possíveis listas e mecânicas de jogo. Caso queira se cadastrar, basta acessar St4ck.applink outside website e fazer sua inscrição (não demore, pois as vagas podem acabar e a premiação está sensacional!). Eu quero aqui mostrar parte da minha paixão por este jogo, e compartilhar com vocês 3 listas que desenvolvi para alguns testes que ainda farei até a data.

Após fazer a inscrição, temos até dia 2 de Dezembro para registrar a decklist no torneio. Temos tempo até lá, mas o pessoal deve estar tão empolgado quanto eu! Bem, dito isso, vamos ao deckbuilding! “Aqui é Deckbuilding, P#%%@! BRLLLL”

Estudo preliminar

Primeira coisa que fiz para começar meus estudos no formato foi pesquisar sobre cartas válidas ou não. A dificuldade dessa primeira fase era ter certeza de que as cartas que eu estava listando eram realmente válidas no formato e que eu não estava esquecendo de nenhuma.

A melhor solução que encontrei foi entrar no site Scryfall.comlink outside website, e fiz questão de criar uma pesquisa me restringindo apenas às edições válidas no formato Standard (Zendikar Rising, Core 2021, Ikoria: Lair of Behemoths, Theros Beyond Death, Throne of Eldraine). Depois disso bastou restringir a busca para cartas comuns e lá estava eu, com toda a matéria prima que eu precisava para criar bons e divertidos decks Standard Pauper, sendo essa última alternativa a que eu mais estava ansioso para ver.

Segue aquilink outside website o link para a pesquisa já feita, isso vai facilitar muito tua vida, acreditem em mim, irmãos e irmãs!

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Separando por cores e depois anotando cartas interessantes, eu já comecei a mentalizar possíveis decks e mecânicas do formato, muitas inspiradas de outras modalidades que eu já joguei, como Modern, Pauper, Pioneer ou Legacy. Foi interessante perceber que combinações em formatos de power level maior também estavam presentes ali em um humilde pauperzinho standard, show!

Cartas que chamam atenção no formato Pauper Standard

Listando algumas cartas que desde o começo me chamaram a atenção:

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A redução de custo em um deck com muitos encantamentos poderia dar mais visibilidades para esta carta. Talvez em decks voltados para auras ou controles usando encantamentos para estratégias defensivas.

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Carta também voltada para mecânicas com encantamentos, porém apenas auras. A redução de custo seria melhor usada caso houvesse mais draws no formato, mas mesmo assim essa carta verá o brilho do dia em muitas listas de auras.

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Cartas com mutação que serão muito bem vindas neste formato. Devido a limitação, o Power Level vai contribuir para que esta mecânica acompanhe melhor a velocidade do meta. Sem contar que a mutação acaba sendo muito mais segura do que um encantamento, já que elimina a possibilidade de um 2x1 do oponente, caso ele queira destruir a criatura que receberá a mutação antes da habilidade resolver. Cartas como Essence Symbiote ou Mysterious Egg podem ver jogo já que um deck com apenas essa mecânica não serão fracos no formato.

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Muitos me disseram que o terreno azul, tão amado e odiado pelos pauperzeiros de plantão, não veria jogo no Pauper Standard, já que o power level das cartas do formato não é tão relevante e que o fato de precisar de apenas ilhas em um deck já descartaria seu uso, enterrando-o de novo no exílio do esquecimento. Mas eu discordo! Acho que Frantic Inventory está aí para isto, as duas cartas juntas podem dar muita vantagem para jogadores de azul. Em um formato de power Level tão baixo e equilibrado, o card advantage pode fazer muita diferença, já que certamente as partidas serão decididas no grinding, ou seja, disputando carta a carta até o final do jogo.

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Esta carta está aqui muito mais por entusiasmo meu do que por realmente achar que ela verá algum jogo. Eu adoro decks com interações complexas e, de certa forma, que envolvem o oponente pouco a pouco em uma teia de onde ele começa a perceber que não pode escapar. Marauding Blight-priest está aqui pois ela interage muito bem com o ganho de vida do formato, e já que a maioria dos decks terão pouca, ou nenhuma interação com decks que ganharão vida de maneira absurda, fico ansioso de ver como ela será usada por outras pessoas. Leia até o final do artigo e verá como andam meus testes com esta criança bonita aí!

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‘Cadê a branca de neve?!”

Se no Pauper Legacy esta carta vê pouco ou quase nenhum jogo devido a natureza feroz e sagaz do formato, aqui creio que ter 2 ou 3 destes na mesa já garante pelo menos respeito e moral na quebrada! Esses bichinhos em um Mono Red farão estrago com certeza. Obviamente, muitas vezes, teremos 1 ou 2 e a estratégia parecerá fraca demais e sem muita agressão, principal motivação do vermelho. Mas para cada dia de chuva há um dia de sol. Os usuários dos 7 anões, serão muitas vezes recompensados com 3 ou 4 cópias dessas belezinhas no early game. Quando isso acontecer, acho que a bruxa estará morta antes do príncipe chegar!

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Não preciso falar muita coisa, não é mesmo? Ganhar vida para um deck que se pauta em criaturas fortes e presença na board fará do Mono Green um deck bastante perigoso e resiliente, logrando criar viradas em muitas partidas e trocando muito bem com outros decks agressivos do formato, como White Weenie ou Mono Red.

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Gumanoob diria: “Bixxxxcoituuuu!”

Sim, eu amo esta carta e acredito que ela será MVP em muitas partidas. O formato conta com poucas criaturas com haste e uma gama limitada de remoções eficientes que não possam ser contornadas fácilmente por mágicas como Karametra’s Blessing, Starlit Mantle ou Ranger’s Guile. Gingerbrute será em muitas horas a abertura de um deck mais agressivo, em outras será o finisher para aqueles mais Midrange. Em mais outras, ele será um bom recurso para ganhar vida contra decks vermelhos ou pretos de muita ofensiva contra pontos de vida. Eu teria com certeza 4 ou mais slots de meus sideboard para destruição de artefatos ou encantamentos. Com esse baixinho no formato, não podemos relaxar, não!

As decklists

Bem, depois de ver algumas cartas de destaque do formato, acho que já dá para irmos para as 3 listas que reservei para vocês. Lembrando bem que são listas que servirão de pontapé inicial para quem está com dúvida de possíveis arquétipos.

Existem uns brothers que fizeram mais listas e, talvez, tenham testado mais que eu. Deixarei nos comentários, ou no final desse texto, os links para eles. Vamos lá!

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O bom e velho vermelho! Como sempre, um dos mais explosivos do formato!

Gingerbrute aqui está mais para uma fonte continua de dano. Unido com Furor of the Bitten, garante uma progressão de dano, desde os primeiros turnos. Seven dwarves dá consistência no mid game, trazendo criaturas mais parrudas para trocar contra os decks mais equipados de defesa, mas também trás uma preocupação real para aqueles decks menos preparados.

A quantidade de dano é OK, o formato carece de bons burns, mas nem por isso devemos deixar de enfatizar a nostalgia que é jogar com shock e ter certeza que pelo menos 1 bicho morrerá e isso nos levará mais perto da vitória!

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De novo Gingerbrute está na área, mas agora ele interage diretamente com uma estratégia de agressão progressiva, misturada com uma postura muitas vezes control. Ginger pode agressivar desde os primeiros turnos, mas acaba ganhando mais brilho como uma possível finisher do deck, já que Heliod’s Pilgrim garante a seleção de cartas que sejam necessárias para cada momento da partida.

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A redução de custo proposta por Transcendent Envoy trás muita versatilidade para auras, fazendo de Rousing Read um pump perigoso e rápido para Gingerbrute, ao mesmo tempo que garante o card advantage.

Brine Giant vem como uma opção sinérgica, já que na maioria das vezes, você irá querer conjurá-lo por 1 ou 2 manas… em um deck com mais aceleração de manas, Brine Giant seria uma criatura de turno 3 ou 4, mas creio que no formato ele será uma ameaça de mid ou late game.

O deck é interessante, funciona como uma toolbox ao mesmo tempo que trás um ótimo clock.

Uma boa consideração para as pessoas que procuram consistência mas sem perder tanta explosão.

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Por último, o deck mais personalizado que idealizei. Voltado a aqueles que gostam de criar interações complexas e da sensação de ciclos quase infinitos, já que no formato dificilmente seriam de fato infinitos.

A carta chave do deck, com certeza, é Marauding Blight-Priest. Ela interage com quase 90% do deck, já que sua habilidade desencadeada fará o oponente perder vida toda vez que você ganhar vida.

O segundo lugar de relevância fica empatado entre Serrated Scorpion e Lampad of Death's Vigil. Ambas criaturas que, juntas, fazem o deck ganhar um tom de drenagem constante da vitalidade do oponente.

O deck gira em torno de sacrifícios e entradas constantes de criaturas no campo. essas situações irão se repetindo ao decorrer da partida e terão lugar para cartas como Omen of the Dead ou Sanguine Indulgence para garantir a rotação de novos ciclos de morte e vida. Também consegue ter certa interação com criaturas do oponente com Mutual Destruction, mas a ideia aqui é que seu oponente perderá mais vida que você, sempre. E você ganhará mais vida que ele, sempre.

Conclusão

Enfim, são essas considerações que tenho sobre o formato Standard Pauper e o torneio da St4ck.app!

Irei montar novas listas adiante e se tudo der certo, trarei novos textos para vocês. Gostou de algo que disse, pode comentar aqui embaixo! Não gostou? Comenta também, mas com respeito! Corra para se inscrever e vamos, acima de tudo, nos divertir!