Magic: the Gathering

Opinion

Magic: Especulações para os Lançamentos de 2022

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Uma análise especulativa dos principais pontos das edições que serão lançadas ao decorrer de 2022, e um desabafo crítico sobre o excesso de anúncios e produtos que tem ocorrido nos últimos anos.

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revised by Tabata Marques

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Um desabafo sobre excesso de produtos

Até o momento, temos previsto para 2022, excluindo os lançamentos de Secret Lair, já que estes produtos são lançados praticamente sem aviso algum até uma ou duas semanas antes da abertura de pré-vendas, um total de pelo menos oito produtos entre Booster Sets e Decks pré-construídos que não estejam no calendário dos principais lançamentos, sem contar a possibilidade de outros produtos serem anunciados ao decorrer do ano, como já ocorreu em outras ocasiões durante os anos de 2020 e 2021.

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Antes de falarmos sobre estes produtos, eu gostaria de comentar um pouco sobre um sentimento recorrente que tenho visto nas redes sociais e cujo tópico reaparece ocasionalmente com cada novo anúncio: chamo de exaustão de anúncios, ou seja, quando ofertam tantos produtos enquanto se torna cansativo ou até mesmo impossível acompanhar tudo.

Num contexto geral, acredito que a maneira como a Wizards passou a anunciar seus produtos tem grandes prós e contras. Por exemplo, o Magic Showcase foi uma ótima maneira de sabermos o que esperar durante este ano, nos dando informações para que pudessemos manter o hype aceso para algum lançamento em particular previsto para 2022, sem especificamente negligenciar que cada novo lançamento tem seus próprios méritos e atendem a uma parcela diferentes de jogadores.

Por exemplo, muitos jogadores podem estar empolgados para Kamigawa: Neon Dynasty, seja pela nostalgia de retornar a um dos planos mais famosos (porém menos amados em termos de lançamentos) do jogo, ou pelo "reboot" que a nova edição traz para o cenário da lore e do plano, com uma temática cyberpunk oriental.

Já outros jogadores podem estar mais interessados em Streets of New Capenna, por ser o único plano novo que visitaremos durante 2022, ou porque a temática de máfias de demônios multicoloridos chama a atenção, além de que a planeswalker Elspeth Tirel leva consigo uma legião de fãs que acompanha sua trajetória desde os eventos em Theros.

Também há uma gigantesca parcela de jogadores que podem estar muito mais no hype para The Brothers' War, a edição que será lançada apenas no fim do ano, prometendo ser uma recontagem de um dos maiores eventos de toda a Lore de Magic: The Gathering.

Ou seja, analisando os lançamentos de 2022, existem lançamentos para toda categoria de público.

O problema é a maneira como os anúncios estão praticamente esbarrando uns nos outros: Demorou menos de um mês desde o lançamento de Innistrad: Crimson Vow para termos as primeiras notícias sobre.... Unfinity (???), e apenas uma ou duas semanas para termos os primeiros previews de Kamigawa: Neon Dynasty. É informação demais e prévia demais para que o jogador comum possa acompanhar tudo e, principalmente, aproveitar e digerir a última edição lançada.

É claro que existe uma estratégia eficiente em sempre manter os jogadores no hype para o próximo lançamento, mas isso também cria um forte sentimento de exaustão para os jogadores e criadores de conteúdo que acompanham fielmente cada notícia e lançamento anunciado porque há nem sequer tempo para explorarmos e aproveitarmos o que os últimos lançamentos têm a oferecer, já que a comunidade já está no hype para o próximo lançamento.

Como um todo, sinto que esta "chuva" de produtos e anúncios a todo momento é prejudicial no longo prazo: jogadores se sentem menos interessados em saber sobre o produto recém-lançado ou até mesmo de saber sobre o novo anúncio porque "é só mais um lançamento".

Lojas são prejudicadas porque não conseguem capitalizar em cima do lançamento mais recente, porque enquanto elas estão falando de Innistrad, a Wizards já está falando de Kamigawa: Neon Dynasty.

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E, por fim, porém não menos importante: O excesso de produtos e lançamentos torna da imagem de Magic: The Gathering tão absurdamente comercial que é impossível que alguns jogadores não se sintam quase ofendidos com a constante investida para levar um pouco mais do seu dinheiro, o que cria um desgaste na imagem do jogo.

A maioria das pessoas joga Magic porque gostam do jogo, e não porque estão sempre ofertando novos produtos a cada mês para um público diferente e, se não temos tempo de processarmos e aproveitarmos os produtos que acabamos de receber e comprar, como podemos nos sentir satisfeitos porque haverá outro produto saindo daqui a quinze dias?

Mas sejamos honestos: isso não é uma coisa da Wizards of the Coast, isso é uma metodologia comercial da Hasbro faz muitos anos. Ela fez isso com Transformers, com My Little Pony e com basicamente qualquer outro produto que faça parte do branding da empresta atualmente.

Eu só me preocupo de que, apesar disso alavancar absurdamente as vendas do jogo e chamar ainda mais a atenção dos jogadores, isso possa desgastar a imagem de Magic: The Gathering no longo prazo, porque não há nada mais desgastante em relações de compra e venda do que ter alguém tentando jogar novos produtos no seu colo o tempo todo, especialmente quando mal conseguimos nos preparar para o próximo lançamento, como ocorreu com Alchemy, anunciado repentinamente e lançado na semana seguinte.

Em geral, eu gostava muito daquele sentimento de calmaria antes dos primeiros previews, de jogadores explorando os novos cards e interações durante as primeiras semanas porque ocorreria um Pro Tour poucas semanas após o lançamento que faria com que os jogadores mais assíduos quisessem acompanhar as partidas para ver quais ideias malucas os profissionais construíram para o torneio.

Mas os tempos mudaram, nós nem temos certeza ainda de como funcionará o Organized Play (sendo estranho pensar que entramos em 2022 sem qualquer menção a respeito, mas dada as circunstâncias que a nova variante criou em relação à pandemia, é compreensível), e os lançamentos, e suas prévias estão sendo feitos de uma maneira tão rápida e frequente que fica um pouco difícil especular tanto sobre eles porque, quando você menos espera, já saíram (ou até mesmo vazaram) novas cartas da próxima edição.

Ainda assim, eu não posso deixar de estar ansioso para os lançamentos deste ano e, como todo bom fã do jogo, tenho minhas próprias suposições e especulações do que acredito que possa surgir ou ocorrer nos próximos lançamentos e, hoje, compartilharei algumas dessas minhas ideias e especulações com vocês.

Optei por focar apenas nos principais lançamentos para o Standard deste ano, deixando de lado produtos suplementares como Secret Lair porque eles são imprevisíveis até mesmo em janela de lançamentos, e também não estarei mencionando nenhum reprint set como Double Masters ou JumpStart 2022, pois se torna impossível especular em torno do que pode ser relançado ou não, ou que mecânicas novas podem surgir em sets específicos como Unfinity ou Commander Legends: Battle for Baldur's Gate, ao qual prefiro também me abster, pois meu conhecimento de lore de Dungeons & Dragons não é tão amplo a ponto de que eu possa especular sobre na perspectiva do RPG.

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Kamigawa: Neon Dynasty

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Começando pelos produtos que já possuem spoilers e informações (oficiais ou vazadas, não entrarei em muitos detalhes sobre vazamentos porque é contra nossa política e não quero estragar a temporada para ninguém), estarei dando apenas uma breve explicação das minhas especulações sobre ambos os produtos, visto que já temos alguma ideia do que podemos ou não esperar deles à partir das informações já divulgadas.

Estou listando essas especulações com base no que eu tinha em mente quando planejei este artigo, pouco antes do Natal de 2021.

Ninjutsu Retorna

(Confirmado com Satoru Umezawa)

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Foi anunciado ainda no Magic Showcase que Kamigawa: Neon Dynasty traria mecânicas aclamadas pelos fãs enquanto reconstruiria o resto, e a mecânica mais popular de Kamigawa, sem dúvida alguma, é Ninjutsu.

A habilidade de Ninjutsu é comumente utilizada no Pauper, mas também é a peça central de decks que envolvem Ninjas, foram regularmente utilizadas em outros formatos ao decorrer dos anos na década passada, e hoje a mecânica é a peça central de um dos comandantes mais famosos de Magic, Yuriko, the Tiger's Shadow.

Por conta disso, já era de se esperar que Ninjutsu fosse uma das mecânicas a retornar em Kamigawa.

Samurais retornam com suporte tribal

Uma tribo que possui muitos fãs na cultura pop em geral, mas que possui pouco espaço para elaboração em Magic: The Gathering são os Samurais.

Fora de sets específicos, como Modern Horizons ou Commander Legends, é muito difícil criar mais cards de Samurai ou o suporte necessário para que esta tribo tenha reconhecimento, pois ela é, essencialmente, um ponto icônico de Kamigawa.

Nossa volta até Kamigawa com certeza trará novos Samurais e, assim como a Wizards vez com Tovolar, Dire Overlord para os Lobisomens, creio que teremos mais cards com um poderoso suporte tribal para dar a esta tribo o seu merecido espaço em jogos casuais e, principalmente, no Commander.

Não haverá ciclo de dual lands

Os sets de Standard tem uma certa recorrência nos últimos anos de que, para cada ciclo de dual lands fechado, um conjunto de lands raras monocoloridas ou nenhum ciclo de lands é lançado na próxima edição.

O bloco de War of the Spark trouxe as Shocklands, enquanto Throne of Eldraine trouxe os Castelos. Theros Beyond Death e o Core Set trouxeram os Templos, enquanto M21 não trouxe nenhum ciclo de lands raras. Zendikar Rising e Kaldheim trouxeram as Pathways, enquanto Adventures in the Forgotten Realms trouxeram as Manlands.

O ciclo tem suas falhas, como Strixhaven trazendo as Reveal Lands em cores inimigas ou Ikoria trazendo os Triomes, mas a tendência é de que uma edição nunca traga Dual lands quando outra fecha um ciclo como Innistrad: Midnight Hunt e Crimson Vow fecharam e, com Streets of New Capenna sendo um set com tema multicolorido, é provável que Kamigawa: Neon Dynasty seja a edição a não trazer novas lands duais.

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Tezzeret está em Kamigawa

Sabemos que o novo Planeswalker, Kaito Shizuki, está atrás de um homem de braço metalizado que tentou atacar o imperador.

Dada o avanço tecnológico que ocorreu em Kamigawa e a maneira como eles parecem estar muito mais avançados nesse quesito do que uma grande maioria dos planos, faz sentido que Tezzeret, um Planeswalker fascinado por artifício, esteja em busca de algo em particular em Kamigawa.

Também sabemos que Tezzeret possui um vínculo ou a tendência a se vincular aos Phyrexianos, o que se encaixaria no fato de que um certo personagem está presente nas miniaturas colecionáveis da nova edição.

Reprint de Ninja of the Deep Hours como incomum

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Um dos cards mais icônicos de Kamigawa é Ninja of the Deep Hours, uma criatura que vê extensivo jogo no Pauper, além de também ter tido suas aparições décadas antes em decks de Extended e Legacy.

Nós sabemos como a Wizards tende aa reprintar cards icônicos de um plano após revisitá-lo, portanto, não me surpreenderá se o card icônico de Kamigawa ser nada menos do que o mais famoso Ninja azul que o plano já teve.

Challenger Decks 2022

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Eu esperava um deck Izzet

Como já revelado, os arquétipos do Challenger Deck 2022 serão Mono White Aggro, Gruul Stompy, Rakdos Vampires e Dimir Control e serão lançados no dia 1° de Abril.

Basicamente, todos os decks estavam conforme o esperado, como Mono White Aggro sendo o deck mais competitivamente viável, enquanto o Gruul Stompy e o Rakdos Vampires são meios de promover os produtos de Innistrad lançados no fim do ano, mas a escolha de um Dimir Control ao invés de um deck Izzet não faz muito sentido para mim.

Nós vemos um Challenger Deck ganhador de um grande torneio aparecendo desde o lançamento do produto: Hazoret Aggro em 2018, Mono White Aggro em 2019, Jeskai Fires em 2020 (apesar de a versão da caixa ser muito diferente da otimizada) e Azorius Control em 2021, e parece estranho um deck Izzet não estar presente quando foi o deck ganhador do Campeonato Mundial.

Agora, eu não esperava que eles trouxessem o Izzet Epiphany direto da caixa, especialmente quando Alrund's Epiphany é uma carta potencialmente quebrada e com alguma probabilidade de ainda ser banida do Standard, mas existiam outras opções viáveis, como um Izzet Dragons utilizando Smoldering Egg e, caso não quisessem colocar Goldspan Dragon por também ser uma carta com potencial de banimento, outras criaturas como Galazeth Prismari ou o próprio Iymrith, Desert Doom seriam opções viáveis e muito interessantes, que combinam muito bem com cards como Dragon's Fire e com a temática de tribal de dragões que, sem dúvidas, chamaria muito a atenção dos jogadores novos e também dos mais experientes que gostariam de poder jogar com o deck pilotado por Yuta Takahashi.

Outra opção seria a de incluir um Izzet Control utilizando Lier, Disciple of the Drowned e Hullbreaker Horror como finishers, além da já conhecida interação entre Burn Down the House e Galvanic Iteration. E falando em interações, Expressive Iteration realmente poderia ter um reprint para aliviar seu preço, visto que é uma staple de múltiplos formatos.

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Infelizmente, teremos um Dimir Control, e eu não vou mencionar sobre a lista antes dela sair, pois ela pode nos surpreender positivamente, mas Hullbreaker Horror é um finisher muito melhor do que Iymrith, Desert Doom já sonhou em ser.

Streets of New Capenna

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Teremos demônios fora da cor preta

A menos que o design do set seja extremamente black-based, com todas as famílias de demônios sendo voltadas para os trios de cor que incluem preto (Abzan, Sultai, Mardu, Grixis, Jund), creio que teremos demônios nas outras cores, algo que seria inédito para o jogo, já que a única cor que também possui criaturas do tipo demônio no jogo atualmente é o vermelho.

Dado a probabilidade de que esta edição será voltada para as Shard Colors (Bant, Esper, Grixis, Jund, Naya) e a tendência da Wizards a tentar inovar, acredito que poderemos ter demônios surgindo no Verde e no Azul, e talvez até mesmo no Branco.

Um novo ciclo de Tri-Lands. Não creio que serão os Triomes (mas deveria ser)

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Os Triomes fazem, atualmente, parte de um dos ciclos mais poderosos de Lands já criados em Magic: The Gathering e faria um absoluto sentido se, abordando um tema de três cores, a Wizards optasse por fechar o ciclo.

Porém, estas lands possuem um efeito adicional, o Cycling, o que essencialmente simboliza que, para estas lands voltarem em um produto não-premium, a edição precisaria ter a keyword como uma de suas mecânicas a menos que se tome a decisão de tornar do Cycling uma mecânica evergeeen, ou seja, algo que pode aparecer em qualquer edição, tal como ocorreu com Scry ou Prowess.

Particularmente, considero que Cycling seria uma ótima mecânica genérica, já que ela essencialmente dá utilidade para cards que são condicionalmente úteis, como uma remoção de artefatos contra decks que não os utilizam, ou um sweeper contra decks control.

Haverá uma mecânica voltada para cemitérios

É possível que tenha sido apenas para criar um ambiente de Limitado saudável, mas realmente creio que a Wizards puxou bastante o ciclo de hates de cemitério em Midnight Hunt e Crimson Vow, o que me leva a crer que a empresa possui planos para criar um set ou mecânica voltada para cemitérios ainda neste ciclo do Standard e, para isso, eles quiseram garantir que haveriam respostas que fossem suficientemente boas para lidar com possíveis cards que ameacem o formato no longo.

Quanto à mecânica que poderia estar em New Capenna, se considerarmos o quão necessário grave hates se fazem para combatê-los, eu poderia considerar Delve como uma opção viável e que, tecnicamente, pode encaixar-se tematicamente com um dos grupos de demônios do plano.

Outra opção viável, porém bem menos empolgante, é a possibilidade do retorno de Unearth, mas com Disturb sendo extremamente parecido em termos gerais, não tenho certeza de que a Wizards tentaria reaproveitar ambos num mesmo ciclo de Standard.

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Dominaria United

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O Retorno de Domain e outras mecânicas introduzidas em Dominaria

Sendo o set de celebração de 30 anos de Magic: The Gathering, e com um retorno a uma Dominaria que não parece estar mais sob ameaças interplanares ou Phyrexianas, creio que Dominaria United será uma revisitação a algumas das mecânicas mais clássicas do jogo, muitas delas icônicas do plano.

Dentre elas, a que parece fazer mais sentido por termos de popularidade e por não ser complicada de sempre se manter um tracking (como é o caso de Threshold), creio que Domain, uma mecânica que considera os tipos de terrenos básicos que você controla, seja algo que possa ser melhor explorada neste retorno ao primeiro plano do jogo, visto que ela foi inicialmente introduzida em Apocalypse e cuja última revisitação (num lançamento para o Standard) ocorreu faz muito tempo, em Conflux, do bloco de Alara que foi lançado em 2009.

Um set com foco tribal

Entrando na zona ainda mais especulativa, creio que podemos esperar um suporte tribal para alguns dos tipos de criaturas mais conhecidos de Dominaria como Elfos, Goblins, Merfolks ou Magos, Zumbis ou Vampiros e Humanos ou Soldados.

O que me leva até esta possibilidade é que, com este set sendo uma "celebração" e uma revisitação ao plano de Dominaria, sabemos que um dos temas mais famosos que o plano já teve em diversas edições foram as sinergias tribais que essencialmente deram origem aos arquétipos de uma única tribo como a conhecemos hoje, e que persistem até o presente como decks presentes em formatos eternos como o Modern.

Isso, somado ao fato de que costumamos revisitar estas tribos mais "clássicas" com suporte ocasional ao menos uma vez no ano, me faz crer que Dominaria United é o espaço perfeito para um bloco voltado para novas interações tribais.

Uma boa oportunidade para o reprint das Painlands

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Eu não coloco isso como uma especulação porque eu não sei se as Painlands se encaixam na atual filosofia de design de novos sets e nem se elas seriam eficientes demais pro atual contexto do jogo ou do Standard, mas as Painlands são um ciclo difícil de reprintar na ausência de Core Sets porque uma grande maioria delas faz referência à alguma localidade específica de Dominaria.

Logo, tanto em Dominaria United como em The Brothers War, surge uma perfeita oportunidade para reprintar as Painlands, em especial o ciclo de cores aliadas, que não possuem reprint desde a Décima Edição, e poderiam servir como mais um ciclo de lands para incrementar a consistência de combinações de cores aliadas no Pioneer.

The Brothers' War

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Facções de Urza e Mishra

Segundo a própria descrição da página oficial do Magic Showcase 2021, o último set do ano contará, em detalhes, uma das histórias mais marcantes do jogo sob a perspectiva de seus personagens, localidades e vítimas do evento que mudou todo o rumo de Dominaria e de todo o Multiverso.

Aqui, existem duas possibilidades: A primeira é a que ele se designe com base no conflito entre Urza e Mishra, o que essencialmente traria uma mecânica específica para cada um deles e um sistema aos moldes de Facções, como vimos ocorrer durante o bloco de Scars of Mirrodin, onde Mirranos e Phyrexianos tinham suas próprias mecânicas e meios de "combater" um ao outro.

Uma edição focada na catástrofe da Guerra

A outra possibilidade, provavelmente impopular e que não sustenta o peso do hype desta edição, mas que considero também ser uma abordagem válida é a recontagem da história aos olhos de toda a Dominaria, sem o foco central nos irmãos. Colocando-os como plano de fundo e deixando que a catástrofe causada pelo conflito seja o narrador da lore.

Neste caso, veríamos mais personagens secundários da história, e um clima quase apocalíptico no teor da narrativa e das ilustrações. Veríamos uma Dominaria devastada, assustada, tentando sobreviver a uma guerra da qual muitos nem sequer tem algo a ver e, eventualmente, veríamos todo o plano ser levado para uma longa e impiedosa Era Glacial.

Não creio que este seja a temática que a Wizards pretende dar para um lançamento que carrega tamanho peso histórico, mas confesso que seria muito interessante ver um set com um teor de desolação tão abrupto e devastador como o que uma infrutífera guerra entre dois irmãos, armados com os artefatos mais poderosos do plano, foi para toda Dominaria.

Um Urza Planeswalker? (Improvável, mas quem sabe?)

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Os eventos da The Brothers' War encerram quando Urza utiliza o Golgothian Sylex, obliterando toda Argoth e transformando Urborg em um enorme pântano, mandando toda Dominaria rumo a uma inevitável Era Glacial.

Na explosão, tanto Urza quanto Mishra são desintegrados, mas a Mightstone e Weakstone fundem-se, revivendo Urza e acendendo a sua Centelha.

Como esse evento só ocorre no final da The Brothers' War, não sei se a Wizards realmente pretende finalmente dar a Urza um card de Planeswalker oficial, visto que já temos a versão de criatura dele, desta época da Lore em Urza, Lord High Artificer (do qual acredito que a Wizards provavelmente consideraria forte demais para o Standard, Pioneer ou Historic).

Uma mecânica voltada para a construção de artefatos

A Guerra dos Irmãos foi uma guerra de artífice, onde Urza e Mishra utilizaram das mais brutais máquinas e relíquias para travar uma batalha mortal em toda Dominaria. Logo, é impossível não considerar que a edição tenha algum foco em artefatos, ou na construção deles.

Suponho que, provavelmente, teremos uma nova mecânica para exemplificar o poder bélico dos dois lados, e minha aposta é para uma nova mecânica que tenha a ver com a construção destes artifíces ou com a construção do seu próprio exército de máquinas, mas também é possível reutilizar uma keyword já muito conhecida no Pauper e no Modern, dado que ela representa muito bem o conceito de criar seu próprio arsenal de máquinas: Metalcraft.

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Revisitar a Guerra dos Irmãos é um preparativo para a continuação do arco de Phyrexia

A menos que faça parte dos planos da Wizards retornar e recontar com maior riqueza de detalhes alguns marcos históricos da lore de Magic: The Gathering, soa um pouco estranho que tenhamos de fazer uma viagem no tempo para entender um enredo como A Guerra dos Irmãos.

Apesar de, obviamente, existirem inúmeras razões comerciais para revisitarmos este evento, suponho que o ponto mais importante deste episódio da Lore para a atual história é situar os novos jogadores de dois elementos-chave:

A primeira é situar os jogadores do que é o Golgothian Sylex, que pode, ou não, ser o "Cylix" que levou Karn de volta à Dominaria na primeira vez que revisitamos o plano, visando leva-lo até New Phyrexia para, até onde se sabe, destruir o plano que ele mesmo criou por completo.

A segunda é que estes mesmos novos jogadores tenham um melhor entendimento do que é Phyrexia já que, ao que tudo indica, estaremos vendo pequenas atividades Phyrexianas em sets futuros como vimos, inclusive, em Kaldheim com Vorinclex, Monstrous Raider.

Esses dois pontos levam-me a acreditar que, entre 2023 e 2024, estaremos voltando para o arco de New Phyrexia, onde saberemos o que aconteceu com Mirrodin após a completa dominação Phyrexiana do plano, ou até mesmo como eles estão se expandindo e retornando e surgindo em outros lugares.

Conclusão

Estas são minhas especulações para os lançamentos de Magic: The Gathering para 2022.

Algumas delas, confesso, podem ser um tanto voltadas para as minhas preferências pessoais ou expectativas para o jogo, como o retorno para Phyrexia ou o desejo por um reprint das Painlands, enquanto outras são voltadas para as poucas informações que temos sobre os sets atualmente e, outras, voltadas puramente para o campo da imaginação.

Particularmente, estou ansioso para ver quais dessas suposições estarão corretas ou erradas ao decorrer do ano e, principalmente, com as surpresas que cada um desses novos lançamentos irá nos trazer (para o bem ou para o mal), e qual será o impacto deles nos formatos competitivos e casuais.

Fique à vontade para deixar suas especulações nos comentários.

Afinal, uma das partes mais divertidas que existia para mim quando comecei a pesquisar e ler sobre Magic eram os fóruns de rumores e especulações da extinta MTGSalvation, e me trouxe um enorme ar de nostalgia compartilhar minhas opiniões e expectativas do que esperar nos novos lançamentos.

Obrigado pela leitura!