Depois de rever o alvoroço causado pelo último top 4 acompanhado pela comunidade de MTG, com três Red Deck Wins entre os quatro melhores colocados do torneio, me propus a avaliar os últimos dez anos de Standard no Magic the Gathering, com a intenção de entender melhor a história do Metagame do Standard.
A primeira dúvida foi como analisar tanto tempo de Standard com pouco tempo hábil disponível... Ter participado de praticamente todos os Metagames como jogador e assistido a quase todos os eventos online facilitou um pouco, mas ainda assim era necessário mais.
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A solução me pareceu lógica, avaliar os torneios mundiais, mas outro problema logo apareceu: o antigo formato de Mundial de MTG Standard praticamente não foi utilizado nos últimos anos. Novas fórmulas foram testadas, dificultando um pouco a divisão sobre os melhores decks e campões ano a ano.
Alerta de Saudosismo!
Para mim, os Mundiais antigos eram muito mais interessantes e geravam muito mais comoção no público de forma geral. Lembro-me de virar várias noites em frente ao computador na casa de amigos comendo lanches e pizzas para acompanhar os torneios, comentar as jogadas e verificar se algum deck surpresa iria aparecer. O formato por equipes me tirou muito da vontade de acompanhar o torneio como um todo e dificultou um pouco a pesquisa sobre os melhores decks (pelo ângulo do mundial de Magic the Gathering).
Sem mais delongas vamos começar a analise sobre o standard World’s MTG:
Tabela 1: Top4 dos últimos dez anos de Mundiais de MTg Wizards (Levando em conta apenas o Standard)
É possível verificar pela Tabela acima que apenas em dois anos o Mundial não teve decks repetidos no top4 Standard. Em cinco dos dez anos o mundial apresentou decks iguais, que se repetiram ao menos uma vez no top4. Podemos destacar o ano de 2013, quando os decks aparecem duplicados duas vezes com dois UWx Midrange e dois Jund Midrange. Já em três anos mais extremos contamos com três decks iguais entre os quatro finalistas: 2010, 2015 e 2016, com três UB Control em 2010, três Abzans em 2015 (com uma pequena variação em um deles) e três Bants em 2016, novamente com uma pequena variação em um dos três decks.
Essa pequena analise fria de números mostra que historicamente o Standard apresenta uma variação menor de metagame do que formatos compostos por mais edições. Isso é perfeitamente natural se pensarmos no limite de cartas disponíveis para criar a variação de decks.
A ansiedade da comunidade em acompanhar o primeiro grande torneio Standard pós-War of the Spark era grande. Para alguns a decepção em ver três decks iguais no top4 foi ainda maior que a ansiedade gerada para ver as novas cartas. Para você que está com esse peso no coração, calma! O novo standard está apenas começando, os decks ainda serão testados a exaustão e novidades ainda virão.
Em meio aos primeiros testes, o Red Deck Wins se destacou neste torneio, mas ainda é muito cedo para saber se ele conseguirá manter-se entre os principais decks em um Metagame mais estabilizado e preparado.
Carlos Eduardo Tognoli
Fontes:
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