Magic: the Gathering

Review

O Commander com Chain Veil - Teferi, Temporal Archmage

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Busco um deck que possa adaptar sua postura de acordo com o adversário

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Olá, meus queridos! Tudo bem com vocês? Meu nome é Fogaça e estou aqui novamente para falar sobre Commander.

Alguns que me acompanham devem saber sobre o estilo de jogo pelo qual tenho preferência, e, junto a isso, sobre a minha busca pelo comandante ideal para tal; desde o lançamento de M20, tenho me dedicado a extrair valor de Kykar, Wind’s Fury – tanto é que já fiz mais de um artigo sobre nossa galinhalink outside website –, porém, cheguei a um ponto onde este não corresponde mais ao que estou há anos buscando. O próximo capítulo dessa jornada corresponde a um tema que gostaria de tratar aqui faz algum tempo – busco um deck que possa adaptar sua postura de acordo com o adversário, com a situação do jogo e com os recursos disponíveis, e, desta forma, cheguei até um dos generais mais clássicos do cEDH: Teferi, Temporal Archmage.

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CONCEPÇÕES INICIAIS

Quando a Wizards of the Coast lançou a coleção de Commander 2014, sua idéia era trazer planeswalkers para o Commander de uma forma distinta, possibilitando que estes ícones da lore se tornassem generais e comandassem nossos baralhos – antes, decks de super-friends eram comuns, mas, agora, focar nossos esforços em apenas um PW que está sempre lá, na zona de comando, nos dá novas possibilidades, incluindo as de uma carta especial para esses decks: The Chain Veil. A regra do Véu permite que suas ativações sejam acumuladas para outros planinautas que entrem em jogo ainda neste turno, de forma a não se limitar apenas ao estado atual da mesa.

Agora, falando sobre Teferi em si, devemos entender o complexo de suas habilidades e relacioná-las ao seu custo de mana, afinal, quando se trata de uma mesa competitiva, o CMC do commander é importante para definir a postura da construção. Para Temporal Archmage, temos a combinação de uma habilidade de compra com uma habilidade de assimetria, além de um -10 que quase nunca será usado; a assimetria em si é o que se destaca aqui, uma vez que poderemos contornar efeitos que seriam prejudiciais a nossa mesa (principalmente efeitos que impedem nossas permanentes de desvirar, como o de Stasis) de um modo que estes ainda afetem nossos oponentes, assim, compensando o alto custo de mana do general.

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CONSTRUÇÃO DO DECK

Após algumas pinceladas sobre a regra do Véu e a possibilidade de assimetria de Teferi, partimos do ponto onde nosso deck terá apenas uma cor, o azul. Construções mono blue têm por característica base o fato de haver muitas formas de cavar nossos recursos, porém, com certa dificuldade de responder permanentes, uma vez que seu forte está nas anulações (as quais devem ser encaixadas na hora exata para possuírem efetividade); normalmente, a alternativa encontrada para ignorar esta limitação é pautada na utilização de peças de stax para que o ritmo da mesa seja diminuído, de uma forma que os oponentes se encontrem em um dilema moral entre progredir o jogo de forma imprudente com a chance de serem anulados ou apenas esperar o momento certo. Esse fato é aproveitado por quem escolhe o Arquimago Temporal para definir seu deck, pois a habilidade de untap gera a já discutida assimetria, que, em detalhes, permite desvirarmos terrenos ou pedras de mana, as quais serão usadas para prosseguirmos com o jogo da maneira usual – por isso, o mais comum para as listas é a utilização de artefatos que gerem o máximo de mana, tornando a jogada de “6 manas > Teferi > -1 > desvirar quatro geradores de mana” um clássico da consistência desse baralho.

Como não apenas de pão vive o homem, também temos que entender o seguinte fato: travar a mesa não nos dará a vitória. Existem muitas outras builds baseadas em stax, e, nem de longe, Teferi se compara aos All Stars desse arquétipo, porém, ele possui algo que estes não têm – a possibilidade de mudança de vitória. Explicando de forma sucinta, teremos alguns combos característicos de nosso arquétipo baseado em The Chain Veil, os quais permitirão saídas explosivas e vitórias rápidas, e, ao mesmo tempo, possuímos peças de controle e modos de travar a mesa com certa estabilidade não usuais para builds combocêntricas, assim, há três posturas que podem ser adotadas: uma proativa (fast combo), outra disruptiva (controle e stax) e um balanço entre as duas, sendo esta adaptativa – tudo dependerá de como a mesa está, quais decks estamos enfrentando e quais recursos estão disponíveis para o momento.

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Com essa explicação geral, vocês devem estar se perguntando “mas como este deck vence? Como é o combo usado?” Está é uma questão um tanto complexa, porém, totalmente vinculada ao fato de nosso general ser um planeswalker. Pois bem, pensemos no já citado The Chain Veil, o qual permite que ativemos habilidades de PW uma vez adicional por turno. Nosso objetivo será colocá-lo na mesa assim que estivermos prontos para tal (fato o qual justifica a grande massa de tutores usada na lista), sendo que ele será ativado com o objetivo de nos dar uma nova oportunidade de utilizarmos a habilidade que remove marcadores de nosso walker. As condições ideais para tal são:

• Precisamos gerar uma combinação de 5 manas entre três permanentes de nosso campo;

• Uma das manas geradas precisa obrigatoriamente ser azul;

• Efeitos de aumento de custo ou limitação de mágicas por turnos não podem estar ativos, bem como efeitos que impedem a ativação de Teferi ou do The Chain Veil.

Quando geramos 5 ou mais manas por três permanentes, poderemos desvirá-las com o -1 do comandante, junto ao The Chain Veil, tendo, desta forma, a seguinte sequência lógica: 5 manas > ativar o Véu > -1 > desvirar as três fontes de mana e o Véu > repetir. Notamos que sempre sobrará uma mana nesse processo (a qual será acumulada) e que, quando Teferi estiver com apenas um marcador de lealdade, não será útil desvirar o Véu, assim, poderemos desvirar mais uma fonte adicional de mana para acumular o excedente desta última ativação (lembrando que nossas fontes de mana também podem ser terrenos). Agora, vamos ao detalhe que permitirá que tudo funcione; lembram-se do fato de que as ativações do Véu se acumulam para novos planinautas que forem baixados? Pois bem, as manas que sobraram serão usadas para conjurar o Arquimago outra vez e reiniciar o ciclo, com a breve diferença que poderemos ativar suas habilidades ao menos quatro vezes adicionais antes de necessitarmos do artefato lendário. Com essas quatro vezes, usaremos sua possibilidade de compra, filtrando nosso grimório e obtendo mais recursos para, então, voltarmos ao ciclo ocasionado pelo -1. O resultado de tudo incluirá mana infinita, a compra de todo nosso baralho e possíveis ativações infinitas de planeswalkers – esse último servirá como finisher para nós, uma vez que usamos Ugin, the Spirit Dragon e Jace, Memory Adept (o qual está gentilmente substituindo Jace, the Mind Sculptor).

Continuemos nossas reflexões, agora com o combo explicado. Pensemos que uma combinação tão forte como um combo de duas peças (onde uma está na zona de comando) não será algo do agrado dos oponentes. Mesmo que planeswalkers sejam permanentes de difícil remoção, uma simples Pithing Needle já atrapalha toda uma estratégia de jogo ao travar as habilidades de nosso general, portanto, temos alternativas para vencermos caso haja uma manobra anti-véu por parte dos adversários; basicamente, combinaremos o útil ao agradável para aproveitar uma pedra de mana clássica de nosso deck (Basalt Monolith), um potencializador dos efeitos de Teferi (Rings of Brighthearth) e uma peça de compra excelente para uma construção baseada em artefatos (Sensei’s Divining Top). Tudo acontecerá quando virarmos o Monolith, nos dando acesso à mana necessária para desvirá-lo; o seguinte passo será copiar a habilidade de untap de Basaltt com os Anéis, precisando, assim, de duas manas adicionais para o processo – o resultado será mana incolor infinita, uma vez que, quando o Monolito desvirar, teremos ainda um trigg de untap na pilha e mais três manas para copiá-lo e dar sequência ao combo. Com mana incolor infinita, poderemos ativar a habilidade de compra do Tampo, e, então, copiá-la com Rings até que todas as cartas do deck estejam em nossa mão. Finalizaremos o jogo com Jace, Wielder of Mysteries, e seu efeito estático de Laboratory Maniac após ativarmos seu +1, descartarmos o Tampo do topo de nosso grimório e comprarmos uma carta (para baixar o PW, podemos aproveitar a mana infinita incolor para jogarmos Gilded Lotus ou qualquer outra combinação de pedras que gerem três manas azuis).

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Podemos ver que toda nossa lista é baseada em buscar o Véu o mais rápido possível, nos dar alternativas de compra e de respostas para cadenciar o jogo e nos proteger enquanto os oponentes desenvolvem ameaças ao nosso plano, tornando a escolha de velocidade e postura de jogo uma ferramenta para o piloto, o qual deve ter certa vivência com o baralho para entender exatamente as situações onde cada comportamento deve ser adotado. Um detalhe importante ainda não citado é sobre a inclusão de High Tide, a qual permite um combo de The Chain Veil + Teferi (CVT) com apenas três ilhas no campo.

CONCLUSÃO

Assim, após a análise dos argumentos, pode-se, pois, concluir que há mais opções de postura nas builds competitivas; nem sempre buscar sua wincon com todos os seus esforços lhe garantirá o jogo, muito menos travar a mesa sem dó nem piedade.

Minha busca pelo deck ideal e com o equilíbrio entre proação e disruptividade se afunila e me leva até Teferi, assim, ainda tenho muito para falar sobre a construção, portanto, àqueles que desejam entender como começar com o deck ou mesmo como substituir peças de alto valor, teremos tais informações em um próximo vídeo sobre Temporal Archmage em meu canal no YouTube.

Por hoje ficamos por aqui. Agradeço a todos que tem acompanhado essa série de artigos e peço que sempre deixem seu feedback para continuarmos melhorando. Para nos acompanhar no YouTube, acessem o link do canallink outside website. Até a próxima, meus queridos!