Magic: the Gathering

Review

O efeito Archenemy no Commander - Urza, Grão-lorde Artífice

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O deck que tem tudo para ser objeto de mira na mesa e, por incrível que pareça, consegue sustentar seu jogo mesmo com essas adversidades: Urza, Grão-lorde Artífice.

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Olá, meus queridos! Tudo bem com vocês? Meu nome é Fogaça e estou aqui novamente para falar sobre Commander.

Quando falei sobre Kykar, Fúria do Ventolink outside website, contei que estava em uma mesa com o recém printado Urza, a qual me deu a idéia referente à montagem de minha lista. Naquela mesma jogatina, passamos a observar um fenômeno interessante que comumente afeta os players que estão transitando entre o casual e o competitivo; batizei tal ocorrência de Efeito Archenemy, sendo assim definido pelas vezes em que você sozinho torna-se o foco da mesa e tem de agüentar toda a agressividade vinda dos oponentes. Após muito pensar, imaginei um texto que falasse como evitar esse tipo de coisa, mas, no fim, não é algo que dependa apenas de você, portanto, minha conclusão foi que a melhor opção é entrar na brincadeira e dar motivos para tal – escolhi, deste modo, o deck que tem tudo para ser objeto de mira na mesa e, por incrível que pareça, consegue sustentar seu jogo mesmo com essas adversidades: Urza, Grão-lorde Artífice.

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CONCEPÇÕES INICIAIS

Novamente falamos sobre um personagem icônico da lore, e, outra vez, não darei detalhes sobre sua história, porém, se Urza é tão importante para o Magic, sua carta é equivalente a tal importância. Suas habilidades caracterizam o clássico arquétipo de artefatos usado no azul, mas corrigindo duas importantes deficiências deste: hates contra habilidades ativadas e o aproveitamento de manas incolores em relação às manas coloridas.

CONSTRUÇÃO DO DECK

Aprofundando a explicação anterior, a construção foi feita para contornar o terror conhecido como Silêncio Pétreo, uma vez que a habilidade do próprio Urza permite que seus artefatos ainda gerem mana. Essa condição por si só impõe uma vantagem tremenda, sendo que aproveita de pedras que antes não tinham potencial para uma eficiente conversão em Mox Sapphire – por isso usaremos cartas como Amuleto de Pedra Preciosa e Cálice do Fluxo Perene.

No momento em que aceitamos que seremos o alvo da mesa, passamos a precisar de formas de vitória consistentes e que sejam independentes, mesmo que não sejam totalmente desconexas entre si; pensando nisso, teremos quatro maneiras de vencer o jogo em potencial. Iniciaremos por uma condição de mana infinita (Cetro Isócrono e Reversão Dramática ou Anéis dos Lareiluz e Basalt Monolith) que aproveitará da habilidade do comandante para exilar todo nosso grimório, seguindo-a pela conjuração de um de nossos turnos extras (Nexo do Destino ou Guia dos Amanhãs); como nosso deck estará exilado, a carta jogada resolverá seu shuffle, passando a ser a única em nosso topo, de modo à sempre ser nosso draw e permitir turnos infinitos. Outra possibilidade será a substituição de nossos turnos extras por Zênite do Sol Azul, declarando, inicialmente, seu custo para zero; os próximos passos envolverão comprá-lo novamente e usá-lo para que nossos oponentes comprem todas as suas cartas, condicionando, assim, uma derrota por overdeck. Referindo-nos ao próprio overdeck, nossa terceira possibilidade inclui os efeitos de Maníaco do Laboratório e Jace, Manipulador de Mistérios, conjurados após exilarmos toda nossa biblioteca. Por fim, a combinação entre Visão do Futuro e Tampo de Adivinhação do Sensei, junto a um redutor de custos, condicionará uma compra total de nossas mágicas e a sequência com os outros planos de vitória.

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Todo o resto de nossa lista se beneficia do controle e das possibilidades que o bom velhinho nos dá para maximizar a sinergia entre cada peça (citando como exemplo a inclusão de Sai, Topterista Mestre, e Trilha de Indícios).

SUBSTITUIÇÃO DE CARTAS DE ALTO VALOR

Não teremos uma abrangência tão grande nessa sessão, uma vez que a sinergia do deck é essencial para o princípio de segurar três jogadores ao mesmo tempo, porém, voltamos à velha história de substituição de cartas de valores altos por alguma de igual função.

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POR ONDE COMEÇAR?

O que dá a solidez da build é essencialmente o aproveitamento de mana, o que deve ser priorizado com a aquisição de pedras para tal, além dos efeitos de criação de fichas. Os combos também contribuem para a consistência, porém, inicialmente, um deles pode ser escolhido como prioritário.

CONCLUSÃO

Mesmo que não tenha discutido nenhum conceito hoje, creio que esse artigo possa gerar um debate proveitoso. Muitos que jogam o mais puro cEDH esquecem que existem mesas onde jogadores otimizados e casuais se misturam, criando fenômenos singulares para formatos onde não há um duelo direto. Meu objetivo aqui foi apenas dar uma idéia para aqueles que se sentem frustrados por possuírem um alvo na testa – aceitem seu alvo e dêem motivo para tal.

Por hoje ficamos por aqui. Agradeço a todos que tem acompanhado essa série de artigos e peço que sempre deixem seu feedback para continuarmos melhorando. Até a próxima, meus queridos!