Magic: the Gathering

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Stax no Commander - Brago, King Eternal

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Vamos aproveitar a temática de Eldraine para falar sobre outro rei que, em minha opinião, traduz exatamente o que tentarei explicar: Brago, King Eternal.

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Olá, meus queridos! Tudo bem com vocês? Meu nome é Fogaça e estou aqui novamente para falar sobre Commander.

Vejo que muitos jogadores têm afinidade por uma estratégia que consiste em travar o oponente e deixar o jogo mais lento, para que, assim, haja tempo hábil para desenvolver sua vitória – chamamos esse tipo de deck de stax – e, por isso, faz algum tempo em que quero tratar sobre o assunto com vocês. Grande parte dos comandantes atuais utiliza de mecanismos de hate para aperfeiçoar sua build e contornar certas matches sem que necessariamente sua lista se caracterize dentro do arquétipo, mas, quando se trata de ir até o fim com o stax, há uma certa falta de noção sobre como realizar este feito. Resolvi, portanto, aproveitar a temática de Eldraine para falar sobre outro rei que, em minha opinião, traduz exatamente o que tentarei explicar: Brago, King Eternal.

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CONCEPÇÕES INICIAIS

Claramente, nosso deck utilizará a mecânica de blink – a qual está ligada a exilar suas próprias permanentes e voltá-las para o campo –, portanto, devemos abandonar as noções comuns e ter três pontos em mente:

Não necessitaremos de outro motor de blink além de Brago; se ele não é o suficiente, sua build está errada e deve ser ajustada para tal;

Nosso deck se comportará como um stax para nos dar tempo para retirar o melhor dos efeitos de ETB de nossas permanentes, logo, não possuir tais efeitos ou ter um uso exagerado de hates é prejudicial para o potencial do baralho;

Efeitos de aumento de custos ou quaisquer outros que não sejam contornados com o auxílio de nosso comandante são inúteis, uma vez que atrapalham nossa estratégia tanto quanto a dos adversários.

CONSTRUÇÃO DO DECK

Quando construímos uma lista, normalmente analisamos o comandante e vemos uma condição de vitória baseada em seus atributos para, então, desenvolver o game plan, porém, no caso de Brago, o plano de jogo está acima das wincons, sendo que suas habilidades gritam por uma construção que se beneficie de efeitos outrora únicos; a repetição agregada pela mecânica do próprio general exige que o jogo seja lento o suficiente para que os efeitos se acumulem e tornem-se a vantagem estratégica que diferenciará nosso jogo.

Analisando os modos de promover esta lentidão, dois acabam por se destacar quando relacionados com nosso arsenal: efeitos que obriguem jogadores a manter sua permanentes viradas e a redução do número de mágicas permitidas em um único turno. Quanto ao primeiro, a reentrada de artefatos, criaturas e encantamentos permite que estes voltem desvirados ao campo, ignorando as sentenças de tap impostas aos oponentes. Relacionado ao segundo, aproveitaremos o alto custo de nossas mágicas e o repetido usufruto de seus efeitos para rebatermos condições que evitam a vitória de decks storm ou que se beneficiem de múltiplas mágicas em um mesmo turno.

Para possibilitar tudo isso, precisaremos de uma consistente base de artefatos para geração de mana rápida e eficaz, assim promovendo uma entrada acelerada de nosso rei e a redução precoce da velocidade do jogo. Cartas como Sol ring contrastam com Lótus Engalanada, complementando-se de modo a promover a velocidade e a consistência necessária.

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Agora que sabemos como iremos progredir no jogo, devemos ter algumas possibilidades para vencermos, uma vez que o tempo estará ao nosso favor. A evasão de nossa lenda faz com que seu efeito quase sempre resolva, podendo ser combinado com Ressonador Estriônico, de modo a iniciar um loop a partir do momento em que duas ou mais manas estiverem disponíveis através de artefatos ou de triggs como o de Dragonete Peregrino (os quais possibilitarão a desvirada de terrenos). A sequência de entradas no campo poderá ser aproveitada por efeitos como os de Altar da Linhagem ou Habitante da Travessa dos Sábios, que, junto ao loop, proverão o descarte completo do deck dos oponentes – considerando que problemas como a existência de Kozilek, Carniceiro da Verdade, ou Nexo do Destino podem ocorrer, Descanse em Paz dará cabo de tais, também servindo de condição de vitória quando combinado com Elmo da Obediência.

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Todas as cartas restantes da lista foram cuidadosamente escolhidas para dar valor ao jogo, sendo um misto de eficiência e potência. Tutores, compras, stax, anulações e remoções juntam-se em um mix feito para que cada problema que for imposto à mesa seja resolvido, de uma forma que a build assuma, também, uma característica toolbox.

SUBSTITUIÇÃO DE CARTAS DE ALTO VALOR

Sei que falo muito isso, mas, este também é um caso quase único para esse tópico. O deck funciona perfeitamente bem com formas de travar a mesa e um ou outro combo para finalizar o jogo, de tal modo que as cartas realmente caras caracterizem a recursividade de uma caixa de ferramentas. Caso queira, essa função pode ser deixada de lado para reduzir o valor da lista, dando lugar a mais compras e outros efeitos que possam ser aproveitados conforme o jogo desacelere.

POR ONDE COMEÇAR?

A velocidade de entrada do comandante dá a consistência necessária para a estratégia, porém, não é prioritária. Recomendo que um pacote de draw, stax e de wincons básico seja estabelecido conforme sua acessibilidade, e, após, sua lista progrida para complementá-lo, assim, há a possibilidade de jogo mesmo sem muitas das cartas usadas em minha construção.

CONCLUSÃO

Após a análise dos argumentos, pode-se, pois, concluir que o arquétipo de controle baseado em travar a mesa não é algo onde existam peças fixas que sempre serão usadas. Cada comandante exige uma distinção de efeitos benignos e malignos para sua estratégia, os quais devem ser estudados para melhor aproveitamento destes.

Por hoje ficamos por aqui. Agradeço a todos que tem acompanhado essa série de artigos e peço que sempre deixem seu feedback para continuarmos melhorando. Até a próxima, meus queridos!