Top 5 melhores Urzas para Commander

De todos os personagens do Magic, o mais misterioso sempre foi Urza. Apesar de termos muita informação sobre ele no que toca o Lore, por muito tempo não tivemos um card dedicado a representar o grande mago como um personagem no campo de batalha, restringindo-o por anos a aparições em cards como Mind over Matter. Depois de muita discussão sobre quais seriam suas cores e habilidades, fomos receber uma carta de Urza no set de Unstable, de 2017, e posteriormente como uma criatura azul, extremamente opressora, em Modern Horizons.

Hoje em dia, graças ao novo set The Brothers' War, temos finalmente a oportunidade de termos múltiplos Urzas. O suficiente para grandes fãs do personagem poderem se esbaldar e também para podermos trazer um Top 5 envolvendo as melhores cartas do personagem para você poder usar em seu EDH, tanto em seu deck quanto como comandante.

Quais as melhores versões do velhinho de Dominaria para ser jogado nas mesas do mundo afora? É o que veremos a seguir.

Aqui temos o primeiro card impresso que nos permitia jogar com o personagem, e que dava um grande nó na cabeça de todos apresentando uma identidade de cinco cores. Urza, Academy Headmaster é um planeswalker de Unstable, um set com muitas cartas de “piada” com efeitos divertidos e que devem ser jogadas em galera, talvez durante uma boa cervejada.

Para que esses efeitos possam garantir sua máxima estranheza e entretenimento, foi criada a borda prateada, precursora do ícone em forma de noz presente hoje nos cards mais engraçadinhos de Unfinity, mostrando que esses cards não foram feitos para serem misturados com cards comuns de Magic.

Urza, Academy Headmaster tem um efeito bem simples, que envolve você entrar em um site listado na carta e seguir suas instruções, de forma a gerar efeitos aleatórios de lealdade para o Planeswalker, muitas vezes vindo de outros cards já existentes. Sua imprevisibilidade e métodos de ativação o tornam igualmente divertido e confuso, por um lado criando situações muito boas na mesa, capaz de entreter a todos no recinto e por outro complicando o flow do jogo, devido à necessidade de um objeto externo para seu funcionamento.

Apesar de não ter legalidade no Commander pelo comitê oficial, existe aquela “Regra número zero” de que tudo o que for de acordo das partes da mesa pode ser efetuado em um jogo casual, ou até levado para um torneio de nível local, fazendo com que existam situações em que esse cara não só possa estar presente em baralhos, como também possa ser Comandante de um deck de cinco cores.

Infelizmente esse card não tem nada a ver com o divertidíssimo game “Power Stone” da Capcom, lançado para o Dreamcast. Urza, Powerstone Prodigy como comandante é bem ruim. Sua principal habilidade é bem média e vem com um “uma vez por turno” carimbado com gosto em sua caixa de texto, algo que o prejudica muito.

Entendam, obviamente você vai querê-lo em um deck de artefatos, nos quais as Power Stones seriam úteis tanto para baixar as mágicas do tipo, quanto para ativar habilidades e pagar custos extras. O fato dele ter vigilância e uma habilidade ativada que permite o descarte de um card, que caso seja de artefato irá gerar uma pedra de mana, beneficiam a fabricação desse tipo de Token, o que poderiam ajudar ele a ser uma carta melhor.

Infelizmente, a restrição na quantidade de vezes que esse efeito dá frutos por turno piora muito o card, impedindo você de mitigar adequadamente as perdas que decks oponentes de descarte podem trazer até você, dificultando bastante o gameplay dele como peça central.

Já entre as 99 cartas, o carinha pode vir a ser útil, quem sabe? Mas friso com veemência que ele é disparado o pior dos Urzas deste artigo.

Esse aqui, para uma criatura que teve seu design voltado diretamente pro formato, desaponta um pouco. Agora com três cores, Urza, Chief Artificer é um comandante voltado para criaturas artefato, mas com um temperinho a mais, a capacidade de dar Ameaçar para suas criaturas artefato.

O Chefe Artífice também tem outra carta na manga, a Afinidade por criaturas artefatos, capaz de diminuir cada vez mais seu custo, mesmo que ele tenha voltado várias vezes para a zona de comando, baixando-o até chegar a três manas das cores Esper. Ainda por cima, todo turno ele simplesmente bota em campo uma ficha de criatura artefato cujo poder e resistência correspondem ao número de artefatos em campo, incluindo ela, capaz de crescer muito e dar uma baita bicuda no oponente.

Mas é isso. Ele faz uma fichinha a cada turno, e essa ficha pode crescer e dar uma agredida no oponente porque consegue se evadir dos bloqueadores. Seu principal trunfo é ter acesso a mana preta na montagem do deck, mas não é o primeiro comandante Esper para o tema. Ainda assim, é bem legal a abordagem mais agressiva que ele possibilita. Você pode conferir uma deck tech dele aqui.

The Brother’s War é uma verdadeira fábrica de Urzas. Só no set principal tivemos três, em diferentes raridades. No Slot raro temos Urza, Prince of Kroog, um comandante Azul e Branco especializado em criaturas do tipo artefato, atuando como um lorde para as mesmas, aumentando suas estatísticas em +2/+2, um aumento substancial quando comparado a designs mais comuns para esse tipo de card, como Lord of Atlantis.

Mas seu principal foco está na segunda habilidade, a de copiar artefatos, agora como criaturas 1/1 do tipo soldado, que irão também se beneficiar do bônus de +2/+2, entrando assim 3/3 caso Urza, Prince of Kroog não seja destruído em resposta.

Essa habilidade permite criar situações poderosas, copiando cartas de custo alto, como Meteor Golem que fazem algo quando entram, ou como Sharding Sphinx que geram efeitos positivos ao longo da partida. Ou podemos arrebentar o campo colocando um Portal to Phyrexia por turno, caso estejamos a fim.

Não tem muito o que falar desse carinha justamente por conta de ser um efeito poderoso e simples. É exatamente o que você leu na carta e, sim, você leu certo. Não tem malabarismo ou segredos. Na verdade, tem sim um segredinho…

Liquimetal Torque ou Liquimetal Coating são capazes de transformar qualquer carta em artefato. O mesmo vale pra Mycosynth Lattice. Assim, você pode diversificar muito mais seus alvos, podendo duplicar encantamentos, criaturas que não são originalmente artefatos, terrenos e até planeswalkers. Que irão ser uma bela criatura artefato planeswalker lendário, trazendo assim um baita fator agressividade para a mesa.

Em si, Urza, Lord Protector não é a carta mais forte de um Urza já impressa. Mas por outro lado, ele é o mais poderoso Urza já confeccionado para esse joguinho. Seu lado criatura consegue diminuir o preço de artefatos, feitiços e mágicas instantâneas. Assim como seu lado artefato, The Mightstone and Weakstone, que quando entra em campo faz um de dois efeitos poderosos e te gera mana para artefatos e habilidades.

Quando juntos, eles se tornam um Planeswalker com diversas habilidades diferentes, todas ótimas, e que é capaz de ativar mais de uma delas por turno. Urza, Planeswalker cria tokens grandes, compra cards e até destrói permanentes do campo todo, numa referência ao Golgothian Sylex, artefato que encerrou a Guerra dos Irmãos. Achar The Mightstone and Weakstone no deck é uma tarefa simples, na verdade. Através de Whir of Invention, Fabricate e outros, é possível buscar diversos cards importantes nesse deck no qual essas duas pedrinhas de mana são tão cruciais.

Com grandes capacidades de controlar o jogo de forma consistente, é possível usar de várias abordagens, sejam de um Control mais simples, ou até mesmo ousar e fazer desse deck uma espécie de Super Friends lento, com cards como Teferi, Time Raveler ajudando a manter o jogo do nosso lado, todos eles liderados pelo grande Urza, Planeswalker.

Ainda assim, o Urza de Horizons tem seus méritos. Uma habilidade poderosa que transforma todos seus artefatos em pedras de mana, principalmente se você usar um Mycosynth Lattice, e que tem como custo virar artefatos alvo, se opondo a fazer os próprios artefatos ganhar a habilidade de virar para gerar mana, permitindo que até criaturas enjoadas funcionem na hora do Ramp.

Ele também cria um Token muito grande, que provavelmente vai ser sempre parado por Sakura-Tribe Elder ou outros Tokens menores, mas talvez sirva de algo. E, por fim, a habilidade muito bem quista no Commander de jogar uma carta do topo de um grimório recém embaralhado de graça. Será um Blightsteel Colossus, um Sol Ring ou uma simples Ilha? Teremos que descobrir.

Eu pessoalmente gosto de combar ele com Howling Mine e Winter Orb, virando-as com a habilidade de mana, em momentos específicos para agraciar meus aliados e enraivecer meus oponentes.

Esse foi um Top bem divertido de se fazer, pude estudar várias abordagens de um personagem e até jeitos de encaixar mais de um Urza no mesmo deck de modo a, quem sabe, fazer um tribal de Urzas no futuro?

Lore não é minha praia, mas a capacidade de eu ter essa pequena semente dela evidente através de gameplay, vendo diferentes etapas do personagem Urza, mostra o como Magic consegue ser sólido e coeso nesse quesito.

E a próxima aventura é equilibrar o outro lado da Guerra dos Irmãos e fazer o Rank dos melhores Mishras do jogo. Até o próximo!