Magic: the Gathering

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Card Destaque: Quintorius Kand no Standard e no Pioneer

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A versão planinauta de Quintorius foi revelada em Lost Caverns of Ixalan. Neste artigo, analisamos o card e o seu potencial no Standard e no Pioneer!

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rezensiert von Tabata Marques

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A temporada de previews de Lost Caverns of Ixalanlink outside website começou ontem (24), e já está a todo vapor. Dentre os cards revelados na transmissão oficial da Wizards está o mais novo Planeswalker, cuja centelha foi liberada nos eventos de March of the Machinelink outside website - Quintorius Kand.

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Sendo parte do agora limitado curral de Planeswalkers, já que muitos perderam sua centelha em The Aftermath, Quintorius é um dos cards com maior potencial de presença nos formatos competitivos até agora - em especial, no Standard e no Pioneer!

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Neste artigo, destrinchamos o novo card e avaliamos o quanto ele pode impactar o Metagame.

Quintorius Kand - Uma Análise

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Quintorius é um Planeswalker muito decente pelo seu custo de cinco manas. Ele carrega duas qualidades que costumam padronizar a viabilidade dessa categoria de card nos formatos competitivos: sua habilidade positiva cria fichas para protegê-lo (e 3/2 é um corpo considerável quando somos o agressor), e sua segunda habilidade mescla card advantage com free spell, o que garante mais efeitos impactantes, além de exercitar a criatividade de deckbuilding dos jogadores.

Seu ponto alto, no entanto, está na sua habilidade passiva: Quintorius Kand oferece um Syphon Life para cada vez que você jogar mágicas do exílio - temática que tem sido explorada nas últimas edições, e interage com diversos cards presentes no Standard e no Pioneer hoje: Showdown of the Skalds, Wrenn's Resolve, Questing Druid e outros cards com a habilidade de Aventura.

Daí, entra a sua última habilidade: na base certa, com custos baixos, o Planeswalker pode ganhar a partida no momento em que seu ultimate é ativado, se ele permanecer em jogo: conjurar vários cards exilados de seu cemitério com a mana extra proporcionada por Quintorius pode significar dez ou mais de dano com a habilidade passiva.

Então, quais são os problemas com ele? O primeiro é seu custo: cinco manas é muita coisa para o Pioneer, e têm de fazer seu esforço valer a pena no Standard. Além disso, a habilidade de Descoberta, onde o jogador revela cards do topo até encontrar uma mágica de custo menor ou igual ao número pré-determinado e pode conjurá-la de graça ou colocar o card na mão de seu dono, não traz garantias de que você terá o efeito que deseja, a menos que faça concessões pesadas de deckbuilding.

Quintorius Kand não parece se encaixar nos moldes de Teferi, Hero of Dominaria na categoria de Planeswalkers de cinco manas, mas possui qualidades o suficiente para merecer seu espaço em formatos que podem comportá-lo, sem contar o potencial de interações e combos que a nova keyword possibilita.

Adendo sobre a habilidade de Descoberta

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Segundo as regras oficiais postadas no artigo da Wizards, a nova habilidade significa: Exile os cards do topo do seu grimório até exilar um card de não-terreno com valor de mana X ou menor (sendo X o valor de Descoberta). Conjure-o sem pagar seu custo de mana, ou coloque-o em sua mão. Coloque o resto no fundo do grimório em ordem aleatória.

De acordo com esse artigo, diferente da habilidade de Cascata antes da errata, ou do trigger de Invasion of Alara, Descoberta não pode conjurar mágicas com valor de mana maior do que o indicado, mesmo que o card revelado corresponda ao valor - Ou seja, o jogador não pode trapacear em custos de mana com a habilidade, como, por exemplo, conjurar Tibalt, Cosmic Impostor vindo de um Valki, God of Lies, ou um Fetch Quest vindo de um Bramble Familiar.

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Quintorius Kand no Standard

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O Naya Pia foi um deck que fez resultados nas primeiras semanas do Standard pós-Wilds of Eldrainelink outside website, mas que não conseguiu manter sua participação ativa no Metagame por conta do seu plano de jogo desfocado, que simula postura de Aggro e Midrange em uma mesma lista.

Com Quintorius Kand, o late-game desse arquétipo, que podemos renomear para Naya Exile, melhora e ainda ganha mais consistência em payoffs por jogar cards vindos do exílio. Questing Druid, Nahiri's Warcrafting e Redcap Gutter-Dweller já fazem um bom trabalho em estabelecer uma quantia decente de cards para exilar junto de Wrenn's Resolve, Reckless Impulse e alguns cards de Aventura, como Heartflame Duelist e Virtue of Loyalty.

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O novo Planeswalker também tem potencial para surgir em variantes de Mardu dos decks Magic Symbol BMagic Symbol R do Standard atual. Visto que sua habilidade passiva não especifica o exílio do qual a card deve ter vindo, habilidades de cards como Decadent Dragon e Etali, Primal Conqueror funcionam para desencadeá-lo, enquanto sua capacidade de encher a mesa com Espíritos 3/2 é uma recompensa excelente caso o jogador consiga manter a mesa vazia por turnos suficientes.

Outras opções, como listas de Goodstuff, parecem viáveis para sua inclusão. Mas, hoje, o Four-Color Ramp abdica do vermelho, e os decks de Invasion of Alara, que poderiam usá-lo já que ele está nos custos que o arquétipo comporta, não parecem se beneficiar o suficiente de Quintorius para justificar sua inclusão.

Quintorius Kand no Pioneer

A primeira opção que todo jogador de Pioneer pensará para o novo Planeswalker é numa lista que já se beneficia por jogar cards do exílio, o Boros Pia.

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Quintorius pode até merecer um ou dois slots no maindeck como topo de curva para interagir com os demais efeitos de exílio do deck, além de estabelecer boa pressão na mesa. No entanto, ele não colabora com a proposta mais agressiva do Boros Pia de tentar jogar por baixo, como faz com Showdown of the Skalds. Além disso, sua segunda habilidade é quase nula pela falta de controle que ela tem do que pode vir nessa base.

Logo, ele talvez mereça um pouco mais de espaço no Sideboard para partidas de atrito. Só que, para esses jogos, o Boros Pia já conta com Reidane, God of the Worthy e Invasion of Gobakhan, ambos cards que custam menos e possuem mais flexibilidade no seu uso no formato.

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Outra opção para o Quintorius é um lugar onde qualquer card - ou a maioria deles - revelado com a habilidade de Descoberta seja impactante. Os arquétipos de Goodstuff, como o 5 Color Omnath, ou o Niv-to-Light são um bom começo, e podem jogar com menos cópias do Planeswalker, com até uma só para buscar com outro card em situações propícias.

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Só que Quintorius não agrega em nada no que esses decks propõem hoje. Ele não oferece nenhuma flexibilidade, e para ser um alvo de Bring to Light, é melhor ter outras opções com funções parecidas, só que com mais flexibilidade.

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Quintorius acaba, então, à mercê do que Lost Caverns of Ixalan ainda tem a oferecer, ou de interações que ainda não foram devidamente exploradas. Uma delas é a combinação do Planeswalker com Geological Appraiser e Release to the Wind, apontada por algumas contas do Twitter como um combo em potencial, capaz de causar até 18 de dano com o trigger dele, se funcionar apropriadamente em uma build que lhe permita encontrar especificamente estes cards com a Descoberta.

Conclusão

Quintorius Kand possui qualidades inerentes que lhe dão potencial para ver jogo no Standard, e até para estabelecer e/ou criar arquétipos novos no formato. Para o Pioneer, no entanto, ele ainda depende da criatividade dos jogadores de encontrarem as melhores maneiras de quebrar suas habilidades, visto que ele não interage tão bem com as estratégias em que ele poderia se encaixar.

Como a temporada de previews está no início, é cedo para afirmarmos se ele será uma staple, ou apenas mais um card bom sem tanto espaço no Metagame. Lost Caverns of Ixalan pode ainda trazer muitas interações e outros cards interessantes, capazes de alterar a estrutura do ambiente competitivo.

Obrigado pela leitura!