Magic: the Gathering

Review

Reforçando o Precon Commander: Esquadrão Espiritual (Millicent, Restless Revenant)

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Dicas de upgrades para seu deck pré-construído com temática tribal de espíritos — gerando fichas e utilizando evasão para nocautear seus oponentes.

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Olá, leitores Comandeiros!

Os decks Commander pré-construídos — a partir de agora chamados apenas de “precons” — são amplamente difundidos entre os jogadores de Commander. Seu lançamento costuma ser esperado com uma certa expectativa por uma boa parcela dos jogadores, já que estes produtos representam uma maneira fácil e objetiva de ingressar no formato ou ter um gostinho das novas coleções.

Nos próximos artigos, irei discutir a construção dos dois novos precons de Voto Carmesim, suas estratégias e, por fim, explorar as opções de upgrades que temos disponíveis principalmente (mas não exclusivamente) nas coleções mais recentes.

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Neste episódio falaremos do deck azul e branco: Esquadrão Espiritual.

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Comandante, Temas e Construção

Como o nome sugere, trata-se de um deck de espíritos, com uma temática tribal evidente já na apresentação de seu comandante, Millicent, Restless Revenant. Sua capacidade de criação de fichas é notável, tornando-o um dos melhores generais do arquétipo.

Vale ressaltar que Millicent também é uma criatura de alto impacto e valor individual e aparentemente foi desenhado para que a linha mais intuitiva fosse construir um deck dedicado a ele. O suporte existente para a tribo dos espíritos até permite alguma liberdade para jogar apenas com o restante do deck, mas a estratégia torna-se muito mais agressiva e potente com Millicent na mesa, já que ele facilita muito a geração de uma massa crítica de criaturas (algo que todo bom aggro tribal sabe aproveitar muito bem).

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Seu maior revés é seu alto custo. O redutor de custo embutido no comandante é bem útil nos primeiros turnos - enquanto ainda se esta construindo o campo com criaturas - mas passa a não contornar o problema com tanta eficiência após o deck sofrer a primeira remoção global.

Depender muito de criaturas costuma ser o Calcanhar de Aquiles da grande maioria dos decks agressivos baseados em combate, mas com o Esquadrão Espiritual é um pouco diferente. O precon conta com uma quantidade razoável cartas de produção de fichas entre as 99 para acelerar uma recuperação pós-board wipe. Peças como Field of Souls, Hallowed Spiritkeeper, Promise of Bunrei e Haunted Library, além do próprio comandante, foram colocadas aqui para assegurar que esse retorno seja o mais rápido e menos dispendioso possível. Estes efeitos desencadeados que deixam fichas de espírito no lugar das criaturas que morreram são importantíssimos para o deck conseguir manter o gás em um mesão e permitir que seu comandante seja conjurado por um valor de mana viável.

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O deck também conta com um pacote razoável de recursões, principalmente reanimadores de cemitério (Angel of Flight Alabaster, Custodi Squire, Karmic Guide, Spectral Arcanist e Sudden Salvation. Com destaque para o incrível Storm of Souls) que também são uma maneira eficaz de retomar o jogo após uma limpeza de mesa. O precon possui poucas respostas para proteger as criaturas que já estão na mesa (Rattlechains, Spectral Shepherd e Disorder in the Court são as únicas). Com isso é seguro dizer que Esquadrão Espiritual está bem munido de maneiras de remediar o flagelo das remoções globais e se recuperar com uma certa eficiência, mas talvez não seja tão bom em proteger um campo já bem estabelecido.

Para além disso, o precon é bem balanceado com interações, cartas de compra e acelerações de mana, embora alguns ajustes possam ser feitos para melhor atenderem as necessidades do plano de jogo. Existe também uma tentativa tímida de se explorar efeitos de virar que talvez possa servir como um subtema útil em alguns casos.

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A seguir, confira uma análise individual de cada pacote funcional do deck bem como sugestões de possíveis ajustes.

Base de Mana

Começando pelo pavimento de qualquer bom deck, a base de mana abrange não apenas os terrenos mas também quaisquer outros cards que possam gerar mana ou ajudá-lo a acelerar a progressão do seu jogo para conjurar mágicas de custos maiores (a famosa curva de mana). É satisfatório dizer que neste precon existe pouco na base de mana que seja necessário mexer... Na verdade, quase nada.

Entre os terrenos o balanço é bom, tanto em quantidade quanto em qualidade, e não vejo razão para usar dual lands melhores aqui a menos que você já tenha estes terrenos sobrando ou queira realmente investir pesado no deck. Os upgrades aqui então ficam por conta de pouquíssimos terrenos utilitários que possam ajudar o deck em algo mais além de apenas gerar mana.

Sai

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Entre os não-terrenos temos um total de 10 cards ocupando a função de aceleradores e ramps. Em especial nos decks agressivos como este, os aceleradores de mana tem importância apenas nos primeiros turnos do jogo, quando gastar mana para fazer mais mana realmente vale a pena. Normalmente você não irá querer comprar uma pedra de mana no lategame, a menos que seja um Azorius Locket. Eu diria que 10 slots para aceleração talvez seja demais para este deck, por isso eu consideraria remover os dois únicos ramps que são condicionais:

Sai

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Ambas as criaturas são boas alternativas para decks brancos que sofrem com a falta de aceleradores de terreno, mas este precon está bem munido de uma boa quantidade das melhores pedras de mana que se pode ter em um deck Commander (desconsiderando as que valem os olhos da cara, lógico). Estes 2 espaços vagos pelo Cavaleiro e o Corcel serão preenchidos por cartas de outras funções (ver a seguir).

Fichas

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As fichas de espírito são o principal recurso deste deck. Criar o maior número possível delas é imperativo em todos os estágios do jogo, pois elas são não só a maneira mais fácil de conjurar seu comandante mais rapidamente como também sua principal fonte de dano de combate.

O pacote de criação de fichas é o mais robusto do precon, com 13 cards (listados acima), mas nem todos são necessariamente as melhores escolhas para o papel. É possível otimizar a geração de espíritos substituindo algumas cartas:

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Outras opções: Embora eu considere os quatro cards acima como as melhores adições em termos de fichas, elas certamente não são as únicas. Talvez você não queira gastar o que uma Anointed Procession valha, ou tenha mais espaço no deck pois quis tirar mais do que quatro cards. Nestes casos, considere também Triplicate Spirits, Spirit Bonds e Clarion Spirit.

Suporte Tribal

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Quase todo deck tribal que seja agressivo precisa de alguma maneira de deixar suas criaturas mais fortes e aumentar seu potencial de dano. A forma mais clássica de fazê-lo é através dos famosos “senhores”. Os quatro cards acima são os exemplos que encontramos no precon. Eu gosto de todos eles e os considero como sendo as melhores escolhas que poderiam ter feito para integrar o deck. Não vejo o que tirar deste pacote, mas talvez seja interessante adicionar mais alguns pumps globais para aumentar a agressividade.

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Sai:

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Outras opções: Existem muitas cartas no mercado que podem ser úteis nesta função de dar suporte as criaturas no campo de batalha, mas o critério que usei para decidir o que colocar neste deck foi dar preferencia à cards de criatura e/ou com os menores custos de mana. De qualquer maneira, seguem algumas opções alternativas caso possa lhe interessar: Cathars' Crusade, Celestial Crusader, Battleground Geist, Sephara, Sky’s Blade, Intangible Virtue, Obelisk of Urd, Coat of Arms.

Compras

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Todo deck Commander precisa de maneiras de compras novas cartas em algum grau. Este deck vem de fábrica com um pacote razoável (10 cartas), mas algumas eu considero insuficientes.

O Kami of the Crescent Moon concede compras adicionais para todos (e você ainda será a última pessoa a se beneficiar disso), uma simetria desnecessária para este deck.

Planeswalkers são legais, mas escolheram um dos mais inexpressivos para colocarem aqui. A única razão para se fazer um Dovin, Grand Arbiter neste deck é contar em fazer sua última habilidade (-7), sendo que pra isso você precisará antes ativar o (+1), atacar com uma quantidade razoável de criaturas (o que não é tão difícil aqui) e depois esperar uma rodada inteira torcendo para que o planeswalker não seja alvo de ataques ou remoções. Só depois de tudo isso você poderá finalmente ativar o ultimate. Apesar de ser um tutor relevante, é condicional demais para valer o precioso espaço que ocupa no deck.

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Entra:

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Outras opções: Bident of Thassa, Keep Watch, Skullclamp

Remoções e Interações

Interações são cartas usadas para neutralizar ou eliminar ameaças dos oponentes. O deck possui um conjunto modesto de interações pontuais, entre remoções e anulações (Imprisoned in the Moon, Hanged Executioner, Arcane Denial, Crush Contraband, Swords to Plowshares e Darksteel Mutation) além de três remoções globais (Fell the Mighty, Flood of Tears, Kirtar's Wrath). Na maioria dos casos eu considero um este um número apertado, mas considerando o contexto de um deck agressivo é plausível que alguns espaços extras precisem ser usados no lugar de mais remoções.

As melhores remoções são cartas valorizadas inclusive por jogadores de outros formatos, então minha posição sobre upgrades aqui é semelhante a dos terrenos: se você tiver remoções, anulações e bounces melhores que esses que vêm no precon, substitua. Caso não tenha, é perfeitamente possível jogar apenas com o que vem aqui sem que você precise alterar nada. A única sugestão de adição que eu considero praticamente obrigatória é March of Souls, uma remoção global que foi feita para jogar neste deck.

Entra / Sai

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Outras Opções: Path to Exile, Pongify, Rapid Hybridization, Cyclonic Rift, etc.

Recursão e Proteção

Como dito anteriormente, a resiliência de sua mesa é um fator a ser considerado quando se pretende construir um deck agressivo focado em criaturas como este, e o precon já vem com um pacote interessante de recursões que permitem uma boa recuperação após um board wipe.

No entanto, sobretudo em um deck que faz muitas fichas, às vezes é mais interessante impedir que suas criaturas sejam destruídas do que deixá-las morrer para depois retorná-las. Considere diversificar os recursos de proteção do deck de modo que você tenha mais segurança em seu jogo. Eis algumas opções:

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Sai:

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Outras opções: Teferi’s Protection, Eerie Interlude, Deadeye Navigator.

Subtema Alternativo: Sacrifício e Recursão

Embora na maioria dos casos nós vamos quer manter nossas criaturas no campo de batalha, é importante lembrar que a principal habilidade do comandante Millicent, Restless Revenant também cria fichas quando um espírito não-ficha morre. Apesar de o deck ter sido originalmente desenhado para explorar mais a questão do dano de combate, é possível também focar um pouco mais neste outro método usando motores de sacrifício e recursões recorrentes.

Para adicionar o subtema de sacrifício e recursão ao Esquadrão Espectral você precisará fazer alguns ajustes adicionais.

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Outras opções: Faces of the Past, Phyrexian Altar, Mausoleum Guard, Spirit Bonds.

Conclusão

Espero que você tenha encontrado algumas ideias interessantes para melhorar o seu precon Esquadrão Espiritual. Se sim, ou se teve ideias ainda melhores, deixe-me saber nos comentários abaixo. Você também pode me encontrar no Instagram ou no YouTube pelo meu canal Cozinha Offline. O link para ambas as redes está aí embaixo.

Nos vemos no próximo episódio com o próximo deck de Crison Vow Commander: Linhagem Vampírica!