Top 5 Melhores Comandantes para Burn

Muitas estratégias presentes em formatos convencionais de torneio não casam bem com as que temos no EDH. Às vezes, estratégias desse formato maravilhoso são lentas demais para o que nos é apresentado nas mesas de torneios. Afinal, quando temos a opção de conjurar Blightsteel Colossus na mão sem o uso de nenhum artifício, claramente estamos jogando um jogo com um outro ritmo totalmente diferente dos demais.

O contrário também pode acontecer. Estratégias rápidas e mais incisivas podem se provar ineficazes para jogos tão longos assim. Como é o caso de Infect, estilo de jogo que visa cravar 10 pontos de dano vindos de criaturas com a mecânica Infectar, acabando com o jogo. Num jogo 1x1 essa tarefa é muito mais simples, visto que você tem um oponente e pode mirar toda a sua fúria e recursos nele — contudo, contra outros três, essa estratégia torna-se muito mais difícil de executar, levando mais tempo e te deixando em uma posição bem mais vulnerável.

Sobre o Burn

Outra dessas estratégias, e a que falaremos hoje, é o Burn. Conhecida por rodar em qualquer formato, do Pauper ao Legacy, com uma boa eficácia, esse arquétipo de deck é sem dúvida um dos mais queridos dos jogadores. Muito focado em utilizar uma cadência de criaturas com destreza e de spells que causam dano direto ao oponente, o Burn é extremamente capaz de lidar com oponentes com vinte de vida em poucos turnos.

Contudo, seguindo a lógica apresentada pelo Infect no exemplo anterior, para essa estratégia ter êxito no 1x1 é necessária uma alocação de recursos totalmente focada no oponente e torcer para que cada um de seus futuros draws seja uma mágica capaz de dar mais dano. Agora, contra três oponentes, todos com o dobro de vida de um oponente de jogos um contra um convencionais, conseguir esse dano se torna muuuito mais custoso.

Ainda assim, Commander é liberdade, e existem aqueles que irão sempre buscar usar sua estratégia favorita no formato. Pensando neles fiz, essa lista que busca desviar da maior fraqueza do arquétipo e construir algo sólido em cima.

Não colocar Torbran, Thane of Red Fell diretamente no Top pode parecer uma enorme contradição a eficiência do arquétipo. Não só ele aumenta o dano que fontes vermelhas causam em 2 pontos, aumentando a eficácia que suas mágicas de Burn causam, como também é o principal comandante escolhido para a estratégia.

Ainda assim, existem outros comandantes que fazem esse efeito por um custo similar, um dano adicional maior e te permitindo uma gama maior de cores, inclusive permitindo a entrada de Torbran em todos os decks de burn possíveis. Unindo tudo isso, vemos que uma das únicas qualidades de Torbran são sua acessibilidade e facilidade de montagem de listas, o que não é mau negócio também.

Toralf, God of Fury, ou Toralf, o Eteimoso, é a representação de Magic: the Gathering do deus da mitologia nórdica Thor. Como tal, é esperado que ele saia por aí dando marretadas e golpes relampejantes na cabeça dos oponentes, integrando essa característica em seu efeito, permitindo que o excesso de dano seja redirecionado para um oponente. E sim, jogador de Toralf, eu sei que tudo que você está esperando é resolver um Blasphemous Act para dar um monte de dano na testa de algum oponente.

Por mais que seja facilmente um comandante focado em dar muito dano com mágicas instantâneas e feitiços e direcioná-los para o oponente, o que é um jeito simples de descrever a experiência do Burn, Toralf, God of Fury se encaixa muito melhor como uma das 99 cartas de qualquer deck apresentado a seguir, transformando a sua única estratégia em uma ramificação a mais do seu plano de jogo.

Aqui uma listinha de Toralf para alegrar seus dias:

Esse aqui tem chance de ser muito poderoso ou meio capenga, dependendo de como seu deck está montado e o que você dispõe no momento. Com Neheb, the Eternal você consegue muita mana pós-combate, no mínimo quatro caso o ataque dele acerte no oponente. Essa mana então é usada na segunda fase principal de jogo para fazer seus planos rolarem como previstos.

Nesse deck, cards como Acidic Soil são gigantes, causando grandes quantidades de dano para lhe gerar mana em resposta, te permitindo atrocidades como um Storm King’s Thunder gigantesco que é capaz de transformar até mesmo um Shock em um problema, com mana sobrando até mesmo para um Myojin of Roaring Blades de reserva para o próximo turno. Ou até mesmo pensar numa estratégia de múltiplos combates para agregar cada vez mais mana e fazer mágicas imensas, como um Fireball para acabar com a partida.

Apesar de não ser o meu favorito dos Nehebs, Neheb, the Eternal é um ótimo comandante de Burn e vai te permitir fazer muito estrago com toda a mana que ele acumula.

Aqui temos um comandante bem interessante. Nos permitindo uma abordagem mais tribal, com o emprego de gigantes e magos, Aegar, the Freezing Flame te permite brincar um pouco mais na hora de desenvolver o seu deck de Burn enquanto cobre uma das maiores dificuldades do arquétipo, o baixo número de cards comprados.

Através de um dano em excesso da parte de suas mágicas instantâneas, feitiços, gigantes ou magos, a uma criatura ou planeswalker oponente, é possível comprar um card, não importando se o dano em excesso foi 1 ou 20, te permitindo até jogar isso com a mecânica de atropelar, causando apenas um de dano excedente e redirecionando o dano para o oponente, de modo a comprar um card nessa brincadeira. E claro, quando atrelado a um removal global de dano, como por exemplo Comet Storm, é possível gerar uma série de compras de cards para cada criatura destruída.

Através da habilidade de Aegar e da adição de criaturas como Calamity Bearer, é possível ir criando momentos em que o valor do deck se sobressai em um ponto que te gere dezenas de opções em sua mão, te permitindo um ótimo jogo.

Lembra quando falamos que o Torbran, Thane of Red Fell tinha efeitos, custos e outro atributos bem similares aos de outros comandantes, mas esses outros se sobressaíam em algumas características? Obosh, the Preypiercer é um exemplo excelente para essa afirmação.

Não só Obosh permite que seu deck tenha acesso a cor preta, permitindo no mínimo um Bump in the Night a mais, mas ele também duplica o dano vindo de fontes com custos de mana ímpares. Apesar da restrição fica bem óbvio o estrago que essa criatura faz, aumentando a performance de suas mágicas e criaturas.

Citando alguns exemplos bem interessantes, temos em primeiro lugar Heartless Hidetsugu que pode facilmente acabar com a vida de qualquer jogador com pontos de vida pares e deixar aqueles com pontos de vida ímpares com apenas 1 de vida, e claro, com um Glacial Chasm para te defender.

Vial Smasher the Fierce, uma Goblin do plano de Tarkir que nos foi apresentada em Commander 2016 também é potencializada por esse efeito, permitindo jogadas mais agressivas.

E em uma estratégia paralela mais divertida, pode-se fazer decks com diversas fontes que pingam dano de 1 em 1, como Brimstone Trebuchet e Lobber Crew e aumentar a velocidade dessa agressão.

Abaixo, uma lista bem clássica de Obosh, para fazer estrago na sua mesa.

Melhor do que apenas dobrar os números do dano causado por suas fontes, é se proteger de danos adversários contra suas criaturas e pontos de vida. Apesar de ter um custo de mana bem elevado, Gisela, Blade of Goldnight torna-se uma divisora de águas quando entra em campo, polarizando totalmente os esforços dos oponentes em derrotá-la, algo que pode ser facilmente contornado com diversas proteções disponíveis na cor branca, algo que a identidade da Anja adiciona ao deck.

Com Gisela, suas bordoadas são mais ardidas e sua defesa mais fortificada, com o dano recebido sendo cortado pela metade arredondado para baixo. Protegendo suas maiores criaturas contra cartas de dano mais elevado, como por exemplo, Blasphemous Act.

Sua única desvantagem é seu alto custo, dificultando de forma preocupante a sua volta ao campo a cada retorno a zona de comando. Suas habilidades, cores e atributos permitem ela ser um commander extremamente competente para se jogar com. Mas ainda dá pra fazer outra coisa com as cores Boros…

Desde que vi o anúncio dessa dupla de boizões na primeira Dominaria, fiquei louco para montar esse deck. Com a habilidade de fazer suas mágicas instantâneas e feitiços vermelhos ganharem lifelink e suas mágicas brancas virarem Lightning Bolts que não alvejam planeswalkers, e permitindo até que essas duas habilidades se combinem em casos como, por exemplo, Lightning Helix, fazem com que essa criatura lendária seja perfeita para o Burn.

Seus pontos fortes são de uma simplicidade enorme, mas capazes de fazer sinergia com seu baralho inteiro, amplificando todas as peças de seu deck, e também permitindo combos muito agressivos, como Rem Karolus, Stalwart Slayer e Star of Extinction para dar um grande wipe em todos os seus oponentes, se proteger E ganhar uma quantidade obscena de vida.

Inclusive, com essa dupla de minotauros é possível empregar a maioria dos cards já citados nessa lista e tirar uma boa produção deles, como Torbran, Thane of Red Fell ou incluindo nossa segunda colocação, Gisela, Blade of Goldnight, aumentando em muito o lifelink de nossas cartas vermelhas, por exemplo.

Firesong and Sunspeaker é o tipo de carta que não vale a pena em formatos convencionais, devido a seu custo de seis manas, mas no commander pode ser uma ameaça séria e fazer com que toda a mesa foque nele, tornando-se de um excelente comandante Burn para suas mesas, trazendo essa estratégia ao EDH.

Uma novíssima criatura que ainda não foi lançada. Esse carinha aqui pode integrar a cor preta ao deck, e talvez até mesmo agregar Obosh, the Preypiercer como Companion. No melhor estilo de arqueiro atirando em alvos específicos, Tor Wauki the Younger consegue mirar e causar dano necessário para fechar a conta contra qualquer alvo, como consequência da conjuração de não permanentes.

Fazendo uma estratégia mais medida e calculista, descobrir um caminho para ele vai ser uma diversão a mais para jogos de Commander.