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Metagame da Semana: uma semana de anomalias

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No artigo de hoje, fazemos aquele clássico levantamento do Top 8 ou do Metagame dos grandes torneios do último fim de semana!

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تمت مراجعته من قبل Tabata Marques

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Jogadores e Jogadoras, estamos de volta com mais um Metagame da Semana, onde fazemos um análise geral dos resultados dos grandes eventos do fim de semana!

NOTA: Este artigo foi escrito entre os dias 17 e 18 de Maio, pouco antes do "vazamento" de que um anúncio de Banidas e Restritas ocorrerá no dia 19 de Maio. Portanto, algumas das opiniões expressas nele (especialmente sobre Historic) podem se tornar um pouco datadas após a saída do anúncio.

Standard

Começando pelo Standard Challenge do Sábado, dia 15 de Maio, que fechou com o seguinte Top 8:

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3 Jeskai Cycling

1 Rakdos Midrange

1 Dimir Rogues

1 Mono-White Aggro

1 Sultai Yorion

1 Rakdos Sacrifice

Não há novidades neste Top 8. É possível resumir uma boa parcela do Metagame do Standard dentre os decks que apareceram neste Top 8, apesar do Cycling não ser tão forte no formato como esse evento faz parecer.

Porém, um deck que tem dividido opiniões é o Rakdos Sacrifice.

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Existem dois tipos de jogadores no Standard atualmente: os que acreditam fielmente que o Rakdos Sacrifice é um ótimo deck, e os que claramente acreditam que o arquétipo é só outra maneira de tentar reproduzir um deck do Standard passado sem a mesma eficiência.

Se comparado com o Rakdos Sacrifice da season passada, esta versão é definitivamente inferior: Você não possui cards como Dreadhorde Butcher, Mayhem Devil e Priest of the Forgotten Gods para criar um clock considerável, enquanto carece de Midnight Reaper para gerar card advantage.

Essa versão procura utilizar sinergias maiores com death triggers de criaturas pequenas, o que significa que o clock do deck não é rápido o suficiente. Bastion of Remembrance não é um Mayhem Devil e a sua melhor wincondition é Awaken the Blood Avatar, que é um card muito poderoso e Kroxa, Titan of Death’s Hunger, que praticamente ganha jogos por conta própria.

No geral, eu gosto muito da ideia do Rakdos Sacrifice, e mesmo com seus drops sendo significativamente mais fracos do que no Standard passado, o deck possui um potencial a ser respeitado.

Já no Domingo, o Top 8 do Standard Challenge terminou com os seguintes decks:

2 Dimir Rogues

1 Sultai Yorion

1 Mono-Red Aggro

1 Prismari Midrange

1 Temur Lukka

1 Naya Adventures

1 Gruul Midrange

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Magda, Brazen Outlaw é um card que recebeu alguma atenção no lançamento de Strixhaven, mas nunca encontrou sua oportunidade de brilhar pois muitos jogadores a consideravam apenas um lorde para Anões.

Porém, esta lista de Gruul procura, ao invés disso, vê-la como um 2-drop de qualidade que pode gerar muito valor com as interações certas como, por exemplo, Jaspera Sentinel ou Esika's Chariot.

Além disso, o deck conta com o ainda clássico package de Aventuras, com Edgewall Innkeeper e Bonecrusher Giant junto de Rimrock Knight que interage muito bem tanto com Innkeeper quanto com Magda.

Inclusive, Jaspera Sentinel e Maga podem fazer um Esika’s Chariot no turno 3 e, a partir daí, fica muito difícil pro oponente conseguir segurar quando o veículo começa a produzir cada vez mais tokens na mesa.

Sem dúvidas, esse deck é a prova de que ainda existe espaço para inovações explosivas no Standard atual!

Historic

Neste fim de semana, não tivemos nenhum campeonato com muitos jogadores no Historic, mas tivemos a League Weekend, onde jogadores da MPL e da Rivals League competem num torneio de pontos corridos!

E o Metagame destes dois torneios, que possuíram relativamente poucos jogadores, mas jogadores de grande nome e impacto foi:

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Em ambos os eventos, podemos ver que os decks de Oracle Pact (se juntarmos Dimir e Grixis) atinge a marca de 50% ou passa dos 50% do Metagame dos dois eventos.

O que isso significa? Que uma parcela significativa dos maiores jogadores do mundo apostaram que este deck é o melhor deck do formato na última semana, o que é um indicativo do quão forte este arquétipo realmente é.

É claro que isso não passou desapercebido, e se na semana passada já tínhamos uma conversa sobre o banimento de uma das peças do combo, agora o assunto ganhou maior visibilidade, o deck já é considerado quebrado e extremamente passível de banimentos a qualquer momento. Não me surpreenderia se dentro dessa semana ou da próxima tivermos um anúncio de banidas e restritas.

E caso você esteja se questionando como os decks de Pact funcionam e como jogar com ele, fiz uma série de dois artigos onde faço uma análise aprofundada do arquétipo: Na parte 1link outside website analiso como construir o deck e na parte 2link outside website explico como pilotar um dos decks mais complexos do Historic atualmente.

Pioneer

NOTA: Até o lançamento desta edição, não foram postados os resultados do Pioneer Challenge deste fim de semana.

Caso isso se repita na próxima semana, estarei considerando outros eventos onde podemos fazer uma análise de como anda o formato.

Modern

O Modern Challenge de Sábado fechou com o seguinte Top 8:

2 Jund Shadow

1 Five-Color Living End

1 Izzet Breach

1 Eldrazi Tron

1 Amulet Titan

1 Burn

1 Golgari Yawgmoth

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A parte engraçada de chamar este deck de Izzet Breach é que hoje você se questiona se a pessoa está falando de Through the Breach ou Underworld Breach.

O que me fascina nesta lista é que ela é extremamente redundante: 4 cópias de cada card e uma manabase limpa, sem muitas micro-interações. Essa versão do deck possui o único propósito de combar e controlar o jogo enquanto não o faz.

O destaque fica para Valakut Awakening que pode, inclusive, tirar todas as cartas inúteis da sua mão enquanto você procura “cavar” o combo.

Já no Domingo, o Modern Challenge fechou com o seguinte Top 8:

3 Four-Color Scapeshift

1 Gruul Ponza

1 Esper Control

1 Infect

1 Izzet Blitz

1 Amulet Titan

O Modern é um formato com uma gama muito grande de decks e estratégias distintas, e é muito fascinante quando alguns decks adotam novas formas de ganhar o jogo:

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Essa lista de Ponza, por exemplo, mantém toda a estratégia tradicional do deck em procurar atrapalhar o plano de jogo do oponente e atacar sua manabase com cards como Magus of the Moon e Pillage, enquanto mantém ainda um plano de fair game eficiente com Bonecrusher Giant e Seasoned Pyromancer, mas ainda consegue achar espaço (possivelmente removendo as Blood Moon) para adicionar um “Combo-Kill” utilizando Lukka, Coppercoat Outcast e Emrakul, the Aeons' Torn.

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Por conta da habilidade de Lukka demandar que você revele até vir uma criatura de custo maior, é possível utilizar qualquer um dos muitos drop-3 do deck para “tutorar” Emrakul e colocá-la em jogo diretamente. Caso ela esteja em sua mão, pode ser descarta com Seasoned Pyromancer sem problema algum.

O Modern tem se mostrado cada vez mais um formato onde estratégias viáveis se mesclam. Os decks atuais de Scapeshift são muito menos orientados ao combo do que os antigos TitanShift. Os decks de Shadow hoje são basicamente um Jund com a curva mais agressiva, e por aí vai.

Isso mostra que o Modern continua sendo a boa e velha “selva” que sempre foi, com muito espaço para inovação.

Pauper

O Pauper Challenge de Sábado terminou com o seguinte Top 8:

2 Izzet Faeries

1 Mardu Monarch

1 Burn

1 Tron

1 Dimir Delver

1 Cascade Walls

1 Grixis Affinity

Apesar de fazer muito tempo que não vemos um Mardu Monarch fazendo Top 8 no Challenge e principalmente chegando ao Top 1, há uma breve discussão no Twitter que acredito que pode ser interessante elaborarmos aqui:

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Delver of Secrets se tornou obsoleto para o Pauper atualmente?

A resposta pode ser: Talvez.

Desde o lançamento de Commander Legends, o Pauper se tornou um formato pautado por atrito e Card Advantage.

Sendo um formato majoritariamente voltado para criaturas e interações com criaturas, e agora jogando em torno de efeitos de 2-por-1, o formato se torna menos suscetível a ser um bom lugar para Delver of Secrets porque o tipo de estratégia que o deck promove não é a melhor opção no momento, já que é muito difícil manter uma ameaça protegida ou não deixar uma ameaça maior cair por parte do oponente.

Delver é um tipo de deck que se destaca quando ele é o “fun police” do formato e consegue evitar, por meios de eficiência de mana, que os outros decks do formato cresçam demais. Porém, num formato mais dirigido para o midrange e atrito como é o Pauper hoje, o deck carece de efeitos de 2-por-1 o suficiente para acompanhar outros decks. Você pode utilizar o Monarca, mas os outros decks também estarão utilizando-o além de fazerem uso de cards com Cascade, ou Ninja of the Deep Hours, ou Bonder’s Ornament, etc.

Em meio a essa situação, e sem meios eficientes de manter a vantagem de mana, Delver of Secrets se torna uma ameaça ruim e facilmente removível se comparada com outras ameaças do formato.

Não significa que o card será sempre uma opção ruim para o formato. O mero fato do deck fazer um Top 8 no Challenge demonstra isso, mas hoje, estratégias de Delver carecem de motivos para serem jogados no lugar de Faeries, o melhor blue-based do formato atualmente.

No Domingo, o Pauper Challenge terminou com o seguinte Top 8:

2 Dimir Faeries

2 Burn

1 Izzet Faeries

1 Grixis Affinity

1 Boros Bully

1 Tron

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O deck que realmente perdeu seu espaço como o opressor do formato é o Tron. E isso é muito bom.

O Tron não é um deck divertido de se jogar contra porque promove uma estratégia de anti-jogo e, antes de Commander Legends, o arquétipo era problemático pois se apresentava como o deck mais expressivo do formato ao lado dos Blue-Based decks que o colocam em cheque.

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Hoje, você ainda vê o Tron sendo um deck muito presente no formato, mas ele claramente pode ser colocado em cheque por mais do que apenas uma estratégia no Pauper atualmente.

Legacy

O Legacy Challenge de Sábado terminou com o seguinte Top 8:

2 Sultai Midrange

1 Ad Nauseam Tendrils

1 Death & Taxes

1 Cheerios

1 Doomsday

1 Izzet Delver

1 Temur Uro

E, no Domingo, o Top 8 foi composto por:

2 Sultai Zenith

1 Snow Miracles

1 Temur Delver

1 Selesnya Depths

1 Hogaak

1 Maverich

1 Four-Color Uro

Ao invés de apresentar listas, dessa vez eu gostaria de falar sobre Uro, Titan of Nature's Wrath, já que 7 listas das 16 apresentadas utilizam o famoso Titã.

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Uro é a definição exata do que é um card ultra-eficiente.

Quando ele entra, você está dando um Time Walk em muitas ocasiões, o que por si já seria muito forte como uma habilidade de ETB, mas o card também possui o mesmo efeito quando ataca, tornando-o uma ameaça que precisa ser respondida a qualquer custo em qualquer momento do jogo.

O Legacy, tal como o Modern, é um formato onde ter cartas o suficiente para jogar Uro com sua habilidade de Escape é uma tarefa fácil com Fetchlands, cantrips de qualidade e, principalmente, free spells e trocas eficientes.

Normalmente, os jogadores acreditariam que com Wasteland para manter a manabase em cheque, seria mais difícil jogar Uro pois você ter 2 manas azuis e 2 verdes se torna uma tarefa mais difícil. Porém, esse não é o caso porque Uro é uma bomba de late-game. Você não procura fazê-lo o quanto antes na maioria da partida. Você vai jogá-lo, ganhar valor em cima dele e continuar jogando com base em atrito até o ponto onde cnjurá-lo seja uma opção bem viável e, a partir daí, você dominará o jogo.

E eu mencionei que Uro é também um pitch pra Force of Will e Force of Negation ? Então...

A dúvida no momento é se os decks de Uro estão sobrepondo os demais outros decks. Se a resposta for sim, não me surpreenderá se o Titã for banido de mais um formato no futuro.

Conclusão

Este foi o Metagame da Semana!

Dentro dos próximos dias, podemos esperar um anúncio de banidas e restritas que levará, ao menos, cards do Historic na forma de Tainted Pact e/ou Thassa’s Oracle e, apesar de outros formatos terem alguns cards que podem estar se tornando ou são de fato problemáticos, me surpreenderia se esta mudança levasse a banimentos em algum outro formato competitivo.

Obrigado pela leitura.