Magic: the Gathering

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Metagame da Semana: Pane no sistema!

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No artigo de hoje, faço uma breve análise sobre os eventos competitivos do último fim de semana!

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revised by Tabata Marques

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Jogadores e Jogadoras, após uma semana ausente por conta da não-postagem das listas da semana passada, estamos de volta com mais um Metagame da Semana!

Esta semana, entretanto, temos uma anormalidade: no último domingo, o Magic Online entrou em uma manutenção inesperada, fazendo com que os Challenges fossem suspensos até que a manutenção terminasse.

Como até a data do envio deste artigo as listas de domingo ainda não haviam sido postadas, estarei realizando minha análise dessa semana apenas com os Challenges de sábado!

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Standard

O Standard Challenge de sábado terminou com o seguinte Top 8:

1 Mono-White Aggro

1 Sultai Yorion

1 Temur Lukka

1 Naya Adventures

1 Rakdos Midrange

1 Mono-Red Aggro

1 Prismari Dragons

1 Dimir Rogues

Você sabia que existe uma parcela considerável de jogadores e criadores de conteúdo que acreditam que o Standard seria muito melhor se Throne of Eldraine rotacionasse logo?

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E muito disso deve-se ao pacote de Adventures que continua sendo uma das principais forças do formato.

O Package ganhou atenção ainda no Standard passado, quando o Temur Adventures, que incluía Uro, Titan of Natures Wrath, Escape to the Wilds e Lucky Clover.

Quando o bloco de Ravnica rotacionou, o deck disparou como melhor deck do formato e ainda havia ganhado Omnath, Locus of Creation com uma das cartas mais quebradas que o Standard recente conheceu. No final dessa época turbulenta, Omnath, Uro, Lucky Clover e Escape to the Wilds estavam banidos e ainda assim Adventures é uma estratégia extremamente viável.

Até o lançamento de Kaldheim, o Gruul Adventures era o melhor deck do formato. Acabou por perder esse lugar para o Sultai Yorion e os seus combos de uma carta com Emergent Ultimatum, mas o deck continuou a evoluir e hoje você ainda encontra decks com base em Edgewall Innkeeper e Bonecrusher Giant nas mais variadas formas.

Throne of Eldraine foi de longe uma das edições mais problemáticas do Standard, e hoje é uma das edições com o maior número de cartas banidas do Standard da história.

Historic

Hoje estarei abordando dois eventos de Historic, pois ambos tiveram números significativos de participantes.

O primeiro é o CFB Pro Showdown, organizado pela ChannelFireball, que contou com 137 jogadores. O Top 8 deste evento foi composto por:

4 Izzet Phoenix

3 Jeskai Control

1 Jund Food

Olhando dessa maneira, até aparenta ser um metagame bem polarizado, mas Izzet Phoenix e Jeskai Control foram dois dos três decks mais jogados do evento.

Além disso, ambos os arquétipos já eram muito bem estabelecidos e muito bem posicionados no formato antes mesmo do banimento de Thassa’s Oracle e é natural que continuem no topo do Metagame após o banimento, já que eram justamente decks que conseguiam se sair muito bem contra o resto do formato enquanto tinham uma partida decente contra os decks de Pact.

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Porém, o Hooglandia Open, que contou com 133 jogadores, nos mostra outra face do formato com seu Top 8:

3 Mono-Black Aggro

1 Gruul Aggro

1 Jeskai Turns

1 Jeskai Control

1 Rakdos Arcanist

1 Azorius Spirits

O Hooglandia é conhecido por comumente ser competido com alguns decks “farofa”, mas foi neste evento que vimos decks como o Oracle Pact surgirem e se tornarem fortes representantes no Metagame, então o que podemos dizer sobre o Mono-Black Aggro?

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Você com certeza já viu essa lista antes: ela é quase uma cópia direta do Mono-Black Aggro do Pioneer, praticamente carta por carta. O grande diferencial e grande adição para a versão do Historic é sem dúvidas a inclusão de Inquisition of Kozilek, que permite ao arquétipo ter mais jogadas disruptivas nos primeiros turnos que servem universalmente contra os mais diversos arquétipos do formato, o que encaixa muito bem com a base do plano do deck de estabelecer pressão enquanto atrapalha o plano de jogo do oponente.

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Pioneer

Falando de Pioneer, o Pioneer Challenge finalmente está de volta, com o seguinte Top 8 neste último sábado:

2 Boros Burn

1 Bant Spirits

1 Lotus Combo

1 Sultai Valki

1 Jund Sacrifice

1 Mono-Black Aggro

1 Esper Control

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Boros Burn permanece como um dos melhores “fun police” e clock do formato!

Apesar do surgimento de outros decks com premissa parecida de estabelecer pressão no oponente, o Boros Burn se destaca como o “clock” do formato, e sua base não sofreu grandes alterações nos últimos meses, com a mais notável sendo apenas a inclusão de Skullcrack nas listas para lidar com o lifegain ocasional que decks como o Niv-to-Light costumam possuir.

Por outro lado, o Burn não mais pode ser reconhecido como o melhor deck do formato, já que o metagame se desenvolveu de maneira onde as demais estratégias conseguiram se adaptar aos decks que vão “por baixo” no formato. Hoje, temos tanto decks Midrange, Aggro, Control, Combo e Tempo disputando espaço entre os principais decks do formato, com o Burn sendo apenas mais um entre eles.

Modern

O Modern Challenge foi composto pelo seguinte Top 8:

2 Dredge

2 Eldrazi Tron

1 Orzhov Stoneblade

1 Ad Nauseam

1 Burn

1 Amulet Titan

Já está mais que óbvio que Modern Horizons II possui o potencial de alterar toda a estrutura do Modern após seu lançamento.

A quantidade de cartas que entrarão no formato com fortes chances de ver jogo, criar arquétipos ou se tornar Staples são significativas, mas tem uma carta em particular que é interessante falar sobre hoje:

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Ou, mais necessariamente, como Void Mirror não significa a morte do Eldrazi Tron.

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Honestamente, a quantidade de hate contra Tron no formato é tão grande que se fosse para o deck ser extinto, ele já teria sido.

Considere, por um minuto, o que o Eldrazi Tron pode fazer para impedir que Void Mirror estrague o seu jogo: o deck possui alguns flex slots nas suas lands que incluem Cavern of Souls, Radiant Fountain, Scavenger Grounds e ate mesmo Blast Zone.

Todas essas lands podem ser alteradas de modo a fazer com que o deck nem sequer sofra com a inclusão de Void Mirror nos sideboards. Seja incluindo cards como Urborg, Tomb of Yawgmoth ou maximizando o número de Cavern of Souls, ou até mesmo incluindo outras lands utilitárias que adicionem mana colorida, e não seria difícil utilizá-las, especialmente com o pacote de Expedition Map.

Honestamente, Void Mirror não me parece um card que verá jogo no sideboard do Modern enquanto o metagame não for focado em free spells (o que pode acontecer com os novos elementais com Evoke e novos cards de Cascade).

Pauper

O Top 8 do Pauper Challenge foi composto por:

3 Dimir Faeries

2 Boros Bully

1 Tron

1 Dimir Delver

1 Izzet Faeries

Particularmente, também acredito que Modern Horizons II possui o potencial de mudar o Pauper tanto quanto o seu predecessor o fez. Não apenas pela introdução de Chatterstorm e as novas lands artefato, mas também porque ainda existem mais de 40 cartas comuns para serem reveladas na edição, e com o atual power level das comuns reveladas, não me surpreenderia se surgissem cards especificamente dedicados ao Pauper ou até mesmo cartas que criem grande impacto no Metagame, mas acabem passando desapercebidas numa primeira instância.

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Mas tem uma coisa que não acredito que vá mudar com o lançamento de Modern Horizons II:

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A predominância dos decks azuis.

Inclusive, uma das grandes questões para o futuro do formato é se, junto dos decks pretos, os decks azuis podem servir como bastião para segurar os decks de combo que estão cada vez mais presentes no formato.

No que se trata de Chatterstorm, os blue-based decks podem até não ter recebido tantas adições relevantes no que se trata de combar decks de Storm, mas o arquétipo se desenvolveu muito nos últimos nove anos, e onde antes existia apenas as versões Mono-Blue, hoje as principais variantes incluem splashes para o preto e o vermelho, e a forma como os decks são construídos mudou significativamente, além do formato ter se desenvolvido e crescido nessa quase uma década.

Dessa maneira, é muito provável que decks como Dimir Delver ou Dimir Faeries possam estar munidos para lidar com a nova ameaça ao formato que Chatterstorm promete ser.

Legacy

O Legacy Challenge terminou com o seguinte Top 8:

1 Dimir Flash

1 Golgari Depths

1 Food Chain

1 Izzet Delver

1 Temur Delver

1 Hogaak

1 Omni-Tell

1 Four-Color Depths

Dimir Flash no Legacy? Sim, Dimir Flash no Legacy!

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Não é exatamente o que você esperava, eu sei.

Essa lista, que une traços de Faeries com Rogues com Flash é provavelmente uma das listas mais peculiares que vi no Legacy nos últimos meses e definitivamente uma que não esperava ver.

Ainda assim, a lista é muito sinérgica: Cunning Nightbonder reduz o custo das suas criaturas com flash, enquanto não permite que elas sejam anuladas, o que colabora para que seus efeitos sejam realmente relevantes na mesa.

Bitterblossom sinergiza MUITO bem tanto com Oona’s Blackguard quanto com Spellstutter Sprite, criando uma base muito redundante entre disrupção e agressão.

Hullbreacher e Opposition Agent são cartas recentemente lançadas que já fizeram grandes impressões no formato nos últimos meses

Além disso, o deck utiliza a mesma boa e velha base dos Tempo decks do formato com cantrips de qualidade, remoções de custo baixo e counters eficientes.

Conclusão

Esta foi minha análise do Metagame da Semana.

Faltam poucas semanas para o lançamento de Modern Horizons II, e os previews que temos da coleção até aqui deixam claro que a coleção impactará de maneira significativa não apenas o Modern como também o Legacy e o Pauper com o seu lançamento.

Obrigado pela leitura!