Magic: the Gathering

Opinión

Modern: Já passou da hora de lidarem com os Elementais de MH2

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Dois anos após o lançamento de Modern Horizons II, os Elementais permanecem como o ciclo de cards mais predominante do Metagame. Conforme o formato evolui, é mais evidente que nada de bom virá deles no futuro.

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revisado por Tabata Marques

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"Quando foi que ter um 4/4 com Golpe Duplo no primeiro turno se tornou justo?" - Se fosse possível transmitir de maneira menos agressiva a frustração de um dos jogadores que enfrentei em uma Liga de Modern jogando de Rakdos Evoke, essas seriam suas palavras.

Com uma presença de mais de 25% do Metagame e uma taxa de 52% contra o restante do formato, o Rakdos Evoke é a absoluta melhor estratégia do Modern hoje. Muito se deve à interação entre os elementais com efeitos de reanimação instantânea, como Feign Death e Not Dead After All.

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O fato do Rakdos Evoke estar dominando o formato não é uma novidade, e diversos produtores de conteúdo e analistas de Metagame, como Frank Karsten, já produziram artigos e matérias referentes à predominância do arquétipo, e até dicas de quais decks estão sucedendo contra ele.

O problema no Modern, entretanto, é um pouco maior: Modern Horizons II causou um impacto tão devastador no formato e em Magic que nada - até o presente - se compara a ele no nível de poder. Se olharmos para as principais estratégias do Metagame hoje, é fácil perceber como os dois sets de MH tomaram o ambiente competitivo, e deixam pouco ou nenhum espaço para outras inovações.

No cerne dele, estão os Elementais de Modern Horizons II, também conhecidos como Evokers.

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Dois anos após o lançamento da edição em que vieram, os Elementais continuam a definir como o Modern deve se comportar. Desde então, estratégias como o Rakdos Evoke demonstram o quão degeneradas as interações com essas permanentes são, e o lançamento de Up the Beanstalk abriu mais uma porteira de sinergias absurdas com esse ciclo.

Está claro que nada de bom sairá desses elementais para a saúde do formato, e já passou da hora da Wizards tomar alguma ação a respeito deles em prol da diversidade no Modern.

A Presença dos Elementais no Metagame do Modern

Com os dados disponíveis em vários sites de Metagame, incluso o da própria Cards Realm, constatamos que todos os Elementais estão entre as dez criaturas mais jogadas do Modern.

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Fury é a criatura mais jogada do formato hoje, com uma média de 42 a 48% de representação no Metagame. Além do Rakdos Evoke, decks como Four-Color Goodstuff, Temur Rhinos, e o recém-criado Cascade Beanstalk são alguns dos arquétipos que o utilizam, além dele aparecer também no sideboard do Izzet Murktide, em certas variantes do Living End, e em algum número entre maindeck e sideboard de outras estratégias.

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Endurance é o segundo elemental mais jogado, com uma variância de 27 e 33%, e muito disso se deve à sua ampla utilidade no Sideboard de diversas estratégias, além do seu uso ocasional no maindeck de listas mais voltadas para o Elemental, ou que podem aproveitar o seu Evoke.

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Com 25 a 30% de presença, Grief é o pilar do Rakdos Evoke, visto que conjurar dois Unmasks e ainda ter um 4/3 com Ameaçar no campo de batalha é uma estratégia viável para vencer jogos. O que ele faz, em teoria, é o que o Jund buscava fazer quando começava jogos com um sequenciamento de Thoughtseize e Inquisition of Kozilek seguido de Tarmogoyf, exceto que tudo isso, agora, ocorre em um único turno ao invés de três.

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Subtlety tem em torno de 16 e 20% de representatividade hoje. Seus principais lares são o Temur Rhinos, Living End, o sideboard do Izzet Murktide e em diversas variantes de Control azul, mas ele tem visto um acréscimo de uso por conta do surgimento do Beanstalk Cascade.

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É um pouco surpreendente, mas Solitude é hoje o Elemental com menor representação, entre 15 e 20% do Metagame. Sua presença já foi bem maior durante períodos em que listas de Goodstuff estavam no topo do formato, onde ele está presente até hoje. Ele também aparece nas variantes brancas do Hammer Time ao lado de Emeria's Call, além de estar presente no Cascade Beanstalk, no Goryo's Vengeance e em decks Control.

O Modern Antes e Agora: Free Spells proativas são um erro

O Modern possui um longo histórico com mágicas gratuitas que, em geral, não é uma relação muito saudável.

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Dentre os cards banidos do formato, há uma variedade de mágicas gratuitas inválidas por uma dúzia de motivos: seja por facilitar demais o acesso às informações do oponente (Gitaxian Probe), ou por acelerar determinadas estratégias (Mox Opal), ou só porque os cards se provaram fortes demais para o Metagame (Hogaak, Arisen Necropolis, Once Upon a Time).

Um ponto em comum que esses cards possuem no formato é que são mágicas proativas. Elas serão usadas para progredir o seu plano ou estado de jogo, ao invés de utilizados para lidar com determinadas situações - a única exceção é Mental Misstep, banido porque sua presença seria limitadora demais.

O que mudou desde então?

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Exceto por Subtlety e, até certo ponto, Endurance, todos os Elementais de Modern Horizons II se encaixam nesse padrão. Enquanto eles, em maioria, deveriam ser utilizados em posturas reativas, como evocar um Solitude para lidar com Murktide Regent, ou Fury para limpar criaturas pequenas da mesa, a maneira como os jogadores passaram a usá-los envolve extrair o máximo de vantagem possível delas.

Enquanto a Wizards propôs a ideia de usá-los de graça em troca de desvantagem em cards, tal qual Force of Will e uma dúzia de outras mágicas no mesmo molde, é evidente que o epicentro das estratégias com eles hoje envolvem burlar suas condições e regras: seja com Not Dead After All para trazê-los de volta, ou com Up the Beanstalk para gerar valor com o Evoke, ou com o bounce de Teferi, Time Raveler e o blink do agora banido Yorion, Sky Nomad, quase nada em torno deles hoje envolve seguir as regras propostas pelo seu design.

Colocar efeitos gratuitos de Unmask, Swords to Plowshares ou Pyrotechnics acoplado a corpos muito eficientes tornaram dos Elementais um dos maiores erros que o Modern já vivenciou. Erro que, por não agredir o Metagame de maneira tão óbvia e absurda como Hogaak, Arisen Necropolis fez e pelos estranhos benefícios que sua presença traz para o atual ambiente, permanece sem correção.

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Independente do tempo que passe, os Elementais continuarão a causar um estrago significativo no Modern e nada de bom sairá deles. Para cada novo set, um novo potencial de interações absurdas podem surgir, e a maioria dos lançamentos nunca poderá acompanhar o impacto que eles possuem no Metagame.

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Afinal, se o Modern Horizons III inflar o nível de poder do formato da mesma maneira que seu antecessor fez, haverá um momento em que os formatos eternos serão definidos por coisas absurdas, e vamos encarar:

Modern Horizons foi um acerto, Modern Horizons II foi um erro

A proposta de edições que possam inserir cards mais poderosos em formatos eternos sem passar pelo Standard é uma que gerou bastante repercussão com o primeiro Modern Horizons, em 2019. No fim, a edição impactou bastante o formato e trouxe uma dúzia de propostas e ideias novas que se aprimoraram conforme o tempo passou, mas o Metagame e os arquétipos conhecidos, enquanto receberam inclusões significativas, ainda permaneceria reconhecível para a maioria dos jogadores após o turbulento "Hogaak Summer".

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Aos poucos, o formato foi se adaptando à edição, enquanto Magic passava por grandes mudanças também com outros lançamentos, como War of the Spark, Throne of Eldraine e Theros: Beyond Death, que levaram também ao banimento de Arcum's Astrolabe.

A diferença crucial de MH1 para o seu sucessor é que sua inserção de cards parecia mais voltada em buscar experimentos interessantes de design enquanto a maioria das adições tinha como objetivo gerar suporte para estratégias já existentes, com poucos cards que fossem tão poderosos sozinhos ao ponto de anular a viabilidade do que já existia.

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Fora dos banidos Hogaak, Arisen Necropolis e Arcum's Astrolabe, Wrenn and Six foi o card mais poderoso da edição ao ponto de ser banido no Legacy e estar em alta até hoje no Modern, por conta da sua interação com Fetch Lands e facilidade de matar algumas criaturas problemáticas. Ela virou uma inclusão automática em diversos decks e, talvez, seja o card mais próximo da filosofia que pareceu inspirar o próximo lançamento dedicado aos formatos eternos.

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Modern Horizons II parece ter apostado no espectro oposto: enquanto alguns dos seus cards pareciam voltados para reforçar determinados arquétipos (Zabaz, the Glimmerwasp no Hardened Scales, diversos artefatos para o Affinity, Svyelun of Sea and Sky para o Merfolks) ou até estabelecer alguns novos (Archon of Cruelty e Serra's Emissary foram claramente feitos para serem jogados com Unmarked Grave e Persist), ela foi bem mais voltada em inserir mais cards individualmente poderosos.

O resultado é de que a edição foi a mais vendida da história de Magic, mas também gerou uma demanda tão alta por tantos cards que a oferta não era capaz de cobrir, pois causou um dano tão permanente ao ambiente competitivo do jogo do qual, em essência, rotacionou um formato inteiro por conta própria. Muitos decks surgiram, muitos outros morreram, e o topo do Metagame desde então nunca mais foi parecido com o que tínhamos antes do seu lançamento, e nunca mais será.

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Enquanto isso, a roda do Magic continua a girar: novos lançamentos impactam pontualmente o Modern, algumas com adições mais relevantes, como The One Ring, Orcish Bowmasters e Leyline Binding, enquanto outras trazem apenas algumas peças fortes que conseguem ultrapassar a barreira estabelecida por MH2 ao colaborar com alguma estratégia já bem-estabelecida, como Agatha's Soul Cauldron.

Rakdos Evoke já era injusto antes, Bowmasters só piorou o problema

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O Rakdos Evoke é o arquétipo que amplificou esse debate sobre a representação excessiva dos Elementais no formato. Desde o lançamento de Lord of the Rings: Tales of Middle-earth, o arquétipo cresceu e se tornou o melhor deck, mas esteve sempre entre os principais competidores durante meses antes de chegar ao topo.

Nessa época, ele já era alvo de críticas por conta dos vários estágios de "anti-jogo" dele. Há muitas estratégias que não sobrevivem a um Grief e dois descartes no primeiro turno, tal como existem decks dos quais não conseguem segurar um Fury com um clock de três ataques desde o segundo turno.

Sua posição perante o formato já não era amigável, mas muitos toleravam, primeiro porque havia métodos mais amplos de jogar em torno dele, e segundo porque o Four-Color Creativity era, para muitos, mais ofensivo de se jogar contra.

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Três fatores alavancaram sua popularidade, e eles são interligados por Orcish Bowmasters. O novo two-drop preto adicionou uma resposta muito eficiente contra estratégias que buscam comprar uma quantia abusiva de cards, ou utilizam uma quantidade arbitrária de cantrips - o que nos leva a um card e um arquétipo: The One Ring e Izzet Murktide.

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Antes de LotR sair, o Four-Color Creativity era o melhor deck pela maneira como misturava uma proposta de Goodstuff com um "combo-kill" tão cedo quanto no quarto turno, onde utilizava Indomitable Creativity para buscar Archon of Cruelty.

The One Ring mudou essa estrutura ao oferecer, para diversas estratégias, uma resposta limpa e de maindeck contra o Arconte, que também servia como fonte absurda de card advantage - o resultado foi a queda abismal das estratégias de Creativity no Modern, e a ascensão de outras variantes de Goodstuff Piles, e Orcish Bowmasters é uma resposta limpa e eficiente para as ativações do Anel.

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Daí temos o terceiro fator: Izzet Murktide era uma das estratégias mais bem-favorecidas contra o Rakdos Evoke. Afinal, além da qualidade individual das suas criaturas e respostas, o Murktide também tinha uma qualidade excelente de filtragem de topo entre Consider, Mishra's Bauble e Dragon's Rage Channeler, que lhe permitiam jogar melhor com o topo e impediam um duplo Grief no primeiro turno de garantir uma vitória fácil.

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Orcish Bowmasters não só é a resposta ideal contra Ragavan, Nimble Pilferer e Dragon's Rage Channeler sem delírio, como também pune uma dúzia de micro-interações que o Murktide tinha com Mishra's Bauble e Consider, ao ponto onde nem o desbanimento de Preordain o colocou de volta entre os três melhores do Metagame, e agora jogadores experimentam utilizar Questing Druid para jogar em torno de Orcish Bowmasters.

Antes, para você ganhar do Rakdos Evoke, você precisava de redundância, ou de gerar muito mais valor do que o oponente consegue segurar. Hoje, gerar esse valor é muito mais difícil porque Bowmasters é um policiador poderoso contra card advantage. Sobram as estratégias redundantes: Hammer Time, Cascade, Hardened Scales, além do Mono Black Coffers, do qual parece ocupar, hoje, o espaço do Big Mana que se apresa dos Midranges.

Enquanto alguns debatem a representatividade do arquétipo, o problema do Rakdos Evoke ainda parece o mesmo do começo de 2023: ele não é divertido de se jogar contra e, com frequência, ganha porque sua temática burla as regras primárias das suas condições e vitória e removem do oponente a possibilidade de interação.

Começar a partida sem suas duas melhores cartas não é saudável, muito menos começar com um 4/4 com Golpe Duplo no outro lado da mesa. E mesmo que você sobreviva a este primeiro turno explosivo, há um Midrange inteiro pronto para te punir por gastar recursos demais na tentativa de voltar para o jogo. Muitos decks já foram banidos do cenário competitivo por muito menos.

O cerne dos problemas do Rakdos Evoke estão diretamente conectados com os elementais de MH2, e mesmo que ele deixe de existir de alguma maneira, haverão uma dúzia de outras estratégias dispostas a tirar o máximo de proveito deste ciclo. Então, a solução precisa vir a partir de uma intervenção neles.

Banimentos x Errata: Qual é a melhor rota?

Nas últimas duas semanas, um movimento nas redes começou a dar visibilidade para a proposta de uma mudança de regras na mecânica de Evocar, aos moldes de como aconteceu com Cascata por conta da interação absurda que Valki, God of Lies tinha com ela.

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A proposta desse movimento é a de alterar o texto das regras de Evocar, fazendo com que a habilidade não possa mais ir para a pilha e, logo, não tenha mais janela de respostas para usar mágicas como Undying Evil ou Ephemerate para trazer a criatura evocada de volta para o campo de batalha como um novo objeto. Outra proposta é a de que o Evoke entre na pilha sempre antes da primeira habilidade resolver, assim, o oponente teria mais oportunidades de destruir a criatura.

Há também jogadores e criadores de conteúdo que propõem uma mudança no texto dos Elementais de Modern Horizons II, ao invés de na mecânica: a adição da clausura "se você o conjurou" em seu efeito de ETB. Assim, mesmo que o oponente possa conjurar um deles para reanimar e/ou blinkar em seguida, seu efeito só acontecerá uma vez, o que torna da sua interação com o formato mais justa.

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Essas são todas opções viáveis e, até certo ponto, mais prováveis de acontecer do que um banimento direto. Os Elementais são um dos principais pilares do Modern e o formato existe em torno deles, incluso estratégias postas em cheque por causa deles: removê-los permanentemente, em especial os que interagem com o campo de batalha, é dar um passe livre para que estratégias de go-wide e combo possam jogar desimpedidos ou forçarem seus oponentes a serem ainda menos proativos - decks como o Golgari Yawgmoth são muito mais perigosos quando não podemos ameaçar uma interação gratuita e indesejada contra eles, algo que conseguimos estabelecer com Subtlety, Solitude ou Endurance.

Por outro lado, os Elementais são erros de design. Sua permanência no formato sempre vai trazer riscos e benefícios, e eles continuarão a ditar a saúde do Metagame e terem uma representação absurda no ambiente competitivo porque nada se compara a eles - e caso se compare é porque o Modern está prestes a passar por outra mudança, onde uma dúzia de estratégias serão varridas ao esquecimento para outras o substituírem, e essa ação poderia retirar mais da confiança dos jogadores no formato caso aconteça cedo demais, como em Modern Horizons III no próximo ano.

Fúria deveria ser banida

Não significa também que todos os Elementais precisam ser banidos. Por exemplo, Subtlety e Endurance são muito mais equilibrados em suas funções do que Grief, Solitude e Fury.

Se querem, de fato, acabar com a predominância do Rakdos Evoke, banir Grief seria a opção mais viável, pois remove a maioria das posturas de anti-jogo do arquétipo. Mas no panorama maior, Fury é o verdadeiro vilão entre eles.

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Além de ser um clock de quatro turnos sozinho, Fury é, também, um mini-sweeper gratuito, que lida com uma até quatro criaturas de uma vez. Sua presença no Metagame limita diversas estratégias agressivas. Decks como Merfolks, Humans e Heliod Company são inviabilizados porque Fury é uma troca muito desfavorável para os go-wide - e todos esses arquétipos tem uma coisa em comum: velocidade e redundância.

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Para lidar com um duplo Grief, a melhor saída no Metagame atual é a redundância. Se tudo na sua lista faz uma coisa específica, não é impactante o suficiente, ou quando tudo é absurdo, descartes perdem o valor. Thoughtseize era muito pior quando o Yorion Piles estava no topo porque não fazia sentido propôr essas trocas com eles, e nem com as várias estratégias que buscavam jogar por baixo - se aumentamos o número de estratégias que jogam por baixo, ou amplificamos o número de arquétipos que conseguem jogar por cima de descartes, Grief é uma ameaça muito pior.

E essas estratégias agressivas postas em cheque pela Fury são parte dessa equação. Tanto para o Rakdos Evoke quanto para as pilhas de Goodstuff, esses arquétipos já enfrentam desafios demais mesmo sem o elemental, visto que Orcish Bowmasters é uma possível troca de 3 para 1 contra eles, e Wrenn and Six é uma metralhadora contra dorks por conta própria, sem contar a proteção de The One Ring.

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Acreditar que banir o elemental vermelho faria os Aggros subirem de volta ao topo é uma ingenuidade: a maioria deles precisa de mais suporte para acompanhar o nível de poder das principais estratégias. Mas Fury é um limitador muito grande, que também dobra como ameaça e interage com uma dúzia de cards ao ponto de ter 50% de representatividade no formato - atrás apenas de Chalice of the Void e Engineered Explosives, duas staples de Sideboard, e sua ausência dificultaria um pouco mais o espaço de interação que esses arquétipos precisam ter para jogar contra os Aggros e os combos baseados em criatura.

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Em uma especulação aberta, acredito que, sem Fury, o Rakdos Evoke perderia uma parcela significativa da sua representação, enquanto decks como o Temur Footfalls cresceriam mais porque eles possuem algumas respostas limpas contra os Aggros e os Aggro-Combo, como Hammer Time, Scales e Yawgmoth. Four-Color Goodstuff poderia ser um pouco problemático caso encontrasse uma build que capitalizasse em cima de The One Ring, mas a ausência de um sweeper gratuito certamente causaria estrago na hora de segurar as listas de criatura.

As demais estratégias do topo provavelmente permaneceriam no mesmo lugar, ou teriam alterações baseadas em outros arquétipos viabilizados pela ausência do elemental vermelho.

Conclusão

O Modern está em um dos piores estados que já presenciei nesse ano. Ele não chega ao ponto de opressão como nos períodos de Eldrazis ou Hogaak, mas ele não está saudável, diverso ou divertido de se jogar - e muito se deve à presença dos Elementais e o seu papel no atual formato.

Uma solução precisa ser apresentada pela Wizards, e só podemos torcer para que ela seja rápida e eficiente ao invés de deixar o formato apodrecer durante um ano até a próxima grande atualização de banidas e restritas, no segundo semestre de 2024.

Obrigado pela leitura!