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Final Fantasy XVI - O que sabemos até agora, teorias e especulações

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Final Fantasy XVI recebeu uma data de lançamento: 22 de junho de 2023. Nesse artigo, apresentamos tudo o que sabemos do jogo até aqui e algumas teorias e especulações que seu último trailer, Revenge, trouxe para os fãs.

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revisado por Tabata Marques

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Final Fantasy XVI recebeu sua data de lançamento em seu novo trailer apresentado no The Game Awards - 22 de junho de 2023 - e além de finalmente sabermos quando o novo título estará disponível nas prateleiras, o trailer nomeado "Revenge" trouxe vários novos detalhes da sua trama e gameplay, inclusive apresentando as dinâmicas de combate com personagens que se juntarão a Clive Rosfield em sua jornada.

No artigo de hoje, vamos elaborar sobre o que sabemos sobre Final Fantasy XVI até aqui, além de apontar algumas teorias e especulações que os trailers e entrevistas sobre o jogo trazem. Mas caso ainda não tenha assistido, confira abaixo o mais novo preview do jogo, Revenge.

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NOTA: Como ainda não temos os nomes em português para diversos elementos da lore do jogo, eles serão mencionados neste artigo pelos seus nomes em inglês.

Final Fantasy XVI - O que sabemos até agora

Equipe de Desenvolvimento

A equipe de desenvolvimento de Final Fantasy XVI conta com um elenco de peso, que inclui Naoki Yoshida (Final Fantasy XIV) encarregado da produção e Hiroshi Takai (The Last Remnant) e Kazutoyo Maehiro (Final Fantasy XII) na direção.

Em sua equipe, diversos nomes que participam da produção de Final Fantasy XIV estão inclusos, como Michael Christopher e Koji Fox, além de outros nomes que já trabalharam em outros títulos importantes da franquia, como Hiroshi Minagawa (Final Fantasy Tactics) como diretor artístico e Kazuya Takahashi (Final Fantasy X), responsável pelo design dos personagens.

Mas dentre tantos nomes importantes para a franquia, o destaque fica para Ryota Suzuki, responsável pela direção de combate. Suzuki nunca trabalhou em um título da Square Enix antes e sua carreira é praticamente definida por jogos da CAPCOM como Devil May Cry 5, Onimusha: Dawn of Dreams e Dragon's Dogma.

Ter alguém tão voltado para jogos de combate rápido e hack'n'slash no desenvolvimento de Final Fantasy XVI não foi um fato bem recebido por uma parcela mais saudosista dos fãs, mas traz ar novo para os elementos de RPG com combate em tempo real que a Square Enix vem buscado para a franquia desde Crisis Core: Final Fantasy VII, lançado para o PlayStation Portable em 2008.

Eikons e Dominants

Mural dos Eikons, apresentado no trailer "Ambition" - Reprodução/YouTube
Mural dos Eikons, apresentado no trailer "Ambition" - Reprodução/YouTube

Conhecidos como Summons, Eidolons, Aeons, Guardian Forces, Primals ou Astrals, os grandes espíritos que podem ser invocados durante o combate sempre foram importantes para a lore ou mecânica da franquia Final Fantasy. Mas em FFXVI, eles tomam o papel central na história na forma Eikons e Dominants.

Eikons são as criaturas mais poderosas do mundo de Final Fantasy XVI, e apesar de ainda não sabermos o que eles são ou quais são suas origens, Naoki Yoshida comentou em uma entrevista para a Famitsu que o potencial destrutivo deles são uma alusão a bombas nucleares.

Não se sabe também quantos deles existem em Valisthea, ou quantos foram despertos em um Dominant, pessoas nascidas como portadores dos Eikons e conseguem manifestar seus poderes no mundo material. Temos, por exemplo, Leviathan no mural os Eikons, mas nem ele e nem seu Dominant apareceram nos materiais promocionais ainda. Hoje, conhecemos os seguintes Dominants e seus respectivos Eikons:

Joshua Rosfield, um jovem gentil da nobreza de Rosaria é o Dominant do Eikon de fogo, Phoenix.

Clive Rosfield, protagonista do jogo e irmão mais velho de Joshua é o Dominant de Ifrit, o misterioso segundo Eikon de fogo.

Jill Warrick, amiga de infância de Clive e Joshua e nascida nas terras do Norte é a Dominant da Eikon de gelo, Shiva.

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Cidolfus Telamon, mais conhecido como Cid, é um cientista, pesquisador e o Dominant do Eikon de trovão, Ramuh.

Benedikta Harman, uma mulher de sangue-frio especializada em espionagem, é a Dominant do Eikon do vento, Garuda.

Hugo Kupka, um conhecido diplomata da república de Dhalmekian, é o Dominant do Eikon da terra, Titan.

Dion Lesage, príncipe do império de Sanbreque e líder dos Dragoons é o Dominant do Eikon da luz, Bahamut.

Barnabas Tharmh, um conquistador e rei de Waloed é o Dominant do Eikon das trevas, Odin.

Sabe-se por outros trailers que há um preço a se pagar por usar os poderes de um Eikon, aparentemente na forma de petrificação gradual.

Além disso, cada nação enxerga e trata os Dominants de maneiras diferentes: enquanto uns lhe dão espaço na nobreza e nas decisões políticas de sua região, outros os tratam apenas como armas de guerra, além de nações como a Iron Kingdom, que os enxergam como abominações e executam qualquer Dominant nascido em suas ilhas.

Valisthea, a Terra dos Cristais

Valisthea, região onde se passa a trama de Final Fantaxy XVI - Imagem/Square Enix
Valisthea, região onde se passa a trama de Final Fantaxy XVI - Imagem/Square Enix

A trama de Final Fantasy XVI é ambientada em Valisthea, uma região inspirada na Europa Medieval e abençoada pelos Mothercystals, grandes montanhas de cristal abundantes em aether, das quais os habitantes que se instalaram próximos deles usam para conjurarem mágicas para terem uma vida confortável em terras abundantes. Mas agora, Valisthea sofre com a ameaça da Blight, uma praga misteriosa que corrompe a terra, desprovendo-a de vida ou natureza.

A região foi dividida em dois continentes: Ash no leste e Storm no oeste, e seis grandes nações foram construídas em torno das Mothercrystals:

The Grand Duchy of Rosaria - Lar do protagonista Clive Rosfield e seu irmão e Dominant do Eikon do fogo, Joshua Rosfield, esse reino foi construído quando pequenas províncias de Valishtea se uniram para formar o ducado. A nação recorre ao cristal conhecido como Drake's Breath, situado em uma ilha vulcânica na costa do continente.

The Holy Empire of Sanbreque - Com sua capital construída em torno do Drake's Head, Sanbreque é a maior instituição teocrática de Valisthea e também é o lar de Dion Lesage, Dominant do Eikon da luz. Seu povo vive uma vida confortável e saudável enquanto veneram o Imperador Sagrado, do qual consideram como a encarnação da verdadeira deidade.

The Kingdom of Waloed - Tendo conquistado todo o continente de Ash e sobrevivido à rebelião dos orcs, Waloed é um reino situado em torno da Drake's Spine e governada por Barnabas Tharmh, Dominant do Eikon das trevas, que construiu um exército poderoso capaz de expandir o domínio do reino para além do leste.

The Dhalmekian Republic - Composta por cinco Estados e sob um governo parlamentar, A República Dhalmekiana está localizada na região sul de Valisthea, onde usam o cristal escondido no centro das montanhas conhecida como Drake's Fang* para manter a obediência civil da região. Hugo Kupka, Dormant do Eikon da terra, é um conselheiro especial do parlamento e possui grande influência nas decisões da República.

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The Iron Kingdom - The Iron Kingdom é o conglomerado de ilhas localizado na região oeste de Valisthea e dominado pela Crystalline Orthodox, uma instituição religiosa que considera a ordem dos cristais como suprema e que Dominants são um sacrilégio e devem ser executados. Seu povo, os Irondblood, são majoritariamente isolados do resto do mundo e se comunicam através de um idioma próprio. Assim como Rosaria, The Iron Kingdom também recorre ao cristal situado na Drake's Breath.

The Crystalline Dominion - Localizado no centro de Valisthea e construído ao redor do maior dos cristais na Drake's Tail, a Crystalline Dominion foi palco de inúmeros conflitos pelo controle de suas terras por conta da posição estratégica da região, até que os reinos em guerra chegassem a um armistício. Como parte do tratado de paz, as ilhas ao redor da região se tornaram um domínio autônomo liderado por um conselho com representantes das nações demais nações.

Podemos deduzir que Valisthea não é o que podemos chamar de terra próspera ou pacífica: sabemos desde o primeiro anúncio oficial de Final Fantasy XVI que Rosaria é atacada pelos Dragoons de Sanbreque quando Clive ainda é um adolescente, e também há vários conflitos entre Eikons nos trailers, como no mais recente onde vemos cenas de uma batalha entre Odin e Bahamut.

Combate

Final Fantasy XVI têm Clive e sua busca por vingança como principal ponto da sua trama e isso é refletido na gameplay do jogo, onde o foco do jogador é integral no personagem, que consegue combinar — por meios ainda desconhecidos — o poder de Ifrit e outros Eikons para realizar variados ataques e mágicas em um combate de ação em tempo real acelerado.

Clive e Torgal enfrentando criaturas selvagens em Final Fantasy XVI - Reprodução/YouTube
Clive e Torgal enfrentando criaturas selvagens em Final Fantasy XVI - Reprodução/YouTube

O protagonista também é acompanhado pelo seu lobo/cachorro, Torgal, um aliado controlado pela IA, mas da qual o jogador poderá dar comandos através dos botões de direção do controle.

Essa mecânica já apareceu em outros grandes jogos da geração moderna, em especial em God of War e God of War: Ragnarok, onde o jogador pode ordenar que Atreus realize algum comando como atirar flechas mágicas enquanto não precisa se preocupar em controlar diretamente o personagem ou curá-lo.

Uma equipe de quatro guerreiros com Clive, Jill e Cid, Dominants de Ifrit, Shiva e Ramuh - Reprodução/YouTube
Uma equipe de quatro guerreiros com Clive, Jill e Cid, Dominants de Ifrit, Shiva e Ramuh - Reprodução/YouTube

O novo trailer também mostrou que outras figuras importantes se juntarão a Clive em sua jornada, como Jill Warrick e Cidolfus Telamon — uma grande referência ao legado da franquia, já que esses personagens e Clive são respectivamente os Dominants de Shiva, Ramuh e Ifrit, normalmente os três primeiros Summons que o jogador obtém na maioria dos títulos da série. Clive poderá combinar seus ataques com os dos demais personagens, mas como essa mecânica funcionará ainda não foi explicado.

Exploração

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Valisthea não será uma localidade de mundo aberto no sentido tradicional como em Final Fantasy XV ou em títulos que ficaram muito famosos pelo tamanho de seu mundo, como The Elder Scrolls: Skyrim.

Ao invés, FFXVI focará em regiões separadas para dar ao jogador a sensação de "escala global" do continente em que a trama se situa. Essa abordagem de mundo está mais próxima de outros grandes títulos de RPG modernos e alguns mais antigos, como Pokémon Legends: Arceus, Monster Hunter, God of War: Ragnarok e The Witcher 3: Wild Hunt.

Chocobos servirão como meio de transporte em Final Fantasy XVI - Reprodução/YouTube
Chocobos servirão como meio de transporte em Final Fantasy XVI - Reprodução/YouTube

Apesar da história principal do jogo seguir uma estrutura linear, foi confirmado que FFXVI terá uma quantia considerável de sidequests, caças e ambientes para se explorar.

Além disso, o título terá o módulo de New Game +, onde você pode recomeçar a história com suas habilidades e equipamentos após zerar a história principal, e também a opção de escolher o nível de dificuldade do jogo, garantindo novos desafios.

História

Em entrevista à IGN, a equipe de desenvolvimento do jogo negou que Final Fantasy XVI será uma história sobre guerra e intriga política, apesar desses elementos estarem presentes em sua narrativa. A trama é sobre Clive, seus encontros, relacionamentos e amadurecimento — sobre um homem à mercê de forças além do seu controle, um prisioneiro do destino que decidiu que é a hora de se libertar. Porém, assim como ele, os demais companheiros que Clive encontra também têm suas motivações e conflitos.

Hiroshi Takai mencionou nessa mesma entrevista que, desde o início, a equipe de desenvolvimento não queria contar uma história juvenil e buscaram retratar os eventos da forma mais realista e natural possível em um mundo assolado por intermináveis guerras entre nações.

Por consequência, Final Fantasy XVI será o primeiro título principal da franquia a ter uma classificação indicativa para adultos, ao invés de adolescentes. Segundo o site do Ministério da Justiça do Brasil, a obra foi indicada para maiores de 16 anos por conter violência, morte com armas, sangue, prostituição, uso de drogas, crimes de ódio e conteúdo sexual exposto e/ou mencionado.

Final Fantasy XVI será o primeiro título principal da franquia a ter classificação indicativa para adultos - Reprodução/YouTube
Final Fantasy XVI será o primeiro título principal da franquia a ter classificação indicativa para adultos - Reprodução/YouTube

É válido ressaltar que apesar dele ser o primeiro jogo principal da série com essa classificação, Final Fantasy Type-0 teve a mesma indicação e teve cenas de violência explícita, sangue e morte intencional (além do final mais deprimente de toda a franquia), e Stranger of Paradise: Final Fantasy Origins também teve uma classificação mais alta pela alta dose de atos de violência praticadas por Jack Garland sob o controle do jogador.

Teorias e Possibilidades

Agora que compilamos o que sabemos de Final Fantasy XVI até aqui, apresentamos cinco teorias que surgiram com base no material apresentado e nas entrevistas que acompanhamos até aqui.

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Uma história sem a noção de bem ou mal

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A série Final Fantasy tem um longo histórico de apresentar os "heróis" e os "vilões" mesmo quando sua trama não os coloca exatamente no papel de bem ou mal. Há vários antagonistas na série dos quais podemos nos identificar ou entender suas motivações. Um exemplo disso é a quantia de jogadores que se simpatizaram e consideravam justificável o rancor que Ardyn Izunia tinha do reino de Lucis em Final Fantasy XV. No entanto, isso não mudava que a narrativa da trama terminava sendo sobre Noctis impedir Ardyn de executar o seu plano.

O mesmo pode ser dito do storytelling de quase todos os jogos da franquia principal: os personagens controlados pelo jogador precisavam impedir o antagonista de cometer uma atrocidade que, na maioria das vezes, destruiria o mundo. Final Fantasy XVI parece, até o momento, fugir dessa estrutura narrativa.

Como Koji Fox mencionou na entrevista à IGN, é difícil salvar um mundo que não precisa ser salvo, e Valisthea parece um lugar onde guerras e conflitos políticos são uma consequência sistêmica, e não um momento da história que pode ser impedido pelas ações de um pequeno grupo. A zona de interpretação entre "bem" e "mal" ou "bom" e "ruim" em uma tempos de guerra é muito cinzenta, mesmo quando há exceções, como quando vemos a Dominant de Shiva ser levada por um exército em condições sub-humanas em um dos trailers, mas o jogo ainda não nos apresentou a causa desse "mal" que assola o continente.

Na dinâmica narrativa moderna dos jogos, a linha entre heróis e vilões vêm ficando cada vez mais difícil de interpretar. O jogador sabe que é o herói porque "esse é o personagem que estou controlando", mas isso não torna daqueles que se opõem a ele ou que não compartilham da sua perspectiva, os vilões, e diversos títulos — inclusive alguns da Square Enix, como NieR — vem se afastando de uma narrativa binária em busca de explorar a ideia de que o que torna de alguém bom ou ruim é a interpretação contextualizada dos seus propósitos e ideais.

Final Fantasy ainda não teve essa estrutura entre seus títulos principais, e com o tom mais acinzentado das relações entre os personagens ficando mais evidente nos últimos trailers, creio que a história de FFXVI abdicará de heróis e vilões em prol de brincar com a interpretação do jogador sobre tais conceitos abstratos. Uma trama onde você não poderá dizer com certeza que Clive é um herói.

A jornada de Clive é para destruir os cristais

Clive Rosfield
Clive Rosfield

Ainda com base na teoria acima, uma forte especulação, dada como uma certeza com frequência, é que a jornada de Clive tem o objetivo de destruir os Mothercrystals. Existem uma variedade de motivos para se acreditar nessa teoria, incluindo o slogan "The legacy of crystals have shaped our history for long enough", do primeiro anúncio oficial do jogo, mas podemos ir um pouco mais a fundo na ideia de "porque Clive destruiria os Mothercrystals".

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Primeiro, parece que a maioria dos conflitos que ocorrem em Valisthea envolvem o domínio pelos cristais, principalmente após o continente começar a ser devastado pela Blight, que ainda não sabemos quando ou como começou.

Além disso, parece existir alguma correlação entre os Mothercrystals e os Eikons, e se a vingança de Clive estiver relacionada a eles, ir até os cristais é uma garantia quase certa de entrar em confrontos com os Dominants. Por fim, em vários momentos dos trailers, vemos algum dos Mothercrystals nas paisagens de fundo, até mesmo durante as batalhas, o que pode significar de fato que Clive está indo até eles por algum motivo.

Por fim, tivemos o conceito básico desde o primeiro Final Fantasy de que "para salvar o mundo, precisamos salvar os cristais" e isso se repetiu em vários dos primeiros jogos da franquia e referenciado em alguns dos mais recentes. Porém, ainda não tivemos um título onde a solução do problema vigente se encontre na destruição dos cristais, o que traria uma nova perspectiva para o legado da série.

Se considerarmos como o povo de Valisthea é dependente dos Cristais para preservar suas terras e garantir conforto em suas vidas, não seria de surpreender se o protagonista fosse visto como uma ameaça pelos demais reinos, tanto pelo seu desejo de acabar com a fonte de energia que mantém a estrutura social e política da região, como também pela sua talvez exclusiva capacidade de usar o poder de vários Eikons simultaneamente.

O homem de capuz é parte da história ancestral de Valisthea

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Um elemento recorrente dos últimos dois trailers foi o misterioso homem de capuz que, aparentemente, se transforma em Ifrit e luta contra Phoenix no começo do jogo. Há várias teorias sobre quem esse personagem é, inclusive a de que ele é uma "versão alternativa" de Clive. E a impressão que se passa é de que os eventos de Final Fantasy XVI são movidos pela sua presença em Rosaria.

Em Revenge, Clive o vê novamente em um lugar que parecem ruínas, com pedras flutuantes ao fundo, possivelmente o local onde a batalha entre ele e Benedicta na forma de Garuda ocorre. E no outro momento em que ele surge em Rosaria, não está claro se alguém além de Joshua o enxerga.

A página do Twitter Cosmo Canyon Observatory postou faz alguns dias a teoria de que o homem de capuz é o próprio Clive, ou um "Clive do mal" com base na semelhança do semblante de ambos. E a ideia do protagonista ter uma espécie de alter-ego que se manifesta em momentos de crise é um elemento inexplorado no universo de Final Fantasy e traria consigo um plot twist interessante sobre Clive precisar enfrentar seus próprios monstros internos.

No entanto, minha teoria pessoal é a de que essa entidade é uma manifestação dos próprios cristais e/ou da força que rege uma profecia relacionada aos Eikons e que busca fazer as engrenagens rodarem para que tudo saia conforme destinado.

A reunião com Joshua e a luta dos dois Ifrits é uma ilusão/sonho

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Clive e Joshua se reúnem em algum momento do jogo, mas o irmão mais novo não envelheceu - Reprodução/ YouTube
Clive e Joshua se reúnem em algum momento do jogo, mas o irmão mais novo não envelheceu - Reprodução/ YouTube

Sabemos que Final Fantasy XVI tem passagens de tempo e Clive terminará a história com cerca de 30 anos. Também sabemos que, em algum momento, a marca no rosto do protagonista deixa de existir.

Na cena em que vemos Clive se reunir com Joshua em meio às chamas, ele ainda tem a marca em seu rosto, o que indica que aquele momento ocorre antes de um suposto segundo timeskip ou do evento que o leva a removê-la. E considerando que Joshua não envelheceu nem um pouco nesses anos, provavelmente a cena é uma manifestação da consciência de Clive em algum momento — seja através de uma ilusão ou pesadelo.

Além disso, a cena do conflito entre os dois Ifrits parece ocorrer no mesmo lugar: as ruínas de Rosaria. Portanto, minha teoria é de que aquele evento ocorre apenas na mente do protagonista, possivelmente pela culpa e raiva que ele carrega pela morte do seu irmão.

Se não for o caso, podemos especular que Joshua é imortal, assim como o Eikon do qual ele é o Dominante, Phoenix.

"Come to me, Ifrit!" é uma cena da última sequência do jogo

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Uma das últimas cenas de Revenge é Clive gritando por Ifrit enquanto é envolto em chamas e nela, ele não tem mais a tatuagem no rosto, além de uma variedade de cicatrizes também. Esse pode ser um indicativo de que Clive está convocando seu Eikon para resolver seu último conflito — um onde ele estará em paz consigo mesmo, ou onde precisará de um grande sacrifício para juntar-se ao Eikon que supostamente matou seu irmão.

Claro, esse ponto está longe demais na zona de especulação, mas sabemos como a Square Enix tem uma edição questionável de trailers que acabam por trazer spoilers do fim do jogo. Quem não lembra do trailer de Final Fantasy XV que começava com Ardyn dizendo a Noctis que não o mataria enquanto ele é absorvido no Cristal? Ou o de Final Fantasy VII Remake que mostrava a party de frente para a Destiny's Crossroads? Ou o mais recente de Crisis Core: Reunion que literalmente mostra uma cena do epílogo do jogo?

Conclusão

Ainda falta um pouco mais de seis meses para o lançamento de Final Fantasy XVI, mas o mundo e a ambientação do jogo já tornam dele um dos títulos mais aguardados pelos fãs e intriga até os mais saudosistas em relação ao que nos aguarda no futuro.

A equipe de desenvolvimento da obra é muito conhecida e aclamada pelo seu trabalho em um dos maiores MMORPGs da atualidade, Final Fantasy XIV, que não só apresenta uma gameplay capaz de manter jogadores engajados por horas como também tem um desenvolvimento de história e narrativa exemplares, e a possibilidade desses mesmos elementos serem de alguma forma aplicados no novo título é algo que todo fã da série já considerou em algum momento.

O tempo dirá se Final Fantasy XVI estará a par das expectativas, mas ele definitivamente é um dos jogos mais promissores planejados para sair em 2023.

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Obrigado pela leitura!