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Final Fantasy XVI: Os 10 Melhores Chefes do Jogo

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Final Fantasy XVI foi aclamado por fãs e crítica pelas suas batalhas épicas contra chefões colossais. Neste artigo, destacamos e ranqueamos os dez adversários mais marcantes da jornada de Clive Rosfield por Valisthea!

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revisado por Romeu

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Final Fantasy XVI, o jogo mais recente da franquia, foi amplamente aclamado por fãs e crítica pelo seu combate otimizado e a integração do combate com o desenvolvimento da trama, considerado um dos melhores jogos da série em anos.

Os chefes do jogo e as batalhas cinemáticas entre os Eikons são alguns dos maiores destaques quando pensamos em FFXVI, onde alguns apresentam os aspectos mais impressionantes da indústria moderna. Neste artigo, apresentamos os dez melhores chefes de Final Fantasy XVI, ranqueados pelo seu impacto narrativo e de jogabilidade!

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Este artigo possui spoilers de Final Fantasy XVI.

Menções Honrosas

Antes de destrincharmos nossa lista de melhores chefes, separamos alguns chefes que merecem uma menção honrosa pelo seu impacto narrativo e de jogabilidade.

Liquid Flame

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Liquid Flame é uma entidade criada pelo cristal do Reino de Ferro para protegê-lo e testar o potencial de Clive como Mythos. A criatura, entretanto, enfrenta outro adversário poderoso além do herói: com um objetivo pessoal nos eventos deste ponto da história, Jill se transforma em Shiva e tenta encarar o monstro, mas dado o quanto seu corpo está enfraquecido pelos longos anos em que foi obrigada a usar seus poderem sem restrições, ela acaba não sendo páreo para a criatura e Clive, ainda sem controle sobre Ifrit, decide intervir e enfrentá-lo enquanto Shiva usa seus poderes para evitar que a lava se aproxime demais do herói.

Liquid Flame está longe de ser um chefe memorável, apesar do seu padrão de ataques, mas merece uma menção honrosa por ser um dos poucos momentos onde vemos Dominantes unindo forças para enfrentar um inimigo.

Behemoth

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Behemoth, uma criatura icônica da franquia e comumente associada a um dos inimigos mais poderosos das masmorras de fim de jogo, reaparece em Final Fantasy XVI pela primeira vez como um chefe nos portões de entrada para o Cristal-Máter de Waloed - e um que segue a tradição de ter a capacidade de invocar meteoros.

Em um embate desafiador, Behemoth garante o senso de urgência durante a batalha, especialmente durante as cinemáticas e ATEs, onde Clive e Joshua unem forças para evitar o impacto de um meteoro gigantesco.

Sleipnir Habard

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Habard é um dos personagens mais misteriosos de Final Fantasy XVI. Sua primeira aparição demonstra um homem pragmático que oferece assistência ao rei Barnabas em assuntos políticos. Conforme o jogo se desenrola, seu papel na história fica ainda mais incerto quando ele sequestra e manipula Hugo Kupka para ele drenar o éter do Cristal-Máter de Dhalmekia, onde descobrimos seu comando sobre os asseclas de Ultima.

Seu papel fica claro apenas durante o seu primeiro confronto com Clive, na cidade portuária de Kanver, onde ele revela seu nome, Sleipnir Habard, e utiliza uma parcela dos poderes de Odin para enfrentar e testar o potencial do Mythos para seu mestre.

É revelado, posteriormente, que Habard é um egi do Odin, manifestações físicas criadas por Dominantes com seus poderes, não muito diferente de Suparna e Chirada, criadas por Benedikta Harman com os poderes da Garuda - exceto que a extensão dos poderes de Barnabas o permitem criar uma quantia quase infindável deles, se necessário.

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Os Dez Melhores Chefes de Final Fantasy XVI

Os chefes d esta lista foram selecionados com os seguintes critérios:

Impacto Narrativo - Quanto mais importante o confronto for para a trama, melhor.

Impacto Visual - Chefes mais memoráveis no conceito de videogames modernos incluem sua apresentação e efeitos visuais durante o desenrolar da batalha.

Inovação - Quanto mais diferenciado for o padrão de movimentos e ataques, mais um chefe se destaca dos demais.

Desafio - Um chefão não é memorável se não oferecer, pelo menos, algum desafio aos jogadores.

10 - Typhoon

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A destruição do primeiro Cristal-Máter dá início ao legado de Cid para Valisthea. No entanto, a apreciação deste marco histórico e do brilho do cristal se dissipando dura pouco: uma misteriosa criatura, Typhoon, surge de um portal e abate Ramuh sem esforço algum, enquanto o Eikon utiliza seu cajado para prender o monstro. Ela, então, adentra a mente de Clive para testar o seu potencial.

Com os poderes da Garuda e a aceitação da sua identidade como o segundo Dominante do fogo, Clive dispõe de um arsenal eficiente para confrontar Typhoon. Este embate é a primeira vez que temos mais controle sobre Ifrit, e maior autonomia sobre seus movimentos, podendo desviar mais rápido e correr enquanto o adversário utiliza lasers e teletransportes.

Se não fosse suficiente, Typhoon, em um presságio do último chefe do jogo, invoca outras versões de si e se transforma em uma figura de aparência divina, mas cujo padrão de ataques diferem pouco da forma anterior. O fim da batalha, com Ifrit disparando uma gigantesca bola de fogo na criatura por cima dela, demonstra o quanto as lutas entre Eikons foram inspirados em alguns dos embates mais icônicos da cultura mainstream, com este sendo uma referência a técnica Genki Dama, utilizada por Goku em Dragon Ball Z.

Os eventos que sucedem sua vitória sobre este chefe simbolizam o ponto sem retorno de Final Fantasy XVI, com uma mudança brusca no tom e no desenrolar da trama conforme somos apresentados ao vilão do jogo, Ultima.

O livro Ultimania, lançado em 2023, dá mais detalhes sobre a origem de Typhoon e explica que a criatura foi uma tentativa falha de criação do Mythos, o receptáculo perfeito, muito antes do nascimento de Clive Rosfield.

9 - Omega

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O último desafio da recém-lançada expansão, Echoes of the Fallenlink outside website, é uma referência ao icônico chefe secreto de Final Fantasy V, Omega, do qual se tornou uma figura recorrente na franquia, com aparições em Final Fantasy XII, Final Fantasy XIII-2, Final Fantasy XIV e Final Fantasy XV, além de em spin-offs e relançamentos.

Como uma das criações dos Caídos para proteger seu Cristal-Máter artificial e cujo poder destrutivo era tão grande quanto o de um Eikon, Omega é um grande desafio até para jogadores mais experientes e com um setup super eficiente de habilidades: seus movimentos são muito rápidos, seus ataques são difíceis de desviar e causam uma quantia arbitrária de dano.

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Não fosse suficiente, assim como contra Eikons, Omega também é uma batalha de três estágios, com uma segunda forma muito agressiva, capaz de drenar as poções de Clive em poucos ataques, enquanto força o máximo possível de agressão quando atordoado - elemento punitivo caso suas habilidades tenham um tempo muito alto de recarga ou dano baixo, pois o chefe começa a suprimir a dimensão ao seu redor no terceiro estágio, forçando o jogador a derrotá-lo antes que seja tarde demais.

Em termos visuais, Omega não se compara à magnitude cinematográfica dos Eikons, mas oferece um excelente paralelo com o embate entre Clive e Ultima, com diversas referências em sua tecnologia que demonstram como os Caídos estavam próximos demais de se assemelharem aos deuses.

8 - Benedikta Harman & Garuda

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Benedikta Harman é a primeira Dominante que Clive enfrenta consciente, e uma das primeiras chefes do jogo. A construção em torno desse combate é envolta de mistérios: Benedikta e Cid claramente possuem assuntos mal-resolvidos e um relacionamento conturbado, e os leva a um duelo onde, por descuido, Cid é derrotado.

No confronto, fica claro que, com os poderes da Garuda e sua semi-transformação, Benedikta é muito mais forte do que Clive, podendo flutuar nos céus, invocar garras gigantes, provocar tornados e até lançar torres contra o herói, que requer um esforço conjunto com seu companheiro, Torgal, para superá-la. Ela não é difícil em termos de gameplay, mas é o primeiro momento onde FFXVI apresenta um desafio.

A batalha termina com a derrota de Benedikta pela sua arrogância, e o preço é mais caro do que ela poderia imaginar: Clive, inconsciente das suas habilidades como Mythos, absorve os poderes da Garuda e, por um instante, ela perde o acesso à sua Eikon e se torna tão frágil quanto os Portadores que ela tanto despreza.

Enquanto Clive e Cid fogem de Caer Norvent, Benedikta é escoltada de volta para Waloed, a sucessão de eventos chocantes continua quando seus guardas são aniquilados por contrabandistas, e enquanto eles a cercam para levá-la, Benedikta relembra como foi salva de seus escravizadores por Cid.

Nas entrelinhas, o jogo demonstra nessa sequência o quão intrínseco Garuda é para Benedikta: a Eikon não apenas é um enorme senso de identidade para ela, o traço que a distingue dos demais Portadores e, consequentemente, a separa de seu passado, como também garante os meios necessários para ela nunca mais sofrer os abusos dos quais ela passou quando era uma escrava - para ela, Garuda era tudo.

Ao relembrar seus traumas, Benedikta consegue se transformar em Garuda, e se deixa levar pelo seu frenesi de raiva pelo mundo miserável em que vive, criando diversos tornados e egis ao redor de Sanbreque, e cabe a Clive pará-la antes que seja tarde demais. Seu embate, no entanto, revela um segredo ainda mais chocante: Clive se transforma em Ifrit, o segundo Eikon de fogo que assassinou seu irmão, e não possui qualquer controle sobre ele neste momento.

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Final Fantasy XVI se destaca bastante pela sua narrativa intrincada entre os diálogos, ações cinematográficas e elementos de gameplay. Aqui, a jogabilidade exerce um papel fundamental: em uma batalha que remete aos filmes de kaijus da Toho, ou aos titãs do anime Attack on Titan, os movimentos de Ifrit são bem básicos, mas os números de danos na tela e a destruição causada ao redor deles demonstram as consequências colossais do embate entre Eikons.

A agressividade visual também se destaca. A essa altura, a memória da morte de Joshua continua bem vívida para os jogadores, e tanto Ifrit quanto Garuda apresentam um padrão notório de violência irracional no duelo, um remetente impactante de que estamos, agora, controlando o mesmo Eikon que assassinou impiedosamente a Fênix. No fim, entre membros arrancados, banhos de sangue e queimaduras, a luta termina com a trágica morte de Benedikta.

7 - Eikon de Fogo

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O surgimento do segundo Eikon de fogo, Ifrit, e seu duelo contra a Fênix são o estopim dos eventos que movem a trama de Final Fantasy XVI, ao ponto deste momento ser a logotipo do jogo. Logo no primeiro minuto, temos um presságio deste embate, mas mesmo com toda informação em torno do seu desfecho, nunca poderíamos imaginar como ele aconteceria.

Com a invasão de Sanbreque ao Portão da Fênix, os planos de Rosaria tomam um rumo inesperado, e a morte de Elwin induzem a transformação de Joshua, mas sem muito controle sobre os poderes da Fênix. No entanto, seu despertar também liberta Ifrit após Clive avistar um misterioso homem de capuz. Uma luta direta entre ambas as criaturas se inicia, com Phoenix empurrando Ifrit para o subsolo de Rosaria.

Esse confronto se destaca por não apenas ser um dos poucos momentos onde não controlamos Clive, como também por apostar em uma mudança de gameplay para um shooter, onde precisamos mirar em Ifrit para acertá-lo com projéteis enquanto desviamos de seus saltos e avanços, visto que ele não sabe voar. Essa mudança de ritmo remete outro jogo da Square Enix onde elementos de RPG de Ação foram mesclados com métodos distintos de gameplay em certas sequências, NieR: Automata.

A resolução crescente de Joshua em meio ao perigo é notória. Seu desespero e medo logo se transformam em determinação de salvar Rosaria e seu povo diante de um problema maior, e enquanto não compreende como surgiu outro Eikon de Fogo, ele o percebe como uma ameaça contra Rosaria, da qual ele precisa lidar à qualquer custo para proteger seu povo.

Porém, Ifrit é poderoso demais e o duelo se transforma em um grotesco ato de violência explícita, capaz de chocar e revirar o estômago dos jogadores enquanto Joshua implora para Clive ajudá-lo. Uma vez presenciada, a morte da Fênix é impactante para o interlocutor e requer algum tempo para ser digerida enquanto nos imerge no quanto esse momento é traumático para Clive.

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6 - Hugo Kupka

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Há uma certa "beleza" em escrever e apresentar uma cena onde duas pessoas lutam apenas por quererem matar a outra - e esse é o centro do duelo entre Clive Rosfield e Hugo Kupka durante a invasão Dhalmekiana em Rosaria.

As desavenças entre os personagens começam muito antes deste momento fatídico, quando Hugo é induzido a acreditar que Cid assassinou sua amada, Benedikta Harman, e despeja sua ira contra o Esconderijo, destruindo-o e matando dezenas de pessoas no processo. Cinco anos se passam, mesmo diante da dificuldade de encontrar um novo lar, Clive e os outros conseguem manter o legado de Cidolfus vivo ao ponto do protagonista assumir seu nome e identidade pública, para a insatisfação de Hugo, que decide eliminar também o homem que assumiu o papel de "Cid".

Kupka não mede esforços para conseguir alcançar seu arqui-inimigo, chegando ao ponto de se aliar com a mãe de Clive, Anabella Rosfield, vice-rainha do Império de Sanbreque com o qual Dhalmekia está em guerra pela invasão do Domínio Cristalino, para realizar uma invasão e emboscada no castelo de Rosalith, no coração de Rosaria.

Não satisfeito em enterrar o Esconderijo, Hugo utiliza a invasão à sua terra natal para atrair Clive e despertar sua ira, destruindo seu antigo lar, o legado de sua família, além da tentativa de executar Jill diante de seus olhos. Seu último ato de insulto é dentro do castelo, onde Hugo destrói o trono de pedra com suas próprias mãos, mas a fúria se volta contra ele quando o protagonista revela que foi ele, e não Cid, quem assassinou Benedikta - garantindo, para ambos, a oportunidade de vingar-se pelas coisas que um tomou do outro.

A batalha contra Hugo se desenvolve em dois estágios, com a primeira sendo uma introdução às habilidades do adversário e um meio excelente de se adaptar para atacá-lo, visto que os poderes de Titan lhe garantem uma excelente resistência sem abdicar da velocidade, além da capacidade de Hugo de se defender e contra-atacar os golpes de Clive.

As coisas ficam mais sérias quando ambos caem para o subsolo do castelo, um terreno perfeito para o dominante do Titan, envolto de terra e areia. Hugo, logo, utiliza ataques com áreas de efeito maiores e impactos mais duradouros enquanto garante a mesma resistência aos ataques de Clive que constatamos na fase anterior.

Com um pouco de persistência e habituação com as defesas do adversário, jogadores podem superar o desafio deste duelo épico e acompanhar seu desfecho, onde Clive absorve os poderes do Titan, e antes que Hugo pudesse finalizá-lo, o herói reage com um rápido ataque de sua espada, decepando as mãos do seu inimigo.

5 - L3 + R3 para Aceitar a Verdade

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"L3 + R3 para Aceitar a Verdade" é o apelido dado para a sequência onde Clive retorna para o Portão da Fênix e chega até os confins da ruína dos Caídos e confronta sua própria consciência para aceitar sua identidade como o Dominante do Ifrit, e sua responsabilidade como a pessoa quem "assassinou" Joshua.

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Após a primeira passagem de tempo, Clive é marcado pelo trauma da Queda de Rosaria. Durante 13 anos, o protagonista ansiou pela oportunidade de se vingar do segundo Dominante do fogo, e agarrou aessa oportunidade no momento em que se libertou das amarras de Sanbreque e reencontrou Jill e Torgal. Sua jornada inteira até a batalha contra Benedikta girou em torno de achar esse Dominante, só para descobrir que, na verdade, ele é o Ifrit.

Essa descoberta choca Clive e arranca sua motivação em estar vivo. Não fosse o apoio de outros personagens, como Cid, Gav, Jill e Torgal, ele teria desistido de buscar a verdade muito antes de descobrir os verdadeiros eventos por trás daquela noite. Em vários momentos, Clive dá indícios de como seu fracasso em proteger Joshua é um ponto inerente da sua personalidade, e ao ser confrontado com a verdade, ele toma a coragem necessária para aceitar sua identidade.

O embate do herói com sua "sombra" é um dos momentos mais marcantes de Final Fantasy XVI e um dos pontos altos do desenvolvimento de Clive na trama, com a famosa cena onde o jogador precisa apertar os botões L3 e R3 simultaneamente para Clive aceitar a verdade e utilizar os poderes de Ifrit para vencer a batalha.

4 - Barnabas & Odin

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O rei de Waloed, Barnabas Tharmr, é conhecido em Valisthea pela sua maestria na arte da guerra e no combate com espadas ao ponto de dominar todo o continente de Ash com seu exército durante a guerra contra os Orcs. Logo, era esperado que sua maestria com a lâmina fosse muito superior à de Clive - como comprovado no primeiro embate entre ambos logo após o herói derrotar Habard, em Kanver, e também no mar de Ash, onde os poderes da lâmina de Odin foram tão poderosos ao ponto de cortar o oceano ao meio.

Clive requer amadurecimento e mais poder para enfrentar Barnabas em pé de igualdade, e o fato deste embate ser bem mais voltada para a luta corpo a corpo do que nas suas transformações de Eikons - essas ficam com as partes cinemáticas - é um exemplo de como o herói consegue superá-lo em seu próprio domínio.

O duelo entre os dois representa, também, um confronto de ideais entre a crença de Barnabas sobre como a humanidade deveria abdicar da sua força de vontade e consciência para "deus", enquanto Clive acredita em um mundo onde todos devem ser livres para viver sob seus próprios termos - enquanto desferem golpes um contra o outro, ambos também estão se contrapondo ao ideal de sociedade do outro.

Há uma certa ironia nesse debate: Barnabas é o devoto mais leal de Ultima, ao ponto de abdicar da sua própria vida e vontade. Em nome do seu deus, ele foi o agente ativo que orquestrou diversos eventos para Clive confrontar os outros Dominantes, e seu duelo possui o singelo propósito de avaliar se Mythos é um receptáculo digno do seu mestre - razão pela qual ele não matou o herói quando teve a oportunidade nas demais ocasiões. No entanto, no terceiro estágio da batalha, Barnabas volta a sentir o prazer de enfrentar um adversário e se recusa a abdicar dessa felicidade. Ele comprova, com sua própria experiência, haver emoções dignas de se ter quando retemos nossa humanidade.

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Barnabas é considerado um dos chefes mais difíceis, ou o mais difícil, de Final Fantasy XVI. Há uma dúzia de fatores capazes de tornar desse combate um grande desafio em todos os seus estágios, pois os ataques dele são difíceis de desviar e requerem padrões distintos de defesas, além de causarem dano arbitrário.

Não fosse suficiente, Barnabas é muito eficiente em se defender, ou em ignorar ataques para continuar lutando, o que força o combate em torno das ações dele, longe do ritmo frenético com o qual estamos acostumados contra inimigos comuns.

Enquanto não é tão chamativo quanto os chefes do nosso Top 3, Barnabas certamente merece seu espaço na quarta posição por oferecer uma excelente narrativa de combate ao lado de um grande desafio de gameplay.

3 - Ultimalius

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Com tantos inimigos e batalhas incríveis, é impossível não criar altas expectativas sobre o último chefe de Final Fantasy XVI - e ele corresponde ao esperado: Ultima é uma força reconhecível. Apesar da sua derrota na Fenda Interdimensional, o surgimento da Origem é a prova de que o vilão está pronto para executar seu plano de renascença, e quando Clive, Joshua e Dion se dirigem para a enorme torre de cristal nos céus, não restam dúvidas de que eles estão indo em direção ao confronto final.

O embate contra Ultima é a única no jogo com quatro estágios. A primeira funciona como uma cutscene interativa onde Ifrit, Fênix e Bahamut unem forças para enfrentar o vilão. Mas conforme ataques são desferidos, fica claro que Ultima, mesmo em seu corpo incompleto, é forte demais para o trio e consegue derrotá-los com facilidade. Enquanto não existe um desafio "real" nessa sequência, ela ajuda em estabelecer o senso de perigo e urgência presente nos demais estágios.

O verdadeiro confronto começa conforme Ultima se reúne com seus outros corpos e assume sua forma verdadeira: Ultimalius, em um primeiro estágio onde o vilão usa magicas poderosas e icônicas da franquia, como Holy, Flare e Meteor, para enfraquecer seu receptáculo. Conforme a luta se prolonga, fica claro que Clive está determinado em não se render ao destino que o vilão reservou para ele, e o senso de consciência do herói, na visão de Ultima, o corrompe e o transforma em Logos.

Recusando-se a aceitar que seu receptáculo perfeito está maculado, Ultimalius se transforma em sua forma de Eikon, onde rompe as paredes dimensionais para enfrentar Ifrit em um cenário incrível e com uma cadência de ataques poderosos, com raios, teletransportes, esferas de energia e timers muito punitivos que tornam dessa forma a mais desafiadora entre todas as fases, e um dos chefes mais difíceis do jogo.

O melhor momento, no entanto, é reservado para o fim: em sua terceira forma, o vilão utiliza os mesmos poderes dos Eikons absorvidos por Clive contra o protagonista. Numa culminação de tudo o que o herói alcançou até este momento, Clive revida os ataques de Ultima com os Eikons de mesmo elemento enquanto escuta o suporte de seus amigos e aliados. Como Logos, Clive que a humanidade transcendeu e evoluiu ao ponto de não precisar mais servir a um deus para existir.

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Após superar Ultimalius com seus Eikons, Clive lança sua espada em direção ao seu inimigo, atravessando-o enquanto nos agracia com um dos jeitos mais satisfatórios de derrotar um chefe final na história dos videogames: com um belíssimo soco na cara.

2 - Titan

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As altas expectativas com o chefão final de Final Fantasy XVI precisaram de um ponto de partida, e esse ponto começou com Titan.

Após sua derrota onde perdeu até as suas mãos, Hugo Kupka sucumbe à loucura e se torna uma presa fácil para as maquinações de Habard, que o convence a ir até o Cristal de Dhalmekia para obter o poder necessário para derrotar seu arqui-inimigo.

Ao chegar na câmara, Clive se depara com Hugo e uma ilusão de Benedikta criada pelo cristal, onde sua ira faz com que o éter ao redor cure seus braços enquanto ele se transforma em Titan. Clive, pela primeira vez, consegue se transformar voluntariamente em Ifrit, dando início ao confronto no subsolo de Dhalmekia, onde Titan arremessa rochas e demonstra sua velocidade no combate corpo a corpo, apesar da sua estatura.

O destaque fica para sua segunda fase, após Kupka se alimentar dos cristais ao redor de ambos para amplificar o poder do seu éter. Do tamanho de uma montanha, Titan Lost ganha tentáculos em uma forma ameaçadora, cuja transformação lança Ifrit a quilômetros de distância e inicia uma sequência onde se comprova o potencial da nova geração de videogames, com uma batalha em múltiplos estágios em que Ifrit corre em direção ao seu inimigo enquanto desvia e atira em obstáculos, escala seu corpo, o enfrenta do topo de uma plataforma e chega até o céu, onde desce com um dos tentáculos espinhosos de Titan em direção à cabeça do Eikon para finalizá-lo.

Enquanto cai para dentro do corpo da criatura, Ifrit é atacado pela versão menor de Titan no terceiro estágio, onde uma disputa de troca de socos com seu adversário termina com a destruição do Cristal-Máter de Dhalmekia e a derrota de Hugo, agora morto e transformado em pó pelo excesso de éter que ele utilizou, dando, enfim, o merecido descanso para a memória de Cid e tantos outros que perderam suas vidas no ataque ao antigo Esconderijo.

Memorável ao ponto de deixar os interlocutores boquiabertos, a luta contra Titan é um espetáculo visual à parte e contou com o suporte da Platinum Games, desenvolvedora que trabalhou em conjunto com a Square Enix para lançar NieR: Automata, sendo o chefe mais comentado de Final Fantasy XVI nas mídias sociais.

1 - Bahamut

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Final Fantasy XVI consegue elevar ainda mais os padrões de chefes na franquia com os eventos em torno do Domínio Cristalino, onde Clive, Jill e Torgal se preparam para destruir seu Cristal enquanto os Dragões de Sanbreque, comandados por Dion Lesarge, iniciam um golpe de estado para retirar Anabella Rosflied e seu filho, Olivier Lesarge, do poder.

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Este é, também, o momento onde Clive finalmente reencontra Joshua quando ele assume a forma da Fênix para impedir Bahamut de destruir a cidade. Enquanto tenta se comunicar com seu irmão e enfrenta os asseclas de Ultima no meio do caminho, Clive têm a oportunidade de confrontar sua mãe, Anabella, sobre sua traição em Rosaria quando a encontra escondida em um dos prédios.

A reunião catártica entre os irmãos ocorre no campo de batalha, onde Clive reafirma seu título de Escudo de Rosaria e protege seu irmão caído de um ataque de Bahamut enquanto se transforma em Ifrit, iniciando um embate de múltiplos estágios. Tal como Titan, Bahamut apresenta um espetáculo visual a parte, com diversas mudanças de cenário e gameplay enquanto o jogador alterna entre controlar Ifrit e Phoenix, incluso alguns momentos onde eles trabalham em conjunto para derrotá-lo.

Uma camada extra de emoção e impacto visual é adicionada quando os irmãos Rosfield se unem para formar um único Eikon de fogo e voam até o espaço sideral para enfrentar Bahamut sob o intenso violino da canção "Ascension", onde o dragão possui um arsenal de lasers, satélites e outros ataques poderosos que o tornam um inimigo desafiador.

Com quase uma hora de duração, a mescla entre um combate épico, a tão aguardada reunião dos irmãos Rosfield e o maior destaque para Dion, um dos personagens mais amados pelos fãs, além do inesperado desfecho para Anabella, Bahamut se destaca como o melhor e mais memorável chefe de Final Fantasy XVI, e o desenrolar destes eventos são essenciais para a trama e, também, para o desenvolvimento pessoal de Dion até o fim do jogo.

Conclusão

Isso é tudo por hoje.

Final Fantasy XVI certamente se solidificou na série com o título com as batalhas de larga escala mais épicas da franquia, e os jogos futuros terão um grande desafio em superá-lo neste quesito!

Com a expansão The Rising Tide, prevista para sair em 2024, essa longa lista de confrontos pode se expandir ainda mais com o duelo entre Ifrit e o misterioso Leviathan, o Eikon perdido.

Obrigado pela leitura!