Magic: the Gathering

Deck Guide

Jogando contra a Rainha do Pauper: Dimir Faeries

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Se Faeries é o melhor deck do Pauper, quais estratégias podemos utilizar para explorar suas fraquezas e quais decks melhor representam os meios de explorá-las?

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revised by Tabata Marques

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Em meu último artigo sobre Pauper, escrevi sobre como decks como Faeries sempre serão o melhor deck do formatolink outside website e o que isso significa para o Pauper, explicando como decks de Turbo Xerox tendem a ser mais eficientes em Magic: The Gathering por conta da sua composição que permite um maior acesso aos cards necessários, quando necessários, trazendo também uma maior flexibilidade entre splits de cards e diversos outros pontos que tornam do Faeries a melhor opção no formato quando seu Metagame está equilibrado, além de também explicar como o fato de existir um “melhor deck” não significa necessariamente um formato ruim, pouco saudável ou até quebrado.

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Mas se Faeries é o melhor deck do formato, e isso não o torna o deck opressor, deve haver meios de obter uma partida positiva contra ele, caso contrário ele estaria polarizando o formato, não é mesmo?

Bom, tecnicamente sim, Faeries possui matchups em que ele é favorecido e outras onde o deck se encontra em desvantagem. Porém, é importante ressaltar novamente que Magic é um jogo de variância e recursos, e o que decks como Faeries procuram obter é a capacidade de mitigar a variância ao decorrer dos jogos ao utilizar Cantrips e outros meios de ter acesso a mais cards pelo menos custo o possível, virtualmente vendo mais cartas ao decorrer da partida.

Por conta disso, mesmo um deck inteiramente preparado para obter uma partida positiva contra Faeries ou até mesmo devorá-lo por completo podem ter partidas onde Faeries se sai vitorioso porque a variância foi mais punitiva para o outro jogador.

Porém, ainda existem partidas que podem ser um pesadelo para os decks de Turbo Xerox, e neste artigo veremos como estas partidas podem ser refletidas no contexto do Pauper, além de analisar outros meios de derrotar a rainha do formato, e apesar dosTurbo Xerox serem comumente o melhor deck dos formatos competitivos, eles possuem algumas fraquezas naturais recorrentes na maioria de suas composições, mas que nem todas são encontradas no Faeries na mesma proporção, ou que nos faltam alguns elementos para tornar possível realizá-los dentro do formato, como, por exemplo, a ausência de efeitos de taxing, como fazem com Thalia, Guardian of Thraben ou de meios de criar locks contra sua base, como fazem com Chalice of the Void.

Apesar disso outras opções são possíveis no Pauper, e inclusive possuem um histórico de serem relativamente bem úteis contra Faeries e outros Tempo decks, e estarei categorizando-as com base em como estas estratégias podem funcionar, além de citar também alguns pontos que funcionam particularmente bem no caso do Faeries, ao invés de num contexto geral dos decks de Turbo Xerox.

Jogue por Cima

Uma das fraquezas do Turbo Xerox inclui não conseguir responder a todas as ameaças que o oponente utiliza, essencialmente porque cada um dos cards que entrar em jogo será uma ameaça muito grande para o oponente conseguir resolver, e onde literalmente qualquer uma que ficar em jogo poderá ganhar a partida por conta própria.

Exemplos de decks assim em outros formatos costumam ser arquétipos como Eldrazi Tron no Modern ou o Cloudpost no Legacy, onde literalmente qualquer ameaça que permanecer em jogo será um problema para o deck porque são permanentes de alto impacto e onde literalmente qualquer uma que permanecer em jogo exigirá que o Faeries procure uma resposta quanto antes ou possivelmente perderá o jogo em poucos turnos.

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No atual contexto do Pauper, um dos principais arquétipos que consegue jogar múltiplas ameaças impactantes, e onde qualquer uma que permanecer em jogo será um problema é o Affinity, mesmo após o banimento de Sojourner’s Companion.

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O Affinity é um deck extremamente bem estruturado para que todas as suas permanentes tenham um alto impacto na mesa e sejam ameaças que precisam ser respondidas em poucos turnos ou levarão o jogo por conta própria, em especial o trio de criaturas Myr Enforcer, Gearseeker Serpent e Atog, que também força o oponente a sempre vigiar a possibilidade de interações com Fling ou com múltiplas cópias de Disciple of The Vault

Uma das principais vantagens do Affinity hoje também encontra-se em sua resiliência em manter uma mão cheia e estender o jogo mesmo em situações desfavoráveis, com Deadly Dispute e Thoughtcast rapidamente repondo a mão do arquétipo enquanto Makeshift Munitions adiciona não apenas um removal recorrente como outro meio de interação com Disciple of the Vault que pode fechar o jogo em poucas ativações.

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Os decks de Cascade também conseguem jogar “por cima” do Faeries ao utilizar uma infinidade de efeitos de 2-por-1 em criaturas de alto impacto, como Annoyed Altisaur e Boarding Party, mas também em seus drops de custo mais baixo, como Owlbear e Crimson Fleet Commodore, ameaças evasivas que trocam favoravelmente com uma parcela significativa do deck do oponente, o que essencialmente simboliza que qualquer criatura que ficar em jogo será um problema.

Outro ponto importante desta estratégia é que, com uma curva de ameaças que se inicia no custo 4 e vai até o custo 7, o Jund Cascade consegue facilmente fugir de Spellstutter Sprite, o card que constantemente oferece as maiores Tempo plays que o Faeries possui e que, como mencionei no artigo anterior, funciona como o pilar do arquétipo.

E a habilidade de Cascade também favorece um segundo ponto que é muito relevante para se ter uma vantagem contra estes arquétipos.

Obtenha mais valor do que o oponente

Apesar de Tempo decks terem a vantagem de ter acesso a mais cartas ao decorrer do jogo por conta das cantrips e manipulação de topo, estes efeitos ainda são trocas de 1-por-1 na mão do jogador e não costumam oferecer efeitos de card advantage, o que significa tecnicamente que haverá uma desvantagem se for preciso trocar recursos constantemente com o oponente e sua mão pode ficar vazia mais rápido e, logo, é possível efetuar um plano de atrito que seja bem mais efetivo e force mais trocas desfavoráveis, potencialmente esvaziando os recursos do oponente enquanto mantém os seus.

Normalmente, para mitigar este problema, as listas recorrem a meios de obter algum card advantage ao decorrer da partida. Exemplos pontuais disso são o agora banido Dreadhorde Arcanist no Izzet Delver do Legacy, Snapcaster Mage e Kolaghan’s Command no antigo Grixis Shadow, e Ragavan, Nimble Pilferer atualmente.

No caso do Faeries, as engines de card advantage são Ninja of the Deep Hours e Thorn of the Black Rose, que oferecem uma reposição recorrente de mão nas condições certas, mas o restante do deck é focado em gerar trocas de 1-por-1.

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Portanto, um deck como o Jund Cascade, onde todos os cards geram efeitos de 2-por-1 e onde a própria mecânica de Cascade costuma garantir que, ao menos, um dos efeitos que você obter quando conjurar a mágica será resolvido (a menos que o oponente utilize Lose Focus, algo que não tem sido comum nas últimas semanas), e podem se duplicar rapidamente quando você utiliza cards como Reaping the Graves ou Pulse of Murasa.

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Um deck que surgiu na última semana e é um bom exemplo de lista cuja engine de valor pode ser alto demais para o Faeries lidarem é o Rakdos Metalcraft, elaborado pelo jogador AdeptoTerra, que tira proveito de uma série de interações:

Ichor Wellspring com Deadly Dispute é essencialmente um Ancestral Recall, Ardent Elementalist com Reaping the Graves pode gerar muitos efeitos de 2-por-1 ou maior, e a interação de Cleansing Wildfire e Geomancer’s Gambit com os terrenos de Modern Horizons II já é conhecido como um dos atuais pilares do formato.

Adicione isso a um clock muito eficiente entre Boarding Party e Bleak Coven Vampires e você possui a mistura certa para conseguir obter mais valor que o Faeries por tempo o suficiente para ganhar o jogo.

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Outro deck que consegue realizar esta mesma estratégia é o Orzhov Pestilence, especialmente as versões mais interativas que utilizam mais ameaças, principalmente porque Pestilence é um card absurdo contra Faeries, e somado ao pacote de Kor Skyfisher com Omen of the Dead e uma infinidade de efeitos de ETB poderosos, somado também a uma ameaça difícil de responder com Guardian of the Guildpact, cria os elementos necessários para controlar o jogo, acumular mais valor do que o oponente e estabelecer uma pressão contra o oponente.

Jogue por baixo

Outra maneira de se ganhar dos Tempo decks é procurar tirar proveito do setup inicial que o arquétipo costuma realizar com suas cantrips ou com suas criaturas para fazer jogadas mais ágeis que estabelecem a pressão no jogo ainda nos primeiros turnos, criando dificuldades para que o jogador consiga responder a tudo o que o oponente jogou porque as trocas de 1-por-1 não são o suficiente para acompanhar o ritmo já estabelecido no jogo.

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Eu costumava mencionar o Stompy nesta categoria, mas Snuff Out é uma carta devastadora contra o Stompy, além do arquétipo também estar numa péssima posição no formato atualmente porque o Affinity é o melhor deck agressivo do formato, e o Stompy não possui os meios necessários e consistentes para lidar com criaturas maiores, além de não conseguir acompanhar o fluxo de card advantage do arquétipo.

Porém, existe um ponto relevante que considero necessário ressaltar: apesar de considerá-lo um “Aggro melhor” do que o Stompy e o deck de fato definir o clock do formato em muitas partidas, particularmente não consigo encaixar o Affinity nesta categoria porque o arquétipo não funciona mais sob a premissa de fazer múltiplas criaturas rapidamente, e hoje trabalha muito melhor em grindar jogos e obter inevitabilidade com suas mágicas e criaturas ao invés de tentar ir para a race contra oponentes despreparados, e seus primeiros turnos comumente envolvem realizar algum setup ao invés de jogar uma ameaça seguida de outra.

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Ao invés disso, existem dois decks que acredito se encaixarem melhor nesta categoria de “jogar por baixo” do Faeries atualmente.

Um deles, o Elves, consegue estabelecer a pressão pela quantidade de ameaças que ele faz em poucos turnos.

Um mana dork no turno 1 comumente significará mais duas criaturas no turno 2, que podem significar uma infinidade de outras nos turnos posteriores, e as remoções do oponente precisam ser direcionadas às ameaças mais importantes, como Priest of Titania, Timberwatch Elf, Wellwisher ou Lys Alana Huntmaster já que são os cards que abrem brechas para as jogadas mais explosivas ou atrasam demais o plano de jogo do oponente.

O Elves também possui a capacidade de repor sua mão rapidamente com cards que o Faeries precisa responder para acompanhar, como Lead the Stampede e Distant Melody, fora a necessidade de também lidar com Spidersilk Armor que, se entrar em jogo, torna da partida ainda mais complicada.

Logo, são cartas demais que o Faeries precisa vigiar enquanto acelera seu plano de jogo enquanto, inclusive, algumas de suas principais ameaças são invalidadas pelos bloqueadores no chão.

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Particularmente, decks de goldfishing (ou seja, que não costumam interagir com o oponente e focam demais no próprio plano de jogo) são muito ruins contra Tempo decks, especialmente Faeries, onde comumente Spellstutter Sprite pode responder às principais mágicas utilizadas, mas estou dando um espaço de exceção ao Bogles pelos seus resultados nas últimas semanas, apesar de crer que isso tem muito mais a ver com a formação do resto do Metagame.

O Bogles possui uma vantagem de que suas ameaças são difíceis de matar sem o preparo certo, que comumente envolve Chainer’s Edict, um card ruim contra vários arquétipos utilizados hoje, e, portanto, pode servir como um bom Meta Call, especialmente em jogos onde as jogadas iniciais do Faeries envolvem lands viradas e/ou o não-uso de Spellstutter Sprite, além de um uso muito consciente do jogador de seus recursos, já que o arquétipo não costuma ter meios de repor a mão durante a partida, e as probabilidades não são boas contra o Faeries.

Jogue com Makeshift Munitions

Uma das maiores fraquezas que alguns Tempo decks possuem é uma densidade muito baixa de ameaças e, mesmo que uma delas por conta própria pudesse ganhar o jogo, uma lista muito disruptiva, com uma quantidade maior de disrupções e remoções poderia ser uma partida ruim porque, caso uma de suas ameaças fosse morta, você teria dificuldades em encontrar outra e garantir que ela não fosse removida.

Um exemplo que sofre com este problema é o Dimir Delver, e o principal motivo do arquétipo estar sendo ofuscado hoje pelas versões de Faeries é que não apenas Delver of Secrets é facilmente resolvido atualmente, como ele não consegue acompanhar a densidade de interações e removals utilizados pelos demais decks do formato já que esta é o principal meio de interação do Pauper.

O Faeries, no entanto, consegue mitigar este “dano” de duas maneiras: A primeira é que a maioria das suas criaturas já possuem um impacto imediato quando entram em jogo, o que significa que elas já extraem algum valor para o seu controlador quando entram na mesa, e exceto por Ninja of the Deep Hours e Gurmag Angler, a maioria das criaturas do deck não são muito impactantes como ameaças, o que tecnicamente desvaloriza muito os removals pontuais do oponente, já que um Lightning Bolt numa Faerie Seer no meio de uma partida provavelmente é menos atrativo do que seria numa ameaça de maior impacto ou que estabelece um clock maior.

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Por conta disso, é comum que as melhores remoções contra Faeries sejam aquelas que oferecem, pelo menos, um 2-por-1.

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Estas cartas permitem ao jogador mitigar o efeito de 2-por-1 que as criaturas do Faeries costumam criar ao lidar com mais de uma ameaça com apenas uma carta, mas elas possuem uma fraqueza muito relevante no atual cenário do Pauper: Elas são cartas comumente ruins contra os demais arquétipos do formato e, por consequência, não costumam ser boas opções de maindeck, nem mesmo quando possuem um valor agregado como o Cycling de Suffocating Fumes ou quando são mais abrangentes como removal como Fiery Cannonade.

A menos que você esteja jogando com outro deck que tenha facilidade em esculpir a mão (o que comumente implicará que você está jogando de Faeries) e possa preparar o terreno para que estes cards sejam efetivos o suficiente no momento certo, muitas vezes estes cards podem ser um topdeck ruim.

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O Boros Bully é um exemplo de onde estas opções podem ser interessantes porque você possui meios de “rotacionar” sua mão com cards como Faithless Looting, essencialmente filtrando seus draws ruins.

Além disso, o Boros Bully sempre foi um bom predador de Faeries por conta de como suas ameaças são naturalmente boas em lidar com um exército de criaturas voadoras, podendo então deixar seus removals para cards pontuais enquanto o Flashback de suas mágicas criam diversas situações de 2-por-1, mas perde sua efetividade conforme a quantidade de Suffocating Fumes e Echoing Decay ou Echoing Truth utilizados no formato aumenta, além de estar mal-posicionado contra outros principais competidores do formato, como Jund Cascade, Affinity e Bogles.

Porém, fora de situações pontuais ou listas específicas, muitos dos removals direcionados ao Faeries que poderíamos utilizar no formato são muito condicionais para querermos muitas cópias deles, especialmente se eles não trabalham favoravelmente dentro de outras partidas ou como cartas individuais.

Porém, desde antes de Modern Horizons II, um card tem ganho espaço e relevância no formato por conta das suas interações e, nas últimas semanas, aparece em mais listas e em mais arquétipos dentre as listas que obtiveram bons resultados nos eventos competitivos por conta de ser uma engine extremamente interativa contra Faeries que também interage incrivelmente bem com determinadas estratégias:

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Makeshift Munitions, nos decks certos, é uma metralhadora contra Faeries que não possui limitações quanto à sua utilidade fora deste contexto, podendo servir inclusive como um dano recorrente quando necessário, enquanto interage incrivelmente bem com o plano de jogo dos decks que procuram abusar de seu efeito, como Affinity com Disciple of the Vault, ou no Moggwarts onde serve como parte das engines de combo.

Este card em particular possui uma série de vantagens contra Faeries: É um efeito recorrente, é uma permanente que não é uma criatura (portanto, mais difícil de interagir fora de counterspells ou cards pontuais como Echoing Truth), e inutiliza permanentemente qualquer removal que possam utilizar ao responder sacrificando o alvo da mágica para acelerar o seu clock ou para causar dano a uma criatura do oponente, isso tudo além de ter algumas interações absurdas com inclusões como Ichor Wellspring e outros efeitos desencadeados.

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Apesar de tudo o que mencionei neste artigo, o fato de estarmos vendo cada vez mais listas utilizando de Makeshift Munitions e fazendo bons resultados comprova como ter uma “metralhadora” recorrente contra Faeries que também serve como engine e wincondition parece ser o caminho certo para lidar com pequenas criaturas sem dedicar slots mortos a isso.

Logo, creio que atualmente, a melhor forma de lidar com Faeries envolva utilizar deste card a seu favor, tal como fazem com cards como Chalice of the Void em outros formatos.

Jogue com o melhor deck

Ou, é claro, você pode apenas optar por jogar com o melhor deck do formato, que possui uma match bem equilibrada contra si mesmo.

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Existe um ditado popular de que, enquanto o Dimir Faeries é o melhor deck contra o Metagame do Pauper, o Izzet Faeries é a melhor versão na mirror match por utilizar cards como Pyroblast e removals mais eficientes em custo como Lightning Bolt e Skred, tecnicamente obtendo mais cards que respondem bem à estratégia do oponente e suas ameaças.

Na realidade, a mirror de Faeries costuma ser uma partida trabalhosa para ambos os jogadores, e que comumente é definida por quem utiliza melhor seus recursos e quem consegue manter a melhor ameaça na mesa, ou a maior quantidade de ameaças na mesa.

A definição de agressor na partida é constantemente alterada de acordo com como ambos os jogadores compram cards e esculpem suas mãos, e quem obtiver as melhores respostas costumam ser o vencedor da partida.

No lado do Izzet, temos o uso responsável de cards como Pyroblast no sideboard e um uso melhor dos recursos de mana com removals mais baratos, Lightning Bolt e Skred, além de alguns cards importantes e pontuais em slots flexíveis como Fire // Ice, além de outras opções que podem entrar no sideboard como Stormbound Geist e Fiery Cannonade.

No lado do Dimir, temos uma ameaça difícil das cores Izzet responder com Gurmag Angler, um recurso de card advantage que não é anulado pelos Pyroblasts com Thorn of the Black Rose (o que é importante, dado que o Izzet comumente utiliza Crimson Fleet Commodore para obter o Monarca, que pode ser respondido com Hydroblast), além de acesso a efeitos disruptivos importantes como Duress e Okiba Gang-Shinobi e, por fim, o uso de um sweeper de maindeck com Suffocating Fumes.

Portanto, a escolha entre Dimir ou Izzet não é uma escolha simples e pode depender muito do entorno do resto do formato ou do quanto você realmente deseja se dedicar a esta partida em particular, mas tenha em mente que ambas as versões são consistentemente boas contra boa parte do restante do formato, cada uma com suas vantagens ou desvantagens.

O que eu evitaria contra Faeries

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Decks de goldfishing que não sejam Bogles pelos motivos já mencionados: Faeries e Tempo decks, em geral, são muito bons em lidar com decks que não jogam o jogo interativo porque são justamente o deck que força o jogo interativo.

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Não significa que você não vai ganhar de Faeries com seu Burn, e inclusive é uma opção muito válida pelos free wins que você pode obter ao jogar “por baixo” em mãos ruins do Faeries ou contra outros decks que não possuam meios de restaurar o clock imposto por você, mas muitos dos cards que o arquétipo utiliza são facilmente respondidos por cartas que comumente estão nas listas e sem muitas restrições, e a incapacidade de repor estes recursos posteriormente, como o Elves ou Moggwarts fazem, somado à quantidade de brechas de invalidar suas ameaças, onde o Bogles possui uma vantagem, não parecem pontos positivos ao analisar esta partida em particular.

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É completamente inútil você tentar responder a tudo o que seu oponente faz se você não possui meios eficientes de ganhar o jogo. Portanto, os “removal.deck” tendem a ser bem ruins nesse quesito.

É essencial que o seu deck possa estabelecer a pressão contra Faeries enquanto acumula card advantage ao decorrer da partida, pois, independentemente de quantas cartas a mais você tiver, ou quantos removals você der, o Faeries é um deck extremamente resiliente e um jogador experiente saberá quando realizar as jogadas de maneira efetiva contra um deck puramente Control.

O Pauper não possui ameaças que são insta-win para decks Control, como um Teferi, Hero of Dominaria somado a outros cards de grande impacto como Shark Typhoon e, portanto, apostar em ganhar o jogo com ameaças lineares como Serpentine Curve não costuma ser uma boa opção pela quantidade de tempo que você dá ao oponente para ele se estabilizar.

Conclusão

Esta foi minha análise dos meios em que podem ser possíveis obter alguma vantagem ou lidar com Faeries no Pauper de 2021.

Ressalto que, apesar de estas serem estratégias válidas, nem sempre elas serão o suficiente, pois, como mencionei anteriormente, não apenas o Faeries é um deck que possui um pacote de cantrips que aumenta significativamente a sua consistência em obter as respostas certas, como seus slots flexíveis podem ser adaptados conforme as necessidades do Metagame naquele momento em particular.

Portanto, o meio mais eficiente de lidar com Faeries também inclui compreender quando utilizar uma determinada estratégia a qual os jogadores provavelmente não estão preparados, dado que um crescimento exponencial de um arquétipo em específico numa semana fará com que mais jogadores utilizem seus slots para lidar com aqueles decks.

Olhando para o lado positivo, são poucos os arquétipos onde Faeries possui uma matchup muito positiva, tal como são poucas as matchups muito negativas, logo, a maioria dos jogos tende a ser partidas equilibradas onde a experiência de cada jogador pode contar muito além das estatísticas ou de táticas pontuais, a minha análise e dicas apresentados aqui apresentam apenas um ponto para onde podemos olhar as opções disponíveis para tentar encontrar a resposta certa no contexto certo.

No final das contas, Faeries continuará sendo o melhor deck do formato, e considero improvável haver meios de destroná-lo no atual momento do formato, mas podemos elaborar uma diversidade de arquétipos competitivos que conseguem obter bons resultados contra o arquétipo enquanto também funcionam bem contra uma parcela específica do Metagame, criando dessa maneira um formato diversificado, onde haver um melhor deck não significa ter um metagame polarizado.

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Obrigado pela leitura!