As prévias de Outlaws of Thunder Junction começaram na última terça-feira, com novidades sobre mecânicas novas, variantes e um gigantesco plot twist em sua lore, além de quatro símbolos de expansões distintos
, que tem causado dores de cabeça aos jogadores para saber o que é válido em cada formato.
Para o Pauper, a primeira grande novidade da edição foi o seu ciclo de terrenos, com o subtipo de Deserto e uma habilidade desencadeada já vista em Sunscorched Desert.
As Desert Lands ou Ping Lands são uma grande novidade para o formato com algum potencial para afetar o Metagame competitivo, e neste artigo, vamos avaliar seu impacto no Pauper e compará-las com as Life Lands de Khans of Tarkir.
Desert Lands no Pauper

As Desert Lands podem ser o ciclo mais importante que o Pauper recebeu desde as Bridges de Modern Horizons II. Enquanto o formato ainda carece de boas interações com seu subtipo - o que pode mudar com Outlaws of Thunder Junction - seu efeito de ETB cria algumas interações úteis e se identifica relativamente bem com a proposta do formato hoje de apostar em velocidade sobre resiliência.

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Sua comparação direta é com as Life Lands, staples conhecidas do formato e que permaneceram no topo do Metagame durante anos até que outros ciclos funcionassem melhor sob outras circunstâncias - hoje, as Life Lands são utilizadas majoritariamente no Boros Synthesizer, enquanto outros arquétipos optam por outros tipos pelas interações que possuem com cards como Snuff Out ou Lorien Revealed.

Isso coloca as Desert Lands em um espaço sensível, pelo menos enquanto não forem reveladas interações com desertos que sejam viáveis para o atual Metagame do Pauper.
Em Quais Decks usar as Desert Lands?
Apesar da clara desvantagem em “tipos de terrenos”, as Desert Lands são úteis para algumas estratégias mais específicas ou onde seu dano faz diferença significativa.
Rakdos Burn
O Rakdos Burn é uma das principais opções para o novo ciclo, dada sua interação com Skewer The Critics e Bounce Lands em um arquétipo cujo objetivo é causar a maior quantidade de dano possível no menor espaço de turnos.
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Com Jagged Barrens, podemos aumentar a quantidade de fontes de dano que temos e ainda recebemos o “bônus” de utilizar Skewer the Critics com mais consistência, apesar deste parecer um pouco redundante demais quando nossa lista não inclui Chain Lightning ou Bump in the Night.
Boros Synthesizer
O Boros Synthesizer é extremamente adaptável ao Metagame onde está inserido, migrando de posturas mais proativas ou reativas conforme muda o melhor deck.
Hoje, Wind-Scarred Crag parece melhor posicionado dada a predominância de arquétipos visando jogar “por baixo”, mas caso ocorram mudanças no Pauper que demandem ao deck ser mais agressivo com, por exemplo, um acréscimo de Seeker of the Way, é possível que o ponto de dano extra de Abraded Bluffs e sua interação com Kor Skyfisher compensem a vida extra, colocando-o em evidência no Metagame.

Por fim, a interação entre Ghostly Flicker com terrenos com efeitos de ETB, como Tranquil Cove teve seus momentos de glória no Pauper pré-Modern Horizons, e a adição de dano em um terreno dual pode trazer oportunidades novas com Ghostly Flicker, inclusive para um possível looping de dano arbitrário, apesar das peças necessárias para tal requererem muitas concessões de deckbuilding.
Azorius Familiars pode, inclusive, ter algum interesse neste ciclo pela possibilidade de acelerar seu clock com elas, dada as dificuldades deste arquétipo em fechar a partida uma vez que tenha estabilizado o jogo.Ad
Conclusão
As Desert Lands são, de fato, o ciclo de duais mais importante do Pauper desde as Bridges, mas isso não as torna uma opção melhor do que outras variantes já existentes no atual Metagame e o deixa em uma situação complicada e sensível.
Em alguns cenários ou arquétipos, ela pode ver mais jogo pela demanda em acelerar o clock ou pela ascensão de estratégias que se importam com suas mecânicas, mas no escopo geral do formato hoje, seu espaço está bem limitado.
Obrigado pela leitura!
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