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Chama o Juiz! Regras e interações diferentes de Modern Horizons 2

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Neste artigo, o juiz Antonio Faillace comenta algumas interações e regras interessantes/diferentes com a nova edição, Modern Horizons 2!

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revisado por Tabata Marques

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Olá, pessoal! Após falarmos de algumas comparações entre procedimentos para torneios físicos e digitais, nos próximos artigos aqui da coluna vou aproveitar a iminente chegada da nova edição, Modern Horizons 2, para discorrer sobre algumas regras interessantes que envolvem as cartas novas.

O objetivo aqui não é analisar a viabilidade/jogabilidade das cartas nos formatos do jogo, mas sim falar sobre interações e dúvidas que frequentemente surgem, especialmente quando tratamos de regras que não são tão intuitivas.

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Vamos lá!

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Vamos começar com uma interação que faz uso do bom sequenciamento/ordem de habilidades na pilha. A galera do Pauper provavelmente tem mais contato com isso, já que Mulldrifter e Ephemerate são velhos amigos do formato. Mas agora, com um ciclo inteiro de criaturas com a habilidade de Evoke que nem custam mana para conjurar, provavelmente teremos muito dessa interação no Modern também.

Basicamente, ao conjurar uma criatura pelo custo de evoke, quando ela entrar no campo irá para a pilha a habilidade mandando que você a sacrifique. Normalmente, essas criaturas também têm habilidades próprias quando entram no campo, então temos DUAS habilidades que vão para a pilha. E aqui vai o segredo: quem escolhe a ordem que elas irão acontecer é quem controla as habilidades, ou seja: a própria pessoa que a conjurou.

Ocorre que se você “blinka” a criatura antes que ela seja sacrificada pelo Evoke (usando uma carta como Ephemerate, Cloudshift, etc), quando a criatura entrar novamente no campo ela não estará mais “evocada”, e por isso ficará na mesa. A habilidade original no Evoke refere-se apenas à criatura quando entrou pela primeira vez, e por isso não irá afetar a “nova” criatura no campo. E sim, você ainda por cima ganhará mais uma instância da habilidade da própria criatura, por entrar no campo de batalha.

Mas qual diferença isso pode fazer? Olha, pode ser muita. Digamos que você quer conjurar o Grief e usar o Ephemerate, mas não sabe se o oponente tem ou não algum tipo de remoção em resposta. Você pode evocar o Grief, escolher resolver primeiro a habilidade de olhar a mão do oponente e descartar uma carta (enquanto isso, a habilidade do Evoke tá na pilha, esperando chegar a vez). Depois que você olhou a mão e confirmou que não tem nada pra você se preocupar (ou, se tem, você provavelmente tirou essa carta do oponente), aí sim ainda em resposta ao Evoke na pilha, você faz seu Ephemerate e “blinka” o Grief, tirando mais uma carta do oponente e mantendo um 3/2 na mesa!

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Eis uma carta que causou muito “rebuliço” quando foi spoilada, ainda mais por ter sido uma das primeiras cartas mostradas da edição. Não bastasse ser ao mesmo tempo um encantamento E um terreno (ou seja, coisas que afetam encantamentos, como um Naturalizar, vão interagir com a Urza’s Saga), a carta ainda toca numa mudança recente na terminologia das regras. Mas vamos por partes!

Primeiro, vamos lembrar que jogar a Urza’s Saga NÃO usa a pilha (afinal, é um terreno), NÃO aumenta seu storm count (afinal, é um terreno) e conta SIM como seu “land drop” do turno (afinal, é um… ah, vocês já entenderam). Percebam que o primeiro capítulo da Saga não dura até o fim do turno, ou seja, a Urza’s Saga vai manter a habilidade de gerar uma mana incolor ao longo dos turnos.

Uma interação interessante é da Urza's Saga com a Blood Moon. Pelas regras atuais, quando uma Blood Moon entra na mesa, quaisquer “Urza’s Saga's” na mesa vão se tornar por um breve momento Encantamento Terreno - Montanha… e por perderem as habilidades dos capítulos, são colocadas no cemitério como uma Ação Baseada em Estado (ou em inglês, “State-Based Effect”, ou SBA). De forma similar, se a Blood Moon já está na mesa e alguém joga uma Urza’s Saga, imediatamente a Saga irá para o cemitério.

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E por fim, vamos falar do capítulo III da Saga, que tem causado algumas confusões. Recentemente, houve uma mudança na nomenclatura do “custo de mana convertido”, que passou a se chamar “valor de mana”. Contudo, a Urza’s Saga NÃO interage com o valor de mana da carta em seu terceiro capítulo, e sim com o CUSTO de mana. Ou seja, o capítulo III vai te permitir buscar cartas como Bijuteria de Mishra ou Agulha Medular, mas NÃO vai permitir buscar cartas como terrenos artefato, Walking Ballista, Lotus Bloom e afins. Em resumo: a carta tem que ter o custo 0 ou 1 impresso, senão nada feito.

E uma última lembrança bacana: a habilidade de colocar marcadores na Saga só acontece no início da etapa principal, então antes do último capítulo acontecer (pois a Saga já terá sido sacrificada quando a habilidade do capítulo III for para a pilha), você pode (ainda na manutenção ou na fase de compra) adicionar/usar a mana incolor ou até mesmo fazer o construto!

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E para encerrar o artigo de hoje, vamos com uma mais “leve”: você já reparou que a habilidade do Sea Drake usa a palavra “alvo”? Diferente de algumas cartas, como por exemplo Kor Skyfisher, quando o Sea Drake entra no campo você TEM que apontar quais são os 2 terrenos que você devolverá para a sua mão.

Isso permite alguns truquezinhos, por exemplo: você pode dar alvo em duas fetchlands suas, e ainda em resposta à habilidade estourá-las para buscar terrenos. Como a habilidade tinha como alvo a fetchland que não está mais na mesa, nada vai acontecer, então, na prática, você acaba contornando o que seria a “desvantagem” do Sea Drake e fica com seus terrenos!

Finalizando

Começamos a “arranhar” a edição, mas não se preocupem! Na próxima semana teremos mais interações e regras interessantes de outras cartas. E se você tiver alguma interação bacana ou dúvida sobre as cartas de Modern Horizons 2, deixe nos comentários para eu poder responder!

Um abraço e até a próxima!