EDH: Top 5 Comandantes para Group Slug

Já produzi artigos de Commander para este site, falando de ideias, métodos e arquétipos muito usados nas mesas do mundo, quando bons amigos se unem para dividir histórias, jogadas e bons drinks. Sendo uma interação social, este formato é muito baseado nos bons momentos e na jornada de jogo.

Mesmo quando vamos para ambientes competitivos, Commander é uma grande agregação de valores, nas quais as experiências em cada partida o tornam cada vez mais convidativo. E, então, tem aqueles caras que só querem colocar fogo em tudo.

Já falamos aqui dos Top Comandantes para Group Hug, tática de jogo que usa efeitos que parecem simétricos para beneficiar os outros jogadores igualmente, e agora é hora de falarmos do Group Slug.

O que define o Group Slug é a capacidade de lesar igualmente os outros jogadores igualmente, mas diferente do Stax que se foca em uma estratégia que envolve aumento de custos e outras restrições, o Group Slug é focado na melhor remoção possível, a remoção de oponente.

Não o confunda com o Burn, e sim, o veja como uma alternativa diferente. O Group Slug usa de efeitos simétricos para prejudicar e varrer a mesa de todos os jogadores constantemente, complicando e piorando muito a qualidade da gameplay para outros jogadores.

Se você quer tornar sua tarde de jogo uma situação muito mais complicada e claustrofóbica, com cada passo de seus oponentes se assemelhando a um campo minado, trazemos para vocês os melhores comandantes de Group Slug!

Menção Honrosa — Sheoldred, the Apocalypse

Já irei começar com uma interessante digressão do convencional quando nos referimos a estratégia de Group Slug. Sheoldred, the Apocalypse quando misturada a cards como Howling Mine, Eldritch Pact e outras maquinações como Peer into the Abyss pode criar uma base bem consistente de Group Slug quando em campo. Cards como Underworld Dreams estão aí para punir ainda mais o Draw dos oponentes, e escalar cada vez mais o dano.

Infelizmente, a cor preta carece muito desse tipo de motor capaz de dar Draw igualmente para todos os envolvidos na mesa, e a necessidade de Sheoldred permanecer em campo para que seu principal efeito aconteça torna seu uso para esse tipo de estratégia um pouco frágil. Mesmo assim, talvez com futuros desenvolvimentos do jogo, novos cards e técnicas, ela não se torne a principal cara do estilo de jogo.

Menção Honrosa — Torbran, Thane of Red Fell

Torbran, Thane of Red Fell está aqui com um pouco de contra-gosto meu. Por um lado ele é sim um dos comandantes mais populares para o tema e muitos usuários de MonoRed gostam dele. Infelizmente, não é um card que me apetece como comandante, uma vez que imagino ele se encaixando bem nas 99 cartas de qualquer outro MonoRed.

Muito se fala na interação dele com Furnace of Rath e como apenas 1 de dano se tornam 6 quando eles estão em campo, mas, infelizmente de acordo com as regras do jogo, o jogador alvo do dano, ou dono do alvo, escolhe a ordem do dano nessa interação, diminuindo o potencial de Torbran.

Ele é, sim, um comandante bem agressivo e que se encaixa muito bem na estratégia, mas mesmo assim, seu encaixe em outros decks é de uma coesão absurda.

5 — Klothys, God of Destiny

Klothys, God of Destiny é uma escolha super interessante para o Slug. Não só seu efeito se encaixa bem com ela, como também é intensificado por Torbran e Furnace of Rath, além do verde permitir um grande número de Ramps e outras novidades, como Cindervines, Hurricane e Primal Order de modo que o jogo saia da melhor maneira possível para seu piloto.

Cards como Sulfuric Vortex, Overabundance e Rampaging Ferocidon também entram no deck, criando uma situação extremamente agressiva, algumas vezes em troca da sua habilidade de ganhar vida, digna de baralhos Gruul.

Klothys é provavelmente a menos testada deste artigo, por isso está um tanto baixo nas colocações, mas é digna sim de estudos e ponderações, uma vez que é capaz de surpreender a todos na mesa e a você.

Pessoalmente, essa é uma das escolhas que mais me apeteceu, talvez em uma build com muitas criaturas, enquanto uso de Ruric Thar, the Unbowed para minar grandes quantidades de vida do oponente, junto a cards de aumento de dano já mencionados e com outras opções, como Dictate of the Twin Gods. Utilizando dessas peças, Klothys, God of Destiny se comporta como uma grande comandante e trará muito para seu jogo.

4 — Zo-Zu, the Punisher

Zo-Zu, the Punisher faz exatamente aquilo que é uma das mais divertidas modalidades que podemos atingir através do Group Slug, a ideia de criar uma condição de “pedágio” que seus oponentes devem pagar ao realizar uma ação, nesse caso o de jogar terrenos, punindo oponentes por realizarem a mais costumeira das ações do jogo.

Usando cards como Manabarbs, Price of Progress e Citadel of Pain, os terrenos em jogo irão cada vez mais acumular problemas para os jogadores, se tornando uma espécie de IPTU cobrado na forma de pontos de vida. Cartas como Stoneshaker Shaman diminuirão os terrenos do oponente, em busca de deixá-los longe de uma postura em que não jogar terrenos se torna confortável, trazendo sempre a necessidade de receber mais dois de dano, que pode rapidamente se acumular na forma de outros cards, como nossa queridinha Furnace of Rath, por exemplo.

Quando o jogo é transformado em um estado calamitoso onde seus drops de land podem significar um alto dano, veremos rapidamente a partida se transformando em algo único e belo. Podemos, também, conseguir redundância de efeitos através do Ankh of Mishra.

Zo-Zu, the Punisher é simples, rápido e tem todo um mecanismo por trás, capaz de agitar muito suas partidas, seu efeito praticamente clama para ser colocado nesse tipo de baralho e é esse desejo que iremos cumprir a esse pequeno goblin pontudinho.

Você pode conferir um deck tech da versão Ponza com Zo-Zu aqui.

3 — Tergrid, God of Fright

Aqui temos uma comandante que me encantou desde o primeiro momento em que foi anunciada. Tergrid, God of Fright pode ser uma criatura para decks baseados em descartes e sacrifícios, mas se revela uma grande arma para Group Slug quando usamos de artifícios como Death Cloud, Smallpox ou Fraying Omnipotence, entre outros que integrem dano com as necessidades para o funcionamento da comandante.

Uma ideia interessante para aumentar as chances de vitória com ela, seria Tinybones, Trinket Thief causando copiosos 10 pontos de dano em cada oponente sem cards em suas mãos, acelerando o processo de vitória em cerca de 25% da vida de seus oponentes. Junji, the Midnight Sky é outra boa pedida, assim como qualquer card que dê dano globalmente junto com o sacrifício ou o descarte de cards do oponente, que é um artifício do qual não faltam opções entre as mágicas pretas.

Tergrid, God of Fright é uma opção gigante para seu Group Slug, uma vez que não usa o arsenal convencional que esses decks buscam, trazendo um Twist tanto para o comandante quanto para o arquétipo. Usar Monoblack sem nenhum traço de vermelho é ousado, mas é um mérito para ela, ao invés da já citada Sheoldred, the Apocalypse, que se frustra de não ter uma outra cor para a apoiar, fazendo de Tergrid uma ótima opção.

2 — Mogis, God of Slaughter

Se formos analisar friamente, Mogis, God of Slaughter utiliza das duas melhores cores para o Group Slug: vermelho para dano e preto para interditar o campo dos oponentes, com boas remoções e sacrifícios. Underworld Dreams, Spiteful Visions e Fate Unraveler se juntam ao deck ao lado de Dictate of the Twin Gods e outros cards já mencionados aqui, como por exemplo Manabarbs, Sulfuric Vortex e outros.

Quando construindo seu deck de Mogis, iremos visar a estratégia de descarte e sacrifício para criar um campo estático, e então descontaremos uma grande carga de dano nos oponentes. Além disso, Mogis, God of Slaughter é o primeiro comandante aqui que podemos destacar pelas suas qualidades físicas, 7/5 com indestrutível, capazes facilmente de decidir o jogo apenas nos ataques, uma vez que esse campo estático é alcançado, fazendo dele uma condição de vitória por si só.

Podemos utilizar cards como Loyal Subordinate e Bellowing Mauler no preto, auxiliando dano. Lightning Reaver e Plague Spitter também são bem vindos para causar mais incômodos na partida. No fim, o que vale com Mogis é criar um estado de jogo agressivo e denso durante o jogo.

1 — Yurlok of Scorch Thrash

Se Mogis, God of Slaughter estava tão alto nessa lista graças a sua característica de usar as principais cores agressivas do jogo para criar um estado constante de pressão, podemos fazer o mesmo para Yurlok of Scorch Thrash.

Unindo as três cores citadas até agora, ele é capaz de entregar o melhor de todos os mundos, de maneira bem versátil, enquanto sua habilidade traz de volta o mana burn, antiga regra que fazia com que mana não gasta se convertesse em dano para os jogadores.

Cards como Overabundance e Magus of the Vineyard são extremamente preciosos nesse baralho, dando para jogadores mais mana do que eles conseguirão lidar, assim gerando dano de forma cada vez mais recursiva, que é o que buscamos nesse deck. Outros cards que produzem efeitos parecidos são Dictate of Karametra e Rites of Flourishing, que sempre serão somados, criando muito mais mana do que o necessário para tudo, dando um grande impacto ao campo.

Esse deck claramente consegue fazer o melhor das três cores com uma ótima resiliência, gerar muita mana e convertê-la em grandes danos, que serão intensificados através de outros cards, e fica bem fácil de fazer uma lista legal, como a seguir:

Yurlok of Scorch Thrash ganha o pódio por conseguir se desdobrar para várias direções sem perder a essência do que o faria bom. Uma criatura forte, com uma ótima combinação de cores, e um baita comandante para suas sessões de jogo.

E aqui finalizamos mais um Top 5 de comandantes. Eu quis chamar o tempo todo "Group Slug" de "Lesma Grupal" ou colocar Toxrill, the Corrosive na lista, por que ela é uma lesma. Com isso eu fico pensando "Será que eu conseguiria fazer um Group Slug UB com essa mocinha bonita aqui?" e divago infinitamente em como encaixar um azul, totalmente não agressivo, nesse arquétipo.

Bem, vou ficando por aqui, até o próximo!