Metagame da Semana: A Ascensão de Tibalt

Jogadores e Jogadoras!

Estamos de volta com mais uma análise do metagame dos Challenges deste fim de semana, com algumas novidades interessantes!!

O Standard Challenge de Sábado, dia 06 de Fevereiro, possuiu o seguinte Top 8:

3 Rakdos Midrange

1 Naya Adventures

1 Mono-Green Counters

1 Gruul Adventures

1 Mono-Green Food

1 Boros Aggro

O Rakdos Midrange já era um deck que fazia resultados significativos no final da última season graças à combinação de cards como Mire Triton e Kroxa, Titan of Death’s Hunger e um plano de jogo com cards naturalmente bons no formato como Bonecrusher Giant e The Akroan War.

O grande destaque de Kaldheim para o arquétipo foi a inclusão de Blighstep Pathway em sua manabase, além de incluir novos cards que podem facilmente se tornar Staples no formato: Valki, God of Lies já tem sido protagonista de tópicos no Twitter em outros formatos, enquanto Immersturm Predator ainda mostra que ameaças evasivas e difíceis de matar ainda são tão boas quanto eram na época de Falkenrath Aristocrat.

No Domingo, o Top 8 do Standard Challenge foi composto por:

3 Sultai Yorion

2 Dimir Rogues

1 Boros Aggro

1 Boros Runes

1 Mono-Green Counters

Aqui se destaca facilmente o Boros Runes, que utiliza de Runeforge Champion junto do ciclo de Runas da nova edição para gerar card advantage, além da clássica shell que temos visto em algumas listas Boros com Bonecrusher Giant e Goldspan Dragon

O Top 8 do Pioneer Challenge de Sábado foi composto por:

2 Mono-Red Prowess

1 Boros Heroic

1 Azorius Spirits

1 Lotus Combo

1 Dimir Control

1 Azorius Control

1 Boros Burn

O Destaque fica para a lista de Dimir Control do jogador Powen, utilizando de algumas das Staples do arquétipo que costumávamos ver na época do Dimir Inverter, além da interação de Narset, Parter of Veils com Day’s Undoing e, por fim, a utilização de Thing in the Ice, um dos clocks mais expressivos do Pioneer até hoje mas que nunca teve muita oportunidade de brilhar no formato, como sua principal wincondition.

Já no Domingo, o Top 8 do Pioneer Challenge foi composto por:

2 All Spells

1 Mono-Black Vampires

1 Temur Reclamation

1 Rakdos Pyromancer

1 Azorius Spirits

1 Boros Heroic

1 Niv-to-Light

Aqui, destaco que a lista de Niv to Light está utilizando dois Valki, God of Lies, cujo o lado de Tibalt pode ser jogado de graça através de Bring to Light, da mesma forma que veremos com as mágicas de Cascade nos demais formatos.

Senhoras e senhores, nós temos um novo tipo de arquétipo no Modern: O Valki Cascade, e funciona exatamente como vocês esperam: Usar uma mágica com Cascade como Violent Outburst pra castar um Tibalt, Cosmic Impostor sem pagar seu custo e acumular horrores de Card Advantage à partir disso.

E ele vem, é claro, com variantes!

O Top 8 do Modern Challenge de Sabado foi composto por:

2 Four-Color Valki Cascade

2 Burn

1 Jund Valki Cascade

1 Four-Color Omnath

1 Bant Spirits

1 Death and Taxes

Bom, vamos dissecar como este novo arquétipo funciona:

A lista de Jund Valki utiliza dos clássicos Demonic Dread e Violent Outburst para trazer o Impostor Cósmico a mesa o quanto antes, possivelmente ainda no Turno 2 graças à adição de Simian Spirit Guide e Gemstone Caverns. O plano B do deck inclui tentar jogar como uma espécie de “lock” aggro com Blood Moon, Magus of the Moon e Bloodbraid Elf junto de Bonescrusher Giant e Seasoned Pyromancer para obter valor no jogo e partir para o beatdown.

Tal como o Jund Valki, o Four-Color Valki consegue jogar uma mágica com Cascade ainda nos primeiros turnos ao incluir um playset de Simian Spirit Guide e Gemstone Caverns, mas possui um plano de jogo com mais atrito e card advantage na forma de Spell Queller, Teferi, Time Raveler e Omnath, Locus of Creation, além de incluir meios mais consistentes de proteger o “combo” e jogar a mirror com Teferi, Time Raveler e Force of Negation.

O Sideboard do deck apresenta um plano que serve tanto para interagir com outros decks quanto para incluir outros meios de interagir e ganhar o jogo como Vraska, Golgari Queen e Uro, Titan of Nature’s Wrath

A última versão do Top 8 aposta muito mais no combo do que a versão anterior (utilizando apenas Brazen Borrower como um provável plano B quando necessário) e fazendo uso de uma quantia significativa de free spells como Commandeer e Force of Negation para punir a interação do oponente.

Diferente da versão anterior, o sideboard desta lista inclui Staples mais direcionadas a proteger o deck ou lidar com outros decks da maneira mais direta e objetiva o possível.

No Domingo, também tivemos a presença de decks de Valki Cascade no Top 8:

3 Four-Color Valki

1 Simic Nexus

1 Rakdos Shadow

1 Dimir Mill

1 Merfolks

1 Hammer Time

Como já comentamos demais sobre o deck de Valki Cascade, quero dar ênfase desta vez ao Merfolks do jogador Kaktusowysmok, já que é um dos arquétipos mais clássicos do Magic e um que pode fazer bom uso de cards importantes do formato hoje como Spell Pierce e Force of Negation enquanto estabelece uma boa pressão contra os oponentes com seu plano Aggro.

O Top 8 do Pauper Challenge de Sábado incluiu os seguintes decks:

2 Tron

1 Dimir Faeries

1 Burn

1 Boros Bully

1 Jund Ponza

1 Elves

1 Goblins

Dentre esses, o destaque fica para o Jund Ponza:

A inclusão de Bonder’s Ornament ao Pauper facilita muito a inclusão de splashs para muitos decks pois se trata não apenas de um mana rock, mas também de uma engine de Card Advantage. O fato do Ponza também utilizar Utopia Sprawl só torna ainda mais fácil essa inclusão de outra cor.

Adicionar preto ao deck significa ter melhores interações contra o early game do seu oponente na forma de Cast Down e Chainer’s Edict, além de incluir um dos cards mais potentes contra os decks Midranges e de atrito do formato no sideboard: Reaping the Graves, que gera absurdos de valor se retornar duas ou mais criaturas com Cascade, já que estas vão gerar ainda mais valor na mesa além de serem ameaças difíceis de lidar.

Já no Domingo, o Pauper Challenge foi compost do seguinte Top 8:

3 Izzet Faeries

1 Gruul Ponza

1 Tron

1 Dimir Delver

1 Dimir Faeries

1 Elves

Dentre esses, destaco a lista de Izzet Faeries do jogador Brivenix, utilizando cards como Spire Golem, Mistblade Shinobi e um card que tem se tornado, aos poucos, uma staple dos blue-based decks do formato: Behold the Multiverse, que permite com um baixo investimento ter uma boa fonte de card selection enquanto ainda permite manter a mana aberta para eventuais ameaças que o deck precisa responder.

O Top 8 do Legacy Challenge foi composto por:

2 Four-Color Snow

2 Valki Cascade

1 Reanimator

1 Sultai Snow

1 Temur Delver

1 Miracles

Para a surpresa de ninguém, Valki Cascade também se encontra no Legacy.

O deck funciona de maneira bem parecida com o Modern, mas com proteções melhores na forma de Force of Will e Misdirection, maior consistência em fazer ainda nos primeiros turnos com a inclusão de Elvish Spirit Guide e a inclusão da melhor criatura com Cascade já feita no jogo na forma de Shardless Agent.

Mas para mim, o que se destaca no deck é seu verdadeiro plano B: Oko, Thief of Crowns se torna a principal wincondition do deck junto a Brazen Borrower quando você não possui os meios para combar e ganhar o jogo usando as cartas do oponente.

Já no Domingo, tivemos o seguinte Top 8:

3 Valki Cascade

2 Temur Delver

1 Four-Color Snow

1 Burn

1 Doomsday

Outra vez, vemos os decks de Valki Cascade surgindo no Legacy em peso no Top 8, o que pode ser sinal de que o deck tem potencial o suficiente para levar um deck como o Shardless Sultai ao patamar de Tier 1.

Aqui, destaco a lista de Four-Color Snow, que está utilizando Lavinia, Azorius Renegade como uma resposta contra esses decks que tem se popularizado no formato.

Com a chegada de um novo arquétipo nos formatos competitivos, nossa primeira pergunta deve ser: Como lidar com ele?

O Legacy possui naturalmente muitas respostas para este tipo de card, enquanto o Modern pode aprender um pouco com outros formatos eternos e aumentar a utilização de cards como Lavinia, Azorius Renegade, Nix, Damping Sphere, Teferi, Time Raveler Deafening Silence e, dependendo do deck, Roiling Vortex também pode ser um ótimo meio de punir o oponente já que o combo não vence o jogo imediatamente.

Ainda é cedo para dizer se estamos diante de mais um arquétipo quebrado ou não mas, pelo menos, este arquétipo dificilmente precisará de uma intervenção direta na forma de banimentos, já que é necessário apenas fazer uma errata nas regras de maneira a fazer com que os dois lados do card contem para seu custo de mana convertido ou que cada lado possua seu próprio custo convertido para situações como Cascade ou Bring to Light.

Até lá, se você tiver a opção de fazer um Tibalt, Cosmic Impostor no turno 2, o faça sem culpa.