Commander: Ideias de Decks com 5 Cores

Se tratando do nosso querido Commander da Galera, temos regras explícitas que limitam nossas escolhas de cartas; a famosa identidade de cor. Esse aspecto presente em cada comandante limita as diferentes cartas que podemos colocar em nossos decks, a fim de balancear e diversificar o jogo, impedindo situações em que decks Mono Blue rodem Dimir Signet para terem acesso a cartas como Vampiric Tutor e Imperial Seal.

Assim sendo, a ideia de jogar sem o uso de cor alguma ou, o contrário, com todas as cores disponíveis no jogo é causadora de certa cobiça entre os players. Ou você é um completo novato que fica totalmente vislumbrado pela ideia e decide dar o seu melhor para a colocar em prática, ou você é um jogador com certa experiência que olha e decide “Essa é a minha hora de fazer isso acontecer.”

Avaliar objetivamente os melhores comandantes de determinada cor ou combinação não é uma tarefa viável. Quando você, por exemplo, compara seus refrigerantes favoritos, é uma comparação justa. Agora, os comparar com água, vinho e sucos apenas por serem bebidas, faz com que muito dessa tarefa seja pautada em gostos pessoais e em comparações que não cabem a todos os membros de tal categoria.

O mesmo vale para comandantes. É fácil comparar quais comandantes são melhores para o Burn ou o Control. Mas se ambos os melhores comandantes desses arquétipos forem na mesma identidade, qual dos dois seria o melhor objetivamente? Depende muito do gosto pessoal e das ginásticas mentais que são feitas na hora de justificar.

No artigo de hoje, não faremos um Ranking dos melhores comandantes de cinco cores, e sim, falaremos dos mais divertidos, legais e fantabulosos comandantes para alegrar suas mesas de jogo.

Eu DETESTO decks com esse Jodah, em específico. Todo deck dele é a mesma coisa. Dar um jeito de juntar cinco cores de mana em campo, e pagar as cinco para baixar atrocidades de dez manas para cima, como Omniscience e Ulamog, the Ceaseless Hunger. Fim. Os usuários dele até tentam se justificar dizendo que podem fazer uma infinidade de decks com as diversas cartas de alto custo, mas no fim do dia, sempre é Omniscience e Ulamog, the Ceaseless Hunger.

Dito isso, EU, o escritor deste artigo, pessoalmente detesto decks de Jodah, Archmage Eternal. Outros jogadores normalmente o amam, e Commander é justamente sobre fazer as coisas por que você quer e gosta, e não porque alguém que escreve artigos ou ganhou algum campeonato grande disse.

Jodah dá ao jogador uma sensação de poder grande, permitindo jogar seus Jin-Gitaxias, Core Augur, e outras coisas, pela metade do custo do card. As vezes simplesmente virar uma Timeless Lotus já é o suficiente para te colocar em uma grande vantagem, e é isso que encanta a muitos, ver sua mana rendendo nas mãos do mago é viciante, e talvez, seja isso que você quer.

Os Fractius, ou Slivers, são criaturinhas super batutas do mundo de Magic. Na historinha do jogo são criaturas que compartilham uma mente e quando estão todos juntos elas compartilham habilidades, o que é traduzido em cartas com efeitos como “Todos os Fractius em jogo têm Voar”, por exemplo.

Assim, não é surpresa que a tribo conquiste pessoas pelo senso de “exército” que eles causem. Cada uma dessas lombrigas pontudas, quando em campo, concede bônus para elas mesmas e suas irmãs, deixando seu campo bem parrudo e ganhando os corações dos jogadores por imponência. Para a nossa sorte, não existe só um comandante bom de cinco cores para decks de Sliver, e sim cinco. Ou seis, se contarmos o Morophon, the Boundless.

Essa grande gama de opções permite com que façamos muitas listas diferentes baseadas na tribo. Por exemplo, Sliver Legion é uma lista muito mais focada em builds agressivas, deixando seus Fractius cada vez mais bombados. The First Sliver cria múltiplas possibilidades de uso da mecânica Cascata, crescendo seu campo e suas fileiras de criaturas.

Meu favorito é o Sliver Overlord pela capacidade de tutorar o Fractius certo que você precisa naquele turno ou de tomar controle de Fractius oponentes, ou até de reaver seus Fractius cujo controle foi tomado. Overlord pode não crescer campos tão rápido, mas é capaz de pegar todas as cartas específicas necessárias para derrotar seus oponentes.

Por mais que Esika, God of the Tree seja uma comandante legal, o verdadeiro ouro está na sua outra face, The Prismatic Bridge, um encantamento capaz de colocar planeswalkers e criaturas boladonas no campo durante o começo do turno. A partir disso, uma enxurrada de boas ideias torna-se disponível, sendo as mais populares a confecção de um deck de Super Amigos ou de um deck focado em criaturas lendárias, uma vez que esse tipo de criatura também tira proveito da parte da frente do comandante.

Também é possível fazer um tribal de deuses, utilizando dos deuses de Theros e sua capacidade de serem encantamentos durante boa parte do jogo, trazendo-os com esse tipo para campo. Assim como os deuses de Amonkhet, como The Scarab God, que podem ser colocados no jogo e voltar do cemitério todas as vezes necessárias a partir dessa aceleração. E é claro, você vai querer usar uma The World Tree nesse deck, para permitir que você consiga colocar o maior número deles de uma vez no campo.

Pessoalmente, prefiro ela ao Jodah pelo fato de funcionar apenas para criaturas e planeswalkers e esses precisarem ser revelados do deck, fazendo com que, ao menos que você use scry, essa comandante crie situações surpreendentes para todos na mesa, e até consiga mexer um pouco com o senso de aposta do jogador.

Esse aqui é uma build que não só é divertida, como também é altamente customizável. Com sua entrada em campo, Niv-Mizzet Reborn te permite olhar cartas do topo do deck e adicionar à sua mão cartas de combinações diferentes de duas cores.

Você vai querer, obviamente, ter cartas das dez combinações em seu deck, evitando artefatos e cartas de uma cor ou de três ou mais. Por incrível que pareça, com isso é possível fazer diferentes builds. O jogador pode optar por fazer uma build o mais otimizada o possível, apenas com as melhores cartas de cada combinação visando apenas a vitória. Ou também criar uma lista baseada apenas nas cartas das guildas de Ravnica, que vem sempre com a marca d’água da guilda a qual elas pertencem, talvez até mesmo colocando ciclos completos de cartas, como Steam Vents e as outras Shocklands, por exemplo. Mas tem uma ideia que, para mim, se sobressai entre elas e muito provavelmente é como eu montaria meu deck:

Um deck realmente divertido de Niv-Mizzet Reborn, para mim, tem duas partes. Um núcleo, ou seja, diversas cartas que precisam estar lá para que o deck funcione, como, por exemplo, lands, artefatos de mana e algumas outras cartas importantes, compreendendo pouco menos de 60 cartas. A outra parte do deck viria de uma pilha de 100 cartas de duas cores, que seriam sorteados através de um embaralhamento ou algo do tipo, que quando terminado forneceria essas outras 40 cartas de forma semi aleatória para seu deck, trazendo total imprevisibilidade para seus jogos. Essa foi uma ideia que eu vi send discutida em um deck de Mayael the Anima, mas eu acho que se encaixaria de forma perfeita nesse.

Como essa lista é inteiramente pessoal e se molda com as favoritas do jogador, ao invés dela colocarei outra do comandante, a fim de trazer ideias e fomentar o imaginário dos players.

Melhor que um deck que ter permita usar as cinco cores de duas em duas, é ter um deck que se beneficie de cartas que possuam as cinco ao mesmo tempo. Jared Carthalion permite o jogador utilizar as cartas mais exóticas do jogo, todos ao mesmo tempo, além de seus suportes, muitas delas disponíveis no próprio baralho pré-construído do personagem.

Todas as habilidades do planinauta são focadas em gerar tokens de cinco cores ou extrair o máximo de valor possível de cartas com todas as cores, permanentes ou não, através de efeitos que utilizam relativamente pouca lealdade e buscam ser recursivos para este comandante. O fato dele ser um Planeswalker também contribui para que seja mais difícil de o remover da mesa.

Formar a melhor estratégia para utilizar dessas cartas é um desafio super interessante, e pode trazer para suas mesas de commander um ingrediente a mais para que você quebre a cabeça. Utilizando cartas como Fallaji Wayfarer e Transguild Courier é possível cumprir os requisitos de conjuração de cartas multicoloridos sem ter as cinco cores, ou até mesmo cinco manas, disponíveis. Além disso, cartas como Scion of Draco se encaixam perfeitamente no baralho também, contribuindo demais com a qualidade da sua mesa.

Jared Carthalion é sem dúvidas um comandante que vai ficar cada vez melhor conforme o design de cartas for se permitindo experimentar mais com maiores quantidades de cores nos decks.

Neste artigo foram reunidos alguns dos mais legais comandantes de cinco cores do joguinho. Obviamente, não daria para colocar todos os com essa identidade de cor em um único artigo, deixando uma nova versão dele proposta para o futuro, quando tivermos mais comandantes, cartas e novidades capazes de permitir novas listas no formato.

E aí, o que você achou? Já jogou com algum desses decks? Gostam de comandantes de cinco cores? Deixe sua opinião nos comentários!