Modern: Domain Rhinos - Deck Tech e Guia de Sideboard

Murders at Karlov Manor deixou seu impacto no Modern da maneira mais interessante possível: uma nova free spell combina com um card lançado em Modern Horizons II para estabelecer uma estratégia capaz de colocar uma ameaça quase imbatível na mesa tão cedo quanto no segundo turno:

Inicialmente desconsiderado pela sua falta de impacto imediato, Leyline of the Guildpact ganhou espaço no formato pela sua combinação com Scion of Draco, do qual adiciona uma sopa de habilidades para todas as suas criaturas, tornando-se muito difícil superá-las no combate - assim, os decks que se aproveitam dessa interação prevalecem contra a maioria das partidas justas.

Enquanto o Domain Zoo foi o primeiro arquétipo a se beneficiar deste novo “combo”, outra estratégia se tornou mais prevalente pelos seus resultados no último fim de semana, tanto em Challenges quanto nos Regional Championships: o Domain Rhinos.

Neste artigo, disseco a nova variante de Cascade do Modern e apresento um guia de Sideboard com base na minha experiência pilotando-o em Ligas do Magic Online.

Domain Rhinos é a nova variante da famosa estratégia que utiliza o combo de mágicas baratas com Cascade ao lado de Crashing Footfalls para colocar dez de poder na mesa tão cedo quanto o terceiro turno.

Essa estratégia já é bem conhecida no Modern e possui um dos resultados mais consistentes do formato. Porém, Murders at Karlov Manor possibilitou ao arquétipo estabelecer um segundo plano de jogo sem qualquer concessão ao plano original e torna de suas partidas ainda mais injustas.

Leyline of the Guildpact não apenas transforma Scion of Draco em uma ameaça imbatível por duas manas como também habilita Leyline Binding e outros cards com Domain, adicionando uma flexibilidade ainda maior ao arquétipo de lidar com permanentes enquanto dificulta a disrupção.

No último fim de semana, o Domain Rhinos conquistou mais de 60% de winrate agregado dos eventos, tornando-se o novo deck a ser batido no Modern.

Essa lista são as exatas 75 cartas utilizadas por Mack Endress no Regional Championship dos Estados Unidos para um resultado de 12-2. Enquanto acredito que o Sideboard possa ser refinado, ele parece um ponto de partida excelente para o futuro do arquétipo, portanto, usaremos essa versão como referência.

Maindeck

O plano de jogo primário e coração do arquétipo. Cascade é conhecida como uma mecânica quebrada e já protagonizou alguns dos arquétipos mais problemáticos da história do jogo, em especial ao lado de Valki, God of Lies, onde dominou os formatos eternos até a errata que impedisse jogadores de conjurarem Tibalt, Cosmic Impostor por apenas duas manas.

Neste caso, buscamos usar Crashing Footfalls, do qual não se compara com Valki, mas garante uma excelente posição de mesa por um custo muito baixo, e como as fichas criadas pela mágica possuem evasão, elas são excelentes em pressionar o oponente por turnos consecutivos.

Nosso plano de jogo alternativo e potencialmente quebrado. Por dar todos os tipos aos seus terrenos e todas as cores para suas criaturas, Leyline of the Guildpact transforma Scion of Draco em uma das ameaças mais poderosas que o Modern já teve.

Afinal, uma criatura voadora com uma sopa de habilidades e da qual se protege e protege as outras criaturas no campo de batalha é o suficiente para fazer qualquer oponente desistir da partida. Aqui, ele se torna a ameaça complementar que Murktide Regent costuma ser nas versões Temur, mas por ser conjurado por apenas duas manas, existem diversas partidas onde ele é nosso plano de jogo principal.

Leyline Binding é a resposta de uma mana mais poderosa do Modern, e o novo encantamento permite que ela sempre seja conjurada por um custo muito baixo. Ela é outro motivo excelente para optar por essa versão, dado que sua abrangência de alvos válidos é gigantesca e muito mais eficiente quando comparado com as demais opções nas variantes Temur.

Nosso pacote de interações.

Fire // Ice triplica sua utilidade nesse arquétipo: além de funcionar como remoção de início de partida, ela é uma excelente jogada de Tempo contra alguns arquétipos que precisam sequenciar sua mana, e foge das restrições de custo do Cascade enquanto também alimenta Force of Negation e Subtlety.

Force of Negation é a nossa resposta padrão contra estratégias injustas. É comum que ela saia nos jogos pós-sideboard onde não queremos sofrer com desvantagem de cartas (afinal, já temos esse problema com Leyline of the Guildpact), mas seu papel no Game 1 é essencial para garantir que nossos oponentes não apertem o famoso “botão de free-win”.

Subtlety opera na mesma lógica para decks que usam criaturas como suas peças centrais, como o Golgari Yawgmoth ou o Amulet Titan. No entanto, ele se torna ainda mais importante em um cenário onde as poucas respostas para Scion of Draco envolvem counterspells ou bounces quando ele está na pilha.

Nossa base de mana envolve a combinação de muitas Fetch Lands ao lado de diversas Shock Lands para habilitar os cinco tipos de terreno tão cedo quanto no segundo turno. Neste caso, é necessário buscar Xander’s Lounge no primeiro turno e Temple Garden no segundo, com qualquer outra garantindo a terceira mana necessária para conjurar uma mágica com Cascade.

Lorien Revealed funciona como cópias extras de Fetch Lands e também como Pitch para Force of Negation e Subtlety, além de se tornar um efeito de draw excelente no late-game.

As Surveil Lands surpreenderam em sua primeira semana após o lançamento da nova expansão e se tornaram peças importantes como one-ofs que podemos buscar nos primeiros turnos para filtrar o topo, melhorando as chances de encontrar o card que precisamos na partida.

Sideboard

Antes de jogar com o deck, considerei, por diversas vezes, cortar Drannith Magistrate porque ele está abaixo dos valores de mana que buscamos usar nas listas de Cascade. Porém, conforme o joguei nas partidas em que ele realmente importa (Living End, Temur Rhinos, Domain Rhinos), ele se provou tão eficiente em “trancar” a partida contra esses oponentes ao ponto de não enxergar motivos para não usá-lo.

Somado ao fato de Scion of Draco lhe dar Hexproof, Drannith Magistrate é a resposta definitiva contra algumas das partidas mais comuns do Metagame atual.

Mystical Dispute é a nossa resposta padrão contra partidas em que nossos oponentes tentam atrapalhar nosso plano de jogo com counterspells e/ou onde precisamos lidar com curvas de mana mais gananciosas por um custo razoável.

Dismember é uma necessidade contra arquétipos que utilizem criaturas problemáticas para nossa estratégia, ou que precisam de uma criatura específica para funcionar. Leyline of the Guildpact oferece um meio de pagarmos seu custo de mana sem oferecer vida, caso seja necessário.

Force of Vigor é nossa resposta padrão contra uma dúzia de artefatos e encantamentos problemáticos. Ela dobra de valor agora que o Domain Rhinos se tornou o deck a ser batido, visto que ela lida tanto com Scion of Draco quanto com Leyline of the Guildpact, desde que ambos não estejam em jogo no mesmo momento.

Boseiju, Who Endures é uma resposta complementar contra artefatos e encantamentos, além de lidar com alguns terrenos que podem prejudicar nosso plano de jogo.

Tishana’s Tidebinder foi o card que alavancou o Temur Rhinos ao topo do formato. Aqui, ela pertence ao Sideboard, pois precisamos de espaço para nosso plano de vitória alternativo, mas permanece como uma das melhores respostas contra as habilidades existentes no Modern.

A cópia extra de Subtlety é essencial para lidar com Scion of Draco na Mirror, mas também atrasa criaturas como Primeval Titan em turnos inoportunos.

Esse guia de Sideboard foi construído com base nos cinco dias em que pilotei o Domain Rhinos em Ligas no meu tempo livre e minha experiência prévia com o Temur Rhinos, do qual tem sido meu principal deck no Modern desde o lançamento de Lord of the Rings: Tales of Middle-Earth.

Rakdos Evoke

IN

OUT

Temur Rhinos

IN

OUT

Domain Rhinos

IN

OUT

Golgari Yawgmoth

IN

OUT

Izzet Murktide

IN

OUT

Amulet Titan

IN

OUT

Living End

IN

OUT

Domain Zoo

IN

OUT

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