Magic: the Gathering

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Análise de Innistrad: Midnight Hunt para o Standard

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Neste artigo, analiso as cartas mais promissoras de todas as cores da nova coleção Innistrad: Midnight Hunt para o formato Standard!

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revisado por Tabata Marques

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Olá! A coleção de Innistrad Midnight Hunt vem para o Magic Arena dia 16/09 e, tendo os spoilers completos, faremos uma análise apontando as cartas mais promissoras da coleção para o formato Standard. No geral, a nova Innistrad parece forte em power level e sinergia, podendo se tornar um set que defina bastante o novo Standard.

Sobre as novas mecânicas: daybound/nightbound podem vir a ser relevantes no formato, mas não acredito que decks sejam montados em cima disso, virar dia ou noite é um bônus para algumas cartas. Disturb é uma boa habilidade para dar utilidade a uma criatura que foi para o cemitério, fazendo-a voltar transformada com outras habilidades. Coven é altamente win more, mecânica de limitado; se você já tem 3 ou mais criaturas com poderes diferentes na mesa, provavelmente já está ganhando. Quanto a flashback, velha conhecida do Magic, adicionará bastante ao formato dando mais recursão aos decks no late game.

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Branco

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Adeline, Resplendent Cathar é um drop 3 muito sólido que pode gerar valor ao entrar em campo, já que quando você ataca, cria uma ficha de humano 1/1 atacante. Sendo assim, é possível que ela tenha ao menos 3 de poder facilmente para atacar no próximo turno. Adeline ter 4 de resistência a torna mais robusta que as outras opções da curva 3 do Mono White, além de ter vigilância, que pode ser relevante em mirrors de aggro.

Fateful Absence é talvez a melhor carta da coleção. Remoção branca de duas manas incondicional para criaturas e planeswalkers em troca de uma ficha de pista. Excelente remoção para decks agressivos que podem tirar qualquer criatura da frente para continuar pressionando os pontos de vida. O drawback é baixíssimo e com certeza vai ver muito jogo no formato.

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Intrepid Adversary pode ser uma boa criatura em turnos mais à frente na partida para destravar a mesa dando +1/+1 para todas suas criaturas. Fora isso, duas manas 3/1 é sempre bom contra decks mid/control.

Sigardian Savior me parece o tipo de carta que é um bom topo de curva para decks agressivos. Uma ou duas cópias para jogar contra decks com muitas remoções é viável.

Azul

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Consider, também conhecido como o NOVO Opt melhorado, vai jogar em diversos formatos no lugar do Opt ou ao lado do mesmo. Tombar para o cemitério uma carta indesejada é melhor do que jogá-la para o fundo e eventualmente reembaralhar no deck. Bom amigo do Delver.

Lier, Disciple of the Drowned cheira a combo para conjurar todas as suas mágicas do cemitério. A parte das mágicas não poderem ser anuladas é muito boa para garantir que elas sejam resolvidas para ganhar o jogo. Infelizmente a melhor carta para conjurar com flashback, Alrund’s Epiphany, é exilada ao resolver, mas temos várias cantrips para conjurar e mágicas que habilitam um late game forte.

Memory Deluge tem a comparação óbvia com Behold the Multiverse. Behold é geralmente conjurado por duas manas enquanto Memory Deluge sempre custa 4 e tem custo de flashback 7. Ela sempre vê mais cartas que Behold, mas seu custo elevado talvez inviabilize seu uso. Todavia, a carta é interessante.

Preto

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Champion of the Perished é um ótimo drop 1 para um possível Mono Black ou Dimir Zombies. Ele e Forsworn Paladin devem ser as principais criaturas da curva 1 de decks pretos agressivos.

Infernal Grasp é uma das melhores cartas da coleção. Com a rotação de Heartless Act, essa deve ser a nova remoção preta de duas manas mais utilizada do formato. O drawback de perder 2 de vida não é muito relevante frente a destruir qualquer criatura por duas manas.

Slaughter Specialist é um drop 2 com 3/3 de poder e resistência. Criar uma ficha 1/1 para a oponente parece um drawback baixo para uma criatura tão forte no turno 2, sendo que quando a ficha morrer, a vampira ganha um marcador +1/+1. Para decks pretos com bastante remoções (ou seja, todos) é um ótimo drop 2, vejo muitos baralhos agressivos usando 4 cópias da carta.

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Vermelho

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Bloodthirsty Adversary é uma ótima mana sink que pode ganhar o jogo no late game com 1 ou 2 ativações de mana, e tem ímpeto. Vejo a vampira jogando em decks com várias mágicas, como Izzet Delver, Mono Red Burn ou algum Rakdos para conjurar uma ou duas remoções do cemitério e entrar batendo para ganhar o jogo.

Falkenrath Pit Fighter é provavelmente o melhor drop 1 vermelho pós-rotação. Todo mundo gosta de uma mana 2/1 para seu deck aggro, mas esse vampiro vem com um bônus: é um drop 1 que não é inútil no late game! Sua habilidade de comprar carta é relevante em estágios tardios da partida para gerar recursão, algo tão sofrido para baralhos agressivos. Ele mesmo se cicla, pois, ao causar dano, sacrificamos o próprio Falkenrath e compramos uma carta.

Geistflame Reservoir é uma das maiores esperanças de quem gosta do arquétipo burn. Similar a Experimental Frenzy, mas pior, ela gera recursão, apesar de ter que gastar 2 manas no turno e virar o artefato, possibilitando somente 1 ativação por turno, a chave da carta está nos marcadores que ela recebe a cada instant ou sorcery conjurada. O objetivo é conseguir fazer uma fireball em 2 ou 3 turnos. O maior problema é que o Mono Red não tem uma carta recursiva tão boa quanto Light Up the Stage, mas o próprio vampiro já mencionado, a Adversary vermelha, o novo dragão de 4 manas e o NOVO Shock tentam cumprir o papel não deixar o gás acabar tão rapidamente.

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Moonveil Regent talvez seja a melhor carta vermelha de Innistrad e uma das melhores da coleção. Falamos de recursão nos referindo ao artefato para o burn e esse dragão traz exatamente isso. Excelente topo de curva para o Mono Red que pode descartar sua mão toda vez que conjurar uma mágica e comprar uma carta para cor da mágica conjurada. Com a mão vazia é basicamente conjurar qualquer mágica e comprar 1 carta ou pode ter sinergia com cemitério (todavia, o vermelho parece não ter se aproveitado muito dessa mecânica quanto o preto ou branco). Vejo a carta jogando também no Izzet Dragons para garantir que teremos ferramentas no late game, já que é opcional descartar a mão para comprar cartas.

Play With Fire ou o NOVO Shock melhorado é uma boa carta para decks burn e para o próprio Mono Red Aggro. Sem Bonecrusher Giant // Stomp para vir do topo e finalizar jogos, Play With Fire pode ser uma boa opção que ainda dá scry 1 quando causa dano a uma jogadora.

Verde

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Primal Adversary é um drop 3 com 4/3 de poder de resistência, sendo bons atributos por si só, mas além disso é um ótimo mana sink que pode finalizar o jogo em 1 turno ao transformar todos seus terrenos em criaturas 3/3 com ímpeto. Com o tanto de mana gasta para pagar a habilidade do lobo 1 ou 2 vezes, os terrenos provavelmente só atacarão no próximo turno, mas ainda assim é uma situação muito difícil de se lidar, caso não tenha remoções globais do outro lado.

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Saryth, the Viper’s Fang é um drop 4 interessante que não tem muito corpo para ver jogo, mas suas habilidades estáticas e a ativada são boas e podem gerar fases de combate complexas. Basicamente todas suas criaturas atacantes terão toque mortífero, mas, pagando 1 mana e virando Saryth, a criatura volta a ter resistência à magia. Com a queda de algumas criaturas da curva 4 do Mono Green, podemos ver Saryth ocupando esse espaço.

Wrenn and Seven me interessou bastante desde seu spoiler. Um planeswalker de 5 manas que, no mínimo, vai criar uma situação de 2 para 1 com uma ficha 5/5 com alcance é bom. Suas 4 habilidades são úteis; o +1 para garantir os land drops e filtrar o topo, o 0 para rampar efetivamente, o -3 para protegê-lo de quase qualquer criatura, inclusive Goldspan Dragon, a provável melhor carta do formato pós-rotação, e seu -8 ganha o jogo em 1 ou 2 turnos, já que teremos muitos terrenos para conjurar as mágicas do cemitério. Definitivamente testarei em algum deck ramp.

Multicoloridas

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Arcane Infusion clama para jogar junto do Delver. 2 manas para pegar uma instant ou sorcery do topo e ainda tem flashback é bastante eficiente, podendo jogar até num Izzet Dragons para buscar uma anulação ou turno extra.

Can’t Stay Away é um reanimate eficiente pelo seu custo e ainda tem flashback para melhorar a carta. Com o surgimento de algum Orzhov Mid, tribal de anjos ou decks branco e preto com curva baixa, essa carta é altamente testável com 2 ou 3 cópias.

Faithful Mending, também conhecido como o Faithless Looting Azorius, é muito bom para ciclar sua mão, assim como o Looting faz, e gerar sinergia com seu cemitério, coisa que o Azorius consegue realizar com algumas cartas de Innistrad. A parte de ganhar 2 de vida pode ser relevante para decks control/midrange e vejo muitos desses baralhos testando a carta.

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Florian, Voldaren Scion é a carta perfeita para gerar vantagem de cartas ao Rakdos Vampires. Além de ser 3 manas 3/3, olhar X cartas do topo e poder conjurar uma até o fim do turno é vantagem suficiente para muitos decks não conseguirem acompanhar e perderem em poucos turnos. Qualquer Rakdos, com ou sem vampiros, deve usar a carta.

Hungry for More é bem razoável para pressionar a mesa com uma criatura 3/1 com atropelar, lifelink e ímpeto. Se fosse só 2 manas para isso, não acharia relevante, mas a habilidade de flashback faz dela razoável para o Rakdos, principalmente se tiver alguma sinergia de sacrifício, já que a ficha é sacrificada na próxima etapa final.

Join the Dance é uma das únicas cartas boas da combinação Selesnya que foram lançadas. 2 manas para criar 2 fichas 1/1 jogou em praticamente todos os formatos Standard e não vejo motivo para não jogar agora, exceto que custa {GW}, mas ainda cumpre bem o papel de pressionar a mesa e tem flashback, tornando a carta ainda melhor.

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Liesa, Forgotten Archangel muito provavelmente será o terror dos aggros. 5 manas 4/5 voar e lifelink já é suficiente para apavorar baralhos agressivos. Exilar criaturas inimigas que morrem e retornar criaturas não ficha suas para a mão assim que morrem a torna ainda melhor. Ótimo topo de curva para o Orzhov e tem uma sinergia interessante com Kaya, the Inexorable que torna Liesa basicamente indestrutível.

Rem Karolus, Stalwart Slayer me parece uma carta chave para qualquer Boros que venha a existir. Seus burns causarem 1 de dano a mais a qualquer alvo é relevante, além de pressionar pelo alto com ímpeto. Combinado com Showdown of the Skalds, pode causar muito estrago revelando 1 ou 2 burns mais alguma criatura para aumentar a mesa.

Rite of Oblivion é uma remoção muito boa para decks que geram fichas ou têm mais permanentes descartáveis e que consegue gerar pressão na mesa. Exilar qualquer não terreno nunca é ruim e seu drawback é baixo nos decks certos.

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Sacred Fire ou a “Shocking Helix” pode ser utilizada tanto em decks control para segurar a partida, como em baralhos agressivos para causar dano direto. Bastante sinérgica com Rem Karolus, o reservatório e outras cartas da coleção. Por si só é uma carta boa para o formato e não forte demais como seria Lightning Helix, que basicamente impede a existência de baralhos agressivos no formato Histórico.

Vampire Socialite é carta obrigatória para o Rakdos Vampires, 4 cópias sem pestanejar. Ela gera muita pressão rapidamente na mesa e ter ameaçar faz com que seja mais fácil de triggar sua habilidade de outros vampiros entrarem com um marcador +1/+1 adicional.

Cartas dupla face

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Chaplain of Alms é um drop 1 bom para o Mono White que, ao voltar para o campo com Disturb, gera problemas para lidar com a mesa ao dar salvaguarda 1 para todas suas criaturas. Melhor que as opções atuais na curva 1.

Delver of Secrets é uma das cartas mais faladas da coleção por ela ser absurda no Pauper e Legacy. No Standard, não temos Brainstorm, Ponder e Preordain, piorando consideralmente o Delver. Ainda assim temos o NOVO Opt melhorado, Consider, para ajudar a flipar o Delver. Honestamente não acho será tão boa quanto dizem por aí no saudosismo de jogar com a carta no Standard, mas ele pode causar muito problema no formato com a adição de outras coleções trazendo novas cantrips.

Malevolent Hermit pode habilitar diversos baralhos tempo no formato com sua habilidade de anular a mágica não criatura a menos que pague 3, algo nada trivial nos turnos iniciais da partida. Sua forma com Disturb é excelente para baralhos Tempo ao não deixar suas criaturas serem anuladas.

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Poppet Stitcher parece inocente, mas vejo potencial nele sendo um mirror breaker de controles no pós-side. Um baralho com muitas mágicas consegue triggar facilmente sua habilidade e criar fichas de zumbi. Com 3 fichas na mesa, podemos transformar a criatura num artefato que bufam suas fichas de zumbi, pressionando a mesa e exigindo resposta em 1 ou 2 turnos. Carta obrigatória no Dimir Zombies também.

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Smoldering Egg, o NOVO Thing in the Ice, tem muito potencial ao lado do Delver ou num Izzet Dragons, que possui mágicas de custo 4+ para transformar o ovo num dragão rapidamente. O ovo por si só é útil contra baralhos agressivos, já que é difícil passar por cima de um 0/4 no início do jogo e a ameaça de transformá-lo num dragão faz com que precisemos lidar com o ovo antes que seja tarde demais. O dragão por si só é muito bom, causar 2 dano a qualquer alvo quando conjuramos uma instant ou sorcery, podendo ganhar o jogo rapidamente ou limpar a mesa contra baralhos de criaturas e virar a chave para ganhar.

Hound Tamer além de ser um drop 3 decente, é um excelente mana sink para decks agressivos. Sua forma noturna é ainda melhor, sendo um lord de lobos e lobisomens.

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Outland Liberator lembra Thrashing Brontodon com sua versatilidade de destruir um encantamento ou artefato alvo, apesar de não ter um corpo tão bom, sendo apenas um 2/2 na frente e 3/3 no verso. Contudo, essa habilidade de lidar com cartas como Esika’s Chariot e Class: Guardian o torna bom.

Tovolar’s Huntmaster tem tudo para ser o novo topo de curva para decks mid/ramp verdes. 6 manas 6/6 que cria duas fichas de lobo 2/2 é bastante forte. A carta ainda melhora quando é noite, sendo um 7/7 que pode pagar 4 manas e fazer com que um lobo ou lobisomem lute com uma criatura que você não controla, além de criar 2 fichas 2/2 de lobo quando ataca também.

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Arlinn, the Pack’s Hope talvez seja a melhor carta da coleção ao lado das remoções branca e preta. A parte da frente é muito forte, podendo conjurar criaturas como se tivessem flash e surpreender na fase de combate ou conjurar uma criatura na etapa final da oponente, além de entrar com um marcado +1/+1. O -3 protege a planeswalker criando 2 fichas de lobo 2/2 e tendo sinergia com muitas cartas da coleção devido ao tipo lobo. A parte de trás acelera o jogo com o +2 ou simplesmente pressionar bastante com o 0, batendo com um lobisomem 5/5 com indestrutível, atropelar e ímpeto. A nova planeswalker entra facilmente no Gruul ou até em alguns decks ramp.

Tovolar, Dire Overlord chega para completar a curva 3 do Gruul e gerar muita sinergia de lobos e lobisomens. A vantagem de cartas gerada por sua habilidade estática da frente e do verso é muito boa, lembrando que a ficha 2/2 da Class: Guardian é de lobo e um drop 3 com 3/3 de poder e resistência que se transforma num 4/4 quando é noite gera pressão na mesa rapidamente. A habilidade ativada do lobisomem de dar +X/+0 e atropelar para o lobo ou lobisomem alvo pode ganhar o jogo num golpe só, além de ter sinergia com Arni, Brokenbrow, outra criatura que deve jogar na curva 3 do Gruul.

Quanto ao ciclo de terrenos raros, acho ótimo para o Standard, jogando em basicamente todos os decks de 2 ou mais cores. A base de mana do formato deve travar os decks em 1 ou 2 cores, já que não temos mais os triomas. As pathways são boas, mas só geram uma cor, o novo ciclo, que vem sendo chamado de slow lands, é muito bom, mas não carrega sozinho base para decks de 3 cores e as show lands de Strixhaven fazem parte do pior ciclo de terrenos raros já visto no formato.

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E aqui chegamos ao fim da análise das cartas que considero as mais interessantes da nova coleção que chega ao Magic. Quaisquer dúvidas, comentários ou feedback estou disponível nos comentários abaixo. Abraços e até a próxima!