Magic: the Gathering

Opinião

Legacy: Top 10 Staples que sumiram do formato

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Falaremos sobre algumas cartas já foram muito importantes no formato, mas agora perderam sua majestade e não veem mais jogo no Legacy!

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revisado por Tabata Marques

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E aí pessoal, dessa vez não vai ser Deck Tech, vamos de lista!

Em um formato Eternal, é complicado para uma carta se manter no topo, já que a cada lançamento de edição existe a possibilidade dela se tornar obsoleta com novas interações ou o famoso power creep (cartas que são simplesmente mais fortes que outras semelhantes mais antigas). Além disso, algumas cartas são vítimas colaterais de banimentos que extirpam a sua cara-metade do formato e as deixam sem lugar para ver jogo.

Então vamos lá, um top 10 de cartas que já foram a cara do Legacy, mas agora estão amargando uma espera ingrata no banco de reservas.

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10 – Wild Nacatl

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Lá no tão, tão distante primórdio do Legacy, existia um deck aggro com quase nenhuma disrupção, mas que competia de frente com os vários decks azuis da época.

Seu cerne era um bicho tão absurdo que chegou até a ser banido no Modern por um tempo: 1 mana 3/3! Aliado a Kird Ape e outro membro dessa lista, Wild Nacatl manteve durante muito tempo Naya Zoo como uma opção válida. Mas Zoo era um deck “justo” e o Legacy se tornou cada vez mais “injusto”.

Assim, os decks agressivos tiveram que se adaptar e carregar mais ferramentas para combater os absurdos do formato, como descarte ou counters, e com isso, o gatinho perdeu espaço e o bom e velho Zoo acabou sumindo.

9 – Gurmag Angler

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Delve é uma das mecânicas mais absurdas já lançadas e praticamente tudo com essa habilidade é passível de ver jogo em Legacy.

Esse peixão, que foi uma figurinha constante nos Dimir e Grixis da vida como uma ameaça gigante de 1 mana, ainda aparece eventualmente nos decks de Death’s Shadow, mas foi eclipsado justamente por outra carta com Delve, Murktide Regent, e agora só nada nas águas mais profundas do metagame.

8 – Vendilion Clique

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Ele bate, ele voa, ele cai no final do turno, ele quebra a mão do seu oponente, ele até paga por suas Force of Will! Ligue já!

Por anos, Clique era o pacote completo de ataque e defesa na cor certa, apesar do corpo frágil.

Contra Control, era fácil de cair no final do turno, ganhar informação sobre a mão do oponente e ainda se livrar de uma carta problemática. Contra Combo, se encaixado na hora certa, quebrava a jogada adversária, até porque vinha com counters na retaguarda. Contra Aggro, bem, não era muita coisa, mas podia tomar uma pelo time.

Mas 3 manas é muito a se pedir em Legacy e conforme o formato foi ficando mais carregado de novas opções, esse trio de fadas acabou se tornando menos eficiente naquilo que oferecia e acabou desaparecendo de circulação.

7 – Entreat the Angels

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O finalizador de escolha do último deck a contestar de frente o domínio do Delver no Legacy, UW(r) Miracles, Entreat ainda seguiu vendo jogo nas versões do deck após o banimento do Sensei’s Divining Top, pois o seu custo alternativo ainda podia ser preparado com Brainstorm, Jace, the Mind Sculptor ou Portent.

Só que opções mais eficientes e não-mortas nos primeiros estágios do jogo começaram a surgir, como Monastery Mentor, Shark Typhoon, Hullbreacher ou The Wandering Emperor, e com isso acabou a espera por um milagre!

6 – True-Name Nemesis

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O pequeno Progenitus inaugurou uma nova era no Legacy: cartas criadas para o Commander que passaram a afetar o formato Eterno. TNN era um pesadelo para diversos decks que não possuíam uma maneira adequada de lidar com uma criatura com efetivamente proteção contra tudo e 3 de dano com backup de counters se mostrou um clock fatal por muito tempo.

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Mas, da mesma maneira que aconteceu com a Vendilion Clique, o formato foi ficando eficiente e o pacote oferecido pelos 3 manas do TNN acabou se mostrando ineficaz para a maioria das situações, em parte também porque deixou de ser tão imortal quanto antes uma vez foi, com isso seu espaço foi ficando limitado e sua presença sumindo. Recentemente, ele até ganhou um Legacy Challenge no MTGO em um Jeskai Delver, mas nem de longe é o terror do passado.

5 – Abrupt Decay

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Em uma época remota, dominada por um ainda não banido Planeswalker de um mana, Deathrite Shaman, a remoção mais popular do formato era essa belezinha Golgari. Ela matava bichos, ignorava FoWs, e passava por cima de Top-Balance!

Mas por onde anda essa carta hoje em dia? Dentro de sua própria cor, acabou sendo substituída pela mais versátil Assassin’s Trophy, o meta começou a colocar em jogo monstros com Delve imunes a seu efeito, a queda de presença de [spoiler – nº 02 da lista] a tornou menos necessária, o fim do já citado DRS acabou tirando o verde como uma das cores preferidas a se aliar ao azul e por fim, novas opções começaram a aparecer em outras cores, culminando com a toda poderosa Prismatic Ending.

4 – Young Pyromancer

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O Delver antes do Delver of Secrets era um deck Temur conhecido como Canadian Threshold que acabou subindo de nível com o lançamento de um certo bicho verde e, é claro, do próprio Delver. E assim se tornou meio que um consenso que Verde era a cor certa a se parear com o Mago/Mosca de Innistrad.

Decay e DRS acabaram até por colocar o Vermelho de lado e começaram o reino do BUG Delver (trocadilho intencional). Só que então Izzet Delver ganhou tração e espaço. Por quê? Pyromancer é a principal resposta.

Sem ter que mutilar a base mana, o deck ganhou uma ameaça de 2 manas com alta sinergia com suas cartas de custo alternativo, gerando defesa e ataque ao mesmo tempo enquanto podia ficar focado em apenas duas cores.

Mas o que aconteceu? O pobre do mago novato acabou sendo ofuscado por novos lançamentos. Sem nem falar no banido Ragavan, Nimble Pilferer, Young Pyromancer tem dificuldades em concorrer com Dragon’s Rage Channeler e Murktide Regent e até mesmo com Ledger Shredder.

3 – Dark Confidant

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Bob é uma carta com um lugar especial no meu coração, ganhou para mim coisas bastante importantes na minha carreira. E foi, por muito tempo, uma carta muito importante no Legacy, onde card advantage tem que ser aliado a eficiência para ver jogo.

Só que, como nos exemplos acima, também acabou perdendo terreno para coisas mais eficientes, além de acabar se tornando um risco em jogos agressivos ao revelar alguma carta com Delve ou mesmo uma Force of Will.

O corpo frágil em um formato onde cada vez mais remoção é importante e a falta de uma casa onde brilhar acabaram por mandar uma das cartas mais queridas a vir de um Invitational para o vestiário mais cedo.

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2– Counterbalance

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Como eu disse anteriormente, desde o lançamento do Delver, somente por uma vez um deck pôde contestar o seu título de rei do Meta, UW(r) Miracles.

Baseado na interação entre Sensei's Divining Top e Counterbalance e a capacidade de abusar da mecânica de Milagre, esse deck dominou o formato por um bom tempo. E aí o Top foi banido. A casca se manteve e se adaptou em vários outros decks, mas o destino do Counterbalance foi selado nesse dia.

Algumas almas esperançosas ainda tentam fazer esse poderoso encantamento funcionar, mas sem sua alma gêmea, Balance nunca mais foi a força capaz de balançar o dono do formato.

1– Tarmogoyf

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O que me motivou a escrever esse artigo foi um post sobre a presença cada vez maior de Pyroblast/Red Elemental Blast nos main decks de Legacy. Esse artigo continha um gráfico com o percentual de presença de cartas ao longo dos anos e me chamou a atenção, além dos 17,5% das cartas vermelhas, o fato de que Tarmogoyf sumiu da tabela em 2022!

Uma carta presente em 35,7% dos decks em 2011, Goyf sempre foi o padrão o qual todos as criaturas com a função de atacar eram comparadas. Era motivo o suficiente para ter Tropical Island no seu deck. E simplesmente sumiu! O rei está morto, longa vida ao rei!

Menção Honrosa 1

Todos aqueles alvos de reanimação (Iona, Shield of Emeria, Jin-Gitaxias, Core Augur, Empyrial Archangel, Elesh Norn, Grand Cenobite, entre outros) que foram substituídos por Griselbrand, que nunca mais largou o osso.

Menção Honrosa 2

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Ele ainda é chefe, mas seu domínio foi finalmente ameaçado. Primeiro por Ragavan, junto ao Channeler, viu decks de Delver reduzirem a sua carta título. E recentemente, uma leva de UR Aggros tem aparecido com Ledger Shredder e são basicamente Delver sem Delver. Esse deck ainda não desbancou o uso do Delver, mas será que ele está com os dias contados?

Fico por aqui, espero que tenham gostado desse artigo diferente! Um abraço e até a próxima.