Onze Perguntas ao Hall of Fame Patrick Chapin

Olá meus queridos, eu sou o Betão, e depois dessa longa semana de espera, o Onze Perguntas está de volta com força total!

Hoje trouxemos para vocês, caros amigos leitores, um jogador de Magic americano muito respeitado, não só pela sua história no jogo, mas também na sua carreira de escritor: Patrick Chapin!

Chapin escreveu dois livros, Next Level Magic e Next Level Deckbuilding, e recomendo fortemente que leia, pois poderá abrir a mente de quem o lê de um modo que pode ser muito recompensador.

Antes da nossa entrevista, vamos conhecer brevemente o nosso convidado.

Americano, de Denver, estado do Colorado, jogou seu primeiro Pro Tour na divisão Júnior em Dallas, em Novembro de 1996, chegando no Top 8 naquela oportunidade, ficando entre os quatro melhores.

Em 1997 alcançou outro top 8, em Nova Iorque, dessa vez já na divisão Sênior.

Seu formato favorito é o Standard, mas declarou a Cards Realm que gostou muito do Draft de Kaldheim.

Quando você pensa nesse jogador, lembra que ele é Hall of Fame de 2011 e escritor, mas além disso, também é compositor. Escreveu um rap sobre como ele, Gabriel Nassif e Mark Herberholz quebraram o Magic com Dragonstorm.

Você pode assistir essa música a seguir.

Para não virar uma biografia, recomendamos que pesquise sua carreira no site da Wizards. Agora vamos à parte mais importante, a entrevista:

1. Queremos saber sobre você: Quais seus hobbies? Como era sua vida antes de conhecer o mundo do Magic?

Chapin: Não tenho certeza se realmente tenho hobbies. Tudo o que faço é uma espécie de extensão do trabalho, da arte ou de ajudar as pessoas. Minha vida era definitivamente um pouco diferente antes de eu conhecer o mundo do Magic: the Gathering. Para começar, eu tinha treze anos, enquanto estou com quarenta agora. Joguei todos os esportes durante anos, mas quando estava me recuperando de uma lesão no futebol americano no final da temporada, entrei no Magic e nunca mais olhei para trás.

2. Quando e como conheceu o Magic? Qual sua primeira experiência com o jogo? Conta um pouco pra gente!

Chapin: Minha mãe estava comprando um livro de Dungeons & Dragons para mim em 93 e num impulso pegou um booster de Arabian Nights, mas quando ela descobriu que não havia um livro de regras (e eles estavam fora do Unlimited), ela o devolveu. Então, em vez disso, minha primeira experiência foi ver o deck de iniciante do meu primo Matt e quando eu vi Craw Wurm, eu sabia que estava lá o que queria. Coincidentemente, meu melhor amigo tinha acabado de entrar no jogo e meus primeiros jogos reais foram com ele e alguns de seus amigos em um grande jogo. Meu primeiro booster contou com a Force of Nature! Logo no início, vários de meus amigos não jogavam "torneios legais", então eu descobri uma estratégia que mudaria suas mentes: um deck de quarenta cartas com sete Channel, oito Fireball e um monte de Lightining Bolt, Kird Ape , Birds of Paradise e Llanowar Elves.

3. Diria que o jogo é parte fundamental da sua vida, seja monetariamente ou não?

Chapin: Não tenho certeza se o jogo é uma parte fundamental da minha vida. Não me parece.

4. Como você vê o Magic hoje, em relação ao Power Level das cartas, reprints, banimentos. Vê alguma mudança que precisa ser feita? O que acha da F.I.R.E?

Chapin: Tento ver com precisão! Tento me adaptar a tudo o que eles estão fazendo. Eles parecem ter aumentado o Power Level recentemente, e tiveram muitos banimentos, nos últimos dois anos principalmente; no entanto, as coisas parecem ter melhorado. Michael Flores e eu conversamos sobre o que achamos que deveria ser considerado para bans em qualquer formato em nosso podcast semanal, Top Level Magic. O design Magic deve ser divertido, convidativo, reproduzível e empolgante, para que tudo soe bem. Como você realmente consegue isso é a verdadeira questão.

5. Para novos jogadores, o Arena tem sido uma ótima porta de entrada. Na sua opinião, a plataforma está suficientemente boa como está, ou poderia melhorar? Seria boa a adição de formatos competitivos, como Pioneer?

Chapin: O Arena é ótimo, mas é claro que definitivamente pode ficar melhor (e ficará, à medida que eles continuarem a aprimorá-lo). Não tenho certeza se há necessidade o suficiente de colocar o Pioneer nele, quando ele já tem Histórico, mas talvez eventualmente. Parte do problema é que muitos dos cards Pioneer ainda não estão na Arena, então me parece que adicioná-los pode ter um grande impacto (e pode acabar aproximando o Histórico e o Pioneer).

6. O Arena abriu as portas também a jogadores mais competitivos, mas muitos não conseguem ir tão longe quanto querem. Consegue enxergar algum erro na postura desses jogadores?

Chapin: Eu teria que ver de quais jogadores você fala para identificar quaisquer erros. Posso dizer que o sistema de classificação é uma espécie de pirâmide, e "alto" só é alto em relação a outras pessoas que querem ser mais altas, então está fundamentalmente embutido no sistema que muitos jogadores não conseguirão ir tão longe quanto eles querem.

7. Falar em Chapin, não tem como não falar de Next Level. Fala um pouco sobre como foi escrever esses livros, sobre suas inspirações.

Chapin: Next Level Magic e Next Level Deckbuilding eram muito diferentes do que escrever artigos. Houve muito "brainstorming", experimentação, elaboração de teoria sobre o que seria útil na forma de livro, muita interação com as pessoas. Quando eu estava escrevendo Next Level Magic, tive uma pane no computador e perdi um mês e meio de trabalho, a partir de então, sempre salvei tudo na nuvem. Quando eu estava escrevendo Next Level Deckbuilding, tive o prazer de trabalhar com meu agora co-apresentador, Michael Flores, uma das minhas maiores inspirações para a escrita de Magic. Minhas outras influências de escritor de Magic incluem Ferrett Steinmetz, Jeff Cunningham, Zvi Mowshowitz e Eric D. Taylor, entre outros.

8. Seu material é muito lido em todo o mundo, e mesmo após esses anos, ele é bem atual, mas, com a evolução do jogo, do Power Level tanto das cartas como dos jogadores, você vê uma necessidade de escrever um material novo? Tem planos?

Chapin: Sim, estou definitivamente explorando ideias.

9. Acredita que falta materiais como o seu no meio Magic? Podemos ver, por exemplo, no xadrez, centenas de livros com técnicas e táticas de jogo, além de jogadas específicas. Mesmo o Magic tendo muito mais variáveis, não é um campo que poderia ser mais explorado?

Chapin: Hoje em dia, todo mundo está realmente focado na internet para os mais novos decks e táticas para construção de deck e sideboarding. Eu definitivamente acho que há muito a ganhar estudando os fundamentos, e esse é o foco principal dos meus livros. Sim, acredito que sim.

10. O estudo é muito importante no desenvolvimento do jogador. É claro que a prática é a mais usada, mas ler artigos, livros, assistir vídeos, entre outros conteúdos, faz diferença na evolução do jogador?

Chapin: . O que você alimenta seu cérebro definitivamente tem um impacto em sua evolução como jogador. Nem todos são iguais, e alguns precisam praticar repetições indefinidamente, enquanto alguns precisam ler mais, enquanto outros aprendem melhor com as conversas e alguns com um pouco de brincadeira e muita reflexão. Experimentar o que funciona melhor para você é definitivamente recomendado e certifique-se de mantê-lo agradável.

11. O que você diria para o Patrick do passado, quando estava começando a conhecer o mundo do Magic?

Chapin: Eu não acho que diria nada. Eu era inocente e era maravilhoso. Eu não gostaria de dizer nada que pudesse remover um pouco dessa inocência.

Mensagem final ao convidado:

Patrick, muito obrigado pela participação! Fico muito feliz de tê-lo nessa entrevista para a Cards Realm. Sempre admirei muito o seu trabalho!

Mensagem do convidado:

Mando uma mensagem para os leitores: faça da experiência o que você quer que seja. O Magic é um mundo muito maior do que você pode explorar totalmente. Leve-o para onde quiser.

Agradecemos a todos pela leitura, foi realmente sensacional essa entrevista. Se você gostou, por favor, deixe um comentário e compartilhe com seus amigos.

Um agradecimento especial à Tabata (SuperTabs) pela sua contribuição.

Links para encontrar o nosso convidado de hoje nas redes sociais:

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Link para o livro na Amazon: Next Level

Até o próximo!