Magic: the Gathering

Deck Guide

Pioneer: Boros Pia Aggro - Deck Tech e Guia de Sideboard

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O Boros Pia é a mais nova variante dos decks Aggro do Pioneer, e mistura elementos do antigo Boros Burn com os efeitos de card advantage poderosos lançados nos últimos anos.

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revisado por Tabata Marques

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Magic: the Gathering é um jogo em mudança constante. Desde seus primeiros anos, os conceitos de deckbuilding e estratégia evoluíram conforme jogadores descobriam novos meios de aproveitar determinados cards e mecânicas.

Outra dessas mudanças se refere à maneira como uma estratégia ou arquétipo se comporta. Um dos mais clássicos, o Burn, ganhou novos ares a partir do momento em que sua principal cor, vermelho, ganhou acesso à pseudo-meios de obtenção de valor.

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Conforme cards com o que chamam de "Impulse Draw" - efeitos que permitem exilar cards do topo do seu deck, e jogá-los neste turno ou no próximo - o Burn e suas variantes deixaram de lado a postura All-In, onde se buscava vencer o jogo em poucos turnos, para versões que possuem mais chances de manter a cadência de suas jogadas conforme a partida se prolonga.

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No Pioneer, a "era de ouro" desta versão mais resiliente de Burn existiu na pandemia, com o Lurrus Burn, onde Lurrus of the Dream-Den garantia um late-game eficiente após o seu oponente gastar recursos para lidar com suas outras ameaças. Depois, Lurrus foi banido, e o arquétipo esteve em baixa desde então.

Porém, com o lançamento de efeitos de "draw 2" vermelhos, como Reckless Impulse e Wrenn's Resolve - que estabeleceram a nova temática do arquétipo no Pauper - o deck voltou ao Metagame, por conta da sua interação com outro payoff para efeitos de exílio - Pia Nalaar, Consul of Revival.

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No artigo de hoje, vamos explorar esta nova variante de Boros Aggro!

A Decklist

No Pioneer, tive a experiência de jogar com o Boros Burn por meses até o eventual banimento de Lurrus of the Dream-Den, e se há algo que aquela época me mostrou, é que o arquétipo precisa maximizar seus números para obter eficiência com seus cards.

Portanto, a minha lista é a mesma utilizada por ScouterTF2 para chegar ao terceiro lugar no último Pioneer Challenge, dado que sua lista é a mais "consistente" nos números de cards.

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Na verdade, essa versão está mais próxima de um Red-Based Aggro do que de um Burn. Você não possui tantas mágicas de dano, seu plano de jogo inclui remoções eficientes, mas você conta com um pacote de criaturas muito agressivas para pressionar o oponente, enquanto gera valor com suas mágicas.

Há algumas mudanças possíveis nela. A primeira é a de que quatro cópias de Showdown of the Skalds é muito em jogos onde você precisa partir para a velocidade ao invés do atrito. Bonecrusher Giant, apesar de fazer tudo o que um deck Aggro vermelho quer, é pouco impressionante por se comunicar mal com o resto da lista, e também funciona melhor em jogos de atrito.

Ou seja, essa versão é excelente quando você espera jogos justos, mas onde você pode precisar, também, roubar algumas vitórias através da velocidade e do plano "All-In". Em um Metagame mais injusto, algumas mudanças são necessárias para agilizar nosso plano de jogo.

Maindeck

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Nossas ameaças.

Soul-Scar Mage e Monastery Swiftspear são staples clássicas do arquétipo no formato, como one-drops eficientes, que crescem no decorrer da partida, e oferecem uma dúzia de pequenos truques com as demais mágicas do deck, além de saírem do controle do oponente muito fácil, caso o pressionem nos primeiros turnos.

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Enquanto não é bem uma criatura, Kumano Faces Kakkazan é outro one-drop eficiente para aumentar o clock, e garante uma posição de mesa respeitável se seguido por Pia Nalaar, Consul of Revival no turno seguinte.

Bonecrusher Giant se tornou um dos cards mais jogados do Pioneer no último ano, e com a ausência de Lurrus of the Dream-Den, não há mais motivos para os Red-Based Aggro do Pioneer não recorrerem a ele, dado que a criatura funciona como burn e/ou remoção, além de colocar um corpo 4/3 que se protege por conta própria na mesa.

Pia Nalaar, Consul of Revival é a razão para jogarmos com esse deck, e a lista é, em partes, construída em torno dela. Um corpo 2/3 é bem decente como two-drop funcional, e sua habilidade de criar tokens, enquanto comparável com Young Pyromancer, é mais eficiente por criar tópteros que voam e possuem Haste, o que dá ao oponente menos oportunidade de achar uma resposta para eles.

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E para tirar proveito da nova criatura, temos um poderoso pacote de card advantage voltado para jogar coisas do exílio.

Wrenn's Resolve e Reckless Impulse são, em essência, oito cópias do mesmo card, e são tratadas como um efeito de comprar dois cards por duas manas, o que é uma troca bem decente para os padrões do Pioneer, e colaboram em manter a nossa agressão ativa por mais turnos.

Showdown of the Skalds é a nossa máquina de valor. Uma vez que temos mana o suficiente para conjurá-lo, mesmo que o nosso oponente tenha destruído todas as nossas criaturas, ela permite ao deck se recuperar e pressionar o oponente a encontrar mais respostas. Em uma mesa cheia, resolver e desvirar com um Showdown quase sempre significará o fim da partida.

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Nosso pacote de interações.

Chained to the Rocks é o mais próximo de Path to Exile que temos para um deck agressivo como este, sendo a melhor opção para lidar com Sheoldred, the Apocalypse, Atraxa, Grand Unifier, e qualquer outra criatura que represente uma ameaça para o seu plano de jogo.

Play with Fire é a melhor variante de burn de uma mana no Pioneer. Apesar do seu uso estar mais direcionado à remoção de bloqueadores pequenos, sua flexibilidade em causar dano ao oponente significa que ela nunca é um card morto na sua mão.

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A mana dessa lista é bem objetiva, e busca dar o acesso certeiro às cores desde os primeiros turnos, enquanto comporta um número decente de Montanhas para Chained to the Rocks.

Sideboard

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Há jogos onde precisamos atrasar o oponente por tempo o suficiente para o pressionarmos e/ou mantermos a vantagem na mesa. Nesses momentos, Invasion of Gobakhan e Reidane, God of the Worthy são dois cards excelentes: enquanto Reidane funciona como uma ameaça extra e atrasa qualquer mágica de custo quatro ou maior, Invasion of Gobakhan é fácil de transformar, e garante um aumento de pressão no seu deck, além de proteger suas criaturas de sweepers.

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Também temos alguns cards com o potencial de travar os planos do oponente por vários turnos. Rest in Peace é excelente contra Greasefang e Izzet Phoenix, enquanto também possui algum uso contra Rakdos Sacrifice.

Alpine Moon é um hate direcionado contra Lotus Field, que além de ter seu próprio combo, agora também funciona ao lado de Discontinuity e Strict Proctor no Azorius Control.

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O pacote de remoções extras.

Rending Volley é uma opção excelente para lidar com Humans, mas também funciona contra Greasefang, Okiba Boss, e não é uma carta inteiramente morta contra as versões de Azorius que jogam com Strict Proctor - apesar de que prefiro ter acesso à Fry nesses casos.

Portable Hole é excelente contra decks com ameaças pequenas, ou para lidar com Witch's Oven ou outros encantamentos e artefatos com valor de mana 1 ou 2.

Destroy Evil lida com Sheoldred, the Apocalypse, e diversos cards de arquétipos como o Enigmatic Fires. Justice Strike é uma opção peculiar da qual, talvez, seria melhor ter uma segunda cópia de Destroy Evil, mas que funciona contra criaturas que tenham um corpo decente, mas fogem do escopo de suas outras remoções, como Mayhem Devil.

Guia de Sideboard

Rakdos Sacrifice

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A partida contra Rakdos Sacrifice envolve, em essência, evitar os loopings entre Witch's Oven e Mayhem Devil, que atrapalham o nosso principal plano de usar os tokens de Pia Nalaar, Consul of Revival para vencer a partida pelo ar.

Portanto, Portable Hole deve ter Witch's Oven como foco principal, enquanto Rest in Peace lidará com Cauldron Familiar, e Justice Strike é a única resposta no sideboard que temos contra Ob Nixilis e Mayhem Devil.

Nykthos Ramp

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A partida contra Nykthos Ramp/Mono Green Devotion é uma das mais estranhas para o Boros Pia Por um lado, queremos jogar por baixo e vencer a partida antes que eles possam explodir com Nykthos, Shrine to Nyx, e por outro, não temos velocidade o suficiente para fazê-lo com a mesma eficiência que um Boros Burn tradicional faria.

Nossa melhor opção, portanto, é atrasar o jogo do oponente com cards como Reidane, God of the Worthy enquanto avançamos o nosso. Alpine Moon é essencial para "lockar" Nykthos por alguns turnos, enquanto Showdown of the Skalds é lento e justo demais para uma partida injusta, enquanto Kumano Faces Kakkazan leva tempo demais para fazer seu trabalho.

Rakdos Midrange

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A partida contra Rakdos Midrange envolve, em essência, invalidar a vantagem das trocas deles, enquanto buscamos acumular valor com as nossas. Kumano Faces Kakkazan não faz nada com excelência nessa partida, enquanto Play with Fire, outro card que poderia sair em seu lugar, pelo menos lida com Bloodtithe Harvester e o token de Fable of the Mirror-Breaker.

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Destroy Evil deve ser preservado para lidar com Sheoldred, mas pode ser utilizado para destruir Reflections of Kiki-Jiki em emergências, enquanto Justice Strike é um meio excelente de lidar com qualquer criatura do oponente.

Mono White Humans

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Humans possuem vários cards que atrasam nosso jogo, como Thalia, Guardian of Thraben, e não podemos nos dar ao luxo de pagar cinco manas para Showdown of the Skalds, ou duas para Kumano Faces Kakkazan, pois cada turno contra nosso oponente é essencial.

Rending Volley e Portable Hole são nossas melhores opções no Sideboard, mas Justice Strike é decente contra várias criaturas do oponente, e Destroy Evil pode lidar com Adeline, Resplendent Cathar ou com Ossification.

Azorius Control

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Se, no jogo pós-sideboard, o oponente estiver com criaturas como Metropolis Reformer ou Lyra Dawnbringer, ou caso ele use mais criaturas no maindeck, você pode inverter os números de Play with Fire e Chained to the Rocks.

Abzan Greasefang

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Outro jogo onde cada turno conta. Rending Volley e Justice Strike são suas únicas remoções em Instant-Speed contra Greasefang, Okiba Boss, e devem ser preservadas como tal.

Rest in Peace é a sua melhor arma para esta partida, mas pode levar alguns turnos até encontrar uma cópia dela. Portanto, jogue sempre em torno de um possivel Greasefang ou Parhelion II na volta.

Spirits

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Tal como contra Humans, Spirits é um deck onde precisamos jogar em torno de eficiência de mana ao invés de valor. Logo, precisamos remover Showdown of the Skalds para incluir outras remoções baratas.

Destroy Evil é outra opção para esta partida, mas ter um card de duas manas que requer uma entre duas peças específicas para funcionar contra a maioria das criaturas do oponente não parece uma opção atrativa.

Lotus Combo

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Velocidade é a chave para vencer o Lotus Combo, tal como ocorre com o Mono Green Devotion, não temos a mesma velocidade que um Burn tradicional, e precisamos encontrar meios de atrasar o plano do jogo deles antes de finalizar a partida.

Enigmatic Fires

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Vejo o Enigmatic Fires como uma partida ruim porque não temos os elementos necessários para jogar por baixo deles, enquanto também não temos velocidade o suficiente para atrapalhar seu plano de jogo antes que eles acumulem muito valor.

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Nossa melhor opção é a de tentar fazer o plano Aggro-disruptivo, enquanto mantemos cards que conseguem nos manter no jogo por mais tempo e/ou nos gerar card advantage o suficiente para enchermos nossa mesa ou realizarmos uma sequência de jogadas que os coloquem para trás.

Boros Convoke

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Tal como outros decks Aggro, o Boros Convoke é uma partida onde trocamos card advantage por eficiência em mana. Não o vejo como uma partida favorável porque o oponente possui muitos bloqueadores enquanto pode vencer o jogo "de graça" tão cedo quanto no terceiro turno, e não colocamos pressão o suficiente para fazê-los pensar duas vezes.

Porém, eles perdem o fôlego mais rápido do que nós, e com Wrenn's Resolve e Reckless Impulse, podemos abrir uma vantagem com Pia Nalaar, Consul of Revival ou outras criaturas e mágicas para remover as ameaças deles.

Gruul Vehicles

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Gruul Vehicles é uma partida que considero desfavorável para o Boros Pia, e nem o pós-sideboard é realmente favorável: as criaturas deles são maiores do que as nossas e geram mais valor por conta própria, enquanto contamos com a interação entre nossos cards para melhorar nossa posição de mesa.

Uma sequência de tokens com Pia Nalaar é sua melhor condição de vitória aqui, já que o oponente possui poucos meios de bloquear criaturas voadoras. Logo, buscamos lidar com as ameaças deles com Justice Strike e Destroy Evil - essencial para lidar com algum veículo tripulado - enquanto estendemos a partida ao ponto de sequenciarmos mágicas de exílio.

Indomitable Creativity

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Creativity é outra partida relativamente difícil, por conta do alto número de remoções baratas do oponente, que diminuem a pressão que conseguimos colocar nos primeiros turnos.

Qualquer versão de Creativity é muito perigoso para nosso plano de jogo, porque limita os momentos em que podemos dar tap out sem preocupações, em especial com uma sequência que leve à Fable of the Mirror-Breaker no terceiro turno, logo, se dar tap out para Showdown of the Skalds é muito arriscado, enquanto Kumano Faces Kakkazan faz muito pouco como um topdeck, e morre rápido demais no early-game.

Conclusão

O Boros Pia é uma nova estratégia emergente do Pioneer, e uma bem intuitiva e simples de se pilotar, se comparado a outras estratégias mais detalhadas do Metagame. Seu espaço no cenário competitivo, por enquanto, é limitado, mas têm apresentado resultados o suficiente em Challenges e outros eventos para ser respeitado como uma aposta em grandes torneios.

Obrigado pela leitura!