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Pioneer: Melhorando o Challenger Deck - Gruul Stompy

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Os Pioneer Challenger Decks 2022 chegaram! Hoje, apresentamos um guia de como melhorar a lista de Gruul Stompy vinda direto da caixa!

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revisado por Tabata Marques

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Os Pioneer Challenger Decks de 2022 tiveram suas decklists reveladas na semana passada, com quatro arquétipos diferentes: Izzet Phoenix, Orzhov Humans, Gruul Aggro e Dimir Control — cada um com uma estratégia distinta e pronto para jogar de fora da caixa, sendo perfeito para torneios em lojas locais.

O principal foco desse produto é servir como uma porta de entrada para que jogadores possam ingressar em um formato eterno sem a necessidade de buscarem incessantemente por cards mais antigos que nem sempre estão facilmente disponíveis, garantindo-lhes a experiência de aproveitar o formato a partir de uma caixa fechada encontrada em qualquer loja local.

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Diferente do que fizemos no ano passado, onde analisamos os quatro decks e demos dicas de upgrades, nesse faremos um review de cada um individualmente, com uma visão aprofundada de qual é a proposta que a lista, vinda direto da caixa, busca proporcionar e quais direções podemos tomar com base no conteúdo dele.

Hoje, analisaremos o Gruul Stompy, com seu foco em sequenciar ameaças impactantes uma atrás da outra.

Direto da Caixa — Gruul Stompy

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Diferente do Izzet Phoenixlink outside website, a lista de Gruul vinda direto da caixa tem uma estratégia bem focada em acelerar a mana no turno 1 para conjurar bomba atrás de bomba no turno 2 adiante, soterrando o oponente em pressão e valor com suas permanentes.

No entanto, ele está bem longe de ser algo que possamos de fato chamar de Stompy, ficando mais próximo de um Midrange com uma postura mais agressiva: você acelera a mana, joga suas ameaças e em seguida interage com seu oponente turno após turno com removals ou permanentes que geram efeitos de 2-por-1, como Glorybringer. E olhando por esse lado, até mesmo a sua composição de lands é relativamente bem robusta em relação ao que o arquétipo está tentando fazer.

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Com nove dual lands, incluindo cinco que entram desviradas no turno 1, o Gruul Stompy consegue, na maioria das vezes, garantir o acesso à mana verde para conjurar Elvish Mystic ou Llanowar Elves no turno 1, que preferencialmente acelerarão seu jogo com Bonecrusher Giant ou Lovestruck Beast no turno 2.

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Uma vantagem importante do core de criaturas desse arquétipo é que todas elas tem algum valor agregado: Bonecrusher Giant funciona como removal e burn, Lovestruck Beast garante dois corpos na mesa, Scavenging Ooze — que parece excessivo com quatro cópias — é um hate de cemitério excelente, e isso se estende para o topo da curva.

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Questing Beast é um ótimo jeito de punir o tapout do oponente para lidar com suas criaturas, especialmente se ele optar por conjurar algo como Liliana of the Veil, enquanto Glorybringer demanda uma resposta imediata para não se tornar um 2-por-1 ou maior no longo prazo, e Chandra, Torch of Defiance é um ótimo jeito de manter seus recursos fluindo enquanto consegue ganhar o jogo por conta própria.

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A maior ausência na lista é Embercleave, o famoso 'botão de free-win' que se beneficiaria do total de 26 criaturas (além de mais quatro com a aventura de Lovestruck Beast) para passar por cima de bloqueadores e causar dano letal em momentos inesperados.

Se a ideia era seguir uma rota de Stompy, sua inclusão seria superior à tentativa de criar uma engine de card advantage com Chandra, Torch of Defiance — que não é ruim, mas creio existir uma limitação no número de míticas nessa categoria de produto, e seria preferível ter Embercleave do que Chandra se fossemos obrigados a escolher um deles.

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Outro ponto fraco da lista é o excesso de removals: não há a necessidade de três cópias de Abrade no Maindeck, e faria mais sentido se o arquétipo buscasse capitalizar ainda mais em cima de seus mana dorks ao incluir mais three-drops, como Gruul Spellbreaker, ou até alguma mágica de dano como Lightning Strike seria preferível nesse slot para interagir melhor com a ideia de sempre pressionar o oponente.

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O Sideboard também é bem construído e busca reproduzir o que, normalmente, as listas de Gruul dessa categoria usam nesses slots.

Apesar do número excessivo de Flame-Blessed Bolt, a inclusão dos demais cards (até mesmo os quatro Cindervines) parecem sólidos o suficiente para dar ao Gruul Stompy uma chance decente contra a maioria dos outros decks, e as três cópias de Rending Volley são a cereja do bolo, já que ela subiu de valor recentemente.

Em resumo, apesar de carecer de uma das peças mais importantes do arquétipo - Embercleave - o Gruul Stompy vindo direto da caixa oferece um arquétipo consistente e sólido o suficiente para não requerer upgrades obrigatórios no momento em que você compra o produto, sendo jogável em Metagames pequenos da forma como ele vem no produto selado.

Guia de Upgrades

Há duas rotas que podemos seguir com a base oferecida pelo produto selado: manter a proposta de Gruul Midrange, onde suas ameaças oferecem efeitos de 2-por-1 e sua curva de mana é crescente a cada turno, ou o Gruul Aggro, onde capitalizamos em cima da ideia de jogar o máximo de criaturas impactantes tão cedo quanto no turno 2 graças aos mana dorks, optando por velocidade ao invés de valor.

Mas primeiro, precisamos investir em melhorar a manabase. A boa notícia é que as lands nessa combinação de cores são notoriamente mais acessíveis do que com Rakdos, Izzet, Dimir ou Azorius, então podemos maximizar o investimento nelas.

Base de Mana

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Com doze dual lands que entram desviradas, você normalmente terá a consistência necessária para jogar suas mágicas no timing certo sem se atrapalhar com custos nos primeiros turnos.

Apesar de entrar virada, creio que ter uma cópia de Rockfall Vale pode valer a pena apenas para adicionar um pouco mais de consistência à lista em momentos cruciais, enquanto se tornam raros os momentos onde sua presença atrapalhará o seu plano de jogo.

Gruul Midrange

Para o Gruul Midrange, precisamos investir um pouco mais em manter nossos land drops sem que eles se tornem um problema posterior. Logo, necessitamos de mais terrenos utilitários.

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Lair of the Hydra e Sokenzan, Crucible of Defiance oferecem mais ameaças e um meio de capitalizar em torno do mana sink em partidas mais longas.

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Para incrementar ainda mais a utilidade das nossas lands e nos dar um removal mais abrangente, também incluímos duas cópias de Shatterskull Smashing para lidar com mana dorks e outras criaturas pequenas ou Planeswalkers no mid ou late-game.

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Por fim, a última alteração recomendada para o maindeck é a de adicionar o famoso "botão de free-win", Embercleave, sendo particularmente letal se equipada à Bonecrusher Giant ou Lovestruck Beast.

E com o suporte dos nossos land drops, além de Chandra, Torch of Defiance, dificilmente teremos problemas em a conjurar por quatro ou cinco manas em momentos mais difíceis.

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Porém, para aumentar a consistências com qual jogamos Embercleave por três ou até duas manas, a inclusão de Kari Zev, Skyship Raider parece necessária já que ela oferece dois corpos na mesa toda vez que ataca, além de bloquear bem alguns dos early-drops de outros decks Aggro.

Scavenging Ooze é um card excelente em várias ocasiões no Pioneer atualmente, e você pode mantê-lo com quatro cópias no Maindeck se preferir, mas aqui, estamos movendo duas para o Sideboard para abrir espaço.

Sideboard

Novamente, é importante ressaltar que o Sideboard é muito dependente do Metagame em que você está ambientado, fazendo-se necessário avaliar o quanto cada opção vale a pena com base em quais decks você enfrenta.

Aqui, procuramos diversificar a base do Sideboard para um Metagame mais abrangente.

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Flame-Blessed Bolt é excelente se você enfrenta muitos Aggros pequenos ou ameaças recorrentes com resistência baixa, como contra Mono Black Aggro ou Izzet Phoenix. Mas as criaturas do Gruul costumam ter a vantagem em paridade de mesa com corpos maiores. Logo, a necessidade de punir os Go-Wide não é tão grande ao ponto de você necessitar de 4 removals específicos de uma mana.

Scavenging Ooze foi movido para o Sideboard por lidar recorrentemente com qualquer coisa que você precise retirar do cemitério alheio, enquanto cresce e garante um fôlego extra com cada ativação.

Strangle é um removal de uma mana mais abrangente, sendo mais importante do que Flame-Blessed Bolt em diversas partidas. Você pode optar por outro removal nesse slot, como Lava Coil ou até Domri's Ambush.

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Cindervines é uma boa tech anti-control ou anti-spellslinger que dobra como hate de artefato ou encantamento, e sua inclusão no produto direto da caixa é decente. No entanto, a lista carece de algo para jogar contra outros Midranges voltados para atrito, e Hazoret the Fervent é uma boa opção para punir o oponente por não conseguir lidar com criaturas indestrutíveis com facilidade.

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Abrade, apesar de não valer o slot no maindeck, é uma resposta flexível no Sideboard e uma das poucas disponíveis que lidam diretamente com Greasefang, Okiba Boss além de artefatos tutorados por Karn, the Great Creator. Logo, adicioná-la ao Sideboard parece uma boa opção.

Assim como Cindervines, três Shifting Ceratops no Sideboard parece um pouco excessivo, visto que ele é um four-drop do qual você normalmente só conjura a partir do turno 5.

Outros Upgrades

Com essas mudanças, sua lista ficará assim:

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A partir dessa base, você pode buscar algumas peças para melhorar a composição da sua estratégia da forma que você considerar mais pertinente. Particularmente, recomendo um playset de Fable of the Mirror-Breaker, além de um ou dois Den of the Bugbear e outras staples como Unlicensed Hearse e Klothys, God of Destiny no Sideboard.

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Gruul Aggro

Mas se você gosta de pressionar seus oponentes e terminar os jogos rápido e sem tanta interação, uma variante mais agressiva e voltada exclusivamente para o beatdown será uma proposta mais atraente para seu gosto.

A principal mudança de postura nesse caso é a ausência de muita interação direta: você tem um plano e vai segui-lo à risca, levar o total de vida do seu oponente de 20 para 0 na menor quantidade de turnos possíveis, colocando uma criatura atrás de outra ano campo de batalha e deixando a "matemática" para o outro lado da mesa.

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Com o foco em agilizar nosso plano de jogo, não podemos nos dar ao luxo de virarmos cinco manas para colocarmos um 4/4 com Haste e Flying no campo de batalha, já que precisamos capitalizar em cima de permanentes baratas. Logo, Glorybringer deixa a lista sendo substituído por Reckless Stormseeker, que torna toda criatura que entrar em jogo após ele uma ameaça.

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Embercleave é ainda mais importante nessa versão porque o deck inteiro é basicamente voltado para a expectativa de o conjurar rápido, mas sem a necessidade do equipamento ser o único meio viável de vencer o jogo.

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Werewolf Pack Leader é excelente quando se trata de criaturas impactantes, e a sua capacidade de nos dar um draw extra a cada turno ajuda á manter nossos recursos fluindo a cada turno.

Chandra, Torch of Defiance foi movida para o Sideboard para estar na lista em jogos de atrito onde não conseguimos vencer na race, e tenho algumas dúvidas quanto a retirar Questing Beast, mas estamos falando de um 4/4 que não gera valor quando entra em jogo por quatro manas.

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Os últimos quatro slots são flexíveis e você pode até manter Mizzium Mortars se preferir, ou adicionar alguma outra carta que você considere importante.

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Aqui, optei por Legion Loyalist, já que o arquétipo não tem problemas em desencadear o Battalion, onde todas as suas criaturas provavelmente trocarão positivamente em combate com as do oponente, além de ser mais uma criatura 1/1 para garantir que Lovestruck Beast ataque regularmente.

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Assim como na variante Midrange, aqui precisamos mitigar a quantidade de topdecks ruins com lands utilitárias, visto que reduzir muito o número delas não é recomendável. Então, além de Lair of the Hydra e Sokenzan, Crucible of Defiance, contamos com Kazandu Mammoth na forma de uma ameaça extra que nos garante mais meios de gerar mana verde para conjurar Werewolf Pack Leader no turno 2.

Sideboard

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Cindervines é uma opção interessante contra mais arquétipos do que Outland Liberator, mas nosso principal foco nessa lista é a de ter uma criatura em jogo todo turno e, portanto, não podemos nos dar ao luxo de jogar um encantamento que não faz nada por conta própria.

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Novamente, Strangle é mais abrangente, então está substituindo Flame-Blessed Bolt como o nosso principal removal nas partidas onde elas são necessárias.

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Por fim, precisamos de meios de jogar bem em partidas de atrito, e além do card advantage providenciado por Chandra, Torch of Defiance, e temos Squee, Dubious Monarch como uma criatura conjurável do cemitério e que melhora sua posição de mesa a cada turno se não for apropriadamente respondido.

Shifting Ceratops é pesado demais para essa estratégia, e Abrade parece desnecessário quando já temos um playset de Outland Liberator e de Strangle para ambas as ocasiões onde o usaríamos.

Outros Upgrades

Com essas mudanças, sua lista ficará assim.

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E outros upgrades podem incluir Collected Company para pegar o oponente desprevenido na end step, além de Den of the Bugbear como uma manland mais impactante do que Lair of the Hydra.

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Além desses, o combo de Combat Celebrant e Fable of the Mirror-Breaker também é uma opção atraente e um meio de ganhar o jogo instantâneamente com cards que são naturalmente bons na estratégia do arquétipo se encaixados nos slots certos.

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Conclusão

O Gruul Stompy foi muito bem construído vindo direto da caixa, e abre possibilidades o suficiente para o jogador optar entre um plano mais cadenciado com base em valor e trocas de 2-por-1, ou na ideia de ir pra race e ganhar a partida em poucos ataques antes do oponente se estabilizar.

Se você quiser mais ideias de como melhorar seu deck, ou como o Pioneer enquanto formato se comporta, lembre-se que temos nossa página de Metagamelink outside website, atualizada frequentemente com os Challenges e Ligas mais recentes, além dos resultados dos eventos que acontecem na plataforma de torneios da Cards Realm!

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Obrigado pela leitura!