Magic: the Gathering

Opinião

5 Acertos e Erros de Magic: The Gathering em 2022

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Esse último ano foi bem longo para Magic: The Gathering e sua comunidade, com diversos eventos, lançamentos e polêmicas ocorrendo nos últimos meses. Nesse artigo, apontamos cinco acertos e cinco erros da Wizards of the Coast com Magic em 2022.

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revisado por Joey Sticks

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Magic: The Gathering passou por uma série de mudanças e momentos polêmicos ou controversos em 2022. Na verdade, a sensação que tenho é de que aconteceu tanta coisa nesse ano em relação ao jogo que estamos todos um tanto sobrecarregados, e foi o primeiro ano em que testemunhei pessoas querendo dar um tempo de Magic por ter "coisa demais acontecendo".

Esse foi um ano e tanto para o jogo, e assim como tivemos uma série de desgastes, também tivemos algumas boas notícias ao decorrer de 2022. Nesse artigo, vamos apresentar cinco acertos e cinco erros que a Wizards of the Coast fez/Hasbro fizeram em relação à Magic: The Gathering.

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A seleção de eventos foi feita com base na repercussão que elas tiveram, seu impacto de curto e longo prazo para a empresa e o jogo, além do que elas simbolizam para o futuro da marca.

Cinco acertos de Magic: The Gathering em 2022

1 - O Pauper Format Panel

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Se eu tivesse que escolher um evento como o melhor do ano, seria a criação do Pauper Format Panel.

O Pauper sempre foi um formato que precisou lutar por questões como reconhecimento e gerenciamento da sua lista de banidas. Por anos, jogadores precisaram passar meses enfrentando Metagames nada saudáveis, e seu ponto de ebulição deu-se na espera de quase três meses para o banimento de Chatterstorm e Sojourner's Companion, que o transformaram em um formato de três decks (Storm, Affinity e Blue-Based).

Então, em 10 de janeiro de 2022, a Wizards anunciou a criação de um comitê especializado, o Pauper Format Panel, que inclui seis nomes importantes e influentes do formato, além do Gavin Verhey, designer sênior de Magic: The Gathering. O objetivo do comitê é de gerenciar e avaliar a saúde do Pauper e dar as devidas recomendações para a Wizards of the Coast de quais mudanças precisam ser feitas no formato conforme necessárias.

Desde sua criação, o Pauper passou por algumas várias mudanças no decorrer do ano, incluindo o banimento cirúrgico de Prophetic Prism e Bonder's Ornament na primeira leva de intervenções do comitê, seguido da partida de Galvanic Relay e Disciple of the Vault e, claro, o banimento das cartas com Initiative poucas semanas após elas começarem a causar estrago no formato.

Se tem algo que a Wizards poderia aprender com o PFP, é que ter um grupo pessoas dedicadas e especializadas em determinados formatos competitivos dando assistência à empresa sobre quais problemas estão acontecendo ajuda a criar ambientes mais diversificados e saudáveis de se jogar e essa iniciativa poderia ser amplificada para outros Metagames onde a empresa não tem tanto imediatismo em adereçar seus problemas, como o Legacy.

2 - O formato Explorer para o Magic Arena

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Quando o Historic foi anunciado, a ideia de que ele seria o "formato eterno" do Magic Arena estava bem nítida. No entanto, conforme os anos passaram, ele foi passando por diversas mudanças e inserção de cartas específicas através dos produtos de Anthology, e a coisa ficou muito confusa quando, repentinamente, a plataforma digital ganhou as cartas de JumpStart e anunciaram que todas elas seriam válidas no Historic.

Esse evento deu início à piada que ninguém sabe exatamente o que vale ou não vale no Historic, e a situação só piorou quando adicionaram as Mystical Archives e posteriormente as cartas digitais exclusivas, além de algumas muitas peças dos sets de Modern Horizons. O Historic não era mais "o formato para jogar quando suas cartas rotacionassem", ele era algo inteiramente diferente e o qual muitos jogadores passaram a não gostar.

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Para atender a demanda dos jogadores que desejavam um formato eterno leal ao tabletop, a Wizards anunciou em 21 de abril o Explorer, cujo objetivo é eventualmente se tornar o Pioneer conforme novas cartas forem inseridas na plataforma digital, portanto, eles usariam a mesma pool de cartas e a mesma lista de banidas.

Podemos afirmar que, além de colaborar indiretamente para popularizar o Pioneer, o Explorer ajudou bastante a agilizar o bom gerenciamento do formato com banimentos precisos, como o de Winota, Joiner of Forces e Expressive Iteration. Além disso, o Explorer deu aos jogadores não só um refúgio para jogar com suas cartas rotacionadas sem precisarem lidar com certas bizarrices presentes no Historic, como também deu luz a um Metagame próprio que intercala com o Pioneer e ajudou a popularizar, por exemplo, o Rakdos Midrange.

Outro sintoma da criação do Explorer é que estamos recebendo mais reprints de cartas necessárias no Pioneer para o formato. Por exemplo, as painlands saíram em Dominaria United e The Brothers' War, que também trouxe Monastery Swiftspear, e creio que podemos esperar por mais peças importantes do formato adentrando a plataforma digital por meio dos sets de Standard ao invés de apenas nos bundles de Anthologies.

3 - A volta do Pro Tour

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O título mais apropriado seria "A volta do tabletop como parte do núcleo que compõe o cenário competitivo e profissional de Magic: The Gathering", mas isso não seria apenas longo demais, como também podemos de fato resumir esse retorno do "Magic de papel" aos holofotes no mundo pós-pandemia à volta do Pro Tour.

Com uma premiação de $500.000 para cada Pro Tour, o novo sistema de Premier Play do jogo começa através dos classificatórios para os Regional Championships, dos quais detalhes ficaram na mão de lojas conhecidas em suas respectivas regiões e que poderiam ser jogados em qualquer loja local que participasse do programa da organização local.

É claro que, ao terceirizar uma parcela do programa e deixá-los nas mãos de diferentes organizadores, a nova rota do Magic competitivo se tornou alvo de algumas controvérsias durante a temporada de Qualifiers, além de também ter algumas falhas em suas estruturas que naturalmente dificultam que determinadas comunidades e regiões participem de um torneio de escala tão grande quanto um Pro Tour.

Porém, o retorno de uma estrutura competitiva bem-organizada e de fácil compreensão foi algo que Magic perdeu quando a Wizards decidiu apostar suas moedas na migração para o universo dos eSports - que, convenhamos, foi um fracasso porque a empresa queria competir neste universo sem apresentar uma estrutura digna do título de eSport para a sua plataforma digital - e retornar ao básico ajuda qualquer jogador que queira ir para além do casual a entender o passo-a-passo que ele precisa seguir se um dia pretende ter seu nome marcado na história do jogo.

O primeiro Pro Tour após essa renovação ocorrerá em fevereiro de 2023. Nele, teremos uma ideia de quais frutos bons e ruins poderão ser colhidos após anos insistindo em mudanças falhas que apenas dificultaram na compreensão do que é competir e ver jogos presenciais de alto nível em Magic: The Gathering.

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4 - Kamigawa: Neon Dynasty

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Sim, Magic teve lançamentos demais em 2022 e vamos adereçar esse ponto mais abaixo, mas que tal voltarmos ao momento onde o ano para o jogo ainda parecia promissor? Kamigawa: Neon Dynasty acertou em praticamente tudo o que ele se propôs à fazer, sendo visto como a melhor edição de Magic do ano!

Cada pequeno aspecto do set foi muito bem-executado: sua temática cyberpunk oriental foi perfeita e reflete bem a passagem de tempo ocorrida no plano de Kamigawa; o set não deixou de lado nomes e clãs icônicos do bloco original como os Umezawa ou Hidetsugu; o ciclo de Channel Lands foi um dos mais elegantes da história do jogo; mecânicas famosas como Ninjutsu voltaram; a maioria de suas temáticas funcionaram muito bem e estabeleceram estratégias próprias nos formatos competitivos.

Além disso, os decks de Commander foram excepcionais, as ilustrações alternativas e principalmente as lands básicas ficaram maravilhosas e, por fim, a lore havia finalmente dado o primeiro passo largo em direção ao retorno do arco de Phyrexia. E se olharmos para fora do contexto do card game, até os acessórios promocionais da edição, como a mochila que vinha com vários outros itens exclusivos, foram muito bem-executados.

Seu lançamento reacendeu em muitos jogadores a paixão por jogar Magic no começo de 2022, e Neon Dynasty também deixou sua marca permanente no cenário competitivo de Magic com cartas como Fable of the Mirror-Breaker, The Wandering Emperor e Greasefang, Okiba Boss. E se olharmos para o impacto além do jogo, a edição demonstrou um ótimo exemplo de como promover o seu novo produto, e seria maravilhoso se a Wizards aproveitasse algumas dessas lições importantes no futuro.

5 - O Secret Lair "Pride Across the Multiverse"

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A série Secret Lair é alvo de controvérsias desde o seu primeiro bundle no fim de 2019. A ideia da Wizards de inserir diretamente cartas promocionais nas mãos dos jogadores sem passar por uma loja ou distribuidora foi mal-recebida, mas o aspecto colecionável dos Secret Lairs e a sua tiragem limitada torna deles um item cobiçado principalmente por colecionadores e aqueles que enxergam Magic como um investimento.

Hoje, bundles conhecidos como Superdrops saem pouco depois de todo lançamento principal de Magic e se tornaram uma prática tão comum da Wizards que a maioria das pessoas passou a simplesmente ignorá-los ou os considerar como mais uma das várias investidas da Hasbro para vender mais produtos do seu famoso "ganso dourado". Mas precisamos dar o devido reconhecimento quando a empresa toma uma atitude em prol de uma causa e o coloca em evidência, e a iniciativa por trás do Pride Across the Multiverse foi uma ideia excelente.

Magic é um jogo com um público muito diversificado, mas cuja comunidade em algumas regiões é muito tóxica em relação a grupos marginalizados. Ter a empresa realizando um aceno para esses grupos através de um produto promocional e uní-lo a uma ação tangível para essa comunidade, como a de doar metade da receita das vendas para o The Trevor Project, encoraja que esse público queira e tenha mais espaço e voz dentro e fora do seu cenário local.

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Magic: The Gathering tem o potencial de ser o catalisador por onde esses grupos marginalizados se sintam mais à vontade para se reunirem, serem eles mesmos, e encontrarem um espaço onde possam se sentir amados e aceitos, e espero que a Wizards of the Coast saiba reconhecer esse acolhimento que ela pode proporcionar para uma comunidade tão importante dentro e fora do jogo.

Além disso, representatividade importa muito, então que a empresa nos traga mais Ral Zareks e Tomiks, mais Huatlis e Saheelis, mais Aleshas, mais Niko Aris, mais personagens bissexuais, além de figuras dos quais outros grupos também se encontrem e se identifiquem, como neuro atípicos com Narset, Parter of Veils.

Cinco erros de Magic: The Gathering em 2022

1 - Pride Across the Multiverse bloqueado na América Latina

Reprodução: IG Queer
Reprodução: IG Queer

Infelizmente, a beleza do Pride Across the Multiverse se encerrou no momento em que a Wizards confirmou que o conteúdo relacionado ao produto estaria bloqueado em países e regiões onde há complicações jurídicas quanto a conteúdos LGBTQIA+. Ou seja, ele seria bloqueado em países que criminalizam a homossexualidade e, por alguma razão que nunca foi explicada, esse Secret Lair foi bloqueado para uma boa parte da América Latina.

A empresa nunca adereçou esse problema e nem o consertou, causando uma repercussão negativa gigantesca durante algumas semanas, já que em países como o Brasil, não há nenhuma legislação que proíba a publicação e disseminação de conteúdos LGBTQIA+ no país. Pelo contrário, nosso país conta com a organização da maior parada do Orgulho LGBT do mundo, em São Paulo.

Passado mais de sete meses desde o anúncio da edição especial, não há sinais de que a Wizards of the Coast vai consertar esse erro e permitir que seu público latino-americano possa, por meios oficiais, obter as cartas de um dos produtos mais importantes da série Secret Lair, desapontando uma comunidade que não poderá se sentir representada e das quais alguns organizadores de eventos voltados para esse público se sentiram até desmotivados a continuar com o seu trabalho de unir a comunidade quando a própria empresa parece não se importar o suficiente com eles.

2 - A edição de aniversário de 30 anos de Magic

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Mil dólares por uma caixa com quatro booster packs de Beta, mas todas as cartas inclusas nela serão inválidas em torneios. Logo, esses boosters são apenas um produto comemorativo sem fins práticos. Essa foi a ideia que a Wizards teve para celebrar os trinta anos de Magic: The Gathering, e a comunidade odiou.

Podemos afirmar que este foi o pior produto de Magic já lançado: ele é desnecessário, muito caro, é almejado exclusivamente para colecionadores e seu único fim prático é comprá-lo e deixar ele parado na sua estante até que seu preço inflacione por conta da sua tiragem limitada. Ou seja, ele não tem nada que simbolize a celebração de trigésimo aniversário de um jogo de cartas.

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A propósito, essa edição também deu evidência aos debates sobre se a empresa, ao imprimir cartas que são tecnicamente proxies, estaria permitindo o uso de cartas impressas em eventos não-sancionados como em mesas de Commander, o que é uma repercussão excelente para uma ideia tão ruim e tão mal-executada.

3 - Símbolos de Nozes

Un-Sets existem no jogo desde que Unglued saiu em 1998. A ideia por trás dessas edições foram mudando conforme o passar dos anos e eles foram de piadas ligeiramente infames ou ofensivas de Unglued e Unhinged até o uso de um espaço de design que não se encaixa nos padrões do jogo com Unstable, como precisar ficar com a sua cabeça deitada na mesa ou deixar uma pilha de cartas apoiada em alguma parte do seu corpo.

O propósito dos Un-Sets é criar uma experiência de jogo divertida e única em um ambiente de draft com cartas que jamais poderiam ser válidas em torneios sancionados, e para identificar sua legalidade, as bordas prateadas (assim como as bordas douradas dos World Championship Decks) foram sempre o método mais intuitivo de apresentar essas mecânicas.

No entanto, com o aumento da frequência com qual essas edições passaram a sair, é provável que um novo problema tenha surgido: por serem inválidas em torneios, Un-Sets contam com pouco ou nenhum valor para a maioria dos jogadores, e se torna comercialmente inviável e pouco atrativo para lojistas. O jeito que encontraram para adereçar esse problema foi incluir cartas válidas em torneios no set para fazer dele mais interessante para todo mundo.

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Não existe um relato oficial sobre isso, mas suponho que incluir cartas válidas em torneios (com borda preta) e não-válidas (com borda prateada) na mesma folha de impressão é muito trabalhoso, custoso ou até impossível de se executar. Portanto, a Wizards decidiu mudar o método de identificação de cartas vindas de um Un-Set e criou o Símbolo de Noz, onde se uma carta possui no seu canto inferior um símbolo holográfico de noz, ela não pode ser utilizada em torneios.

Ou seja, ao invés de conferir as bordas, agora jogadores precisam conferir se há um símbolo holográfico no canto inferior das cartas, quebrando uma tradição de quase 25 anos e que, na prática, trouxe situações problemáticas, pois cartas que deveriam ter o símbolo de noz saíram em boosters sem eles, e vice-versa, o que dificultará ainda mais as coisas no futuro quando novos jogadores quiserem identificar se eles podem usar uma determinada mágica saída de um booster de Unfinity ou não.

4 - Cartas genéricas exclusivas dos sets de Universes Beyond

Apesar de uma parcela da comunidade não gostar, a série Universes Beyond é uma ideia muito interessante e que veio para ficar. O conceito de adicionar personagens e eventos de outras franquias da cultura mainstream em cartas de Magic permite ao jogo expandir seu escopo de potenciais jogadores, clientes e colecionadores. Além disso, ver figuras icônicas como Ryu e Ken da franquia Street Fighter em cartas com mecânicas voltadas para a personalidade deles é muito mais interessante do que apenas ver uma alter com suas ilustrações.

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Um problema que surgiu quando o set de The Walking Dead saiu era o que reprintar esses cartas era impossível porque eles pertenciam a um mundo que não é inerente ao de Magic, e a empresa resolveu esse problema criando versões alternativas que representam a mesma criatura ou mágica, mas com uma ilustração e nome pertencentes ao multiverso do jogo.

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Warhammer 40,000 teve uma abordagem distinta da dos sets de Universes Beyond anteriores: ao invés de cartas novas serem lançadas em Secret Lairs ou serem apenas reprints de cartas já existentes no jogo, como o Duress com ilustração da Jinx de League of Legends e Arcane, os decks de Commander trouxeram uma leva de cartas exclusivas com criaturas, tipos e nomenclaturas que não existem no universo de Magic, como Astartes e Tyranids.

Ou seja, onde e como exatamente a Wizards pode reprintar essas criaturas? A empresa poderá realizar reprints funcionais dessas habilidades com outros tipos de criaturas, mas isso significa que os decks de Commander poderão usar ambos? Significa que uma lista de Legacy pode ter até oito cópias de Mawloc se eles quiserem?

No caso de Warhammer, esse problema pode ser mitigado com reprints funcionais porque não há a obrigatoriedade de ter sempre duas cópias exatas para seu deck funcionar, mas e se o mesmo acontecer com Lord of the Rings: Tales of Middle-Earth, que será lançado em 2023 como um booster set válido no Modern? Podemos ver um Hobbit ser uma staple de múltiplos formatos sabendo que não poderemos reprintá-lo fora desse universo? Haverá alguma restrição com direitos autorais caso uma carta se chame "You Shall Not Pass!" e a Wizards decida lançar ela em outro set em 2028? Se Gandalf sair como um Planeswalker, podemos dar a ele o mesmo tratamento que a Eleven de Stranger Things recebeu?

Adicionar peças inerentes dos mundos que o Universes Beyond busca explorar é um ótimo jeito de criar uma experiência imersiva para os fãs de ambas as franquias, mas também cria um problema de longo prazo onde, se uma carta daquele universo se destacar demais nos cenários competitivos, o reprint dela se torna improvável ou até impossível devido a questões do nosso próprio universo, como a retenção de direitos autorais e propriedade de marca quanto a determinadas nomenclaturas.

5 - Burnout de Produtos

Imagem: Jacob Wilson
Imagem: Jacob Wilson

Seja você um jogador, criador de conteúdo, colecionador ou apenas alguém que acompanha o jogo, é provável que em algum momento você também tenha pensado esse ano que a Wizards lançou sets e produtos demais em 2022.

Parafraseando o meu artigo sobre esse assuntolink outside website, Magic teve neste ano quatro sets padrão (todos com Collector Boosters, Set Boosters, Draft Boosters, Commander Decks, e The Brothers' War também tem os JumpStart Boosters), um Un-Set, quatro sets suplementares, três produtos exclusivos para Commander (dois contendo um total de cinco decks cada), oito produtos suplementares de Alchemy/Historic no Magic Arena, duas levas Challenger Decks com quatro decks distintos em cada, um lançamento casual (Game Night), um produto especial de aniversário e mais de 50 Secret Lairs.

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Se não fosse o suficiente, houveram tantas temporadas de spoilers em 2022 que elas começaram a esbarrar umas nas outras, e o que parecia ser a consequência do fato de que Warhammer e Unfinity tiveram atrasos na sua tiragem acabou se repetindo agora em dezembro, quando Dominaria Remastered, previsto para 13 de janeiro, teve suas cartas completamente reveladas em 24 horas e, na mesma semana, já tínhamos a live especial falando de Phyrexia: All Will Be One, que sai em 10 de fevereiro.

O assunto de burnout se tornou tão controverso que até mesmo um relatório do Bank of America apontava que a Wizards estava imprimindo cartas demais e isso prejudicava a saúde de longo prazo de Magic. A empresa respondeu realizando um "fireside chat" onde, em resumo, afirmou que não estão lançando coisas demais porque cada produto tem um segmento distinto de comprador em mente.

Porém, é fato que tanto jogadores quanto criadores de conteúdo estão cansados de Magic porque a empresa responsável pela marca adotou a metodologia do hype perpétuo, e assim como parece estar ocorrendo com o universo cinematográfico da Marvel, haverá um momento onde as pessoas ficarão tão fadigadas de precisar acompanhar tudo que perderão o interesse no jogo.

Conclusão

Isso é tudo por hoje.

Foi um ano muito agitado para o Magic e sua comunidade, e diversos outros erros e acertos ocorreram no decorrer desses doze meses. Caso você se lembre de algum que acredita merecer mais atenção, fique à vontade para deixar nos comentários.

Obrigado pela leitura!