Azorius Control (Kaheera) Pioneer: Deck Tech e Sideboard Guide

Azorius Control é um clássico representante do arquétipo Control e um dos principais decks do Pioneer atualmente, sendo amado e odiado por muitos jogadores. A verdade é que ele é extremamente poderoso e dificilmente perderá seu espaço no formato.

Nas últimas semanas embarquei em uma jornada no Pioneer competitivo do Magic Online, e o deck escolhido para me aventurar nas Ligas foi o Kaheera Control, uma versão do Azorius que utiliza Kaheera, the Orphanguard como companion. A lista que tenho usado é a seguinte:

Lista

Base de Mana

Aqui já começamos com uma grande diferença em relação às listas convencionais de Azorius Control. Essa build utiliza como remoção principal Lay Down Arms, que é uma carta que possui sinergia com terrenos do tipo Planície.

Por essa razão o deck utiliza 6 Planícies básicas e 12 lands não básicas do tipo Planície. A lista ainda conta com 4 Ilhas, 4 Field of Ruin que servirá muito bem em várias situações e 1 Otawara, Soaring City.

Kaheera precisa de duas manas brancas para ser conjurada, mais uma razão para ter tantas planícies. Apesar de possuir uma base de mana tão diferente, sem contar com fast/slow lands ou checklands, o deck consegue garantir as cores necessárias para conjurar suas mágicas sem muitos problemas.

Anulações

A lista possui uma boa variedade de anulações e elas possuem um papel fundamental na estratégia do deck.

Dovin’s Veto é um anula muito poderoso contra Midranges e na mirror, Make Disappear é versátil e tem sinergia com as fichas de criatura que o deck pode gerar.

Change the Equation é indispensável no meta atual, Saw It Coming e Absorb podem anular praticamente qualquer coisa no formato. Censor pode ser usado tanto como anulação nos turnos iniciais ou como um draw no late game.

Remoções

O deck também conta com um variado pacote de remoções para limpar a mesa de ameaças.

Lay Down Arms é uma adição incrível nessa lista, podendo se livrar de criaturas pequenas no início do jogo a ainda remover ameaças maiores no late game.

March of Otherworldly Light consegue lidar bem com Fable of the Mirror-Breaker e Reckoner Bankbuster, cartas muito importantes na estratégia do principal rival do Azorius, o Rakdos Midrange, e ainda consegue se livrar de uma grande variedade de criaturas.

Fateful Absence é muito importante no meta atual, apesar do drawback, pois o meta está cheio de Planeswalkers. Supreme Verdict e Farewell podem literalmente limpar a mesa.

Já Hallowed Moonlight é uma carta que vai atuar como remoção contra decks com Creativity e Transmogrify, apesar de não ser uma de fato e o draw é um bônus.

Condições de Vitória e Card Advantage

Após anular tudo e se livrar de todas as ameaças, com o jogo controlado e o oponente sem recursos, o deck precisa vencer de alguma forma, além de encontrar maneiras de encontrar um finisher antes que o oponente possa voltar para o jogo.

Teferi, Hero of Dominaria e The Wandering Emperor são uma dupla quase imbatível, enquanto um serve de motor e pode finalizar o jogo com sua ultimate, o outro atua povoando a mesa com criaturas e protegendo o seu lado do campo.

Memory Deluge é o principal motor do deck, buscando as peças que você precisa no momento mais adequado. Shark Typhoon também é bem versátil e pode tanto te dar aquele draw extra como colocar uma criatura 5/5 com flying em jogo.

Com a mesa limpa, o deck ainda pode usar a manland para acabar com a partida em apenas alguns golpes.

Mulligan e Postura de Jogo

Como todo deck Control, nossa postura aqui é jogar "para trás", respondendo às ameaças do oponente e controlando o jogo até estabilizar a mesa e esgotar os recursos do oponente para só aí colocar as wincons na mesa.

Falando em Mulligan, o Azorius é um deck que joga com 26-28 lands, dependendo da build e que possui uma curva mais pesada, tendo muitas mágicas de custo 4 ou mais. Com isso em mente, uma mão ideal deve ser mais ou menos assim:

Não tenha medo de mulligar. O deck consegue mulligar bem e em algumas matchs isso é fundamental.

O sideboard dessa lista é bem versátil e vai servir para ajudar em praticamente qualquer situação, e é aqui que está o grande diferencial da lista.

Regal Caracal é uma adição muito interessante na estratégia do deck e a grande razão para termos Kaheera como companion. Colocar um lorde com mais duas criaturas de sua tribo na mesa com apenas uma carta é extremamente poderoso. Em muitas situações você irá trocar Teferi ou até algumas remoções pelo plano dos gatinhos.

Starnheim Unleashed é outra wincon alternativa, sendo muito útil contra o Rakdos Midrange, pois pode fugir dos descartes com o foretell.

Divine Smite e Temporary Lockdown são mais opções de remoção no side. Divine Smite é ótimo contra decks de Sheoldred e Atraxa, e Temporary Lockdown cobre uma grande parte do meta.

Change the Equation, Dovin’s Veto e Summary Dismissal complementam o lado Control. Como falei antes, o Veto é muito forte, principalmente contra decks azuis.

Change the Equation é uma das melhores cartas que March of the Machine trouxe para o formato e é extremamente versátil. Summary Dismissal se encaixa muito bem nos jogos contra Creativity, Rakdos e outros Control.

Rest in Peace é o grave hate ideal para o deck e é indispensável em um meta onde temos Greasefang e Izzet Phoenix populares.

Vs. Rakdos Midrange

Uma match bem complexa. O oponente sempre pode ter Toughtseize no turno 1 e pós-side terá ainda mais disrupções. Suas criaturas também são bastante efetivas e podem fazer estrago rápido. Manter as ameaças controladas e garantir o fôlego no g1 é imprescindível.

Starnheim Unleashed é muito poderoso pós-side, pois escapa dos descartes com o Foretell e as fichas de anjo conseguem bloquear e atacar bem, sendo difícil para o oponente lidar com elas. Hallowed Moonlight é outra carta interessante, pois pode "anular" a ficha da Fable of the Mirror-Breaker e comprar uma carta.

Regal Caracal também é muito forte, pois mesmo que o oponente o mate, ele deixa para trás duas fichas que crescem com Kaheera na mesa.

Entra

Sai

Vs. Abzan Greasefang

O oponente precisa ter o Greasefag no turno 3 e precisa ter um cemitério recheado. Matar Greasefang, Okiba Boss e anular as mágicas que alimentam o cemitério é muito importante. Board wipes também terão um grande papel nessa match up.

Há algumas versões diferentes de Greasefang no formato, mas a mais popular é a Abzan, que conta com um pacote de descartes e outras ameaças que podem vencer o jogo, mesmo sem Greasefang.

Esse é um daqueles decks que ou você tem a resposta e vence, ou não tem e acabará perdendo. Nesse caso, o Azorius bom, pois apesar de o oponente ter inícios bem explosivos com Greasefang + Parhelion no turno 3, ainda é possível virar o jogo.

Lembrando que partidas longas são tudo que um Control precisa. Rest in Peace é fundamental no pós-side.

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Sai

Vs. Nykthos Ramp

Essa é outra match difícil e considero uma grande bad match. O oponente consegue ter turnos muito explosivos e Karn pode acabar com o jogo sozinho.

Field of Ruin pode ajudar destruindo Nykthos, Shrine to Nyx, mas é importante manter a devoção do oponente o mais próximo de zero possível e anular Storm the Festival. De forma alguma você deve permitir que Karn entre na mesa.

Pithing Needle e The Stone Brain conseguem atrapalhar demais o jogo do Azorius e o Mono-Green é um deck que também evolui ao longo da partida, sendo capaz de colocar o deck inteiro na mesa através do combo.

Abrir uma mão com o máximo de anulações possível é muito vantajoso nesse jogo. Se você conseguir controlar o início do Mono-Green e garantir que o oponente fique sem recursos, então o caminho para vitória estará livre.

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Sai

Vs. Gruul Midrange

Aqui temos um exemplo de good match. O Gruul pode ser bem explosivo também, mas é bastante suscetível a remoções, principalmente as globais.

Não deixe os elfos vivos e nem economize remoções, pois com o mínimo de espaço para desenvolver seu jogo o Gruul pode causar grande estrago.

Pós-side o oponente terá alguns recursos a mais, mas siga o plano original, mantenha a mesa limpa e finalize o jogo com a Emperor ou Shark Typhoon.

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Vs. Azorius Control

Como sempre, é importante saber o que fazer nas mirror matches, pois estas proporcionam as partidas mais complexas. O jogo se resumirá em uma guerra fria, onde as remoções são praticamente cartas mortas e a qualidade dos draws definirão o vencedor.

É importante destacar que essa versão com Kaheera pode ser mais vulnerável na mirror, dependendo da build do oponente. Versões mais clássicas do Azorius usam mais anulações no main deck ou usam Yorion, Sky Nomad, e às vezes usam o combo Narset, Parter of Veils + Day's Undoing. O importante é pensar que o estilo de jogo é o mesmo e as respostas quase sempre são parecidas.

Jogue com calma, conserve suas respostas. Nessa match, conseguir resolver uma Emperor no passe com uma anulação de backup pode ser decisivo e se precipitar e cometer um erro dando espaço para o oponente pode ser fatal.

Shark Typhoon é uma carta poderosíssima na mirror e foge das anulações. Teferi é difícil de colocar em jogo, mas se for executado com sucesso também pode virar a partida. Hall of the Storm Giants é outra possível wincon na mirror.

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O Azorius Control é um dos melhores do formato, disso não há dúvidas, e essa nova abordagem com Kaheera e Caracal pode surpreender em muitas matches.

Apesar do deck parecer monótono e anti-jogo, garanto que pilotar o Azorius é muito divertido (mas talvez não seja nada divertido enfrentá-lo). Essa estratégia me garantiu um bom início de grind no Pioneer, formato que tenho mais jogado atualmente e no qual busco me especializar.

Se você está procurando um deck realmente competitivo, se gosta de bastante interação e mágicas poderosas, o Azorius Control é a escolha certa para você!

Bom, finalizo aqui mais um artigo! Deixe suas dúvidas e sugestões nos comentários. Tentarei responder a todos. Até a próxima.