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BGS 2023: Review de Demos - Like a Dragon, Persona 3 Reload e Granblue Fantasy Relink

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No primeiro dia da Brasil Game Show, testamos três dos RPGs mais aguardados de 2024! Confira, neste artigo, nossa análise completa!

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revisado por Tabata Marques

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Entre 11 e 15 de outubro, ocorre em São Paulo o maior evento de videogames da América Latina - a Brasil Game Show. A equipe da Cards Realm estará presente em todos os dias da edição deste ano, onde traremos algumas das principais novidades que ocorrem lá!

Ontem (11), tive a honra de jogar a demo de três dos jogos de RPGs mais esperados de 2024: Persona 3 Reload, Like a Dragon: Infinite Wealth e Granblue Fantasy: Relink, e compartilho com nossos leitores minhas primeiras impressões desses títulos!

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Persona 3 Reload - Um remake feito do jeito certo!

Persona 3 Reload é o remake do jogo que popularizou a franquia, Persona 3, lançado em julho de 2006. O título foi o pioneiro da série em mesclar simuladores sociais - os famosos Social Links - com elementos de RPG e exploração de masmorras. O título ficou conhecido também pela abordagem dos seus temas principais, e moldou a fórmula dos seus sucessores, que torna de Persona 5 um dos melhores jogos de PlayStation 4.

Persona 3 Reload aposta pesado no estilo visual para uma experiência mais vívida - Imagem: SEGA/Atlus
Persona 3 Reload aposta pesado no estilo visual para uma experiência mais vívida - Imagem: SEGA/Atlus

A demo da nova versão leva o jogador para masmorras com uma equipe fixa, e algumas Personas pré-estabelecidas. Todos os elementos enraizados da série não permaneceram intocados: há uma influência notória de alguns pontos que popularizaram o título principal mais recente da série, Persona 5, nos seus aspectos de gameplay. Um dos mais marcantes é a tela de finalização quando o jogador encerra a batalha com um ataque combinado do grupo, que agora dá um close no personagem com uma frase, ou demonstra uma interação entre seus membros que amplifica o sentimento de união entre eles.

Reload também presta atenção em honrar seu passado. A familiaridade e quando adentramos na Tartarus e ouvimos aquela clássica introdução de piano traz memórias para os que presenciaram o jogo em 2006, ou através do seu relançamento para o PSP. Esse sentimento persiste em um dos temas de batalha, e também no quanto o seu combate é punitivo: um único erro de botão durante o boss fez com que um dos personagens fosse abatido, enquanto outros dois ficaram feridos, o que logo se acumulou em uma bola-de-neve, que selou a minha derrota na demo.

Em um contexto geral, Persona 3 Reload parece acertar na forma de produzir um Remake: mantendo a essência da obra original, enquanto utiliza de recursos que deram certos nos títulos mais recentes. As mudanças visuais agregam bastante à imersão, e certamente será um dos elementos que podem tornar dele uma referência para as gerações atuais, tal qual ele foi para sua geração em 2006.

NOTA: 5/5

Like a Dragon: Infinite Wealth - Mesma essência, só que melhor!

Like a Dragon: Infinite Wealth traz melhorias se comparado ao seu antecessor - Imagem: SEGA
Like a Dragon: Infinite Wealth traz melhorias se comparado ao seu antecessor - Imagem: SEGA

Yakuza: Like a Dragon foi um daqueles jogos que causaram controvérsia no seu lançamento: ele não só trouxe um novo protagonista para uma trama que já tinha um personagem consolidado, como também alterou a jogabilidade de ação em prol do RPG baseado em turnos, aos moldes de obras clássicas, como Dragon Quest.

A fórmula deu certo: Kasuga é um protagonista inspirador e divertido, e o realismo no mundo de Yakuza torna das mecânicas de RPG muito divertidas, com diversas absurdidades que te arrancam boas risadas e/ou lhe deixam empolgados durante as lutas. Seu sucessor, batizado de Infinite Wealth, aproveita e muito cada um desses elementos.

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Passando-se no Havaí, a demo traz Kasuga, Kazuma e dois novos personagens em busca de um policial corrupto. A exploração nele parece seguir os mesmos padrões do jogo anterior, com NPCs para conversar e ocasionais membros de gangue para se combater, além de algumas atividades que não estão disponíveis na demo. Um dos pontos altos da exploração foi o uso de uma segway, um diciclo elétrico que, normalmente, vemos com seguranças de shopping centers. Por alguma razão, andar pelas ruas pilotando esse veículo traz um ar de liberdade, além de ser muito divertido!

O combate retém a mesma essência de Like a Dragon, mas com novidades interessantes. Por exemplo, você pode movimentar os personagens em um campo enquanto escolha seu comando, e o posicionamento deles pode alterar a efetividade de um ataque, ou aumentar as chances de um follow-up de outro aliado. Além disso, habilidades com área de efeito possuem, agora, um campo de visão mais perceptível, e a interação com o ambiente da luta também foi aprimorado.

O grande plus no combate de Infinite Wealth é o leque de opções quando você controla Kazuma Kyriu, que possui três posturas diferentes que afetam o dano causado ou recebido, além de uma habilidade especial que possibilita, por um tempo, atacar em tempo real, como nos títulos onde ele era o protagonista.

O novo RPG da Sega deixa a desejar em dois pontos específicos: o primeiro é que, tal qual seu antecessor, nem todos os diálogos são dublados, o que leva a uma quebra de imersão em determinados momentos. Outro problema que percebi está na tela de ganho de nível, onde há uma clara queda de qualidade de definição e animação dos personagens, talvez por conta do fundo preto em torno deles.

NOTA: 4/5

Granblue Fantasy: Relink - Promissor, mas pouco intuitivo

Dos celulares para as plataformas, Granblue Fantasy: Relink é um título promissor - Imagem: Gamescon/PlayStation
Dos celulares para as plataformas, Granblue Fantasy: Relink é um título promissor - Imagem: Gamescon/PlayStation

Granblue Fantasy: Relink faz parte de uma franquia de RPG lançada pela Cygames em 2014 para celulares e PC. O jogo fez tanto sucesso que ganhou outros títulos e até um anime, em 2017. O título será lançado para PlayStation 4, PlayStation 5 e PC em 1.º de fevereiro de 2024.

Como alguém que nunca havia tocado em um jogo da série Granblue Fantasy antes, não pude deixar de perceber o design dos personagens e o quão bonitas são as suas ilustrações na tela de seleção. Outro detalhe é que cada um deles parece ter elementos e propriedades diferentes para exploração e combate - minha escolha foi com Lancelot, um guerreiro que branda duas espadas e cujo elemento central parece ser o gelo.

Quando a aventura começa, a demo inicia um timer, e seu objetivo é de encerrar a run antes que seu tempo acabe. Não há muita exploração a se fazer, e um ponto notório enquanto corria em determinadas direções era o uso de paredes invisíveis em locais pouco propensos, como em uma pequena lacuna de um degrau para outro.

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O jogador é logo confrontado por inimigos na forma de esqueletos, que funcionam como um treino para nos acostumarmos com os controles antes de enfrentarmos um inimigo maior, com mais vida e que aborda parte dos elementos mais complexos do combate, como os 'Link Strikes', onde personagens combinam seus ataques para alguns bônus, e até o sequenciamento de ataques especiais para causar dano em todos os adversários.

Apesar de oferecer alguns modos de assistência para jogadores menos experientes, Granblue Fantasy: Relink utiliza um sistema de combate que, enquanto ágil e bem fluído, parece pouco intuitivo em uma primeira experiência. Trata-se de um estilo que requer memória muscular, reflexos e uma boa compreensão de espaço e timing para desviar dos ataques. Claro, receber os golpes de vez em quando não foi projetado para ser tão punitivo quanto em um Soulslike, mas os erros se acumulam e nos obrigam a ficarmos mais atentos aos padrões e às indicações de área de efeito dos golpes dos chefes.

Os personagens têm estilo, o mundo é bem desenhado para os fãs do estilo anime, e parece haver um bom espaço para customização. O timer na demo não ajuda a explorar mais suas mecânicas, e nem todos os comandos parecem tão intuitivos ao ponto de quem experimenta já saber como usar todos os comandos. Por outro lado, o produto final parece muito promissor.

NOTA: 4/5.

Conclusão

Isso é tudo por hoje.

Este ano tem sido uma dádiva no quesito de RPGs eletrônicos, com grandes lançamentos como Zelda: Tears of the Kingdom, Baldur's Gate 3, Final Fantasy XVI e Starfield. 2024 parece tão promissor quanto, com tantos títulos excelentes previstos ainda no primeiro trimestre! Dentre eles, parece que Final Fantasy VII: Rebirth não estará disponível na BGS, logo, não podemos avaliar seu potencial em comparação aos demais jogos que experimentamos.

Em caso de dúvidas ou sugestões, fique a vontade para deixá-las nos comentários!

Obrigado pela leitura!