Magic: the Gathering

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Modern: Jeskai Phoenix e o retorno pela fé

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Vamos ver como as cartas de Midnight Hunt afetaram positivamente o baralho que é querido por muitos, o Phoenix!

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revisado por Tabata Marques

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É, gente, Innistrad: Midnight Huntlink outside website mal chegou e em pouquíssimo tempo já teve impacto no nosso formato querido!

Num dos primeiros Challenges da coleção,dia 19/09link outside website, o Aspiringspike conseguiu uma sólida posição no top 8 com a reformulação do clássico Phoenix. Com uma cor a mais e duas cartinhas novas, o baralho teve um ótimo desempenho e é dele que vamos falar hoje!

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E vamos para o deck

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Observando o deck, podemos perceber que não é de hoje que ele recebe suportes pontuais, tanto a Faithless Salvaging quanto o Demilich são cartas recentes que também marcam presença e suporte ao deck, mas o grande X aqui são as duas drawcards que vieram com a nova Innistrad: Consider e Faithful Mending.

Além disso, a lista segue bem direto ao ponto com seu pacote de cartas super leves e freespells, para otimizar muito o uso dos beaters enquanto a engine do baralho funciona. Um ponto importante é que graças ao splash branco, o deck ganha acesso a uma das melhores disrupções do formato, a valiosa Prismatic Ending, que mesmo não sendo a carta mais sinérgica com o resto do baralho, é uma resposta muito versátil a quase tudo, principalmente permanentes de sideboard que normalmente dão trabalho para nossa estratégia, como Rest in Peace e Sanctifier en-Vec.

Mas creio que analisar as principais adições de uma forma mais individual vai ser mais benéfico para a compreensão do que o nosso Phoenix se tornou, então vamos lá!

Novos não tão novos

Como eu disse, algumas adições do deck vieram em outras coleções recentes, mais precisamente Modern Horizons II e Adventures in The Forgotten Realms, e também são pontos válidos e importantes para essa tentativa do baralho de “ressurgir das cinzas”.

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Iniciando com uma carta de engine, Faithless Salvaging é uma das tentativas do baralho de cobrir o espaço que o banimento de Faithless Looting causou. Mesmo a carta custando o dobro e não fazendo metade do que a pilhagem fazia, o rebound é extremamente útil para manter a fluidez do deck, já que a mágica é “reconjurada” no turno seguinte, o que ajuda muito a atingir a quantidade de mágicas necessárias para obter vantagem das nossas simpáticas criaturas.

Falando em criaturas, agora nossas fênix tem companhia tanto no cemitério quanto no campo! Demilich é um dos novos beaters do deck e veio para ficar! Podendo ser conjurado até de graça, tanto do cemitério quanto da mão, a caveirinha já seria uma ótima carta nesse ponto. Para completar, ele ainda traz mais gás e recursos ao baralho conjurando mágicas do cemitério ao atacar, o que é excelente em decks mais proativos, como este aqui.

Todas essas vantagens acabam cobrindo a falta de evasão ou proteção da carta, afinal, seria querer demais, não é?

Novos muito novos

“Mas essas cartas já existem tem alguns meses, o que realmente mudou aqui?” e é agora que falamos das adições fresquinhas de Innistrad: Midnight Hunt, que até foram justificativa para o deck ganhar uma nova cor!

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Dessa vez começando pela adição mais “simples”, Consider é uma cantrip que impactou completamente o Modern e é citada desde que foi spoilada (inclusive foi um dos primeiros spoilers da coleção). Sendo um Opt melhorado para quem usa cemitério de qualquer forma (o que é quase todo deck do Modern que usa azul), a carta foi um slot fácil em diversos baralhos como por exemplo o Izzet Tempo, que tira proveito do cemitério para Murktide Regent e Dragon’s Rage Channeler. Aqui é igualmente uma escolha fácil, pois muitas vezes queremos jogar nossas Fênix no cemitério para reanimá-las no combate, ou até jogar outra mágica que não queremos no momento, mas servirá de alimento para os nossos Demilich.

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E finalmente, vamos falar da verdadeira substituta da Faithless Looting, temos aqui a Faithful Mending! Sim, ela também custa o dobro da pilhagem original e sim, dois pontos de vida a mais não é exatamente o efeito que queríamos por uma mana a mais, mas ainda assim é o mais próximo que temos no Modern e teremos que trabalhar com isso, semelhante ao que fazemos com Serum Visions por não termos acesso a Preordain.

Faithful Mending ainda é um efeito de “loot” de cartas poderoso e trabalha muito bem aqui, tanto como enabler, descartando as cartas que queremos no cemitério, quanto como recursão, pelo seu efeito de flashback (que é o mesmo custo de flashback que a sua irmã mais velha). Vale ressaltar também que o Phoenix não foi o único deck que esta carta impactou, temos o Esper Reanimator como exemplo, um arquétipo que ficou mais possível em Modern Horizons II e que esse feitiço encaixou como uma luva.

E assim, temos o suporte que repaginou o baralho e fez com que ele, ao menos inicialmente, se tornasse viável ao metagame.

Meus problemas acabaram...?

Mas é importante lembrar que estamos no começo de uma coleção nova e que o baralho está tentando renascer agora. Muita adaptação e refinamento está por vir e só o tempo dirá se o deck vai se manter sólido no formato, mas já podemos imaginar o que está presente no meta hoje e podem ser empecilhos para as nossas fênix voltarem do cemitério.

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Sim, a primeira coisa que vem à cabeça de todo mundo é “hategrave”.

O Modern é um formato que cada vez mais usa cemitério e, em contrapartida, cada vez mais tem peças que lidam bem com cemitérios. Se o Phoenix antigo tinha que lidar com Rest in Peace, hoje ele precisa lidar com Sanctifier en-Vec, que além de possuir resistência às remoções vermelhas, é uma criatura que gera um clock e nem pode ser bloqueada pelos passarinhos vermelhos. Além disso existem diversos hates mais leves, mas que também são problemáticos, como a Soul-Guide Lantern (que ainda pode ter uma recursão maior com o Lurrus of the Dream-Den).

Impedir que mágicas consecutivas resolvam também pode ser algo problemático para nosso baralho, e como podemos ver na lista do Spike, é um deck com a curva baixa e bem focada na curva 1, o que faz com que o baralho seja um alvo perfeito para um Chalice of the Void com um marcador, que quando encaixado, inutiliza a maioria das nossas instantâneas ou feitiços, que vai fazer com que seja bem mais difícil manter o gás para reanimarmos nossos beaters.

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Mas ei, não vim aqui ser pessimista! E se por um lado o UR Phoenix antes lidava com essas cartas sendo ultra rápido (muito por conta da pilhagem), em contraponto o nosso Jeskai Phoenix compensa com versatilidade, sendo aqui um dos maiores pontos positivos de usarmos a cor branca no deck, o que nos dá acesso a respostas contra permanentes que o deck tinha dificuldade antes (estou falando de vocês, encantamentos).

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Essa versatilidade, aliada a uma redundância maior graças ao Demilich, pode fazer com que o baralho possa sim ser uma nova alternativa para o Modern contemporâneo.

Alternativas para o deck

Ainda mais por ser uma lista relativamente nova, muita coisa pode mudar aqui, então baseado em outras listas que também fizeram resultado em ligas dessa semana, além do histórico do deck, trouxe algumas alternativas de cartas que podem ser benéficas para o arquétipo.

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Duas cartas que fazem o mesmo serviço, mas de uma maneira um pouco diferente, Thing in The Ice e Smoldering Egg são opções para jogadores que querem desafogar um pouco a necessidade e uso de cemitérios. O clássico TiTI (Eu adoro esse apelido para o Thing) é mais fácil de flipar nesse baralho, já que o deck é mais eficiente em fazer várias mágicas de custo baixo ou até nulo, mas por outro lado o dragão não interfere na sua board ao flipar, tem evasão e possui uma estática bem forte. Eu pessoalmente ainda prefiro nossa Coisinha no Gelo, mas admito que o dragão possa ser uma opção válida para teste.

Conclusão

Innistrad: Midnight Hunt trouxe cartas que estão impactando diversos formatos e no Modern não poderia ser diferente. Com essas armas novas em seu arsenal, o deck que é amado por muitos pode até voltar a ter seu lugar ao sol do novo meta, realmente ressurgindo como uma fênix (sim, eu acho esse trocadilho muito bom, confesso).

E é nessa nota cômica que eu me despeço de vocês, até a próxima!