Magic: the Gathering

Deck Guide

O impacto inicial do Arquivo Místico no Histórico

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O artigo de hoje aborda o impacto de Arquivo Místico no formato Histórico, trazendo algumas listas com as cartas referentes.

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revisado por Tabata Marques

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Olá! Estou aqui hoje para falar um pouco sobre o formato Histórico que recebeu a adição de Strixhaven e do Arquivo Místico, coleção de cartas que vieram para o Magic Arena somente para o formato do qual estamos falando, sendo que 7 cartas já vieram banidas. Quero explorar especificamente as mudanças no Histórico que percebemos até o momento, trazendo algumas listas desse novo formato.

Primeiramente, as cartas do Arquivo Místico que mais impactaram o Histórico até o momento são Brainstorm, Memory Lapse, Faithless Looting, Inquisition of Kozilek, Time Warp, Mizzix’s Mastery e Lightning Helix. Tainted Pact vem sendo testada em combinação com Lutri, the Spellchaser, mas ainda é cedo para colocá-la como destaque. As outras cartas parecem ter baixo impacto até o momento, então irei me abster de comentá-las.

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Inquisition está jogando em praticamente todos os decks pretos como outra forma de descarte combinada com Thoughtseize, normalmente utilizando 2 ou 3 cópias de cada. Brainstorm e Memory Lapse são mágicas baratas que veem jogo em todos os decks azuis do momento, assim como Looting está em todas as listas de Izzet Phoenix, decks com Dreadhorde Arcanist entre outros que utilizam muito cemitério. Time Warp fica mais reservado para os Simic ou Bant que gostam de jogar sozinhos, combinando o turno extra com Tamiyo, Collector of Tales ou o combo de Paradox Engine que foi ressuscitado. Lightning Helix permitiu que o Burn voltasse a ver a luz dia enquanto Mizzix’s Mastery se destaca no combo com Emergent Ultimatum. As listas e seus destaques serão discutidos a seguir.

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O primeiro deck que me chamou bastante atenção e vem fazendo bons resultados em torneios e ranked do Arena é o Jeskai Opus (Jeskai Control, se preferirem). A combinação de uma mágica de late game muito potente e versátil como Magma Opus, que pode ser ciclada por duas manas e gerar uma ficha de tesouro, com Torrential Gearhulk é muito boa e parte dela vem pelo que foi dito do cycling da carta.

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Podemos ciclar 2 Magma Opus para criar duas fichas de tesouro e conjurarmos Gearhulk com 4 terrenos na mesa, castando uma mágica de 8 manas com altíssimo impacto, principalmente nos turnos iniciais. O deck tem mecanismos para cavar as mágicas com Narset, Parter of Veils e diversos card draws como Censor, Behold the Multiverse, Teferi e a própria Azcanta. Lightning Helix e as globais dão conta de segurar o jogo por tempo suficiente para aplicarmos o plano principal do deck com Gearhulk e Magma Opus.

Por termos 3 Teferi, Hero of Dominaria, hard counters e Commit // Memory, o deck consegue passar por cima do hate ao cemitério com certa facilidade, além de que é sempre possível conjurar as mágicas sem Gearhulk. Pela recursão do deck e o modo como ele consegue controlar o jogo e fazer jogadas todos os turnos, é minha principal escolha para o formato até o momento.

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O próximo deck é o Dimir Rogues que teve bastante destaque ao vencer o primeiro torneio Histórico relevante pós-Strixhaven. A base do deck não muda, já que ela é inerentemente estática pela necessidade dos 12 ladinos, 4 Drown In The Loch e 4 Into The Story. Todavia, o que permeia essa base teve mudanças significativas que melhoraram e muito o deck. Inquisition tem a tarefa de descartar jogadas leves com as quais não queremos lidar cedo no jogo, Brainstorm é mais um card draw que filtra o topo, especialmente com Fabled Passage na mesa e Memory Lapse é uma tempo play muito interessante para o deck. Essa última não só gera um efeito de Time Walk no oponente (tudo que queremos com um deck tempo), mas também dá a oportunidade de lidarmos com a mágica no próximo turno com um dos diversos counters ou remoções. Às vezes um turno de respiro com Into the Story na mão é tudo que precisamos.

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Como vemos no sideboard, o poder transformativo do deck num Dimir Control com temática de mill faz com o que lidemos com qualquer espécie de ameaça. Temos remoções suficientes para os decks agressivos, anulações suficientes para os mid/controls do formato e o deck não precisa tanto do próprio cemitério como outros, podendo subir as duas jaulas para travar o plano de jogo dos oponentes.

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O Ultimatum Rites é um upgrade ao Sultai Ultimatum que foi criado pouco tempo antes de Strixhaven ser lançada. Nessa versão, temos um plano que envolve bastante o cemitério a partir do combo e explicarei como funciona. Basicamente temos Looting e Thrilling Discovery para colocar no cemitério Ultimato ou Scholar of the Lost Trove. Em seguida, ao conjurarmos Mizzix’s Mastery ou Unburial Rites, podemos loopar o deck com o Ultimato ou Scholar do cemitério. As possibilidades de ganhar num único turno são quase infinitas, pois o deck possui muita redundância com 4 Scholars, 2 Time Warp, 1 Alrund’s Epiphany, 1 Final Parting e 1 Sublime Epiphany. Um ponto chave da Sublime Epiphany é copiar um Scholar e desencadear sua habilidade de conjurar uma mágica do cemitério!

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Podemos loopar voltando Scholar do cemitério para castar Ultimato e escolher 2 turnos extras + Sublime Epiphany ou Scholar + Final Parting + Sublime Epiphany ou Scholar + Final Parting + turno extra, enfim, as opções são muitas para jogarmos turnos suficientes para ganharmos, além de Sublime Epiphany e os 4 Scholars zerarem os pontos de vida dos oponentes em poucos turnos.

A priori, podemos pensar que Grafdigger’s Cage trava bastante o deck, mas temos respostas suficientes entre Prismari Command que não só destrói o artefato, mas milla o próprio deck, e Rip Apart no sideboard. Eu diria que as matches mais complicadas para o deck são os aggro, pois não temos tantos mecanismos para segurar um early game forte, mas o late game do deck é garantido com o loop de turnos extras e Scholar.

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Falemos agora do Burn, deck que passou de Mono Red para Boros com a adição de Lightning Helix, Clever Luminancer, que deixa Wizard’s Lightning custando R, e podemos colocar uma das melhores criaturas de Magic como companion de forma gratuita, Lurrus of the Dream-Den. No pós-side, em matches contra mid/control nas quais subimos Experimental Frenzy, tiramos Lurrus da zona de companion.

Lightning Helix não acho que precise de tanta explicação, são 2 manas, 3 de dano em qualquer alvo e ainda cura 3 pontos de vida. A carta que gostaria de dar um foco um pouco maior é Clever Luminancer, lançada em Strixhaven. É um bom drop 1 para o deck não apenas por ser do tipo Mago e, portanto, reduzindo o custo de Wizard’s Lightning, mas sua habilidade de magecraft ganhar +2/+2 até o fim do turno para cada instant ou sorcery conjurada é bastante forte, ainda mais se tratando de um deck que pretende conjurar ao menos um burn por turno. Não acho que seja um dos melhores decks do formato, mas é uma boa opção para quem gosta do arquétipo.

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Um dos decks mais cogitados para receber Faithless Looting é o Rakdos Arcanista e não à toa, pois a carta torna mais consistente a ativação da carta que faz todo o deck funcionar, Dreadhorde Arcanist. Além de millar mágicas que gostaríamos de conjurar com o Arcanista, limpamos o topo de terrenos ou mágicas indesejáveis, reduzimos o custo de criaturas ao reanimarmos com Claim pelo custo de uma mana preta e, se não bastasse, enche o cemitério para o escape de Kroxa, Titan of Death’s Hunger. Definitivamente uma excelente adição ao deck para torná-lo ainda mais recursivo e isso sem falar em Inquisition of Kozilek que ajuda a dizimar a mão de oponentes ainda mais do que antes.

Gosto de usar Cling to Dust no main deck pelo fato de muitos decks do formato estarem utilizando muito o próprio cemitério, além de ser mais uma carta que gera 2 para 1 ao exilar uma carta do cemitério e ganhar 3 de vida ou card draw e o Abrade se faz necessário para os decks com 1 ou 2 cópias de jaula no main deck. Também temos Feed The Swarm no sideboard para destruir Leyline of the Void.

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Como dito no começo do artigo, temos alguns decks que utilizam Time Warp como sua principal forma de ganhar – Simic Turns, Bant Mid, Ultimatum Rites entre outros – então vou destacar um deles, no caso, o Paradox Engine.

A mecânica é um diferente da versão anterior, pois não temos mais Karn, the Great Creator e uma wishboard. Ao invés disso, Tamiyo, Collector of Tales, Time Warp e Narset, Parter of Veils tomam as rédeas. Com Emry, Lurker of the Loch voltando artefatos do cemitério (foco em Mox Amber ), Kinnan, Bonder Prodigy dobrando as manas geradas pelos artefatos e Llanowar Elves e Paradox Engine desvirando as permanentes não terreno toda vez que conjuramos uma mágica, podemos combar para ganhar em um turno graças à adição de Time Warp.

Com Emry, Mox Amber, Paradox e Tamiyo já conseguimos loopar para jogar turnos eternamente, já que Tamiyo busca o turno extra no deck ou volta do cemitério para a mão, podemos gerar manas infinitas com a Mox e outros artefatos e bater com a própria Emry quantos turnos quisermos ou dar um ataque gigantesco com Crawling Barrens.

Assim como antes, o deck é frágil quanto à disrupções do seu combo ou decks aggro que fecham o jogo rápido, mas é uma opção interessante para quem quer usar Time Warp e/ou gosta de combos infinitos.

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O último deck que gostaria de destacar é o Izzet Phoenix. Ele se mostrou mais fraco do que o hype por ele quando anunciaram as cartas do Arquivo Místico, mas ainda assim é uma escolha razoável para quem quer usar as cartas da nova coleção no formato.

Looting, Brainstorm e Expressive Iteration são adições fortíssimas ao deck para filtrar o topo, card advantage e fazer o que o deck se propõe, conjurar Arclight Phoenix direto do cemitério. Com um conjunto de mágicas baratas e cartas que millam, o arquétipo mostrava potencial até vermos que deck parece muito “justo” para o formato – a forma com a qual ele ganha não é rápida/eficiente o bastante para o Histórico até então. Mesmo com Crackling Drake sendo uma criatura com potencial de ganhar o jogo em até dois turnos, o deck ainda não consegue proteger o suficiente suas criaturas e o próprio cemitério como o Rakdos Arcanista, por exemplo.

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Temos boas cantrips e remoções baratas, como Shock e Lightning Axe, que inclusive sinergizam bem com o deck, mas o arquétipo tem se mostrado fraco por não proteger tão bem suas criaturas e performar mal demais quando não compra a parte boa do deck (millar as fênix e comprar as mágicas de custo 1).

Por hoje é isso, espero que tenham gostado das listas e dos comentários acerca das cartas de Arquivo Místico que estão mais evidentes no formato Histórico! Sempre estou disponível para tirar dúvidas, feedback e comentários por aqui ou pelo meu canal da twitchlink outside website todos os dias a partir das 22h. Abraços e até a próxima!