Magic: the Gathering

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Conquest: Os decks mais fortes e interessantes do novo formato

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Este artigo trará alguns dos decks já utilizados e com bons resultados em torneios Conquest, além de explicar como esses decks funcionam, suas particularidades e seus pontos forte e fracos.

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O Conquestlink outside website é um novo formato, que surgiu em março de 2020, e por isso não possui um metagame exatamente definido, entretanto existem decks que se sobressaíram e foram ganhando força enquanto eram testados e utilizados em torneios online, e alguns até sofreram banimentos por serem considerados fortes demais, enquanto outros não.

Neste artigo eu falarei do metagame geral do formato e sobre decks que mais vejo sendo utilizados.

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O que é mais utilizado no Conquest em geral

O Conquest foi criado por jogadores de cEDH, e isso influenciou muito em como os decks são montados, já que muitos dos jogadores que o abraçaram de início também eram jogadores de cEDH, e isso deixou o início do Conquest muito parecido com o formato de onde seus criadores e jogadores vieram.

Jeska & Kraum no Conquest

Este deck existe desde o lançamento de Commander Legends, mas nunca era o mais forte. A ideia do deck é conjurar os comandantes e usar a habilidade da Jeska, Thrice Reborn no Kraum, Ludevic's Opus para dar doze de dano de comandante de uma só vez, e ir tirando os oponentes um a um.

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A lista utiliza mana rocks para acelerar a entrada dos comandantes e abusa de mágicas de baixo custo de mana para segurar o jogo. Além disso, o deck também possui algumas peças de stax que ajudam a atrasar seus oponentes.

Pontos fortes:

• O Deck já possui a wincon acessível na zona de comando e não depende de cartas específicas do deck para isso.

• Os oponentes estarão sob ameaça só de você ter o Kraum na mesa, já que mesmo possuindo criaturas ele voa e poucos terão criaturas maiores que ele voando.

• Não possui cartas dedicadas a wincon, já que sua wincon é descer a pancada em seus oponentes, e ambos os comandantes são funcionais.

• O deck consegue controlar seus oponentes enquanto desenvolve, mantendo-os sob controle, enquanto são ameaçados.

Pontos fracos:

• O deck demora no mínimo três turnos após estar com o campo pronto para vencer, o que dá tempo para seus oponentes que restam tentarem resolver o problema.

• O deck é muito sensível a remoções, que normalmente o atrasam, se não forem respondidas.

• O deck pode ser muito atrasado se o oponente possuir muitas criaturas voadoras ou com alcance, já que normalmente este deck não possui tantas formas de deixar o Kraum imbloqueável.

Malcolm & Glint-Horn Buccaneer no Conquest

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Este deck é mais um deck de parceiros que teve bons resultados em diversos torneios, incluindo a Conquest Cup, onde tivemos três Malcolm, Keen-Eyed Navigator que chegaram as semifinais, dois Malcolm, Keen-Eyed Navigator/Tana, the Bloodsower e um Malcolm/Vial Smasher the Fierce.

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A lista conta com uma Wincon na zona de comando (pelo menos uma das peças). A ideia do deck é combinar o Malcolm com um comandante verde e vermelho ou preto e vermelho para ter acesso a tutores e ao Glint-Horn Buccaneer. Normalmente o Malcolm vem aliado à Tana, já que no Conquest os tutores verdes não foram tão afetados como os tutores pretos.

Normalmente ganha-se com o Glint-Horn declarando ele como atacante e ativando a habilidade dele, que dá dano em todos os oponentes e gerando um tesouro para cada oponente, podendo assim ativar a habilidade infinitas vezes, já que geralmente você terá três oponentes. O deck conta com outras wincons, mas sempre tenderá a ir para linha de Glint-Horn, pois só precisa encontrar uma peça.

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As listas geralmente são recheadas de ramps para acelerar o Malcolm a entrar em campo e tutores para o Glint-Horn e outras peças importantes, sem falar de counters, proteções e ferramentas de card advantage.

Pontos fortes:

• Parte da Wincon está na zona de comando, o que aumenta a consistência do deck.

• A wincon não depende de tanta mana.

• O comandante, além de ser parte do plano de vitória do deck, também auxilia a chegar até lá, já que gera mana na forma de fichas de Tesouros que podem ser utilizadas para proteger o combo.

• O deck é bem rápido, podendo ir para a vitória a partir do turno 3 ou 4.

Pontos fracos:

• O deck perde muita resiliência para ganhar velocidade, muitas vezes não possuindo tantas proteções ou counters.

• O deck perde muita velocidade se Malcolm ou Glint-Horn forem removidos.

• O deck normalmente não possui tantas interações e proteções.

Jeska & Dargo no Conquest

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Este deck tem uma pegada interessante: ambos os comandantes fazem parte da wincon do deck e o plano de jogo é encontrar algum sac-outlet que gere mana colorida como Thermopod ou Phyrexian Altar, somado à habilidade do Dargo, the Shipwrecker que o faz custar duas manas incolores a menos por cada criatura ou artefato sacrificado este turno, então você sacrifica e ainda permite que você sacrifique para conjurá-lo. Se você sacrificar 3 artefatos ou criaturas, e sacrificar o Dargo para gerar mana, você consegue conjurá-lo infinitas vezes, já que ele reduzirá a taxa de comandante e gerará a mana colorida que é precisa para conjurá-lo. Dessa maneira, com mais 3 manas (sendo uma delas colorida), você consegue conjurar uma Jeska, Thrice Reborn com pontos de lealdade infinitos e utilizar sua habilidade de -X para matar seus três oponentes ao mesmo tempo.

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A lista desses comandantes conta com maneiras de gerar tesouros, já que eles podem ser sacrificados para gerar mana e reduzem o custo do Dargo. Também temos tutores de artefato como Goblin Engineer, além de diversos artefatos que se sacrificam para gerar mana, e algumas interações como Pyroblast, Deflecting Swat, e Pyrokinesis para remover ameaças do campo.

Pontos fortes:

• Deck veloz e consistente, consegue vencer rápido.

• Consegue lidar com algumas interações dos oponentes enquanto comba.

Pontos fracos:

• Só possui uma cor, o que dificulta em lidar com cartas que a cor não cobre.

• Pouca densidade de tutores.

Jeska & Tana no Conquest

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Como um bom RG, este deck é o mais agressivo do nosso artigo. Também é um dos decks que mais apareceu em finais de torneios que acompanhei, afinal, por que combar seu eu posso bater?

O deck busca abusar da habilidade da Jeska dando alvo em Tana para causar muito dano e gerar fichas, pressionando os players enquanto cresce o campo, somado a diversas formas de sacrificar criaturas como Skullcamp, Goblin Bombardment ou transformá-las em dorks com Cryptolith Rite.

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A lista também conta com formas de proteger a Tana e maneiras de lidar com cartas dos oponentes. Contamos com tutores como Gamble, Green Sun's Zenith e Chord of Calling, que são os mais essenciais nessas cores já que possuem custos reduzidos, e no caso dos de criaturas, podem colocá-las direto no campo de batalha.

Normalmente possuímos pumps o suficiente para pegar os oponentes de surpresa, já que um +2/+2 na Tana vira mais seis de dano de comandante por conta da Jeska. Não é incomum ver peças de stax no deck, já que o mesmo não é tão afetado por elas.

Pontos fortes:

• Não depende de cartas específicas do deck para vencer, somente das comandantes e de cartas que possuem redundâncias.

• Mesmo não sendo rápido, consegue atrasar os oponentes.

• Possui alto potencial de eliminação.

Pontos fracos:

• A lista é lenta o suficiente para ter que depender das peças de stax para garantir o mid-late game.

• A Tana, se não protegida, fica muito exposta a remoções pontuais, que podem nos atrasar ainda mais.

Selesnya Stax e Beatdown no Conquest

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A estratégia desse deck Selesnya é muito simples. Ela consiste em juntar um comandante Selesnya bom — como Sigarda, Host of Herons, Shalai, Voice of Plenty, Saffi Eriksdotter ou Calix, Destiny's Hand — com um pacote de stax muito forte e algumas criaturas/mágicas importantes. Dessa maneira travando o jogo dos seus inimigos, enquanto consegue avançar o seu.

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Por exemplo, o deck de Sigarda é mais voltado para o Voltron, pois a própria comandante ajuda a manter a pressão nos oponentes, por conseguir se proteger, ter evasão e ter um bom corpo para dar dano.

Já o Calix, por ser um planeswalker, não pode dar dano de comandante, portanto ele finalizará com criaturas. Porém ele, somado a outras peças no deck, consegue também controlar seus oponentes; utilizando-se para remover ameaças e até podendo gerar algum card advantage enquanto cresce o próprio comandante. Sua maior fraqueza é ser um alvo para seus oponentes ,mas antes ele do que a gente.

O metagame brasileiro de Conquest

O Conquest começou a ter suporte de alguns criadores de conteúdo brasileiros a partir do ano passado, mas só começou a ter torneios esse ano, então muitos dos decks que eu falei antes ainda não foram utilizados, como o Jeska & Kraum que não apareceu no Conquest Cup, mas conquistou a primeira e segunda colocação do torneio realizado pela Fortaleza Jogos.

Como já dito antes tivemos bastante Malcoms & Glints, e alguns decks não vistos antes no Conquest como Kozilek, the Great Distortion KCI, que foca em rampar muito e depois usar o Parodox Engine, com o Klark-Clan Ironworks e os Eldrazis para recursionar os artefatos gerando mana e criando infinitas cópias de criaturas com ímpeto com Mimic Vat, ou também matando os oponentes com dano de comandante, além de um Haktos the Unscarred, com mecânica de combates extras e que pressiona muito bem seus oponentes, sendo quase impossível de ser removido e bloqueado.

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O Conquest Cup que foi o primeiro torneio de Conquest brasileiro, e foi realizado totalmente online pela plataforma Spelltable, sendo idealizado pelo criador de conteúdo e streamer Jeff3ND, e teve como vencedor o jogador Maugust com o seu deck de Kozilek, the Great Distortion KCI; seus oponentes na final foram o Haktos, já falado aqui, uma Rashimi, Eternities Crafter e um Tasigur, the Golden Fang (pilotado por mim).

Haktos

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Kozilek

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Ao contrário de outros torneios e campeonatos, os jogadores que acompanhei no meu grupo optaram muitas vezes por decklists importadas do Commander casual ao invés do cEDH como no início do Conquest, e isto deixou as partidas bastante imprevisíveis, já que são decks otimizados, mas que não tiveram uma mudança de estratégia, pois não eram dependentes dos combos do cEDH para vencer.

Considerações finais

O cenário do Conquest no Brasil só está começando e já tem lojas aderindo ao formato, é só uma questão de tempo e adaptação do público para que o formato “Conquiste” o seu espaço. Já existe uma previsão para o primeiro trimestre do ano que vem de uma segunda edição do Conquest Cup, as inscrições devem ser gratuitas e o torneio provavelmente ocorrerá de novo em modo Online, através da plataforma Spelltable.

Para aqueles que se interessaram com o formato, aqui tem mais informações sobre, além de detalhes sobre a lista de banidaslink outside website.

Espero encontrar vocês em alguma mesa por aí!