Modern: Domain Zoo - Deck Tech e Guia de Sideboard

Conforme o Metagame do Modern evolui, uma estratégia passou a ganhar mais destaque nos eventos competitivos por conta da combinação entre Leyline of the Guildpact e Scion of Draco - o Domain Zoo.

Sendo o primeiro arquétipo a aproveitar o combo antes dele prevalecer no Temur Rhinos, onde obteve uma winrate de 60%, o Zoo encontro em Leyline of the Guildpact a peça perfeita para se transformar no melhor deck agressivo do Modern.

Confira, neste artigo, a versão mais recente que venho utilizado nas ligas do Magic Online, com uma explicação do papel de cada card e um guia de Sideboard para os principais competidores no Metagame do Modern!

Zoo é o nome de um dos arquétipos agressivos mais antigos da história de Magic: The Gathering. Ele se referia a um deck nas cores de Naya () onde utilizava criaturas com custo baixo e poder alto, como Kird Ape e Watchwolf. Posteriormente, ele ganhou outras staples, como Tarmogoyf e Wild Nacatl, sendo, um dia, uma das principais estratégias do Legacy, mas acabou esquecido com o tempo devido ao power creep.

Anos depois, no Modern, o Zoo retornou em diversas variantes: o Counter-Cat, que combinava sua base de mana eficiente com respostas como Remand, e o Shadow Zoo, que aproveitava de Death’s Shadow ao lado de outras criaturas poderosas para estabelecer pressão na mesa e contar com o “combo” de Temur Battle Rage. Nenhuma dessas variantes se tornou Tier 1 no formato.

Com Modern Horizons II e Dominaria United, o Zoo retornou com uma temática que se encaixa bem com sua estratégia: Domain. Por já utilizar cards que se importam com tipos de terrenos, colocar mais algumas cores e tirar o máximo de proveito de Scion of Draco e Territorial Kavu é uma concessão muito pequena para ter acesso a alguns dos melhores cards presentes no formato hoje.

A inclusão de Leyline of the Guildpact nas listas recentes alavancou seu espaço no Metagame do Modern, onde além de facilitar muito o acesso à mana de qualquer cor, permitindo um primeiro turno mais agressivo, o encantamento também faz Scion of Draco transformar suas criaturas em ameaças quase imbatíveis, demandando respostas que exigem muito mais do que apenas uma troca de um por um.

Essa é minha lista atual de Domain Zoo.

O Zoo tem um maindeck bem centrado, mas seu sideboard é muito divisivo. Por exemplo, enquanto uso Drannith Magistrate para lidar com os decks de Cascade, outros jogadores tem optado por Chalice of the Void e não há como dizer qual opção é mais apropriada sem considerar a presença de determinados arquétipos e/ou o quanto proatividade é necessária nessas partidas.

Cards como Prismatic Ending, Tear Asunder, Path to Exile, Force of Vigor, Pick Your Poison e Legion’s End caem neste mesmo dilema: a qualidade de cada remoção depende do que você espera enfrentar e do quanto elas importam nos jogos interativos.

Meu Sideboard foi construído considerando um Metagame muito abrangente, onde quero que a maioria dos cards seja utilizável em mais do que uma partida específica. Possíveis trocas incluem Doorkeeper Thrull se os decks de Indomitable Creativity continuarem a crescer, a inclusão de outro Tear Asunder no lugar de Pick Your Poison e Scion of Draco + Leyline of the Guildpact perder espaço, ou até Meddling Mage se o formato ficar menos interativo.

Recomendo muito seguir este padrão nas 60 cartas de maindeck. Essa versão é muito consistente em pressionar na maioria das partidas e ainda manter um plano de atrito. Ela perde valor caso nosso oponente tenha muitas remoções e não iniciemos o jogo com Scion of Draco e Leyline of the Guildpact, mas esse é um preço comum de se pagar quando jogamos de Aggro.

O Sideboard, no entanto, pode ser adaptado da maneira que você preferir. Nenhum espaço nele é realmente escrito em pedra, então considere o ambiente onde você pretende jogar e o atualize conforme suas necessidades - meu guia pode te ajudar a compreender o que importa ou não importa para cada partida.

Maindeck

Zoo não seria Zoo se não usasse criaturas baratas com poder alto.

Wild Nacatl é, basicamente, a face desde arquétipo. Enquanto seu corpo é negligenciável pelo power creep de não gerar valor algum, ela se mantém como um dos principais drops agressivos disponíveis no Modern e interage perfeitamente com nossa estratégia.

Ragavan, Nimble Pilferer ainda é uma das melhores criaturas disponíveis no Modern e um dos melhores one-drops do formato. Ele gera valor e carrega partidas por conta própria caso não seja respondido, e uma remoção nele significa um recurso a menos do oponente para lidar com nossas criaturas maiores.

Territorial Kavu foi o card a dar propósito a este deck. Um 5/5 por duas manas geralmente supera até Tarmogoyf em tamanho no Modern, e oferece filtragem de mão ou hate de cemitério no maindeck sempre que ataca. Ele possui uma interação excelente com Inti, Seneschal of the Sun, mas hoje nós preferimos fazer coisas quebradas com Scion of Draco e Leyline of the Guildpact.

Nishoba Brawler é uma versão mais vulnerável de Territorial Kavu, mas agrega em consistência e redundância nas ameaças que temos em jogo. Diferente do seu predecessor, essa criatura atropela, então existem algumas vantagens em tê-lo na lista apesar dele morrer para Lightning Bolt e Fatal Push.

O mais novo “combo” do formato.

Mesmo sem Leyline of the Guildpact, é possível conjurar Scion of Draco no segundo turno com o Domain Zoo ao buscar Savai Triome no primeiro turno e Breeding Pool no segundo. Ele oferece vantagens significativas para suas criaturas se permanecer em jogo, além de ser outra ameaça com evasão por um custo baixo.

Com o encantamento em jogo, Scion of Draco consegue carregar partidas sozinho ao dificultar bastante a interação enquanto garante uma sopa de habilidades para suas criaturas, sendo letal com Territorial Kavu e Nishoba Brawler.

O Zoo é um deck Aggro e usa mana vermelha frequentemente. Logo, Lightning Bolt é quase obrigatório para sua lista ao oferecer meios de retirar bloqueadores da mesa para pressionar o oponente, além de puxar os últimos pontos de dano para ele.

Outra vantagem do Domain Zoo é o uso de Tribal Flames como remoção capaz de vencer partidas se lançada contra o oponente. É frequente que jogadores façam trocas desfavoráveis para não ficar no alcance dessa mágica.

Leyline Binding ocupa um espaço que, na década passada, pertencia a Path to Exile: uma remoção capaz de lidar com qualquer ameaça de forma incondicional enquanto não oferece um problema para o nosso clock. Seu valor é potencializado por abranger outras categorias de permanente além de criaturas, fora a possibilidade de conjurá-lo muito cedo ou o sequenciar junto a uma criatura.

Stubborn Denial é nossa resposta padrão para mágicas e remoções que não queremos que resolvam. Como a maioria das nossas criaturas possuem quatro ou mais de poder, é comum que ela se torne um Negate de uma mana. Nos primeiros turnos, usá-la como um Force Spike para mágicas-chave e/ou hate direcionado, como Blood Moon são uma jogada comum.

Nossas Fetch Lands são selecionadas com o propósito de buscarem qualquer uma das nossas Shocks e encontrar Savai Triome, ou nossos terrenos básicos em jogos onde precisamos respeitar Blood Moon e Magus of the Moon.

Mesmo com Leyline of the Guildpact, é importante buscar pelo menos um terreno com elas para evitarmos tomar um dois-por-um de Pick Your Poison ou outro card caso um Territorial Kavu esteja em jogo.

Nossos terrenos são selecionados visando habilitar o Domain o mais cedo possível, seja com Savai Triome e Breeding Pool, ou com a sequência de duas Shock Lands e um terreno básico para fecharmos o ciclo.

Um terreno em cada uma das cores que necessitamos contra Blood Moon é essencial para manter a progressão da nossa estratégia. É comum optarmos por buscar uma Floresta para termos acesso às nossas respostas contra encantamentos, como Pick Your Poison e Tear Asunder.

Sideboard

Nossos “hosers”, cards que, em situações ideais, atrasarão o oponente até nossas criaturas causarem dano o suficiente para nossas mágicas encerrarem a partida.

Drannith Magistrate é essencial contra os decks de Cascade, e ao lado de Scion of Draco e Leyline of the Guildpact, ele pode “trancar” a partida permanentemente.

Cursed Totem lida com Golgari Yawgmoth, mas há algumas partidas onde podemos usá-lo para atrasar os turnos do oponente.

Rest in Peace atrasa bastante o Living End e trava os loopings do Golgari Yawgmoth. Você não quer muitas cópias dela, mas precisa de algum hate contra cemitérios para essas e outras partidas.

Prismatic Ending é nossa resposta contra Midranges e Aggro com ameaças de custo baixo, além de resolver outras permanentes problemáticas, como Amulet of Vigor.

Legion’s End é uma remoção eficiente contra as fichas de Crashing Footfalls, mas podemos usá-lo também contra Aggro ou Midrange.

Path to Exile é nosso one-of de resposta padrão para lidar com criaturas maiores, como Murktide Regent ou Primeval Titan

Tear Asunder é nossa remoção de artefatos ou encantamentos como instantânea, e dobra de funções caso a partida se estenda ao ponto onde precisamos muito lidar com outra permanente ao ponto de pagarmos quatro manas para isso.

Pick Your Poison se tornou uma necessidade para lidar com Scion of Draco ou Leyline of the Guildpact, além de responder Blood Moon e outras ameaças, como Murktide Regent, por apenas uma mana.

Flusterstorm é uma resposta barata contra decks de Cascade da qual o oponente não consegue interagir sem prolongar a partida.

Temur Rhinos

IN

OUT

Domain Rhinos

IN

OUT

Rakdos Evoke

IN

OUT

Golgari Yawgmoth

IN

OUT

Amulet Titan

IN

OUT

Izzet Murktide

IN

OUT

Living End

IN

OUT

Isso é tudo por hoje!

Em caso de dúvidas ou sugestões, fique à vontade para deixar um comentário.

Obrigado pela leitura!