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Pioneer: Os Decks Vencedores e Perdedores do Pro Tour MKM

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No artigo de hoje, avaliamos quais foram os principais decks vencedores e perdedores do Pro Tour Murders at Karlov Manor, sua taxa de vitória e representatividade, e como o evento pode afetar o futuro do formato!

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revised by Tabata Marques

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O Pro Tour Murders at Karlov Manorlink outside website chegou ao fim com a vitória de Seth Manfield sobre Simon Nielsenlink outside website em uma final com dois arquétipos inesperados: Rakdos Vampires e Boros Heroic.

Se o torneio nos deu uma lição é de que nada está garantido no Pioneer. Dois dos decks mais jogados do evento, Azorius Control e Rakdos Midrange, tiveram uma performance baixíssima, enquanto estratégias menos populares tiveram winrates altas e excelente conversão para o Top 8.

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Winrates do Pro Tour Murders at Karlov Manor, por Frank Karsten
Winrates do Pro Tour Murders at Karlov Manor, por Frank Karsten

Com as métricas acima, apresentadas pelo matemático Frank Karsten, podemos ter uma percepção de como o Metagame do Pioneer deve se movimentar nas próximas semanas e quais decks ganham e perdem representatividade com os resultados do Pro Tour.

Neste artigo, analiso os principais arquétipos que se destacaram no evento e quais deixaram a desejar, e como eles devem se movimentar no cenário competitivo nas próximas semanas!

Os Decks Vencedores do Pro Tour MKM

Rakdos Vampires

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Com uma winrate acima de 60% e 100% de conversão para o Day 2, além de colocar duas de suas 11 cópias no Top 8 e ainda ser o deck utilizado pelo vencedor do Pro Tour, o Rakdos Vampires foi o grande destaque do evento e deve se estabelecer como um dos arquétipos mais jogados do formato em algumas semanas.

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Aproveitando a base já bem estabelecida do Rakdos Midrange com Thoughtseize, Fable of the Mirror-Breaker e Bloodtithe Harvester, esta nova estratégia utiliza o recém-lançado Vein Ripper ao lado de Sorin, Imperious Bloodlord para trapacear em custos de mana e colocar o oponente em uma situação extremamente sensível na mesa.

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Vein Ripper pode não ser mais impressionante do que Ghalta and Mavren em impacto na mesa, mas um 6/5 com Flying se torna especialmente letal ao lado da primeira habilidade de Sorin, garantindo sete de vida todo turno em que a criatura atacar.

Além disso, sua habilidade interage com a segunda habilidade de Planeswalker, transformando-a em um Lava Axe e também com Bloodtithe Harvester e Fable of the Mirror-Breaker para acumular dano com sua habilidade desencadeada.

O Ward de Vein Ripper foi um ótimo Meta Call para um formato onde decks como Azorius Control estavam em alta, pois ela se transforma em um pseudo-Hexproof caso o oponente não tenha criaturas para sacrificar, e até em jogos contra outros Midranges e/ou Tempo, as remoções da base de Rakdos dificultam do oponente conseguir lidar com o novo vampiro.

Este é certamente o arquétipo com maior potencial de crescimento no formato e podemos esperar adaptações de listas e ascensão de novos decks para jogar em torno dele - algumas listas de Izzet Phoenix, por exemplo, já incluem Tears of Valakut em seu Sideboard para destruir Vein Ripper.

Izzet Phoenix

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Izzet Phoenix permanece na posição de deck bem estabelecido e adaptável para lidar com qualquer Metagame em que esteja inserido. Dentre os três grandes arquétipos jogados no formato, ele foi o único a apresentar uma taxa de vitórias positiva e sem nenhuma grande surpresa em relação ao que já se esperava dele: um jogo sólido contra a maioria do formato e uma partida horrenda contra Lotus Combo.

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Este também é uma estratégia capaz de jogar a par contra o novo Rakdos Vampires e adotar boas opções de maindeck ou Sideboard para lidar com a recente ascensão do novo arquétipo. Não será uma surpresa vermos mais cópias de Young Pyromancer e similares nas próximas semanas!

Abzan Amalia

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O Abzan Amalia permanece uma opção sólida para o Metagame pelo seu potencial de combo-kill repentino e um Sideboard altamente adaptável ao que está em alta no Pioneer.

Mas há um problema: como testemunhado no jogo entre Simon Nielsen e Christoffer Larsen, o Abzan Amalia traz uma dúzia de problemas logísticos para torneios presenciais, forçando empates e consumindo muito tempo em jogadas que podem favorecer tanto o seu controlador quanto o oponente, a depender do arquétipo utilizado.

Existem relatos de muitos casos onde jogadores utilizam essa estratégia para provocar empates intencionais no Magic Arena, e essa situação ocorrer ao vivo e levar a partida da semifinal ao Game 7 certamente deixa uma impressão nos problemas criados pelo combo entre Amalia Benavides Aguirre e Wildgrowth Walker.

Logo, é possível que a Wizards decida banir uma das peças do combo e enterrar o arquétipo para tornar do ambiente do Pioneer menos propenso a situações como as presenciadas no último dia do Pro Tour MKM.

Boros Heroic

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O Boros Heroic, tão desacreditado nas mídias sociais quanto o Rakdos Vampires quando o Metagame do evento foi reveladolink outside website, fez um resultado notoriamente positivo no Pro Tour, apesar de uma taxa de conversão baixa, com 58.3%

Dentre as principais partidas do formato, ele é fortemente desfavorecido contra Rakdos Midrange e Abzan Amalia. Enquanto a possibilidade de substituírem o Midrange pelo Rakdos Vampires não é muito favorável para o Heroic, um possível banimento de Amalia Benavides Aguirre poderia ajudá-lo a crescer um pouco mais no Metagame, visto como ele foi um bom Meta Call contra Lotus Combo e teve uma partida decente contra Azorius Control.

Por outro lado, mesmo com a permanência desses arquétipos, o Boros Heroic se apresenta como opção sólida para se apresar de oponentes despreparados e se tornar a principal estratégia “All-In” do Pioneer atual.

Quintorius Combo

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O Quintorius Combo foi o deck com mais de uma cópia do evento com a winrate mais alta do torneio. Apesar do seu número de representação ainda ser muito baixo, ele apresentou uma winrate positiva contra todos os principais decks, exceto o Lotus Combo (com 0-0) e o Boros Heroic (0-1)

Isso torna dele uma opção mais viável no Metagame? Talvez. Ou talvez os jogadores não estivessem suficientemente preparados para lidar com ele, mas esses números deixam um sinal para o formato. Portanto, não seria uma surpresa caso este combo ficasse mais popular nas próximas semanas.

Os Decks Perdedores do Pro Tour MKM

Rakdos Midrange

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O Rakdos Midrange apresentou a taxa de vitórias mais baixa dentre os principais decks do formato no Pro Tour, com 41,7%.

Talvez, esses números reflitam um Metagame que se preparou demais para essa partida ao ponto de suprimir seu potencial de vitória na maioria das partidas. Por outro lado, o Rakdos Midrange também se preparou contra o restante do Meta e, ainda assim, obteve resultados ruins contra eles.

É possível que o atual estado do Pioneer tenha feito dele justo demais para competir, e a ascensão da nova variante de Vampires pode fazer com que ele perca seu espaço como um dos pilares do cenário competitivo do formato.

Azorius Control

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O Azorius Control, cuja ascensão está ligada ao lançamento de No More Lies, Deduce e Meticulous Archive em Murders at Karlov Manor, pode ter sido outra grande vítima do excesso de Meta Call de outros jogadores para essa partida.

Até a ascensão do Rakdos Vampires parece estar ligada ao acréscimo deste deck no Metagame e da sua dificuldade em lidar com Vein Ripper, e o Boros Heroic é outra estratégia que consegue se apresar do início de jogo devagar do Azorius para vencer a partida em poucos turnos - No fim, o Azorius Control foi vítima do seu próprio acréscimo em popularidade.

Lotus Combo

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O Lotus Combo demonstrou estar relativamente mal posicionado no evento, apesar da sua winrate muito positiva contra o principal deck do evento, Izzet Phoenix.

É difícil presumir o quanto essa baixa em taxas de vitória será refletida nos eventos on-line ou até em torneios presenciais porque jogadores de Lotus são extremamente fiéis ao seu deck, pois é uma estratégia com alta taxa de recompensa por conhecer bem todas as jogadas e possibilidades de cada turno, além de ser um dos arquétipos beneficiados pela nova expansão com Archdruid’s Charm.

Izzet Ensoul

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O Izzet Ensoul mostrou bons resultados contra Lotus Combo, então ele merece algum mérito como um bom Meta Call para essa partida, mas seus resultados contra o resto do formato foram bem ruins.

A recente ascensão do Boros Heroic lhe traz outro problema, pois é possível que este se torne o principal arquétipo de “jogar por baixo” do Pioneer, tomando um lugar pertencente hoje ao Ensoul e ao Boros Convoke (cuja posição deve permanecer a mesma).

Tanto o Boros Heroic quanto o Ensoul requerem respostas relativamente parecidas, como sweepers baratos e/ou remoções que passam por cima de proteção e/ou Indestrutível. Logo, não seria uma surpresa se ele ter uma queda de representatividade como efeito colateral da ascensão do Heroic.

Jeskai Creativity

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Outra novidade do evento, o Jeskai Creativity se demonstrou como uma opção pouco confiável e, talvez, gananciosa demais para o Pioneer atual. Ele teve partidas decentes contra Amalia e Rakdos Midrange, mas sua taxa de vitórias geral foi baixa demais para considerá-lo como a evolução da variante de Izzet.

A base de Jeskai, no entanto, não é descartável: o Jeskai Control fez um resultado decente no evento apesar de suas poucas cópias, sendo possível que ambas as estratégias tenham algo a aprender uma com a outra sobre como se adaptar ao Metagame e criar um arquétipo mais sólido e consistente.

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Hoje, no entanto, ainda apostaria minhas fichas na versão Izzet de Indomitable Creativity, com Xenagos, God of Revels e Worldspine Wurm.

Conclusão

Isso é tudo por hoje.

Nas próximas semanas, é provável que o Rakdos Vampire tome o espaço do Rakdos Midrange no Metagame por um tempo até outros decks encontrarem meios de lidar com a grande novidade do formato. Vale ressaltar que uma grande representatividade nas primeiras semanas não implica em precisar de um banimento imediato: o formato pode se adaptar e novas abordagens podem surgir.

Amalia Benavides Aguirre, por outro lado, corre um grande risco de banimento apesar de não apresentar números absurdos de representatividade ou vitórias. Seu combo é intrinsecamente ligado a estados de anti-jogo, seja por empate, ou por ganhar 100 de vida em um único turno, e a Wizards tem um longo histórico de evitar essas situações em seus formatos.

Obrigado pela leitura!