Magic: the Gathering

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Modern: Temur Footfalls e a força da simplicidade.

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Aqui vamos analisar o Temur Footfalls, um dos decks mais confiáveis e de proposta simples que o Modern pode oferecer.

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Com o meta bem definido e poucos decks novos surgindo, é o momento perfeito de falarmos sobre decks consolidados e que estão tendo um bom desempenho em challenges e outros campeonatos.

Dito isso, finalmente vou poder escrever sobre um dos meus decks favoritos pós-MH2, que consegue ser "justo" mesmo podendo gerar 10 de poder no turno 3, sim!

Hoje é dia do deck de rinocerontes, o Temur Footfalls! Após duas posições no top 8 do último Challenge, o deck que foi praticamente criado por Modern Horizons I e II parece estar com tudo! Então nada mais justo que darmos uma olhada e ver o que faz ele ser tão consolidado assim, vamos lá?

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Temur Footfalls: A lista

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Essa aqui é a lista que chegou ao primeiro lugar no último Challenge, dia 03/10link outside website, mesmo com algumas opções mais únicas do jogador, a lista é bem direta ao ponto e perfeita para ilustrarmos o que o Footfalls quer fazer e como ele trabalha a consistência do deck com esse objetivo.

Claramente o objetivo do baralho gira entorno da carta-chave que dá nome ao deck: Crashing Footfalls é uma mágica pouco convencional por conta da falta de custo, o que a impede de ser conjurada normalmente, e para isso temos a habilidade de suspender, que possibilita que exilemos a carta para conjurá-la de graça daqui a quatro turnos.

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Acontece que quatro turnos é muito tempo e se esse fosse nosso plano principal, dificilmente o deck jogaria no Modern. O grande lance é que o valor de mana convertido da carta é 0, o que interage com cartas que se importam com valor de mana para conjurar magias sem pagar o custo, como acontece com Electrodominance, As Foretold e principalmente mágicas com cascade, que é o nosso caso.

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Graças as nossas oito cópias de mágicas com cascata de custo 3, a Shardless Agent e a Violent Outburst, é possível que conjuremos qualquer carta com Valor de Mana dois ou menor sem pagar o custo, e adivinhem qual a única carta de MV dois ou menor? Sim, todas as nossas mágicas com cascata ganham dois Rinocerontes 4/4 atropelar de brinde! Se isso não é um grande impacto na mesa, eu não sei o que é.

"Mas como é possível montar um baralho que só joga a partir do turno 3?"

(Tem o Tron, mas vamos esquecer o tron por um momento, ok?). Acontece que nosso baralho tem muitas cartas que custam três ou mais apenas na teoria, não atrapalhando a Cascata. Como por exemplo Brazen Borrower, que custa 3, mas possui uma aventura que custa 2, os elementais que custam mais que três, mas podem ser feitos de graça, graças ao evoke, ou até splitcards como Fire//Ice, que custa a somatória das duas mágicas.

São todas mágicas que mesmo custando 3 ou mais na teoria, podem ser feitas em turnos anteriores.

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E para completar, a interação de Cascade e Footfalls não é o único recurso no topo da curva do baralho, temos ótimos drops 3, como o Seasoned Pyromancer, que é uma das cartas mais recursivas do Modern, servindo como draw, loot ou presença na mesa.

Além de Prismari Command, que é uma modal extremamente versátil, quase sempre fazendo duas coisas importantes para a match. Todos esses recursos fazem com que o deck seja consistente, sustentando a interação que provavelmente ganhará o jogo para você.

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Quando as peças se encaixam

"Ok, parece funcionar, mas como é o deck num geral?"

Isso foi uma questão que eu mesmo me perguntei quando testei o deck em algumas ligas do Magic Online (e fui positivamente surpreendido). Ainda assim é um pouco difícil encaixar o Temur Footfalls numa "caixinha".

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Ele tem um ritmo de midrange, com interações para sobreviver até conseguir encaixar a cascata, mas tem conceitos parecidos com o do Mono-Green Tron, no sentido de mulligar atrás de peças específicas e se importar mais com ter mais board presence que o oponente do que valor ou card advantage (inclusive é um deck que mulliga super bem, não foi raro eu ganhar jogos após um mulligan a 5).

Na verdade, acho que a sensação mais presente que eu tive ao jogar com o Footfalls foi a de urgência: você quer se manter vivo tempo o suficiente para conseguir encaixar os rinocerontes, mas após isso, é preferível que o jogo acabe o quanto antes possível, pois muitas vezes você não tem tanto o que fazer depois e arrastar a partida não é uma opção tão vantajosa.

Mas o baralho tem muita consistência em fazer os rinocerontes e, mais importante ainda, mantê-los como a maior ameaça da mesa por tempo o suficiente. Os bounces e remoções atrasam o oponente de maneira que quando ele consegue finalmente se estabilizar, muitas vezes seja tarde demais e a derrota seja inevitável.

Por conta disso, o baralho tem bastante vantagem contra midranges, mas não é como se ele não fizesse feio contra controls e aggros também, nesse momento o baralho se mostra bem equilibrado (além de possuir uma boa resiliência a sideboards e cartas problemáticas por conta do Brazen Borrower maindeck). Por tudo isso, Temur Footfalls é uma opção muito confiável para enfrentar o metagame.

Alternativas de cards para o deck

O Temur Footfalls não é o baralho mais configurável do Modern, com 12 slots quase que obrigatórios e uma baita limitação de usar cartas com valor de mana 3 ou maior, não são todas as cartas que conseguem entrar no deck, mas ainda assim, existem algumas opções interessantes para se ter em mente na hora de montar sua lista, e é sobre isso que vamos falar agora.

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Bonecrusher Giant é uma das minhas cartas vermelhas favoritas e uma boa opção para quem quer um pouco mais de presença na mesa, além de ser uma remoção interessante contra Ragavans e Lurrus, a carta é uma criatura custosa de se matar e que bate bem forte, perfeito para mais uma alternativa de aumentar o clock, além dos rinocerontes.

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Já para quem gosta de clássicos, Jace, The Mind Sculptor e Cryptic Command são boas adições ao deck. o Jace acaba corrigindo um pouco aquele problema do deck se virar pouco no arrastar do jogo, e o comando é a versatilidade em forma de carta, seja se repondo, voltando uma permanente incomoda para a mão ou até virando as criaturas do oponente para atacar com tudo.

Conclusão

Com uma estratégia mais simples, o Footfalls ganhou cada vez mais espaço e hoje se mantém sólido, tanto por suas respostas, quanto pela board presence absurda que o deck consegue fazer. Por ser super equilibrado, é uma escolha ótima para você que quer grindar um pouco em ligas, ou até mesmo participar de Challenges e campeonatos mais centrados.

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É nessa nota confiante que eu me despeço de vocês, até a próxima!