Spoiler Destaque: Amalia Benavides Aguirre no Pioneer

A edição Lost Caverns of Ixalan traz uma grande novidade para o Pioneer: a vampira recém-revelada, Amalia Benavides Aguirre é a mais recente peça de combo inserida no formato!

O atual Metagame do formato comporta uma dúzia de estratégias viáveis, mas os decks baseados em Collected Company estão em baixa faz bastante tempo, e abriram espaço para outras variantes de arquétipos agressivos, como o Humans e o Spirits.

Neste artigo, avaliamos se a nova vampira de Ixalan pode revitalizar as variantes de Collected Company ao inserir um combo-kill em potencial, com apenas duas criaturas.

Amalia possui uma habilidade desencadeada onde, cada vez que seu controlador ganha vida, ela explora (olhe o card do topo do seu grimório, se for um terreno, coloque-o em sua mão, se for um card de não-terreno, coloque um marcador +1/+1 em nela e coloque o card em seu cemitério, ou no topo do seu deck) e caso o poder de Amalia chegue a 20, ela destrói todas as outras criaturas - ou seja, ela tem o caminho livre para causar dano letal ao oponente.

A mecânica de Explorar foi lançada na primeira edição de Ixalan e, na época, era a base de um dos principais decks Midranges do Standard, por conta da interação entre Jadelight Ranger e Merfolk Branchwalker com Wildgrowth Walker.

Por desencadear uma instância de ganho de vida sempre que uma criatura explora, Wildgrowth Walker cria um looping com Amalia, onde seu controlador pode repetir o processo diversas vezes até que a vampira tenha 20 de poder e destrua todas as criaturas, incluso o elemental de Ixalan.

Apesar do seu potencial em dar dano letal em um só turno, com a mesa vazia, este combo possui algumas fraquezas inerentes que dificultam sua viabilidade no Pioneer.

A primeira fraqueza é que Amalia não possui Impeto, e sua habilidade de autoproteção não é suficientemente versátil para garantir que o oponente não vá interagir com ela. Logo, essa não é uma situação onde você joga Peça A + Peça B e ganha a partida: é necessário um ciclo de turno inteiro para que Amalia possa atacar e causar dano letal - e a quantia de interações disponíveis cresce bastante quando precisamos passar pelo turno do oponente.

Por isso, a melhor maneira de fazer essa interação funcionar é buscando a maneira ideal de proteger as peças e/ou reduzir o timing das interações do oponente com, por exemplo, meios de colocar o combo em jogo em Instant-Speed.

Nesse quesito, o Pioneer é agraciado com duas das melhores mágicas para colocar criaturas em jogo, em especial, peças de combo. Collected Company, com sorte, encontra ambas as criaturas e já inicia o looping por conta própria a partir da primeira instância de ganho de vida, enquanto Chord of Calling funciona como uma espécie de habilitador, que permite encontrar o combo, ou qualquer outra criatura necessária para o momento na partida.

Outro meio de ganhar o jogo instantaneamente com o combo é com cards que se beneficiam do looping. Vito, Thorn of the Dusk Rose parece o melhor payoff nessa ocasião, já que podemos o encontrar com Chord of Calling ou Collected Company, e até Amalia chegar em 20 de poder, ganhamos um total de 54 de vida com Wildgrowth Walker, o que representa o potencial de 54 de dano com Vito.

O segundo problema é que o combo não se desencadeia sozinho - é necessário ganhar vida, ou ter um trigger de Explorar para iniciar o looping. Considerando as circunstâncias acima, a rota de ganho de vida parece mais eficiente se considerarmos que temos Prosperous Innkeeper e Lunarch Veteran como habilitadores úteis.

Por fim, o outro desafio é encontrar os meios apropriados para proteger as peçs do combo, especialmente se considerarmos que todas as criaturas, exceto Amalia, serão destruídas no fim do looping. Logo, cards como Skrelv, Defector Mite se tornam menos relevantes, enquanto efeitos em Instant-Speed, como Heroic Intervention, são mais atraentes.

No entanto, ainda estamos construindo um deck de Collected Company, e já abrimos uma concessão com Chord of Calling. Ter menos mágicas de criaturas significa mais chances da Company falhar, e não queremos desperdiçar quatro manas para nada.

Com os pontos acima considerados, duas versões de decklists parecem bons pontos de partida para o aprimoramento do arquétipo quando Lost Caverns of Ixalan for lançada, em 17 de novembro.

A primeira variante é uma totalmente voltada para o combo, com números maximizados das peças para amplificar a consistência com a qual conseguimos unir Amalia Benavides Aguirre com Wildgrowth Walker e, se possível, Vito, Thorn of the Dusk Rose, e protegê-los com Selfless Savior e Melira, The Living Cure.

Os mana dorks aceleram nossos turnos e garantem a mana para Collected Company tão cedo quanto no terceiro turno, enquanto as demais criaturas, além de colaborarem com triggers de ganho de vida, também funcionam como alimento para o Convoke de Chord of Calling

Na segunda versão, abdicamos de ir all-in para o combo e buscamos uma proposta de toolbox, com uma gama maior de cards interativos e impactantes, que permitem jogar um jogo "justo" enquanto mantemos a possível ameaça do combo.

A adição mais interessante nessa variante é Shared Summons. Apesar dela não colocar as peças diretamente em jogo, a mágica de M20 possibilita combinações mais interessantes de cards de criatura em nosso deck para sequenciar uma boa jogada, onde nem todas precisam estar atreladas ao combo para funcionar.

Essa versão, por conta de Sheoldred, the Apocalypse, tem uma taxa de falha maior com Collected Company. No entanto, o potencial de fechar a partida no fim do turno, além de que Skyclave Apparition e Elite Spellbinder delas ser devastador, garantem seu espaço na lista.

Enquanto esta versão parece mais apta para jogar contra o Metagame sem ignorá-lo por completo, é bem menos focada do que a de cima e requer mais alterações e testes para funcionar como o planejado.

Talvez, mas não tenho grandes expectativas quanto a sua viabilidade.

Por se tratar de um combo baseado em criaturas, que requer mais peças para iniciar o seu looping, além de não vencer a partida no momento em que começa o combo, ele parece muito vulnerável para as mais diversas interações presentes no formato hoje. De Fatal Push até Lightning Axe, o número de remoções com valor positivo para lidar com Amalia torna dela um plano muito arriscado, visto que todas as suas criaturas serão destruídas no processo.

Além disso, as peças do combo não interagem bem com seu entorno: Amalia não é uma ameaça decente, Wildgrowth Walker precisa de uma base específica para valer a pena, e as peças complementares só estão lá porque o combo demanda um setup.

Se o compararmos com outros combos no Metagame, percebemos que falta o potencial mais explosivo, que ameace uma vitória todo turno: Greasefang, Okiba Boss tem um entorno onde a qualidade individual de veículos como Esika's Chariot compensam as concessões feitas para o deck funcionar. O mesmo ocorre com as listas de Indomitable Creativity, que ganham a partida no momento em que Worldspine Wurm e Xenagos, God of Revels entram em jogo - em ambos os casos, a base das listas funciona muito bem por conta própria.

Esse é um elemento-chave que Amalia Benavides Aguirre carece, e que jogadores precisarão aprender qual é a melhor maneira de jogar em torno até encontrar a versão que consegue ameaçar uma vitória instantânea enquanto segue o fluxo natural de uma partida de Magic.

Isso é tudo por hoje.

Em caso de dúvidas, sugestões, ou ideias de como construir um deck em torno de Amalia, fique à vontade pata deixar um comentário!

Obrigado pela leitura!