Apresentação de Clarion Conqueror
Saudações, meus amigos do Legacy... e do Vintage! Seguimos com os nossos destaques de Tarkir: Dragonstorm, e temos aqui outra carta que deve causar bastante impacto nos dois formatos mais antigos de Magic: Clarion Conqueror!
Hatebears (criaturas que trancam ou dificultam certos aspectos do jogo) costumam ver jogo ou ao menos entram na consideração da construção de decks nesses formatos, e desta vez devemos receber o senhor de todos os Hatebears.
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Hatebears e Clarion Conqueror
Como eu disse acima, não são poucos os Hatebears que jogam no Legacy e no Vintage.
Pela natureza da Color Pie, a maioria deles é branca: Archon of Emeria, Thalia, Guardian of Thraben, Anointed Peacekeeper, Kataki, War’s Wage, Leonin Arbiter, Containment Priest, Drannith Magistrate, Ethersworn Canonist, Elite Spellbinder, Doorkeeper Thrull, Tomik, Distinguished Advokist, Hushbringer, Spirit of the Labyrinth, Boromir, Warden of the Tower, Phyrexian Censor e Sanctum Prelate, só para citar alguns.

Se considerarmos outras cores ou artefatos, podemos mencionar Magus of the Moon, Collector Ouphe, Gaddock Teeg, Lavinia, Azorius Renegade, Phyrexian Revoker, Soulless Jailer, Yixlid Jailer, Meddling Mage e Kudo, King Among Bears, entre outros. Essa extensa lista nos mostra que metagames moldam e são moldados por essas criaturas – geralmente, quanto mais abrangente for seu efeito, maior seu impacto. E Clarion Conqueror definitivamente atinge uma quantidade enorme de cartas no formato.

Cartas como Null Rod e Cursed Totem têm espaço no formato porque impedem diversas habilidades ativadas que exigem resposta, mas são bem específicas no que afetam. Temos a mais versátil Damping Matrix, que pega os dois tipos de permanentes, mas tem uma cláusula importante que limita seu uso: “não afeta habilidades de mana”. Clarion Conqueror não tem essa limitação – uma vez em jogo, nada de habilidades ativadas, seja de artefatos, criaturas ou, de bônus, planeswalkers. A carta é bem direta no que se propõe: é um martelo, e todo o resto é um prego.
Tanto no Legacy quanto no Vintage, há uma grande quantidade de artefatos com habilidades ativadas, o que explica por que cartas como Null Rod, Collector Ouphe e Stony Silence aparecem com frequência.

Recentemente, habilidades ativadas de criaturas também se tornaram importantes: Broadside Bombardiers, Nomads en-Kor, Goblin Welder, Stoneforge Mystic e os diversos mana dorks que permeiam o ambiente – Noble Hierarch, Ignoble Hierarch, Delighted Halfling e Birds of Paradise. Por fim, Clarion Conqueror também neutraliza planeswalkers, ou seja, nada de ativação para Tamiyo, Seasoned Scholar, Karn, the Great Creator, Teferi, Time Raveler, Narset, Parter of Veils, Ajani, Nacatl Avenger e Grist, the Hunger Tide, entre outros.
Resumindo: como ferramenta para fechar ângulos de jogo, Clarion Conqueror é uma das mais abrangentes que já tivemos, afetando vários decks de forma significativa. Ele vai causar dor de cabeça tanto no Forge Combo quanto no Cephalid Breakfast, travar o combo principal e o maior habilitador do Painter (Goblin Welder), impedir que Broadside Bombardiers se torne uma máquina da morte e, ao mesmo tempo, inutilizar Chrome Mox e os tokens de Treasure do Red Stompy.
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No Vintage, basicamente todo deck que não seja de Bazaar of Baghdad roda uma boa quantidade de artefatos de mana, todos prontamente ignorados pelo Dragão.
Dito isso, ainda há uma quantidade significativa de decks, tanto no Legacy (decks azuis de Tempo, Reanimator e Sneak & Show) quanto no Vintage (Dredge e Bazaar Aggro), que ignoram ou são pouco afetados pelo efeito. A posição desses decks no metagame pode ditar se Clarion Conqueror se tornará uma carta de main deck em vários decks ou se permanecerá majoritariamente nos sideboards. Seja qual for o caso, mesmo como uma opção de reserva, Conqueror é uma grande adição ao arsenal dos dois formatos e pode economizar espaço nas 15 cartas de sideboard, já que afeta tantos arquétipos diferentes.
Decks Legacy e Vintage Possíveis com Clarion Conqueror
Vamos primeiro ao Legacy. Basicamente, qualquer deck com branco pode se interessar pelo nosso novo amigo Dragão, ao menos como opção de sideboard. Um arquétipo em especial me chamou a atenção quanto ao espaço e sacrifício necessário para rodar Clarion Conqueror:
Já temos listas de Orzhov Flicker que não usam Aether Vial, portanto você já não é tão afetado pela habilidade do Clarion Conqueror.
Ele ainda trava a Relic of Progenitus, mas como o artefato está no main deck e é mais efetivo justamente contra decks contra os quais você não quer o Dragão (Reanimator e Delver), isso não deve causar muita tensão.
Outro deck que acredito que vai se interessar pelo Clarion Conqueror, dessa vez diretamente no main deck, é o Monowhite Initiative. Embora o deck tenha perdido força desde o banimento de White Plume Adventurer, ele ainda aparece ocasionalmente e parece ser a casa ideal para o Dragão.
Se no Legacy, embora a gente saiba do potencial do Conqueror e de que ele vai dar as caras em algum deck, no Vintage a história é outra: o Mono White Initiative já é um dos principais decks do formato e já usava Null Rod como opção no Sideboard. Ele é naturalmente uma casa para usar o Dragão já no main deck, onde ele pode roubar vários jogos.
E embora o principal uso seja travar Artefatos, há também Criaturas e Planeswalkers que serão afetados, como Psychic Frog, Oko, Thief of Crowns, Deathrite Shaman e Karn, the Great Creator, entre outros. Para mim, ele é autoinclusão nesse deck, ainda que o deck talvez precise alterar um pouco a base de mana para não ser tanto autoafetado pelo efeito.
Concluindo
Clarion Conqueror parece ter sido feito mais para os formatos mais antigos do que para o Padrão, dado o grande número de alvos que tem nesses formatos. Comparado a outros Hatebears, ele é extremamente efetivo.
Confesso que fiquei surpreso por ele afetar habilidades de mana, algo que a Wizards costuma evitar. Isso faz uma enorme diferença no seu potencial disruptivo.
Eu já estou de olho em um set. Um abraço sem habilidades ativadas e até o próximo artigo!
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