Standard: Review de March of the Machine para o formato

Com a nova coleção pudemos finalmente saber o que é uma Battle, o novo tipo de card no jogo. Ao todo, March of the Machine conta com 36 Battles, cada uma com efeitos diferentes. Caso queira mais detalhes sobre o novo tipo de card, basta clicar aqui!

Ainda é difícil mensurar o impacto das novas cartas em formatos construídos, as Battles precisarão ser bastante testadas, mas irei destacar algumas que me chamaram a atenção e que podem ver jogo no Standard.

Invasion of Fiora é uma remoção global perfeita para o Esper Legends, limpando a mesa do oponente enquanto mantém a sua intacta com o caminho livre para atacar a Battle.

A outra face do card é uma criatura que pode remover todos os marcadores de uma permanente e gerar card advantage.

Podendo atrasar o oponente e, ao se transformar, colocar marcadores nas suas criaturas ou protegê-las, mostra o potencial que Invasion of Gobakhan pode ter em decks Aggro.

Invasion of Tolvada pode muito bem jogar em alguma build de Reanimator com Atraxa, fazendo Atraxa num turno e atacando a Battle com ela no outro.

A outra face tem sinergia com fichas, o que abre espaço para um deck que utilize alguma engine de fichas e o Standard possui boas cartas com essa habilidade.

Archangel Elspeth dividiu opiniões. Alguns a acham fraca, pois o formato já tem The Wandering Emperor, mas eu vejo potencial, principalmente no Azorius Soldiers.

Apesar de não ter flash, todas as habilidades da nova Elspeth se encaixam bem no Soldiers e acredito que ela será um ótimo reforço para o deck. Caso queira uma análise mais detalhada, basta clicar aqui.

O novo card da Mãe das Máquinas, Elesh Norn é excelente contra muitos decks e sua face transformada é muito forte. Acredito que há muito potencial para uma nova versão do Mono-White Midrange usando esse card.

O formato já possui Monastery Swiftspear e outras criaturas com Prowess e Monastery Mentor merece destaque só pelo fato de possibilitar um deck focado em prowess no formato.

Mesmo que não seja uma das melhores cartas da coleção, com certeza é uma das mais divertidas e estou bem ansioso para testá-la.

Phyrexian Censor com certeza entrará nas listas de Selesnya Toxic. Um bom corpo para o combate e uma habilidade que trava o oponente. Combinado com Skrelv, Defector Mite será algo difícil de lidar.

Seal From Existence é um Oblivion Ring com proteção extra. Uma ótima remoção para a cor.

A cor branca realmente veio bem forte nessa coleção, e Surge of Salvation é mais uma prova disso. Uma resposta necessária para Invoke Despair, que é uma carta muito problemática de se lidar, além de poder ser aplicada a várias situações.

Agora falando entrando na cor azul vamos começar com o "novo Shark Typhoon", Chrome Host Seedshark, relembrando outros tempos do Standard.

Uma criatura 2/4 com flying e que é uma engine de tokens. Ainda não podemos afirmar com toda certeza o quão jogável a mecânica de incubar será no formato, mas já posso imaginar esse tubarão fazendo dupla com Monastery Mentor em um Jeskai Prowess.

Faerie Mastermind é o card que homenageia o Campeão Mundial Yuta Takahashi. Uma ótima criatura para o Mono Blue Tempo e que pode ser uma reposta a cards como Reckoner Bankbuster e Fable of the Mirror-Breaker.

Agora falando na cor preta, temos um Lord Phyrexiano: Grafted Butcher. Fiquei bem empolgado com esse card durante a Spoiler Season e acredito que possa ser uma boa adição para os decks com Toxic, que podem facilmente adicionar a cor preta na curva.

Sua habilidade de dar Menace para todas as criaturas phyrexianas sob seu controle até o fim do turno é muito forte em decks agressivos e sua segunda habilidade casa perfeitamente com a primeira.

Glistening Deluge é um board wipe para ser usado especificamente contra decks pretos e verdes. Pode facilmente contra as fichas geradas por Skrelv’s Hive e Wedding Announcement ou até mesmo contra um Azorius Soldiers.

Bloodfeather Phoenix é uma carta interessante para o Mono Red Aggro e que pode funcionar bem com Fable of the Mirror-Breaker, possibilitando uma nova abordagem para os aggros vermelhos.

Rampaging Raptor e uma criatura que lembra muito a Questing Beast do Standard de Eldraine. 4 manas, 4/4, atropelar e ímpeto, só isso já merece um destaque nessa cor, mas ainda pode causar o mesmo dano causado em um oponente em um Planeswalker do oponente ou Battle protegida por ele.

O Mono Red ganha mais uma peça importante em sua estratégia com Stoke the Flames. 4 de dano em qualquer alvo por duas manas ou, em uma situação ideal, de graça, é muito bom para ajudar o plano de jogo dos aggros vermelhos, seja removendo uma ameaça do oponente ou ajudando no dano letal.

Planeswalkers de 3 manas costumam ser motivo de preocupação para os jogadores do Standard. A nova Wrenn and Realmbreaker traz manafixing, pode se proteger e proporciona recursão com um ultimate bem forte, mostrando que tem sim bastante potencial no formato, mas ainda é cedo para dizer que ela é um novo Oko ou algo assim.

Convoke é uma mecânica que retornou em MOM em alguns cards bem interessantes, como Ancient Imperiosaur. Uma criatura 6/6 com trample e ward 2 e que entra ainda maior para cada criatura que foi usada para pagar o custo de convoke.

Essa e outras criaturas na cor verde podem possibilitar uma possível Mono Green Aggro ou Gruul Aggro no formato.

Doomskar Warrior é mais uma criatura interessante para um possível RG ou Mono Green no formato. Um bom corpo para o combate e uma habilidade que ajuda a manter o gás no jogo.

Um corpo excelente por três manas e uma habilidade que torna essa criatura ainda mais forte ao ser transformada. Triplo valor em uma única carta.

Um bom hate para um formato cheio de artefatos e encantamentos de valor, mas o diferencial aqui é a possibilidade de interagir com Battles, algo que pode tornar essa carta relevante nos sideboards.

A coleção não trouxe nada de muito relevante pertencente ao grupo dos cards incolores, mas posso estar enganado quanto à isso.

Poderia citar aqui a nova espada, Sword of Once and Future, mas essa carta parece lenta demais para o formato. As outras incolores parecem ainda menos viáveis, por essa razão acredito que MOM não trouxe grandes mudanças nesse tópico.

Se as incolores parecem fracas, as multicoloridas são o oposto. Kroxa and Kuronos, uma das cartas de dupla da coleção, é um exemplo disso, podendo ver jogo no Atraxa Reanimator.

Outra dupla que parece ser bem forte, Thalia and the Gitrog Monster chega juntando ramp, stax e sinergia com tokens em um único card. Com certeza será motivo de dor de cabeça para muitos jogadores.

Ainda falando das duplas, temos com Baral and Kari Zev mais um card que pode possibilitar um Izzet ou Jeskai Spells no formato. Evasão, um bom corpo para o combate e ainda pode conjurar mágicas de graça ou colocar mais uma criatura na mesa que já entra batendo.

Omnath retorna para o Standard, agora completo - ou devo dizer completado?

Mantendo o mesmo custo de sua versão anterior e o mesmo poder e resistência, Omnath, Locus of All traz uma habilidade interessante para o formato e que talvez ajude decks de quatro ou mais cores a se tornarem mais viáveis.

Talvez não seja comparável à Omnath, Locus of Creation, mas ainda, sim, merece ser explorado.

Na parte das lands não houve grandes adições para o Standard, apenas o reprint das lifelands, que pode vir a ajudar na base de mana, mas não é nada surpreendente.

March of the Machine promete balançar o Standard, trazendo boas mecânicas, velhas e novas. Espero poder ver as Battles em ação e se realmente causarão algum impacto no formato, bem como as criaturas de dupla. Você pode conferir todas as cartas reveladas aqui.

Mais um artigo chegando ao fim. Espero que tenham gostado.

Deixe suas dúvidas nos comentários e me diga o que espera da nova coleção para o Standard. Tentarei responder a todos. Até a próxima!