Magic: the Gathering

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Standard: Análise dos Banimentos e sobre o futuro incerto do formato

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No artigo de hoje, elaboro um pouco sobre o estranho estado do Standard atualmente, e especulo sobre o futuro do formato pós-banimentos!

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revu par Tabata Marques

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Afinal, o Standard tem futuro num mundo de pandemia?

Gostaria de abrir este artigo comentando sobre como, na primeira vez em quase quinze anos desde o meu primeiro contato com Magic, é estranho falar sobre Standard sem considerá-lo o principal formato competitivo do jogo, dado que ele sempre foi o pilar da estrutura competitiva do Magic por tanto tempo que o seu maior atrativo para jogadores de loja, ou jogadores mais casuais, era poder jogar com e contra os decks que comumente apareciam na câmera dos grandes eventos competitivos, e existia uma certa empolgação e elegância em ver tais estratégias sendo utilizadas ao vivo, na sua frente, ou até mesmo na sua mão.

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No entanto, essa é a primeira vez que sinto que o Standard não é um formato com maior foco ou com maior importância do que os demais formatos de tabletop, e provavelmente perderá algum espaço também no ambiente digital enquanto estivermos lidando com uma recorrente crise de Covid-19.

O Magic Arena trouxe uma ótima oportunidade para jogar com os decks que você presenciava nas mãos dos profissionais sem precisar correr atrás dos cards e, apesar da economia altamente predatória da plataforma, é necessário admitir ser muito mais prático de se conseguir as cartas para Standard lá (considerando que você se mantenha no grind por tempo o suficiente ou gaste 100 dólares a cada três meses) do que precisar investir em toda instant staple que sai em cada edição e necessitar adaptar o seu deck (ou até construir outro deck) conforme o Metagame muda, e o Standard é justamente o formato onde o ambiente de jogo tende a mudar praticamente toda semana.

De muitas maneiras, o Standard era o melhor formato para se jogar no Magic Arena, e também a maneira mais recompensadora de se obter algo no jogo, com eventos como o Arena Open ou organizações independentes colaborando para que os jogadores pudessem obter recompensas físicas ou digitais pelo seu esforço e comprometimento com a plataforma, especialmente em tempos de pandemia.

Porém, com a chegada do Alchemy como um formato competitivo digital e do notório comprometimento da empresa em torná-lo competitivo (como o próximo Set Championship ser no formato Alchemy ao invés de no Standard, além dos Qualifiers), a questão que fica é se os jogadores possuem motivos o suficiente para ainda se importar com o Standard dentro e fora do Magic Arena.

Atualmente, na plataforma digital, há mais jogadores interessados no Standard do que em Alchemy e isso se reflete nos números de engajamento de cada formato, em especial pela péssima política de reajustes e economia do jogo (você não recebe nenhum refund por nerfs, e também não há nenhum sistema para tornar das suas cartas inúteis em recursos para conseguir mais cards), mas existe uma força muito maior na plataforma que quer tornar do Arena uma maneira exclusiva de se jogar Magic com o foco nas dinâmicas que apenas um card game digital pode proporcionar, e eventualmente o seu público terá de se adaptar às mudanças (e eventualmente a empresa terá de aprender com seus erros) se quiserem competir jogando Magic Arena, porque esse é o caminho que está sendo traçado.

O que nos leva novamente à questão: Em tempos como os de pandemia e com uma alternativa de formato com rebalanceamentos sendo promovido pela Wizards, existe alguma importância para o Standard hoje?

Num mundo ideal, o Standard deveria ser o formato competitivo para quem quer jogar no tabletop, mas com uma pandemia que permanece por quase dois anos e que não permite grandes aglomerações e a organização de eventos gigantescos, o formato fica relegado, no jogo presencial, a ser essencialmente um evento de Friday Night Magic nas lojas locais, tornando-o extremamente impopular por conta da sua natureza rotativa, algo que consegue ser seu atrativo, por sempre dar uma renovação no Metagame e noa decks jogados, e detrimento, visto que formatos eternos como Pioneer e Modern são mais interessantes para comunidades locais por não demandar investimento constante e a completa perda do mesmo após uma rotação.

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Isso não quer dizer, jamais, que eu menospreze o Standard, ou considere que o formato não possui valor. Pelo contrário, ele é e sempre foi o principal pilar do Magic competitivo e dos fatores comerciais de cada novo lançamento. É o que motiva o jogador a comprar o produto para manter-se atualizado na hora de jogar os torneios; é o que motiva o jogador casual a querer montar aquele tribal de Ninjas para jogar no FNM só para se divertir; é o que incentiva o lojista a abrir caixas para vender singles, e provavelmente é um dos pilares que continua a manter o jogo interessante para todos por tanto tempo.

Porém, com todas as mudanças que ocorreram no jogo e com a pandemia impedindo que o formato possa prevalecer no imaginário coletivo e reconhecimento do público porque a sua natureza é completamente conflituosa com o período que estamos vivendo, torna-se estranho falar do Standard como um grande formato competitivo, e é ainda mais estranho considerar a importância que os banimentos que ocorreram nesta semana realmente possuem para os jogadores de tabletop e do Magic Arena, especialmente numa época onde o Magic competitivo, o Organized Play, dentre outros pontos parecem não ser uma prioridade da empresa.

Particularmente, sinto que o Magic competitivo está num cenário turbulento e muito bagunçado, com um futuro assustadoramente incerto e sem muitas perspectivas do que pode ocorrer, para o bem ou para o mal.

É difícil prever quais serão os próximos passos do jogo num período tão confuso, e também não temos uma mensagem direta daqueles responsáveis pela saúde do jogo sobre quais são seus objetivos com Magic, e cabe a ninguém menos do que a própria Wizards of the Coast definir o que Magic: The Gathering é além de um produto a ser vendido pela Hasbro.

O jogo voltará á ter uma estrutura competitiva e, quem sabe, profissional nos próximos anos quando a pior crise sanitária do século estiver sob controle? O planejamento de fazer com que Magic adentre o mundo dos eSports ainda existe, ou foi deixado de lado no meio do percurso porque existem falhas cruciais no Magic Arena (olá, modo espectador e economia predatória!) ?

O Magic será gerido a ponto de ter uma estrutura de grandes eventos promovidos pela Wizards futuramente aos moldes dos MagicFests, Pro Tour e afins, ou essa parte também será deixada nas mãos da comunidade?

E onde o Standard se encaixa nisso tudo? O que pode ser feito para dar significância a um formato rotativo num período onde os principais motivos para jogá-lo, como a oportunidade de participar de grandes eventos, como o PTQ, simplesmente não existe numa estrutura de tabletop, enquanto a sua presença no Magic Arena está sendo notoriamente mitigada para dar espaço para um formato exclusivamente digital?

Com a existência do Alchemy, qual é o objetivo para o formato agora? Como é possível colocá-lo em evidência num cenário onde os eventos presenciais ainda são escassos e os jogadores não estão dispostos a ter “o melhor deck de Standard” apenas para jogar no FNM?

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Infelizmente, eu não tenho a resposta para essas e outras perguntas na minha cabeça faz algum tempo. Como alguém que acompanha Magic e seus torneios por bastante tempo, os últimos anos são a primeira vez que tenho uma estranha sensação do jogo estar mudando completamente de direção rumo a uma trilha onde realmente não consigo dizer ou supor para onde ele está indo.

Falando nisso, recebemos nesta semana a triste notícia de que a StarCityGames estará deixando de lado o seu foco em conteúdo competitivo na produção de artigos e vídeos, e esta notícia foi particularmente chocante para mim, pois passei os últimos dez ou mais anos acompanhando os artigos e conteúdos de diversos portais de Magic antes de começar a escrever meus próprios artigos, e o primeiro deles foi um artigo da SCG escrito pelo jogador Brad Nelson, e é muito triste ver este fim para um portal que acompanhei por tanto tempo.

Apesar de nunca ter almejado o grande sonho do cenário competitivo e do Professional Play e hoje me enxergar como um espectador das mudanças do jogo, sou e serei eternamente grato por cada criador de conteúdo, escritor e jogador que está ou já esteve neste portal produzindo ótimas leituras numa perspectiva competitiva, pois muito do que aprendi e hoje compartilho através da minha percepção foi graças a anos de leitura de artigos e pesquisa sobre assuntos relacionados a eles, e desejo as melhores oportunidades para cada um dos criadores de conteúdo, escritores e jogadores que não estarão mais produzindo para a SCG.

Dito isso, creio que nos resta apenas aceitar a nossa posição neste tabuleiro como espectadores da história e torcer pelo melhor, independente do rumo ou objetivo a ser proposto para Magic: The Gathering nos próximos anos, enquanto também podemos reavaliar a nossa relação com um jogo de cartas que aproveitamos das mais diversas formas: Como um hobby, para reunir amigos, ou para melhorar suas habilidades e competir em algo com o qual você se sente bem participando.

Sobre os Banimentos

Numa visão geral, me parece que os banimentos foram bem aceitos pela comunidade de Standard, reacenderam parte do interesse que os jogadores do Magic Arena possuem pelo formato e colabora também em diversificar o Metagame de maneira a dar oportunidade para diversas outras estratégias enquanto os novos melhores decks não são definidos.

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Acredito que todos podemos concordar que Alrund’s Epiphany não era saudável para o Standard por ser o principal responsável pela polarização e criação de um Metagame de 3 decks.

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O Izzet Epiphany e suas variantes, como o Grixis, era um Combo-Control muito eficiente nas mãos de jogadores habilidosos, que procurava utilizar Galvanic Iteration para produzir uma sequência de turnos extras, onde você poderia utilizá-los para estabelecer uma vantagem muito grande, ou até mesmo ganhar o jogo com os tokens produzidos por Alrund’s Epiphany e ativações de manlands como Hall of Storm Giants.

Vejo muitas pessoas argumentando que o banimento no turno extra é pouco útil porque Alchemist’s Gambit está presente no formato, mas Epiphany apresentava uma série de qualidades do qual outras mágicas de turnos extras não possuem, como a capacidade de desvirar de efeitos de descarte como Duress através do Foretell, além de criar dois de poder na mesa com Flying.

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Enxergar Alrund’s Epiphany como “apenas” um turno extra é um erro significativo na hora de avaliar o poder desta carta, e ele estava mais próximo de ser um “Mulldrifter de turno extra”, funcionando como meio de obter mais recursos, blocker e wincondition na mesma proporção, e não existem outros efeitos de turno extra no Standard atualmente que possam produzir o mesmo resultado.

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No entanto, Alrund’s Epiphany + Galvanic Iteration não seria tão eficiente se a base de azul do formato não fosse tão eficiente em lidar com situações diversificadas com cards universais, e a resposta mais flexível que o arquétipo possuía para lidar com qualquer situação era Divide By Zero.

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Por apenas três manas, Divide by Zero permitia a um jogador responder às mais diversas e complexas situações, fossem em jogo ou na stack, o que era muito importante para atrasar cards com impacto imediato, como Esika’s Chariot, Goldspan Dragon ou Hullbreaker Horror, enquanto lhe permitia buscar do seu sideboard exatamente o que você precisava para cada situação: Uma wincondition com Mascot Exhibition, ou garantir seu land drop com Environmental Sciences, ou mais cards na mão com Teachings of the Archaics.

Além disso, está meio claro que a Wizards pretende, com estes últimos banimentos, melhorar a viabilidade de estratégias que procurem um bom investimento de mana nas suas jogadas, como decks Midranges e Ramps que utilizam Wrenn and Seven, e cards como Divide by Zero são, por natureza, ótimos meios de atrasar significativamente os turnos e sequenciamentos de decks Midrange.

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Por fim, porém não menos importante, Faceless Haven foi banida para mitigar e despadronizar a maneira como os decks Aggro são construídos no formato, dado que a manland praticamente obriga arquétipos agressivos a serem monocoloridos ao oferecer uma manland 4/3 por três manas nevadas.

Apesar de o seu banimento ser direcionado tanto para o Mono-White quanto para o Mono-Green, eu suponho que o Mono-White vá sofrer significativamente mais com este banimento porque Faceless Haven era uma peça importantíssima para a sua resiliência, e a manland substituta, Cave of the Frost Dragon, não possui os elementos necessários para justificar seu uso em listas muito agressivas, mas provavelmente verá jogo por falta de opções melhores.

Por outro lado, a ausência de Faceless Haven no Standard fará com que jogadores procurem explorar novas opções fora do eixo mono-colorido para seus decks agressivos, e os banimentos colaboram para que os jogadores possam se preocupar menos em precisar jogar “por baixo”, e possam dar maior foco a estender a partida em troca de valor.

Ou seja, em resumo, além de melhorar a diversidade do formato, os banimentos no Standard tiveram como objetivo promover um ambiente melhor para que decks Midrange possam existir.

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Como os decks afetados pelos bans devem ficar?

Izzet Control & Izzet Dragons

Como o Izzet Epiphany não existe mais por razões óbvias (novamente, não tente colocar Alchemist’s Gambit na lista e fingir que está tudo bem, não vale a pena), vamos falar das opções que restaram para os decks Izzet que, sinceramente, são boas:

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A primeira é que o deck pode facilmente transitar para o Izzet Dragons, já que Goldspan Dragon permanece no formato, e a base deste arquétipo é sólida o suficiente para funcionar muito bem sem Alrund’s Epiphany, e pode ser que utilizar uma versão com 4 cópias de Goldspan Dragon para acelerar o clock torne justificável o uso de uma ou duas cópias de Alchemist’s Gambit para ganhar o jogo do nada, como uma espécie de “combo-kill”, mas eu não apostaria tão alto nesta possibilidade ainda.

Além disso, Goldspan Dragon permite ao jogador de Izzet acelerar o plano para a melhor coisa que você pode estar fazendo num deck azul a partir de agora:

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Se você quer mesmo jogar de Izzet Control, com direito a Lier, Disciple of the Drowned e outros efeitos comumente utilizados no Izzet Epiphany, a melhor coisa que você pode estar fazendo é conjurar Hullbreaker Horror quanto antes.

Dentre os Blue-Based Control do formato, creio que o Izzet ou Grixis sejam as melhores opções para jogar com a wincondition de custo sete do que listas de Dimir ou Esper porque são arquétipos que permitem que você possa sequenciar The Celestus ou Prismari Command, Goldspan Dragon e Hullbreaker Horror, enquanto ainda tem acesso a Unexpected Windfall para acelerar o cast do que provavelmente será a sua principal wincondition.

E eu já mencionei que um dos meios mais eficientes de lidar com a lagosta era respondendo-o com Divide by Zero, que agora está banido?

Portanto, creio que independente do rumo que você decidir tomar, é muito provável que, se você pretende manter a sua base de Izzet, você vá precisar de Hullbreaker Horror e Goldspan Dragon daqui pra frente.

Mono-White Aggro

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Eu não creio que o Mono-White Aggro realmente valha a pena com estas mudanças feitas no Metagame, principalmente se o formato realmente se direcionar para uma ascensão dos decks Midrange, fazendo com que arquétipos como o Mono-White precisem adaptar-se ao Metagame e colocarem mais elementos de atrito e valor, ao invés de focarem em jogar por baixo.

Por conta disso, suponho que veremos mais versões de Selesnya ou Naya Aggro surgindo nas próximas semanas, conforme a necessidade do Metagame entre jogar por baixo ou manter a resiliência em jogos mais longos.

Mono-Green Aggro

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Eu não consigo pensar que perder Faceless Haven seja tão ruim pro Mono-Green enquanto ele mantém Esika’s Chariot e melhora sua manabase para conjurar Werewolf Pack Leader e Old-Growth Troll com maior consistência.

É claro que ele perde uma ótima manland, mas é possível que Lair of the Hydra faça um bom trabalho em substituí-la, e o Mono-Green possa manter-se como um dos principais decks do formato na categoria de Aggro, a depender do quão bem ele consegue jogar contra Midrange, que podem provar-se um desafio para uma lista monocolorida sem muitos elementos de card advantage.

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Um ponto que me incomodou muito nessa banlist foi por qual motivo eles mantiveram Esika’s Chariot no formato, dado que o artefato é um dos cards mais problemáticos por facilmente estabelecer um efeito de bola-de-neve em poucos turnos, além de criar um valor imediato assim que entra no campo de batalha, praticamente inviabilizando uma resposta direta como Abrade.

Minha suposição é que deixaram a Carroça no formato por ela ser essencialmente uma engine mais poderosa para Midranges do que para Aggro, já que eles conseguiriam melhor capitalizar em cima dos seus efeitos no longo-prazo através de, por exemplo, tokens criados por Wrenn and Seven.

Quais decks se beneficiam dos banimentos?

Midranges, especialmente os Green-Based

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Como já mencionei, a ausência de Divide By Zero é uma ótima notícia para que decks possam tentar capitalizar o máximo da sua mana para as permanentes mais impactantes o possível.

Bons exemplos dessa categoria são os já mencionados Wrenn and Seven e Esika’s Chariot, mas não se limitam apenas á eles: Utilizar todos os seus recursos para conjurar cards que vão de Goldspan Dragon até engines de valor como Showdown of the Skalds torna-se muito mais recompensador quando você sabe que seu oponente não vai responder com um Tempo play que ainda vai o oferecer card advantage.

Além disso, sem a inevitabilidade de Alrund’s Epiphany + Galvanic Iteration, os decks Midranges possuem os elementos necessários para jogar o jogo longo contra Control, conseguindo estabelecer uma paridade de recursos e valor através das mais diversas permanentes, como Planeswalkers e encantamentos ou criaturas específicas.

Dentre as possibilidades, suponho que os Green-Based Midranges, como Naya ou Jund, se sobressaiam sobre os demais por contarem com combinações poderosas para acelerar o seu jogo, como Jaspera Sentinel + Magda, Brazen Outlaw ou Prosperous Innkeeper.

Ramp

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No começo da Season, um arquétipo que se destacou significativamente foram os decks que tentavam acelerar o máximo de mana para conjurar bombas como Wrenn and Seven e Storm the Festival, e eu tenho certeza que eles podem ser muito eficientes em se apresar dos Midranges que devem surgir e manter o seu espaço como melhor Late-Game proativo do formato.

Storm the Festival é um card muito poderoso e muito capaz de criar uma tempestade de valor se conjurado repetidas vezes, e é provável que observemos as mais variadas versões do arquétipo nas próximas semanas.

Aggros de duas cores

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Com o formato se afastando de um Metagame onde ou você joga por baixo de Alrund’s Epiphany, ou você perde, é provável que decks Aggro mais lentos, mas com maior alcance no Late-Game, como o Vampires, Temur ou o Gruul possam obter melhores resultados.

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Orzhov Control

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Enquanto decks agressivos existirem no formato, o Orzhov Control será uma opção válida e consegue manter-se a par de responder eficientemente às ameaças dos Midranges e acumular card advantage.

A dúvida que fica, no entanto, é se o Orzhov conseguirá ter espaço para jogar bem contra decks que procurem jogar “por cima” dele, como novas variantes de Blue-Based Control, ou os arquétipos de Storm the Festival.

Quatro Cards para ficar de olho

Além de inclusões óbvias, como Esika’s Chariot, Goldspan Dragon e Wrenn and Seven, há alguns cards que, creio, terão maior evidência nas semanas que antecedem Kamigawa: Neon Dynasty.

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Lier, Disciple of the Drowned é um poderoso elemento para Control, e isso provavelmente ficará ainda mais evidente na ausência de Alrund's Epiphany, já que o card trata-se, em resumo, de um Past in Flames acoplado a um corpo 3/4, e a sua permanência no campo de batalha por um único turno consegue virar totalmente a partida, ao dar no late-game dez ou mais opções de mágicas para o seu controlador utilizar no decorrer dos turnos.

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Com Esika’s Chariot estando intacta no formato e provavelmente tornando-se o pilar dos Midrange e Aggro do formato, é muito provável que a melhor resposta que teremos por algum tempo seja Prismari Command, pela sua capacidade de lidar com Esika’s Chariot e com um token com apenas um card, além de não ser uma opção totalmente morta contra outros arquétipos, já que sempre pode ser utilizado para criar um token de Tesouro, ou para remover cards inúteis da sua mão.

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Nós provavelmente teremos muito mais espaço para explorar Storm the Festival agora, um card que é praticamente um Collected Company de permanentes de valor de mana 5 com Flashback.

Já me aprofundei um pouco sobre como os decks de Ramp devem tornar-se o Late-Game supremo do formato, e é possível que veremos muitas variantes deste arquétipo ou de Midranges mais pesados utilizando-o daqui para frente.

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Se o formato estará realmente voltado para Midrange nas próximas semanas, Edgar, Charmed Groom é uma ótima opção para utilizar nas suas listas, pois se trata de uma permanente que gera muito atrito na mesa com um único recurso, e uma ameaça difícil de remover.

Além do Orzhov Control, não seria uma surpresa se outros decks começassem a utilizá-lo para ter uma ótima ferramenta em jogos voltados para atrito e trocas de recursos.

Conclusão

Encerro meu artigo aqui, ainda no sentimento de incerteza sobre qual será o futuro do Standard na estrutura de formatos e eventos competitivos de Magic nos próximos anos, e torcendo para podermos ter um maior esclarecimento sobre quais são os planos para o jogo nos próximos meses ou anos.

Obrigado pela leitura!