Magic: the Gathering

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Timeless: 10 Decks para conhecer o Metagame do formato!

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No artigo de hoje, apresentamos os principais decks presentes nos jogos ranqueados ou eventos independentes no Timeless, o novo formato eterno do Magic Arena!

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revisado por Tabata Marques

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Indice

  1. > O Metagame do Timeless
    1. Titan Field
    2. Rakdos Breach
    3. Death’s Shadow
    4. Necropotence
    5. Rakdos Midrange
    6. Sultai Midrange
    7. Dimir Control
    8. Five-Color Goodstuff
    9. Zoo
    10. Golgari Yawgmoth
  2. > Conclusão

Faz um mês desde que Timeless, o novo formato do Magic Arena, foi lançado.

Conhecido como o Vintage da plataforma, Timeless permite aos jogadores utilizarem qualquer card já lançado no Magic Arena em sua versão original, sem rebalanceamentos. O formato também não possui uma lista de banidas, com apenas uma lista três cards restritos - ou seja, apenas uma cópia de cada pode ser utilizada entre os 75 cards da lista.

Enquanto não existem garantias de que não existirão intervenções futuras e cards banidos, o Timeless hoje se destaca como o ápice do power level do Magic Arena, onde as jogadas mais absurdas e os cards mais eficientes são utilizados para competir em um Metagame onde, de tantas possibilidades injustas e bombas de poder, decks acabam equilibrando reciprocamente ao ponto de estabelecer um ambiente diversificado.

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Neste artigo, apresentamos os principais arquétipos presentes no cenário competitivo do Timeless, baseado em suas aparições no Magic Arena, resultado em eventos independentes e popularidade entre os jogadores!

O Metagame do Timeless

Enquanto apresentamos decks distintos com bons resultados nas ranqueadas do Magic Arena para jogar Timeless de forma competitiva, o posicionamento de cada um na lista não representam especificamente uma Tier List, visto que o formato ainda é muito recente e não contou com eventos de grande porte para definirmos com precisão quais são os melhores do formato.

Titan Field

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O Titan Field é o topo da cadeia de valor no Timeless e o principal estratégia de inevitabilidade do formato. Sua estratégia é composta por acelerar a mana e conjurar Primeval Titan para buscar Field of the Dead e criar uma ou mais fichas de zumbi para cada vez que um terreno entrar no seu campo de batalha. Aqui, o titã verde agrega ainda mais ao multiplicar a quantidade de Field of the Dead na mesa, além de garantir os triggers necessários para estabelecer uma posição imbatível.

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Para acelerar ainda mais essa estratégia, é possível colocar Primeval Titan em jogo tão cedo quanto no terceiro turno graças a Natural Order, que pode sacrificar Arboreal Grazer ou Kami of Bamboo Groves para buscar a principal criatura do deck e, consequentemente, colocar Field of the Dead no campo de batalha.

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Titan Field conta, ainda, com uma quantidade absurda de redundância em sua lista, com Once Upon a Time e Fierce Empath ajudando em encontrar Primeval Titan enquanto Spelunking garante um acréscimo de velocidade ao fazer com que qualquer terreno entre no campo de batalha desvirado.

Como todogo big, o Titan Field é uma opção excelente contra os mais variados Midranges e/ou estratégias de atrito do Timeless, além de garantir sua inevitabilidade graças a Field of the Dead, um card relativamente difícil de interagir nas partidas de Control. Por outro lado, ele sofre contra combo e/ou Aggro caso ele não inicie a partida com a velocidade necessária para dominar o jogo nos primeiros quatro ou cinco turnos.

Rakdos Breach

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O Rakdos Breach é o primeiro deck que podemos, de fato, chamar de “competitivo” e “definidor de Meta” no Timeless. Afinal, esse foi o arquétipo que venceu o primeiro Creator Clash no formato, em 5 de janeiro.

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Com uma estratégia que transita entre o Midrange e o Combo, ele recorre ao já conhecido conjunto de Ragavan, DRC e Bowmasters como seu principal pacote de ameaças ao lado de uma dúzia de cards interativos, como Thoughtseize, Fatal Push e Lightning Bolt para estabelecer um plano de jogo interativo e justo contra seu oponente.

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No outro espectro, temos uma combinação entre Underworld Breach e um leve pacote de Storm com Dark Ritual, Stitcher’s Supplier, Diabolic Intent, Mishra’s Bauble e Tendrils of Agony para estabelecer o famoso “botão de free-win”, seja de maneira repentina ou contra um oponente o qual o deck não consegue vencer de maneira justa, como o Titan Field.

O Rakdos Breach é uma opção sólida contra a maioria do formato, mas não consegue estabelecer tão bem o seu plano de atrito quanto listas mais dedicadas. Logo, caso o oponente encaixe o hate certo contra o lado do combo e consiga gerar mais valor com suas permanentes, a partida é notoriamente desfavorável.

Death’s Shadow

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É possível encontrar versões de Death’s Shadow em diversas combinações de cores, mas a mais famosa é a variante de Grixis, e a maioria delas segue uma estrutura parecida, com Ragavan, Nimble Pilferer, Dragon’s Rage Channeler e Deathrite Shaman.

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Essas três criaturas possibilitam aos decks de Shadow manter um plano de jogo eficiente, justo e rápido enquanto removem a dependência do arquétipo em seu card-chave, Death’s Shadow, tornando-o uma ameaça complementar com potencial de encerrar a partida em poucos turnos graças ao suporte oferecido por Thoughtseize e a base de Shock Lands com Fetch Lands.

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Essa combinação de ameaças estabelece um Midrange com um clock suficientemente bom para passar por cima de arquétipos não-interativos, mas o torna menos eficiente quando comparado aos demais decks da sua própria categoria, visto que nossas ameaças são mais frágeis e não possui os mesmos mecanismos de card advantage. Além disso, se não for acompanhado de Temur Battle Rage, Monstrous Rage ou outro meio de obter evasão, Death’s Shadow é suscetível demais a chump blocks.

Necropotence

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Necropotence é um dos cards mais poderosos já lançados em Magic: The Gathering, sendo hoje banido no Legacy e restrito no Vintage. No Timeless, o card está irrestrito, permitindo aos jogadores utilizarem até quatro cópias dele ao lado de outro dos cards mais poderosos já criados no jogo - Dark Ritual.

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Essa combinação estabeleceu várias versões distintas de “Necro Decks”, e enquanto eles não apresentam os resultados mais expressivos nos poucos torneios já feitos no formato, o encantamento é um dos cards mais populares e um dos primeiros a se estabelecer como staple.

A vantagem de Necropotence é como ele se encaixa em quase toda base de arquétipo preto existente no Timeless desde que esse tenha concessões suficientes para conseguir pagar Magic Symbol BMagic Symbol BMagic Symbol B sem problemas, o que também é facilitado pela inclusão de Dark Ritual e outra staple do formato, Deathrite Shaman. Somado ao fato da maioria dos melhores cards do Timeless hoje estarem na cor preta, como Thoughtseize, Sheoldred, the Apocalypse e Orcish Bowmasters, os Necro Decks conseguem se portar bem contra o resto do Metagame.

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Mas o nível de poder do encantamento vêm com um preço: Necropotence requer concessões demais na base de mana mesmo ao lado de Deathrite Shaman e sua inclusão significa não utilizar outro dos cards mais poderosos disponíveis no formato, Lurrus of the Dream-Den, além das claras concessões de vida e interatividade que utilizar este card implicam, tornando-o um pouco vulnerável contra a agressão de early-game enquanto também não faz muita coisa contra os combos e as listas de Field of the Dead, colocando-o em uma posição muito vulnerável no Metagame.

Rakdos Midrange

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O Rakdos Midrange utiliza a já conhecida estrutura dos arquétipos de Lurrus of the Dream-Den, mas abdica do seu uso em prol de amplificar o número de cards de qualidade que lhe permitem jogar “por cima” do Breach ou Death’s Shadow, como Fable of the Mirror-Breaker, The One Ring e Sheoldred, the Apocalypse.

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A outra principal razão para abdicar de Lurrus e manter-se na combinação de cores Magic Symbol BMagic Symbol R é a capacidade de ganhar acesso a outro dos encantamentos mais poderosos do Timeless, Blood Moon.

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Blood Moon é um poderoso limitador em um ambiente onde diversos jogadores apostam em uma curva baixa somada a uma base de mana gananciosa, e garante ao Rakdos um jogo limpo até contra outros arquétipos que lhe seriam problemáticos sem ele, como o Titan Field.

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O restante da lista é composta por algumas staples clássicas do formato e, ocasionalmente, alguns cards utilitários, visto que diversas variantes de three-drops também estão disponíveis para ele.

Apesar da inclusão de Blood Moon ajudar em manter os Ramps e os Goodstuff em cheque, o Rakdos ainda sofre contra decks que joguem por cima dele, como o já mencionado Titan Field e as variantes de três cores, especialmente aquelas que conseguem conjurar suas bombas mais cedo.

Por outro lado, ele é bem eficiente contra Midranges com valores de mana mais baixos, além de se portar bem contra Aggro e/ou estratégias que dependem de sinergias entre criaturas, apesar de Yawgmoth ser problemático sem respostas dedicadas.

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Outras variantes, como o Jund Midrange existem e são viáveis no formato, mas, em geral, a sua proposta se assemelham muito ao da versão Rakdos, e a escolha entre um e outro depende bastante de quais partidas você quer respeitar mais e/ou o quanto de concessões na base de mana você está disposto a fazer por um Sideboard mais abrangente.

Sultai Midrange

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Durante as primeiras semanas, o Sultai Midrange foi considerado o melhor deck do formato pela sua mistura de cards eficientes com o Planeswalker mais quebrado de todos os tempos, Oko, Thief of Crowns.

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Essa combinação poderosa é somada ao uso de mágicas eficientes para segurar o jogo, com uma postura um pouco mais reativa do que as versões Magic Symbol BMagic Symbol RMagic Symbol X, que dispõem de Ragavan, Nimble Pilferer para dominar o jogo a partir do primeiro turno.

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Por outro lado, com oito mana dorks, a capacidade de conjurar Oko, Thief of Crowns é amplificada nessa lista e com a vantagem de passar por cima de Counterspell graças à Delighted Halfling.

Uma vez em jogo, Oko consegue dominar a partida contra a maioria dos outros decks justos, e bastam alguns turnos para que suas trocas e transformações se tornem uma bola de neve contra o oponente, além do Planeswalker ser um dos melhores meios de lidar com The One Ring no formato.

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Um dos principais defeitos do Sultai, no entanto, é o quão dependente de Oko ele se torna enquanto não dispõe dos mesmos elementos de atrito que possibilitam arquétipos de Control a contarem com apenas um Planeswalker e algumas criaturas para vencer o jogo. Por vezes, uma mão inicial respondida de forma eficiente será muito mais punitivo no Sultai do que seria contra outros Midranges.

Enquanto o Sultai Midrange é excelente nos jogos de atrito e card advantage, ele carece de velocidade e recursos suficientes para acompanhar os Big Mana e o domínio de Oko sobre o campo de batalha faz muito pouco contra combos, mesmo nos baseados em criatura nas mãos de oponentes competentes.

Além disso, mesmo com Deathrite Shaman, o Sultai Midrange sofre significativamente mais contra Blood Moon do que as variantes com vermelho, e o uso bem aplicado do encantamento é capaz de vencer a partida por conta própria.

Dimir Control

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Dimir Control foi um dos decks que se destacaram no último grande evento de Historic do formato, antes do rebalanceamento de Orcish Bowmasters. Sua estratégia é o clássico “anule o que for necessário, destrua o que ficar na mesa e exauste os recursos do oponente”.

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A principal condição de vitória aqui é Orcish Bowmasters, que além de punir o uso de Brainstorm e outros efeitos de compra, também garante um pouco de pressão a cada turno em uma mesa limpa e possibilita utilizar Lurrus of the Dream-Den como companheiro.

O restante da lista é o esperado de um Control: Counterspell se une a Fatal Push como melhores interações para Dimir, Archmage’s Charm oferece flexibilidade e pode até roubar algumas criaturas importantes para estabelecer um clock, e Sauron’s Ransom funciona como um dos melhores mecanismos de card advantage do formato.

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O Dimir Control se destaca contra Midranges e Aggros que não forçam trocas muito desfavoráveis, sendo uma opção sólida na maioria dos jogadores que querem aprofundar seu conhecimento do formato e das respostas disponíveis. Por outro lado, ele é mais punitivo com interações do que outras estratégias e não possui uma vitória de late-game na inevitabilidade contra Field of the Dead ou outras condições de vitória alternativas menos utilizadas, como Maze’s End.

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Five-Color Goodstuff

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Assim como seus predecessores, as listas de Goodstuff buscam abusar da interação entre Fetch Lands e Triomas para acessar todas as cores, ganhando ainda o suporte de Deathrite Shaman para acelerar a mana e permitir que bombas como Oko, Thief of Crowns e Omnath, Locus of Creation caiam um turno mais cedo.

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Os Goodstuff são conhecidos por agregarem mais valor do que a maioria dos Midranges e Controls do Metagame, e no Timeless, não serie diferente: The One Ring e Uro, Titan of Nature’s Wrath se unem como as bombas de late-game que dominam a partida no momento em que entram em jogo.

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E com uma curva de mana tão gananciosa, o deck recorre às melhores e mais baratas interações disponíveis hoje, com Swords to Plowshares, Fatal Push e Leyline Binding para segurar a mesa enquanto Memory Lapse atrasa o turno do oponente.

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Com a base de mana mais ambiciosa do formato hoje, os Goodstuff são extremamente vulneráveis contra interações com terrenos, como Blood Moon e, em um escopo menor, Spreading Seas. Apesar de ter os meios para jogar em torno desses cards, a necessidade de fazê-lo atrasa seu plano de jogo por tempo suficiente para alguns decks conseguirem estabelecer valor mais rápido e/ou vencer a partida jogando por baixo.

Além disso, o Five-Color Goodstuff é quase inteiramente voltado para segurar os Aggros e jogar por cima dos Midranges, tornando-o vulnerável contra combos mais rápidos, e o tornando incapaz de lidar com a inevitabilidade de Field of the Dead.

Zoo

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Do outro lado do espectro, temos os decks de Zoo, comumente encaixados em cinco cores para extrair o máximo de Territorial Kavu e Nishoba Brawler, além de garantir que interações como Leyline Binding, Tribal Flames e Stubborn Denial tenham o máximo de efeito durante a partida.

Zoo é o melhor Aggro do Timeless hoje por conta da mistura de criaturas de alta qualidade, como Deathrite Shaman, Ragavan, Nimble Pilferer e Orcish Bowmasters com outras que prevalecem nas trocas contra a maioria das ameaças do Metagame hoje.

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Somado a eles, a lista conta com oito mágicas de remoção que dobram como dano ao oponente com Lightning Bolt e Tribal Flames, além de Leyline Binding para lidar com permanentes problemáticas e Stubborn Denial para proteger-se de bombas como The One Ring.

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Apesar da versão de cinco cores ser a mais famosa, alguns jogadores apostam na variante de Naya, mais voltada para mágicas de dano e criaturas de custo baixo para punir oponentes mais lentos.

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O Domain Zoo é excelente contra decks mais lentos, mas sofre significativamente contra Blood Moon mesmo quando possui acesso às suas cores de mana com terrenos básicos, visto que o poder de algumas de suas criaturas e a eficiência de algumas mágicas está diretamente ligada a quantidade de tipos de terrenos em jogo.

Ele também possui problemas severos contra The One Ring, que limita sua capacidade de pressionar o oponente, sendo ainda mais punitivo quando acompanhado de Sheoldred, the Apocalypse, ou quando o oponente estabelece loopings com Teferi, Time Raveler e similares.

Golgari Yawgmoth

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Outro dos melhores decks do Historic, o Golgari Yawgmoth tem seu potencial amplificado no Timeless com a inserção de alguns dos melhores tutores e seleção de criaturas disponível no formato: Natural Order, Demonic Tutor e Once Upon a Time.

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Golgari Yawgmoth é um deck de combo baseado em criaturas, onde Yawgmoth, Thran Physician interage com a habilidade de undying de Young Wolf para criar um looping onde seu controlador pode comprar um card pelo custo de um de vida, ou comprar quantos cards quiser caso tenha Prosperous Innkeeper em jogo, ou drenar a vida do oponente com Blood Artist.

Enquanto o combo parece impraticável por requerer tantas peças, na prática, ele é extremamente difícil de interagir e consegue punir o oponente por não respeitar suas interações e/ou responder a algum dos efeitos no timing errado, criando situações bem complexas na mesa.

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No Timeless, este arquétipo ainda conta com uma segunda linha de combo com Natural Order, podendo sacrificar qualquer um de seus dorks ou ameaças pequenas para buscar Atraxa, Grand Unifier e acumular absurdos de card advantage, ou Craterhoof Behemoth para um ataque letal ao lado de diversas criaturas menores.

O Golgari Yawgmoth é uma das estratégias mais difíceis de interagir no formato, mas um oponente hábil saberá o melhor timing para manter o campo de batalha limpo ou quais cards-chave anular. Além disso, o fator cansaço afeta diretamente a domínio do seu controlador com a lista, visto que todas as interações do combo devem ocorrer manualmente no Magic Arena, prolongando as partidas para além do necessário em torneios.

Conclusão

Isso é tudo por hoje.

Além desses, diversas outras estratégias são experimentadas diariamente no Timeless. Decks como Izzet Tempo, Affinity, Creativity, Burn, Oracle Pact e Taking Turns são apenas algumas das outras estratégias que aparecem ocasionalmente nas partidas ranqueadas, e demonstram haver, ainda, muito espaço para inovação e experimentos no Metagame do formato.

Obrigado pela leitura!