Commander: Rankeando melhores duplas de March of The Machine

Com os novos spoilers da futura coleção March of the Machine tivemos uma interessante adição para o jogo: cartas com múltiplos personagens lendários, em parceria, representando algumas de suas habilidades e capacidades juntas em um só card. Embora sejam uma adição nova para o Magic, me lembraram muito cards de outro jogo, os GX Tag Team do card game de Pokémon.

Os cards Tag Team são um tipo de carta de Pokémon que foram introduzidos na expansão "Team Up" do jogo de cartas de Pokémon em 2019. Eles são caracterizados por apresentar duas ou mais criaturas juntas em uma única carta, representando uma parceria.

Com os Tag Team ficávamos imaginando quais duplas ou grupos apareceriam, como eles funcionariam e suas habilidades. E de certa forma, já é isso que está acontecendo com Magic. Muitos jogadores estão ansiando e imaginando como seus personagens favoritos ficariam juntos. Será que veremos uma dupla de planeswalkers? Um personagem utilizando algum equipamento icônico em uma dupla de criatura e artefato lendários?

Vendo as cartas de MOM já lançadas até então, hoje iremos analisar e rankear cada uma dessas criaturas, falando um pouco delas no Commander e em outros formatos, se necessário. O formato EDH será priorizado, uma vez que algumas dessas criaturas serão lançados mais direcionados para o formato e não necessariamente na coleção Standard também.

Uma pena que essa carta se encontre aqui, visto que ela é uma das minhas duplas favoritas. Yargle and Multani tem um dos sapinhos mais queridos do Magic sendo protegido pela armadura de árvores criada pelo elemental Multani e um dos melhores flavor texts já escritos em todos os tempos. Isso sozinho já chama a atenção na carta, mas quando olhamos bem, vemos um incrível 18 de poder, o maior ataque já impresso na história do Magic em uma coleção que não é um Un-Set.

Apesar do incrível número impresso no card, ele ainda assim merece estar na última colocação. Veja bem, Yargle and Multani, mesmo sendo possuidor de muita força bruta, tem tantas habilidades quanto uma galinha tem dentes. Sem nenhum tipo de evasão, efeito ativado ou desencadeado, fica difícil encaixar o sapo e o elemental em um deck, e uma criatura muito grande sem evasão pode facilmente ser bloqueada por várias fichas pequenas.

Um deck montado em torno dele, também, não terá o clássico Fling, e poderá lidar com outras evasões como Whispersilk Cloak ou Prowler’s Helm, mas ainda assim, será montado apenas visando as cores, uma vez que as habilidades do card, ou a falta delas, dificulta a criação de uma estratégia que não envolva agressão bruta.

E a partir de agora, a lista fica super complicada.

Aqui está um que eu gostaria de colocar mais alto, mas literalmente tudo conspirou para que ele fosse um pouco mais abaixo do esperado. Basicamente, com essa dupla, criaturas com ímpeto criam fichas de dragão 5/5 voar. E se suas criaturas não tem ímpeto, você pode pagar duas manas para dar ímpeto a elas.

O grande problema dessa dupla é o fato de que as fichas entram depois do combate, sendo necessário um jeito de dar um segundo turno de combate, como através de um Aggravated Assault, para melhor utilizá-las, por exemplo.

No fim, esse comandante gera uma estratégia muito mais retilínea, que beneficia o contínuo fluxo de criaturas que recém entraram em campo, mas sem possibilidades de blink como no branco, tendo que recorrer a lentas estratégias de bounce azul para reciclar criaturas.

Além disso, criaturas vermelhas para estratégias rápidas são geralmente pequenas, e azuis normalmente são bem frágeis, tornando ambas mais difíceis de conectarem dano de combate no estágio final do jogo, diminuindo bem o aproveitamento dessa dupla de Kamigawa. Mas Glitterfang cai como uma luva nesse deck, hein?

Essa eu gostei muito, mas é de um uso delicado. Drana and Linvala trava as habilidades ativadas das criaturas oponentes e permite você usar todas elas pelos seus devidos custos de ativação. O complicado aqui seria montar decks contando com os decks de seus oponentes. Uma coisa é um deck do estilo Sen Triplets que te permite conjurar cartas de oponentes, uma vez que seus oponentes sempre vão ter cards para serem conjurados, outra é contar com o que tem no campo deles.

Se você der de cara com pelo menos UM deck com poucas habilidades ativadas em sua mesa de jogo, o poder dessa carta já cai em um terço. Um amigo meu tem um ótimo deck Voltron de Shu Yun, the Silent Tempest e séria péssimo cair contra esse cara pilotando um Drana and Linvala, por exemplo.

A dupla de vampira e anja serve muito mais como uma das 99 cartas de seu deck como comandante, mas numa situação em que elas são a estrela principal, fica muito bom de fazer um deck pesado de Stax e Taxes.

Slimefoot and Squee é provavelmente a criatura mais redondinha das duplas. Custo bom, estatísticas legais, cria tokens que podem ser sacrificados para habilidade dele, que também custa barato, e capaz de fazer um reanimator bem honesto no EDH.

Mas é bem essa a questão, o baralho de Slimefoot and Squee sofre com os mesmos problemas de um reanimator comum, de necessitar de todo um apoio do cemitério, sem o qual o baralho não vai trazer de volta suas criaturas, mas também necessita de: uma saprófita em campo para pagar os custos, o que não é difícil fazer nesse deck, mas ainda é uma condição a mais, além da própria criatura lendária no cemitério para voltar de mãos dadas com a criatura reanimada.

Isso tudo em um formato com Relic of Progenitus, Grafdigger’s Cage e Scavenger Grounds dando sopa rotineiramente em decks faz com que essa estratégia sofra um pouco e caia numa baixa posição.

De qualquer forma, seus dois personagens queridos, cores boas e habilidade simples e objetiva podem criar muitos decks interessantes.

Mais uma na linha dos comandantes ótimos e cheios de possibilidades. Katilda and Lier tem muito do que queremos no EDH, cores boas que interagem com habilidades legais. Até aí, ótimo.

Essa dupla permite que quando um humano entrar em jogo, uma carta alvo no seu cemitério ganhe Flashback, sendo o custo de recursão o custo de mana original da carta. Em palavras simples, todos os seus humanos se tornam um Snapcaster Mage.

Conhecido por ser uma criatura extremamente valorosa e cara, o mago de Innistrad realmente pode fazer muito pelo seu jogo, quando o deck é montado de uma maneira coesa com a habilidade, balanceando bem os humanos com as não permanentes do deck.

Assim sendo, o baralho se torna tão forte quanto sua habilidade em montar o deck permitir. Pode parecer uma frase óbvia para o Magic, mas esse é um caso particular em que suas capacidades de deckbuilding vão se sobressair cada vez mais - significando que às vezes, a lista pode necessitar de uma maior revisão na montagem, com o deck não se comportando tão tranquilo como deveria, tendo flood de humanos ou mágicas, dependendo das proporções.

Mas ainda assim, eu diria que em termos de habilidades essa é a mais interessante para a montagem de um deck poderoso.

A primeira coisa que quero pontuar na habilidade dessa criatura é: ela é desencadeada sempre que você ataca. Não quando você ataca com Ghalta and Mavren, e sim em todo combate que você avança.

Dito isso, achei essa uma das melhores geradoras de Token que já vi. Ou você cria um bicho enorme que cai direto no combate atropelando, ou você cria uma legião de vampirinhos de vínculo com a vida retroativos para defesa.

Com as cores, podemos adicionar Mondrak Glory Dominus, Parallel Lives, Doubling Season e Anointed Procession, para melhorar ainda mais o caráter dessa produção de Tokens.

Permitindo que você alterne módulos de ataque e defesa com os tokens criados, gere ou Tokens muito grandes com evasão ou pequenas fichas que segurem a barra, temos nessa dupla uma habilidade simples e que gera sempre o valor exato necessário para sua estratégia, às vezes sem nem precisar se expor num combate.

É de uma simplicidade tal qual Slimefoot and Squee, mas com mais versatilidade e mais difícil de contornar.

Para começar, toque mortífero e iniciativa é uma dupla avassaladora. Permite resolver a grande maioria dos combates sem nenhuma preocupação - o que o corpo 4/4 de Thalia and the Gitrog Monster já permitiria bem sem nada disso. As coisas começam a descarrilhar quando ela tem três habilidades muito boas.

A primeira é simples, permite uma land extra, o que nunca faz mal.

Na segunda já temos as habilidades de Stax iguais às da carta Thalia, Heretic Cathar, deixando as criaturas e terrenos não básicos do oponente mais lentos. Não importa se é uma Volcanic Island ou uma Shivan Reef, vai entrar virado.

E, por fim, a habilidade final sinergiza muito bem com o lado de The Gitrog Monster, te permitindo comprar cards através do sacrifício de lands ou criatura quando você ataca com a lenda. Criaturas podem ser fichas pequenas criadas com uma Skrelv’s Hive e lands podem vir de Conduit of Worlds, todo turno. Lembrando que você TEM que sacrificar uma carta de um desses tipos (ou os dois, vai que você tá cansado da sua Dryad Arbor).

Thalia and the Gitrog Monster te acelera mana, te cria condições de comprar mais cartas, deixa seus oponentes mais lentos e ainda por cima, aguenta muito bem qualquer combate. Não quer sacrificar nada? Beleza, deixa a loira e o sapo em pé e fica na segurança de que quase nada passa por eles. Solidificando assim essa carta como a melhor carta de dupla anunciada na coleção até agora.

Fico imaginando o que pode sair desses grupos de personagens em uma mesma carta. Talvez um card de cinco cores com vários planeswalkers juntos ou até mesmo vários fractius lendários defendendo o plano deles de Phyrexia.

Esse tipo de carta é um ótimo jeito de fomentar o imaginário dos jogadores e de criar opções divertidas de design coeso se baseando nas capacidades de personagens já impressos.

Vou ficando por aqui!

E você, qual sua dupla favorita até agora?