Magic: the Gathering

Deck Guide

Reforçando o Precon Commander - Deadly Disguise (Kaust, Eyes of the Glade)

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No artigo de hoje, discutiremos o deck Deadly Disguise de Murders at Karlov Manor, e como melhorá-lo para deixá-lo mais divertido e otimizado.

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revised by Tabata Marques

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Mesmo que a Wizards of the Coast tenha aumentado bastante a qualidade dos últimos precons Commander, temos que concordar que nem o produto mais premium vem perfeito direto na sua caixa.

No artigo de hoje, discutiremos o deck Deadly Disguise de Murders at Karlov Manorlink outside website e como melhorá-lo, além de lhe mostrar alguns cards excelentes que podem elevar o poder deste baralho muito além do poder da sua versão inicial.

Nossa análise focará em trazer mais melhorias gerais para este deck do que melhorias para o orçamento dos jogadores, mas colocaremos uma versão com cards mais acessíveis no final deste artigo.

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O Comandante

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Diferente de outras criaturas que costumamos ver em Ravnica, essa criatura lendária não foca muito nas guildas desta grande cidade, e, ao invés disso, nos dá um deck Naya Magic Symbol wMagic Symbol gMagic Symbol r. As cores do nosso comandante são muito eficientes em diversas estratégias, mas, nesse caso, utilizaremos as criaturas pequenas do branco, a agressão do vermelho, e a resiliência do verde, que podem agir em diversos pontos-chave do jogo.

Kaust, Eyes of the Glade é uma criatura lendária que faz pouco sozinha, mas interage muito bem com este baralho. Kaust consegue entrar em jogo no turno dois, e gerar um valor extra muito bem-vindo em todas as próximas jogadas que envolverão cards virados para baixo.

Esta carta pode virar criaturas atacantes para cima de graça, o que nos dá bastante espaço para blefar, e nos permite gerar jogadas complexas que custam bem pouco. Com ela, podemos virar cards como Forsaken Monument para cima e mudar totalmente o estado da nossa board e a resolução de combates, ou executar uma jogada extremamente simples ao virar para cima um Krosan Colossus sem pagar oito manas.

A lista original deste deck é a seguinte:

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Uma Carta Virada para Baixo e Encerro o Meu Turno!

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Para aqueles que são mais novos ao Magic e estão se perguntando quando ele virou Yu-Gi-Oh! TCG, com tantas cartas viradas para baixo, estamos falando de uma mecânica originalmente conhecida como Morph, da coleção Onslaught de 2002, que nos permitia colocar criaturas viradas para baixo como criaturas sem tipo, cor, ou efeito, de valores 2/2.

Esta mecânica evoluiu muito, e se tornou Disguise na última coleção, uma mecânica que ilustra o nome deste deck.

Disguise é bem parecido com Morph, mas dá Ward 2 às nossas criaturas viradas para baixo, uma mecânica excelente para as proteger de removals pontuais que vai forçar nossos oponentes a gastar boa parte de sua mana, seja no x1 ou mesão.

Este deck usa tanto Morph quanto Disguise, assim como suas respectivas evoluções, Manifest e Cloak, que geram criaturas iguais a de sua mecânica “base”, mas podem ser usadas em certas situações para transformar cartas que não tenham estas mecânicas, como um Sol Ring, em criaturas viradas para baixo.

Cartas de não criaturas que se tornaram uma com Manifest e com Cloak podem ser viradas para cima com Kaust, Eyes of the Glade, mas serão retiradas de combate e não desencadearão efeitos de entrar no campo de batalha. Além disso, mágicas instantâneas e feitiços não podem ser virados para cima com essa mecânica.

O Que Sai?

Por mais que adicionar cards a este deck seja divertido, primeiro temos que avaliar o que removeremos para saber quanto espaço temos para adicionar melhorias. Como já dito anteriormente, não queremos retirar um número fixo de cards ou criar uma lista com um certo orçamento em mente.

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A primeira carta que iremos retirar é Imperial Hellkite. Ela é, sim, um Morph 6/6 com Flying, não podemos negar, mas o nosso foco é sua habilidade quando a viramos para cima, que tutora qualquer Dragão do seu deck e o coloca na sua mão. Agora a pergunta é: vocês sabem quantos Dragões estão incluídos naturalmente neste deck pré-construído? Apenas um, Scourge of the Throne; ou dois, se você contar Mirror Entity.

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Além disso, também retiraremos o próprio Scourge of the Throne. Vejam bem, ele não tem Morph ou Disguise por si só, o que te forçará a usar meios externos para colocá-lo para baixo, e sua habilidade te obrigará a atacar antes de desencandeá-la. Ou seja, este Dragão não só tem pouca sinergia com este deck, que quer usar diversas cartas viradas para baixo para confundir seus oponentes, como também é extremamente lento se você tentar usar a pouca sinergia que ele tem nesta lista.

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Na mesma lógica de Imperial Hellkite, que tem pouca sinergia com o número mínimo de Dragões neste baralho, Tesak, Judith’s Hellhound tem um subtema tribal de cachorros em um deck com apenas outros três cachorros, se contarmos com Mirror Entity. O cachorro da Judith tem pouca sinergia nesta lista e tenta melhorar uma parcela ínfima dos cards nele. É uma decisão fácil retirá-lo.

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Ransom Note tem uma qualidade extremamente duvidosa. Por mais que ela nos permita usar Cloak no topo de nosso deck, ela só tem uma funcionalidade, e o custo somado deste card e o de ativar uma de suas habilidades é o mesmo que o de conjurar um card com Morph ou Disguise.

Esse card é uma bagunça, e, se quisermos um artefato que faz várias coisas legais, sempre é muito melhor usar um Staff of Domination ou Laser Screwdriver, que não precisamos sacrificar.

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Krosan Cloudscraper parece ter tudo a ver com este deck: ela nos permite atacar com uma criatura inocente, 2/2, para depois a virar e transformar num monstro enorme, 13/13, com nosso comandante. Mas este monstro enorme, 13/13, não tem Atropelar e custa mana toda manutenção, ou será sacrificado.

Vejam bem, estamos falando do Commander, no qual Tarmogoyf, que pode se tornar um 7/8 facilmente por duas manas, é considerada uma carta ruim por não fazer nada com seus números gigantescos contra uma ficha 1/1.

Idealmente, colocaremos Krosan Cloudscraper virado para baixo em um turno e teremos que atacar no próximo para o virarmos para cima de graça com nosso comandante, e depois ele será bloqueado por fichas 1/1 pelo resto do jogo. Por mais divertido que ele pareça, é extremamente lento.

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Além dele, também podemos pontuar diversos cards lentos demais para essa estratégia (jogar um card virado para baixo e tentar virar para cima com o comandante), como Krosan Colossus, Thelonite Hermit, Printlifter Ooze, Ashcloud Phoenix, e Salt Road Ambushers, que é uma versão piorada de outro card que manteremos, o Experiment Twelve.

Também retirarei Showstopping Surprise, um card que normalmente irá dizimar seu campo inteiro, deixando apenas uma criatura.

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Na base de mana, retiramos Selesnya Sanctuary, Gruul Turf, Mosswort Bridge, Boros Garrison, e Krosan Verge, uma vez que são terrenos bem lentos, e estamos tentando construir um ritmo de jogo bem cadenciado com este deck.

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O Que Entra?

Agora que decidimos quais cards remover, podemos começar a melhorar nossa lista com cards novos.

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Uma escolha ousada é Ashnod’s Altar, que nos permite sacrificar criaturas para gerar mana incolor em velocidade instantânea. Também já temos um motor bem interessante, já que temos Yedora, Grave Gardener, uma criatura que transforma criaturas mortas em cards virados para baixo que também serão florestas.

Ao unir isso a cards de custo baixo que viraremos para cima, como Den Protector, Nantuko Vigilante, e Ainok Survivalist, temos uma sinergia interessante. Poderemos virar florestas recém-chegadas em campo para mana colorida, usar mana incolor para virar essas criaturas novamente para cima, e então as sacrificar novamente para torná-las florestas viradas para baixo, repetindo o loop.

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Den Protector, Nantuko Vigilante, e Ainok Survivalist, têm habilidades muito interessantes quando as viramos para cima, o que torna esse loop uma arma incrível. Claro, se você quiser adicionar cards que se importam com gatilhos de saída e entrada de campo, sacrifício, e Landfall, o processo no último parágrafo usa todas essas etapas, então é uma boa oportunidade de desenvolver sua criatividade.

E, já que estamos falando disso…

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Pyrotechnic Performer desencadeia dano em seus oponentes através das criaturas que virarmos para cima. No processo descrito anteriormente, podemos encerrar o jogo instantaneamente com ele na mesa e os outros cards citados. Claro, isso é um combo de quatro cards, e é extremamente utópico falarmos disso como se fosse ocorrer naturalmente toda vez.

Ainda assim, o charme de Pyrotechnic Performer é sua sinergia com o resto deste deck, já que causa dano naturalmente conforme o jogo avança.

Nessa mesma linha de pensamento, Sumala Sentry é perfeito, pois ganha marcadores quando o viramos para cima e dá marcadores para si mesmo e outras criaturas quando também viramos estas para cima.

Tunnel Tipster cresce por si só e pode gerar mana, ou seja, é uma adição perfeita.

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Também senti falta de Dream Chisel neste baralho, já que diminui o custo de jogar cards para baixo. Skirk Alarmist funciona de forma bem parecida com o nosso comandante, mas sacrifica a criatura que virarmos para cima no final do turno, e é perfeita para algumas interações relâmpago mais agressivas.

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Ugin, the Ineffable, Yarus, Roar of the Old Gods e Forsaken Monument são maravilhosos, já que nos dão estrutura e mantêm nossas criaturas relevantes conforme o jogo evolui.

A minha adição favorita foi Cybership - este veículo nos permitirá colocar diversos cards virados para baixo em campo, que poderemos virar para cima com nosso comandante. Assim, usaremos algumas das melhores opções de nossos oponentes a nosso favor.

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Para substituir os terrenos lentos que retiramos, sugiro Rockfall Vale, Sundown Pass, Overgrown Farmland, e Access Tunnel, que é como uma Rogue's Passage, mas mais barata e útil para criaturas pequenas, ou seja, é perfeita para atacar com nossas criaturas viradas para baixo e virá-las para cima durante o combate. Também adicionamos Farseek para procurar mais terrenos.

Deadly Disguise com Upgrades

Este é nosso deck final:

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Versão com Duskana como Comandante

Por fim, devemos lembrar que este baralho pode usar outra comandante, Duskana, the Rage Mother, que se encaixa muito bem nele. Esta é uma build bem interessante para exercitar seu cérebro:

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Considerações Finais

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O que eu mais tenho gostado nos decks de Commander recentes nas coleções principais é que eles sempre reimprimem alguma cartinha legal e cara. A deste deck foi Jeska’s Will, que se tornou muito acessível para os jogadores.

Obrigado pela leitura, e até o próximo!